— Alô? — falei sem olhar muito para o número.
— Preciso te ver — meu coração disparou no momento em que o timbre de sua voz ecoou por meu ser.
— Drake?
— Betina, eu preciso te ver agora!
— O que está acontecendo, você está bem?
— Só diz que posso ir te buscar, por favor?
— Eu... — olhei em volta — Não sei, você sumiu — mordi o lábio me arrependendo de minha fala.
— Eu sei, mas não posso te explicar agora, só preciso que venha até mim. É importante — sua voz continuava desesperada e me levantei do sofá.
— Não vai me levar para nenhum lugar super chic, não é? Eu não tenho roupa para ir. — ele riu do outro lado da linha.
—Vou te levar para um lugar tranquilo, prometo.
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Drake Minhas mãos percorriam o corpo dela em desespero. Eu a queria por inteiro e queria agora. Assim que a deitei no sofá tive certeza de que ali seria a primeira vez que a possuiria, mesmo sabendo que ela merecia mais. Toda a vontade que eu tinha bravamente escondido explodiu com sua dança e olhares safados. — Drake, espere! — levantei minha cabeça devagar e observei seu rosto. Havia um misto de desejo com medo e aquilo acendeu um alerta em minha cabeça, mesmo que o whisky nublasse um pouco minha atenção. — Fiz algo de errado? — continuei sobre seu corpo parando meu rosto bem perto ao seu. — Não — ela mordeu o lábio e sorri. Ela estava nervosa e eu entendia, talvez nunca teve a ousadia de fazer sexo em um ambiente tão aberto e estava com medo de ser vista. Voltei a beijá-la tentando fazê-la esquecer de onde estávamos. Minha mão escorregou por seu corpo acariciando cada pedaço dele e parando em seu seio macio. Gemi
Betina Cheguei em casa destruída. Eu senti cada toque, cada beijo recheados de atenção e carinho e agora não havia mais nada. Ele acabou tudo simplesmente porque não me considerava uma igual. Mas eu não acreditava nele, sabia que estava mentindo para nós dois. Foram 5 dias sem vê-lo e o desespero tomou conta de nós dois. Como seria sem nunca mais vê-lo? Meus pais estavam na sala me esperando quando abri a porta. Olhei para o relógio da parede e não eram nem 5 horas ainda. — Onde estava? — me irritei com a pergunta de minha mãe. — Sai com alguns amigos — coloquei minha bolsa sobre a mesa — Deixei um bilhete avisando. — Eu vi — ela se aproximou e veio em minha direção. — Por que não nos falou que iria sair? — Por que resolvi de última hora. Não foi você que me disse que eu deveria sair mais? — a desafiei e ela estreitou os olhos. — Falei, mas não pensei em te ver chegando a essa hora ou nesse estado. —
BetinaTentei por dias persuadir meus pais a desistirem daquela decisão, mas não teve acordo, eles exigiram que eu voltasse para a casa com eles.Bem lá no fundo eu sabia que seria melhor, porque eu não estava aguentando a dor que dilacerava meu peito pelas chamadas rejeitadas de Drake, porém em minha mente ainda existia uma pequena chance de que se ele me visse mudaria de ideia.Ia para a faculdade sempre observando o caminho, tentando achar qualquer carro preto a minha espera ou me seguindo, porém não o vi mais.Esse era um sinal claro que de Drake não esperava mais nada de mim e que eu deveria seguir com a minha vida.Fui até a secretária da faculdade solicitar minha transferência para a nova faculdade que a partir de agora seria EAD por não ter na cidade onde meus pais moravam.Tudo que eu nunca quis foi que minha vida virasse de cabe&c
Betina No caminho ela me questionou sobre nós, como eu o tinha conhecido e contei sobre o suposto assalto que depois descobri ser uma vingança entre as gangues. Ela xingou e me olhou agradecida. — Aqueles nojentos dos Orrorres não perdem por esperar, nós vamos extingui-los da face da terra, escreva o que estou te dizendo. — concordei com a cabeça sem ter certeza. O caminho por onde ela me levava era totalmente novo para mim e tive certeza de que não conhecia nada sobre o mundo dele. Subimos em uma favela e fiquei apreensiva. O carro da mulher, que eu ainda nem sabia o nome, era extremamente chamativo, logo seriamos vitimas de uma assalto. — Tem certeza que é por aqui? — perguntei com medo. Talvez eu não devesse ter confiado nela tão cegamente. —Você não sabe nada sobre nós, não é? — ela debochou da minha cara e tive que engolir a raiva que subia por minhas veias — Aqui é a raiz dos nossos negócios. Cacciatores tem domínios sobre
Meus pais não viram quando cheguei em casa, mas se tivessem visto com certeza achariam que eu tinha usado todas as drogas do mundo e tão vermelhos que meus olhos estavam. Peguei um Uber para ir até em casa, sem me importar se o homem era digno ou não de me levar para casa. Eu estava destruída de tantas formas que não havia mais por que permanecer ali naquele lugar, relembrando como aquele último mês tinha sido diferente de tudo que eu já vivera. Me joguei no colchão da sala e observei a noite virar dia. Levantei antes dos meus pais e terminei de arrumar as últimas coisas que faltavam para a mudança. Quando eles levantaram eu já estava sentada na sala com minha mala arrumada e minha alma destruída. — Estou vendo que a noite foi boa — minha mãe falou risonha — Está com uma cara — seu ar era divertido e forcei um sorriso. — Se foi. — pensei no tempo que o esperei, olhando casal após casal entrar no lugar onde ele quase me f
Ao mesmo tempo em que eu me arrependia de ter seguido o carro do pai de Betina, não me arrependia de ter tomado as decisões que tomei. Não podia mais colocá-la em risco e estava determinado a cumprir essa promessa, porém não imaginei que vê-la ir embora arrasaria tanto meu coração.Hoje faz um mês que ela se foi e em nada diminuiu o desespero que sinto toda vez que penso nela. Me odiava por fazê-la sofrer.Vi naquele carro toda a tristeza que eu estava fazendo a minha garota passar e me odiei ainda mais. Não foi assim que imaginei aquela cena. Não foi assim que pensei que as coisas aconteceriam entre nós.Ela nunca iria saber, mas desde o dia em que a deixei em casa, nunca me afastei por completo.Monitorei cada passo que ela deu, vi cada suspiro e cada lágrima que ela soltou quando achou que ninguém mais via. Ela estava arrasada e eu ainda m
BetinaToda a euforia a minha volta não era pareô para o desespero que eu podia ver nele.Drake estava mais apático do que antes, não sorria e seu agradecimento pela comemoração era um simples aceno de cabeça.Aquilo me doía, me rasgava por dentro não saber como ajudar o homem que me transformará em uma fugitiva.Eu pensei em contar aos meus pais que iria voltar para São Paulo, pensei em dizer que viria visitar a Ana, mas eles desconfiariam, afinal desde que me mudei ela nunca me procurou e eu nunca mais quis saber dela.Minhas rotinas também não eram das melhores já que eu tinha decidido trancar minha faculdade de musica até que tudo voltasse ao normal, mas quem eu queria enganar, eu estava a dois meses juntando dinheiro para aquela viajem. Juntando cada centavo que ganhava como professora particular de piano de algumas crianças do meu ba
Acreditei que quando ele me tocasse tudo voltaria ao normal, que tudo o que sentíamos um pelo outro se manifestaria e ele diria o quanto sentiu minha falta.— Eu já estive e sei bem o que pode acontecer e eu quero Drake, eu quero...— Bambina, me escute — ele me trouxe para ainda mais perto — Eu queria poder te dar o mundo, te dar tudo o que você merece, mas eu não posso, porque o que você merece não se compra. Tudo que eu tenho é limitado. Minha liberdade não é minha, meus atos não são meus. Eu sou o Capo apenas dos Cacciatores, mas respondo ao Dom da máfia King. Não posso ser o que você merece, entende?— Não, Drake, eu não entendo — meus olhos começaram a transbordar e me afastei dele. Ele estava abrindo mão de mim novamente e eu não sabia o que pensar sobre aquilo.— Betina... &mdas