Acreditei que quando ele me tocasse tudo voltaria ao normal, que tudo o que sentíamos um pelo outro se manifestaria e ele diria o quanto sentiu minha falta.
— Eu já estive e sei bem o que pode acontecer e eu quero Drake, eu quero...
— Bambina, me escute — ele me trouxe para ainda mais perto — Eu queria poder te dar o mundo, te dar tudo o que você merece, mas eu não posso, porque o que você merece não se compra. Tudo que eu tenho é limitado. Minha liberdade não é minha, meus atos não são meus. Eu sou o Capo apenas dos Cacciatores, mas respondo ao Dom da máfia King. Não posso ser o que você merece, entende?
— Não, Drake, eu não entendo — meus olhos começaram a transbordar e me afastei dele. Ele estava abrindo mão de mim novamente e eu não sabia o que pensar sobre aquilo.
— Betina... &mdas
Drake não me tocou enquanto não saímos do evento.Coloquei minha roupa de volta no lugar e fui até o chefe do buffet me despedir. É claro que o homem ficou furioso pelo meu sumiço e ainda mais por eu dizer que iria sair no meio do evento.—Você é uma irresponsável. NUNCA MAIS IRÁ CONSEGUIR EMPREGO EM NENHUM LUGAR DE SÃO PAULO — o ouvi gritar enquanto dava as costas.O que mais ele poderia fazer, me bater? Não, com certeza não iria se queimar por tão pouco.Encontrei Drake sentado no capo do seu carro de corrida, onde ele disse que me esperaria. Não havia mais ninguém naquele lugar.— Está pronta? — concordei com a cabeça e ele abriu a porta para mim. — Vou te levar para sua nova casa. — mordi o lábio enquanto me sentava em seu carro.Tudo aquilo parecia um sonho, e
Mesmo sem nenhum experiência previa, ele me queria e eu daria tudo só para ter mais esse momento de intimidade entre nós.— Quero que me faça sua — falei aos sussurros.— E quer que eu te beije aqui — ele colocou a boca em minha barriga.—Não.— Então aqui — novamente ele estava em minha coxa direita.— Não — falei mais firme.— Aqui — ele correu a língua pelo cós da calcinha.— Mais para baixo — já estava me retorcendo de desejo.— Ah por que não disse antes — ele passou a língua pelo pano de minha calcinha e me senti inflamar. — Aqui te faz pulsa, bambina?— Sim!— Você quer mais?— Sim!—Desse jeito? — ele continuou esfregando a língua por sobre a calcinha, mas eu queria mais con
Não foi difícil me acostumar com a rotina de Drake.Cedo ele sempre me esperava acordar para levantar da cama, ele me abraçava e ia para seu banho enquanto eu corria para o outro banheiro para me arrumar.O café da manha era sempre farto e sortido, as cozinheiras eram muito dedicadas e pareciam gostar do que faziam. Ele me apresentou a todos e me senti bem recebida por alguns. Não era assim sempre.Nas primeiras reuniões em que ele me levou, sua famiglia me olhou de cima abaixo e desdenhou o meu nascimento.Não existia uma fibra em mim que tivesse parentes na Itália e isso era uma abominação na visão deles, contudo ninguém era louco de contestar a decisão do Capo e eu não era louca de dizer a ele sobre os olhares que recebia quando ele não estava por perto.— Não pode ficar só mais um pouquinho comigo essa manha?
Lady B.Voltei para casa angustiada, eu sabia que deveria uma explicação a eles, sabia que eles mereciam mais de mim, mas não tinha forças para aquilo. Ainda não.Eu precisava achar uma forma de casar os dois mundos e manter tanto meus pais em minha vida como Drake.Na casa o silêncio reinava, os funcionários de Drake ainda não me viam como a nova integrande da famiglia ou a mulher de sua vida, eu era apenas o novo brinquedo que eles não precisariam se preocupar.Fui até nosso quarto e joguei minha bolsa para o lado e me sentei analisando toda a situação que estava a minha frente. Eu tinha o poder de escolha, mesmo assim me sentia errada por fazê-la.Troquei de roupa e desci as escadas não vendo ninguém pelo caminho. Fui até o piano de cauda e me sentei nele alisando de um lado ao outro. Respirei fundo e levantei a t
Não sei em qual momento peguei no sono, mas quando acordei Drake estava sentando na poltrona ao lado de nossa cama me encarando.— Que horas são? — perguntei me sentando na cama.— Três horas da manhã. — olhei para as cortinas fechadas e voltei a encará-lo. — Por que não me disse que ainda não tinha contado a seus pais? — ele estava sério e com razão.— Vai me fazer voltar? — falei jogando minhas pernas para fora da cama.Drake se levantou e veio em minha direção com seu olhar felino, avaliando todos os meus movimentos. Ele parou a minha frente e se abaixou colocando as mãos no colchão uma em cada lado de minha coxa.— Não, se não quiser — seus olhos procuravam alguma coisa e meu rosto e eu não sabia dizer o que era. — Mas não quero que minta novamente para mim.
Drake fazia o possível para eu me sentir aceita, sempre me colocando em seus meios sociais e em suas atividades cotidianas, porém nem sempre eu me sentia assim.Era difícil ver os olhos das pessoas em minha direção me incriminando por amá-lo, por estar ao lado dele. Eu tentava a todo custo me fazer de forte, provar para ele que não estava sentindo a indiferença, mas quando ele dormia, nem sempre eu fazia o mesmo. Vagava pela imensa mansão pensando em tudo que estava acontecendo em minha vida.As vezes eu sentia vontade de ir embora.As vezes eu questionava a minha decisão.As vezes eu me sentia errada por amar.— Por onde você está vagando agora? — Luiza tinha chegado em casa a algum tempo. Desde que ela me levou para o estúdio de tatuagem e depois passou para Drake o meu recado, mesmo que não atendido, eu passei a vê-la co
Terminei de subir as escadas e quando entrei em meu quarto, havia um teclado no meio dele com um cartão em cima." Lady B,Para que possa fazer música por onde for,Mor"Fiquei surpresa com aquele presente, com a delicadeza do ato.As vezes eu queria ficar trancada dentro do quarto apenas dedilhando as teclas, mas como faria isso se o piano não podia ser carregado para onde eu quisesse. Não poderia me esquecer de agradece-lo por ter sido tão amável.Me sentei na banqueta e dedilhei pequenos acordes esperando que Drake voltasse logo e me tomasse como sua. Eu sentia falta do nosso tempo a sós. Parecia que a cada dia ele ficava cada vez mais afastado de mim.— Senhorita? — as batidas na porta me tiraram de meu devaneio.— Entre — me virei e vi Mor entrar pela porta.— Achei mesmo que iria querer aproveitar o presente.— É
DrakeMe sentei a frente do Dom assim que todos deixaram a sala. Era nítido o meu desconforto.Os olhos dele me evitaram por alguns minutos até que ele se resolveu o que era preciso que eu ouvisse.— Giordano, sei que você tem o livre arbítrio dentro desta máfia, nunca tive que lhe pedir nada, você sempre esteve a frente e sabia o que fazer e como fazer. Sempre foi o meu pupilo. — ele se levantou cruzando as mãos nas costas. Não me virei para ver o seu caminho. Ainda estava raciocinando sobre como deveria seguir. Betina era prioridade em minha vida, mas minha famiglia também era, não tinha como decidir por um só. — Entretanto, me admira a sua escolha de companheira. Não sei quais motivos o levaram a trazer uma bastarda para nossa família, mas a presença dela tem sido bastante discutida em minha casa.—