Drake
Me sentei a frente do Dom assim que todos deixaram a sala. Era nítido o meu desconforto.
Os olhos dele me evitaram por alguns minutos até que ele se resolveu o que era preciso que eu ouvisse.
— Giordano, sei que você tem o livre arbítrio dentro desta máfia, nunca tive que lhe pedir nada, você sempre esteve a frente e sabia o que fazer e como fazer. Sempre foi o meu pupilo. — ele se levantou cruzando as mãos nas costas. Não me virei para ver o seu caminho. Ainda estava raciocinando sobre como deveria seguir. Betina era prioridade em minha vida, mas minha famiglia também era, não tinha como decidir por um só. — Entretanto, me admira a sua escolha de companheira. Não sei quais motivos o levaram a trazer uma bastarda para nossa família, mas a presença dela tem sido bastante discutida em minha casa.
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DrakeVoltei para sala e Betina e Luiza não estavam mais por lá.— Pelo visto as coisas não saíram como você esperava. — Mor falou assim que pisei na sala.— Acho bom você acelerar o casamento — olhei para Mau que franziu o senho.— O que quer dizer?— Nosso chefe considera sua noiva uma boa escolha para mim. — ele empalideceu.— O que disse?— Que não, é óbvio. Quero ficar com a Betina e farei de tudo para que todos a aceitem, por bem ou por mau.— Já pensou que isso possa ser um aviso? — olhei novamente para Mor.— Aviso?— A dias estou percebendo alguns Orrorres passarem por nosso bairro, como não nos atacaram, não fizemos nenhum movimento, porém...&mda
Lady BMais um dia acordei sozinha e sem perspectiva de vê-lo. Já era um habito acordar no meio da noite para velar seu sono e averiguar se existia mais algum machucado em sua pele. Drake sempre tentava esconder qualquer coisa que me assustasse em seu mundo, tentava me iludir que aquilo não era algo perigoso. Só por Deus! Se ele ser o chefe da Máfia não era perigoso, o que seria?Me arrastei para fora da cama e fui até o banheiro e me encostei na pia observando minha imagem no espelho. Seria sempre assim? Esfreguei meu rosto com força tentando afastar a frustração que eu sentia. Eu amava Drake, mas o peso de sua vida começava a me afetar.Troquei de roupa e desci as escadas pensando em como abordar Drake hoje a noite, por que com certeza seria o único momento que eu o veria durante todo o dia. Como de costume, o café estava posto a mesa e quando digo café, é só isso mesmo. Lady Fontana continuava a me evitar e fazia questão de não estar presente nos momentos em que Drake não est
Lady B Fiquei sentada na cama esperando Drake aparecer e perto da meia noite ele o fez. — Ainda acordada? — ele não me olhou e tenho certeza que soube que ouvi sua conversa. — A quase uma semana que não conversamos — falei me arrastando até a beirada da cama. — Sei que está me evitando — ele não disse nada e não voltou para o quarto. Ouvi quando o chuveiro foi ligado e deixei que ele tivesse seu tempo. Quando voltou com a toalha na cintura vi algumas manchas roxas cobrindo seu torax e me levantei para olhar mais de perto. — É isso que você está escondendo de mim, não é? — ele evitou meus olhos e segurou minhas mãos, as beijando em seguida. — Não quero que se sinta mal com isso. — respirei fundo — É algo natural para mim. — Drake, não tem como isso ser normal — ele me soltou e se afastou — Não tem, porque ... — Betina, escuta — ele se sentou na cama e me encarou. Seus olhos estavam mais frios, mais duros. — Quando você descobriu o que eu era, eu te mostrei. Te falei sobre os per
Lady BMe troquei e cuidei de minhas necessidades mais rápido que nos outros dias. Cheguei na sala de jantar e o mesmo bule com a mesma xicara permaneciam ali, mas não me importei. Disquei para Luiza e em poucos minutos ela já estava em minha casa. —Quem morreu ? — falou assim que passou pela porta e me viu andando de uma lado para o outro. — Eu vou, se você não me ajudar — ela me olhou confusa e contei a ela o que queria. Luiza seria o meu passe de entrada para o mundo verdadeiro da máfia. Eu queria ser como as outras mulheres. Queria saber me defender, entender sobre os assuntos que os nortiavam, saber suas regras. — Bom não vai ser fácil, mas tenho certeza de que se você se aplicar logo parecerá que nasceu aqui — sorri a abraçando. — Primeiro vamos contratar um treinador para você, precisa aprender a se defender. — Acha mesmo necessário? — Betina, você me chamou aqui para que? — concordei. — Segundo, você precisa mudar essas roupas — olhei para a minha babylook e meu jeans.
Lady B Naquela noite Drake não dormiu no mesmo quarto que eu. Na verdade nem sei se ele chegou a dormir. A única coisa que sei é que cansei de ser tratada dentro de uma redoma ao seu bel prazer. Precisava arranjar uma forma de mostrar a ele que eu era capaz de me cuidar e se eu aprendesse o que Luíza queria me ensinar seria ainda melhor. Pensei em várias maneiras de convencê-lo a mudar de ideia, de mostrar que isso era uma coisa que eu queria e que não me mudaria como pessoa. Eu continuaria sendo a sua Betina, só que com mais habilidades. Desci na manha seguinte seguindo o mesmo ritual, porém uma coisa seria diferente. Abri todos os armários a procura dos ingrdientes para eu fazer minha famosa macarronada de forno. Fui colocando cada ingrediente em cima da mesa e dei uma ultima olhada para gartantir que nada estivesse faltando. Comecei a picar os ingredientes e coloquei o macarrão no fogo para cozinhar. Eu sei, é cedo para fazer isso, mas nunca se sabe a hora que Drake chegar
Lady B Mesmo sem a aprovação de Drake, implorei para que Luíza me levasse ao seu treinador de defesa pessoal. Ela não ficou feliz com isso e disse que o professor dela tamb'[em não aceitaria por ser subordinado de Drade. Não tendo mais a quem recorrer, arranjei um instrutor em uma academia de artes marciais ao qual eu ia todas as manhas. No começo ele questionou o porque de eu querer tantas aulas, ja que a maioria das alunas só tinha um ou dois dias de treinamento. Tenho certeza que ele achou que eu sofria de algum abuso dentro de casa. Expliquei que sempre tive vontade de fazer lutas e aprender a me defender e que agora eu estava afastada da faculdade porque tinha perdido o semestre. Ele fingiu acreditar e eu preferi que assim fosse. Nossos relacionamento estava estável, ele não se envolvia tanto no que eu fazia durante o dia e eu fingia não ver as consequencias de seu trabalho. Todos os dias novos homens apareciam a nossa porta, as reuniões estavam sempre fechadas e pouco eu co
— Me desculpe, senhora —novamente ele não me olhou nos olhos.— SEU COVARDE —gritei para Drake que fechou a porta sem se importar — Vocês todos são um bando de.... um bando de... — eu não tinha palavras para descrever a frustração que eu sentia naquele momento. — Vai ficar me vigiando mesmo?— Pelo que eu conheço da senhora, nem todos os olhos do mundo seriam capazes de te impedir do que quer.— Ainda bem que sabe.— Mas vou fazer meu máximo para que isso aconteça.— Mor, eu te considero um amigo, então por favor, me leve até lá. É só isso que eu te peço. Se estiver mais terrivel do que você imagina, nós voltamos, mas por favor, me deixe tentar.— Não!— MOR! — tentei passar por ele e quando ele me parou colocando as mãos em meu ombro eu comecei a chorar desesperada. — SE ELE MORRER, A CULPA TAMBÉM SERÁ MINHA. TUDO É SEMPRE CULPA MINHA DESDE QUE ELE ME CONHECEU....—Não, Lady B, não é, ele só quer que você entenda a gravidade do que irá acontecer hoje e não tente ajudar, por que ele n
Lady BAcordei naquela manha de sobre salto. Senti a presença dele no quarto e acordei com seus olhos grudados em mim. Me sentei na cama esperando por toda a carga que ele iria jogar sobre mim, mas não foi isso que aconteceu. Drake só ficou ali me olhando e esperando tudo que eu pudesse falar sobre o que aconteceu a três dias. — Sei que está com raiva — acabei falando primeiro.— Raiva nem passa perto do que eu sinto agora — sua resposta foi curta e seca. Seus olhos estavam mirados em minha testa que estava roxa e tinha uma aparencia horrivel, mas já nem doia mais.— Me desculpa Drake. Eu sei que agi errado, eu deveria ter te ouvido e ouvido Mor.— Não fale o nome dele. — me calei assustada com o seu rompante. — Eu não quero ouvir nada sobre ele agora e também não quero ouvir nada de você, então fiquei calada. — concordei com a cabeça e abaixei minha cabeça olhando para minhas mãos.O tempo foi passando e ele continuava a não dizer nada apenas me olhar. Era assustador pensar no que