Betina
Há quase dois meses eu e mor estávamos na Irlanda. E sim, aqui é mais frio do que imaginei.
Para nossa sorte a casa que Mor alugou era pequena e confortável, com aquecedores em todos os cômodos, o que nos deixava com a sensação de nunca querer sair de casa.
Mor tinha ido até o mercado para comprar algumas coisas para nós. Desde o dia da festa nunca mais tínhamos ficados juntos. Não que ele não quisesse, mas eu fiquei impactada com as palavras que Drake desferiu a ele e me senti mal.
Ele não havia me roubado, não havia feito nada a não ser me proteger e eu queria fazer o mesmo por ele.
A decisão der Mor em ficar comigo, fez com que ele perdesse tudo. Seus amigos, sua família, sua máfia e cada vez que eu pensava nisso eu me sentia pior. Então resolvi que seria melhor esperar mais um pouco até me decidir o q
Leandro Moreti (Mor)Eu estava agitado na recepção do hospital, minha preocupação com Betina consumia cada pensamento. Deixei a mulher que eu amo se levada por uma equipe médica, e agora esperava ansiosamente por notícias. Meu coração martelava no peito, e me sentia impotente diante da situação.Andei de um lado a outro esperando que alguém me falasse alguma coisa, mas nada. Os minutos se arrastavam e nenhuma informação era dita.Meu celular começou a tocar e o atendi exausto."Como ela está?" Luíza falou do outro lado com a voz embargada. "Será que a envenenaram, Mor?" esse era meu medo. De que, de alguma forma, nossos inimigos tivessem nos encontrado e tivessem tramado algo contra ela."Não me faz pensar nessas coisas, Lu. Agora não." falei com um gemido de sofrimento e ouvi nossa amiga chorar do outro lado da linha
DrakeMau chegou até meu escritório um pouco irritado. Ele andava de um lado para o outro e olhava o celular a todo tempo, mas não me dizia o que estava acontecendo."Quer conversar?" falei chamando sua atenção e ele bufou relutante."Não sei se posso." dei risada e mandei ele se sentar."Está com problemas com a Luíza?" ele negou me um sentimento ruim se apoderou de mim."Mor?" os olhos dele revelaram tudo o que eu precisava saber. "Barone os encontrou?" ele negou e fiquei mais tranquilo."Luíza e Betina continuam amigas e se falam diariamente, como deve saber" concordei me recostando na cadeira." Betina passou mal e Mor a levou para o hospital para alguns exames." encarei meu amigo que parecia não saber como continuar. "Mor não me responde, só disse que ela está medicada e que os resultados ainda não sairão, mas eu não co
Leandro Moreti (Mor)Voltamos para nosso apartamento algumas horas depois. Betina estava calada e nada do que eu fizesse a fazia se abrir comigo.Ela se fechou em seu mundo, me deixando receoso com o que poderia estar passando em sua cabeça naquele momento.Mesmo que ela não quisesse o bebê, eu o queria. Eu nunca os deixaria sozinhos, mesmo que no futuro nós não estivéssemos mais juntos."Quer que eu faça algo para você comer?" Entrei no quarto e a vi sentada na cama olhando pela janela. Mesmo que a brisa que entrava fosse suave, eu podia sentir a tensão que emanava de seu corpo."Não, obrigada." ela não se virou para mim para responder. Continuou imersa em seus pensamentos, me deixando aflito.Sai do quarto e voltei para sala pensando no que eu poderia fazer para amenizar a situação. Meus dedos coçavam de vontade de falar com Mau e pe
Leandro Moreti (Mor)Alguns dias se passaram desde que nossas vidas mudaram para sempre. Toda vez que olhava para Betina, ela estava acariciando a barriga, e sempre que ela me pegava olhando sorria feliz.Era isso que eu sempre quis. Aquela paz, aquela áurea de pertencer a algum lugar e ser parte de verdade de alguma coisa.Não que eu não fosse à Máfia. Seria mentira se eu dissesse que não sentia falta dos meus amigos. Até mesmo de Drake. Ele sempre foi um irmão para mim e eu não tinha como evitar pensar se estava tudo bem com ele e com o nosso grupo.O interfone tocou e fui até lá atender vendo Betina me seguir. O porteiro me disse que tinha chegado uma encomenda para ela."Vou descer para buscar." ela concordou.Corri até lá e retornei rapidamente com o envelope na mão, aquilo não parecia boa coisa e tanto eu quanto ela ficamos receosos
BetinaEstava diante do espelho, vestida de branco, meu vestido simples, mas que tinha o poder de me fazer sentir especial. Minhas mãos tremiam enquanto eu ajustava o véu delicado que cobria meu rosto. Olhei para o reflexo e, por um instante, me vi da maneira como sempre sonhei: uma noiva. A emoção borbulhava em meu peito, mas também havia uma pitada de medo.Mor estava do lado de fora, esperando por mim na pequena capela local. Era apenas ele, eu e o juiz de paz, como imaginamos que seria. Um casamento íntimo, só nosso. Mas, apesar da simplicidade da cerimônia, o significado por trás daquele momento era profundo.Eu não conseguia evitar a sensação de medo que se agarrava a mim. Medo de que algo acontecesse, de que Barone nos encontrasse, de que Mor se machucasse. Sentia-me protegida em seus braços, e a ideia de ficar longe dele por alguns dias me enchia de ansiedade.<
BetinaEstamos no aeroporto, e o nervosismo de Mor é quase palpável. Segurando minha mão com firmeza, ele me olha com os olhos cheios de preocupação."Betina, lembre-se de ligar para mim assim que chegar à Índia. Não importa a hora, eu quero saber que você está segura", ele diz, sua voz embargada pela ansiedade.Eu assinto, tentando manter minha própria voz firme. "Eu vou, Mor. E não se preocupe tanto. Vai ser só por alguns dias."Ele solta um suspiro tenso e me puxa para um abraço apertado. Seu corpo está rígido de preocupação, e eu posso sentir seu coração batendo forte contra o meu."Eu sei que é só por alguns dias, piccolina, mas não consigo evitar me preocupar. Você é a coisa mais importante da minha vida, você e nosso bebê", ele confessa, sua voz rouca de
Leandro Moreti (Mor)O avião pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, e meu coração estava acelerado de ansiedade. A jornada de volta ao Brasil foi longa e inquietante, mas eu sabia que era necessário para enfrentar Barone e proteger minha família.Assim que saí do avião e passei pelo controle de passaportes, me dirigi rapidamente para a área de bagagem. Minha mente estava focada em Barone e em como poderíamos detê-lo antes que ele causasse mais danos.Ao entrar na área de desembarque, avistei Mau, meu amigo e parceiro de confiança, esperando por mim. Seu rosto estava tenso, refletindo a gravidade da situação que enfrentávamos."Mor, finalmente você chegou", disse Mau com um aceno, se aproximando de mim. "A situação está complicada."Apertei a mão dele com firmeza, reconhecendo o peso da situaç&atil
DrakeSentado na sala de reuniões da nossa organização, observava Mor, Mau e alguns outros membros de nossa equipe enquanto discutíamos o plano para pegar Barone. As ideias de Mor eram brilhantes, estratégicas e bem pensadas, e eu não pude deixar de me impressionar com sua habilidade e inteligência. Era como se ele estivesse no comando o tempo todo, mesmo quando esteve ausente.Enquanto ele delineava os detalhes do plano, percebi o quão tolo eu tinha sido ao afastá-lo. Sua capacidade de lidar com a pressão era inegável, e ele era uma parte fundamental de nossa equipe. Eu tinha deixado meu orgulho e meu ressentimento se interpor em nosso caminho, mas agora estava claro que ele era o meu braço direito e estrategista, alguém de quem sempre precisamos."Mor, isso é brilhante", eu disse, surpreendendo a todos, inclusive a mim mesmo. "Dando uma distração para