Lady BMe troquei e cuidei de minhas necessidades mais rápido que nos outros dias. Cheguei na sala de jantar e o mesmo bule com a mesma xicara permaneciam ali, mas não me importei. Disquei para Luiza e em poucos minutos ela já estava em minha casa. —Quem morreu ? — falou assim que passou pela porta e me viu andando de uma lado para o outro. — Eu vou, se você não me ajudar — ela me olhou confusa e contei a ela o que queria. Luiza seria o meu passe de entrada para o mundo verdadeiro da máfia. Eu queria ser como as outras mulheres. Queria saber me defender, entender sobre os assuntos que os nortiavam, saber suas regras. — Bom não vai ser fácil, mas tenho certeza de que se você se aplicar logo parecerá que nasceu aqui — sorri a abraçando. — Primeiro vamos contratar um treinador para você, precisa aprender a se defender. — Acha mesmo necessário? — Betina, você me chamou aqui para que? — concordei. — Segundo, você precisa mudar essas roupas — olhei para a minha babylook e meu jeans.
Lady B Naquela noite Drake não dormiu no mesmo quarto que eu. Na verdade nem sei se ele chegou a dormir. A única coisa que sei é que cansei de ser tratada dentro de uma redoma ao seu bel prazer. Precisava arranjar uma forma de mostrar a ele que eu era capaz de me cuidar e se eu aprendesse o que Luíza queria me ensinar seria ainda melhor. Pensei em várias maneiras de convencê-lo a mudar de ideia, de mostrar que isso era uma coisa que eu queria e que não me mudaria como pessoa. Eu continuaria sendo a sua Betina, só que com mais habilidades. Desci na manha seguinte seguindo o mesmo ritual, porém uma coisa seria diferente. Abri todos os armários a procura dos ingrdientes para eu fazer minha famosa macarronada de forno. Fui colocando cada ingrediente em cima da mesa e dei uma ultima olhada para gartantir que nada estivesse faltando. Comecei a picar os ingredientes e coloquei o macarrão no fogo para cozinhar. Eu sei, é cedo para fazer isso, mas nunca se sabe a hora que Drake chegar
Lady B Mesmo sem a aprovação de Drake, implorei para que Luíza me levasse ao seu treinador de defesa pessoal. Ela não ficou feliz com isso e disse que o professor dela tamb'[em não aceitaria por ser subordinado de Drade. Não tendo mais a quem recorrer, arranjei um instrutor em uma academia de artes marciais ao qual eu ia todas as manhas. No começo ele questionou o porque de eu querer tantas aulas, ja que a maioria das alunas só tinha um ou dois dias de treinamento. Tenho certeza que ele achou que eu sofria de algum abuso dentro de casa. Expliquei que sempre tive vontade de fazer lutas e aprender a me defender e que agora eu estava afastada da faculdade porque tinha perdido o semestre. Ele fingiu acreditar e eu preferi que assim fosse. Nossos relacionamento estava estável, ele não se envolvia tanto no que eu fazia durante o dia e eu fingia não ver as consequencias de seu trabalho. Todos os dias novos homens apareciam a nossa porta, as reuniões estavam sempre fechadas e pouco eu co
— Me desculpe, senhora —novamente ele não me olhou nos olhos.— SEU COVARDE —gritei para Drake que fechou a porta sem se importar — Vocês todos são um bando de.... um bando de... — eu não tinha palavras para descrever a frustração que eu sentia naquele momento. — Vai ficar me vigiando mesmo?— Pelo que eu conheço da senhora, nem todos os olhos do mundo seriam capazes de te impedir do que quer.— Ainda bem que sabe.— Mas vou fazer meu máximo para que isso aconteça.— Mor, eu te considero um amigo, então por favor, me leve até lá. É só isso que eu te peço. Se estiver mais terrivel do que você imagina, nós voltamos, mas por favor, me deixe tentar.— Não!— MOR! — tentei passar por ele e quando ele me parou colocando as mãos em meu ombro eu comecei a chorar desesperada. — SE ELE MORRER, A CULPA TAMBÉM SERÁ MINHA. TUDO É SEMPRE CULPA MINHA DESDE QUE ELE ME CONHECEU....—Não, Lady B, não é, ele só quer que você entenda a gravidade do que irá acontecer hoje e não tente ajudar, por que ele n
Lady BAcordei naquela manha de sobre salto. Senti a presença dele no quarto e acordei com seus olhos grudados em mim. Me sentei na cama esperando por toda a carga que ele iria jogar sobre mim, mas não foi isso que aconteceu. Drake só ficou ali me olhando e esperando tudo que eu pudesse falar sobre o que aconteceu a três dias. — Sei que está com raiva — acabei falando primeiro.— Raiva nem passa perto do que eu sinto agora — sua resposta foi curta e seca. Seus olhos estavam mirados em minha testa que estava roxa e tinha uma aparencia horrivel, mas já nem doia mais.— Me desculpa Drake. Eu sei que agi errado, eu deveria ter te ouvido e ouvido Mor.— Não fale o nome dele. — me calei assustada com o seu rompante. — Eu não quero ouvir nada sobre ele agora e também não quero ouvir nada de você, então fiquei calada. — concordei com a cabeça e abaixei minha cabeça olhando para minhas mãos.O tempo foi passando e ele continuava a não dizer nada apenas me olhar. Era assustador pensar no que
Lady BRespirei fundo tentando não me abalar com sua imagem. Ao mesmo tempo que ele parecia seguro em sua postura, suas mãos se abriam e fechavam me mostrando que ele estava tenso.— Por que está molhada? — foi sua primeira frase descendo os dois degraus a sua frente. — Mau estava com você e achei...— Ele tinha assuntos a resolver com Luíza, pelo que parece tudo que nos envolve acaba destruindo as pessoas a nossa volta — passei por ele sem me importar e fui direto para o quarto tirando minha roupa molhada e jogando de qualquer jeito no canto do piso do banheiro. Eu precisava que o chuveiro levasse todas os problemas que o dia de hoje havia me trazido. Queria estar tranquila para começar o dia de amanha e esquecer esses pontos em minha testa, esquecer dos problemas que a máfia de Drake tinha, esquecer tudo que as pessoas a minha volta estavam passando por minha culpa.—Vamos conversar? — a voz de Drake se infiltrou em meus pensamentos e abri os olhos para olhá-lo. Drake já estava de
Lady BO dia seguinte amanheceu chuvoso.Até mesmo o clima parecia entender que as coisas não estavam tão bem como o clã Cacciattore acreditava.Drake passou a noite sedado, as lesões eram sérias e os riscos de sequelas ainda não tinham haviam sido descartadas. Mor me mantinha informada de cada boletim médico e eu andava de um lado para o outro esperando que esse pesadelo acabasse de uma vez.As horas se passaram. Os dias eram infindáveis e o quadro dele não melhorava. Luíza e Mau estavam em casa comigo enquanto Mor não saia do lado dele.— Ele vai ficar bem, querida — Luíza apertou minha mão enquanto me trazia mais um chá calmante feito por Lady Fontana.— Já faz dias, Lú. Ele deveria ter começado a melhorar — Olhei para Mau que evitava meu olhar. — Eles não me falam nada —
Leandro Moretti (Mor)— Ela não está atendendo— olhei para Mau que estava concentrado no celular.— Deve estar se arrumando.— Eu mandei ela não largar a porra do celular— falei me irritando ainda mais.— E ela faz o que qualquer um de nós manda?— ele riu e revirei os olhos e continuei tentando.— Vá buscá-la, daqui a pouco Drake acorda novamente e vai querer saber por que ela ainda não chegou.— Estou indo— andei em direção a porta, mas ela foi aberta antes por alguns de nossos homens.—Senhor— era um dos nossos seguranças— Capturaram a Lady.— Que Lady? — falei devagar apertando o celular em minhas mãos.— Senhor, se passaram por nós. Derrubaram todos os seguranças da casa e ela simplesme