DanteEu tentei abrir os olhos, entretanto a luz me incomodou. Eu não sabia onde estava, nem com quem, só sentia que estava pesado. Alguém dormia ao meu lado. Aos poucos fui me acostumando com tudo e tomando coragem para ver o que estava em minha frente.Assim que consegui enxergar nitidamente, olhei em volta e vi o quarto branco com uma enorme janela, cortinas azuis, móveis brancos e detalhes azul-escuros. Ao meu lado estava Giulia encolhida em mim.Devagar, fui me recordando do que aconteceu e logo precisei buscar por respostas.— O qu...? O que aconteceu? — minha voz falhou e eu tive que pigarrear para poder dizer alguma palavra.Giulia se mexeu. Acreditei que eu a tivesse acordado. O que eu me lembrava da última vez que nos vimos foi que eu levei um tiro e que ela foi levada pelo idiota do pai. Também me recordei de Nina. Tive que a carregar para longe da casa pegando fogo.— Giulia, você está bem? Onde está a nossa filha? Onde está a Nina? — Eu me senti desesperado, já que não sa
GiuliaSeis meses depoisEu não podia imaginar, em toda a minha vida, que estaria tão feliz. Claro que antes de tudo isso, eu ainda tive que fugir e mendigar. Sofri com a possibilidade da perda. Mas hoje agradeço a Deus por ele ter me dado a oportunidade de viver essa felicidade.Ao olhar para Dante com Nina, mal me lembrava do homem sedutor e possessivo que despertou em mim uma paixão louca de menina. Ele já era um outro homem, mais alegre e que se dedicava à família. Claro que ele já fazia isso, porém estava diferente. Dante estava comigo e Nina, não só com seus irmãos.Óbvio que nada era tão perfeito. Os negócios da máfia o cobravam muito e eu tinha que dividi-lo com eles.Era bom saber que minha filha iria crescer tendo o seu pai por perto e que poderia até ter um irmão. Bem, era disso que Dante estava tentando me convencer. Parece que gostou da paternidade surpresa.Falando nele, ele havia acabado de chegar, abraçando-me por trás e beijando o meu pescoço, causando arrepios em mim
— O que está fazendo aqui, Dante? — Perguntou ela friamente.Ainda com o objeto na mão, virei-me para encontrar seu olhar furioso ao mesmo tempo que assustado. Dark estava um pouco diferente. Seus cabelos já eram mais longos, mas agora tinha uma maior extensão e tons claros mesclados com escuros, usava um jeans surrado, mas justo, uma blusa larga, mas o olhar era o mesmo. Ela sempre estava com raiva de alguma coisa.— Baixe a arma, eu só quero conversar. — Pedi com delicadeza. Apesar da fúria, eu não sabia se realmente atiraria em mim. Eu não estava à procura de briga, então não a irritaria tão fácil.— Não, irmão Mitolli, quando um de vocês procuram alguém como eu, têm segundas intensões, sempre querem algo, e estou facilitando para você, não estou a fim de ouvi-lo, compreende-lo ou ajuda-lo. — Falou sem largar a marra ou a arma que apontava em minha direção.A mulher estava a poucos passos da porta e o soldado do lado de fora empunhou a sua pistola em direção a ela, mas dei o coman
LORENZOEu não tinha um plano extra quando fui para Danaco. Estava em uma viagem de negócios, só isso. Mas fui surpreendido assim que o avião pousou no aeroporto da cidade onde estávamos começando a negociar com o cartel local. Dante não foi comigo, pois não podíamos os dois sair de Drakoy. Mas ele me alertou que essa cidade era cercada de criminosos ardilosos e que a polícia estava quebrando a cabeça com um ceifador. Além do cartel eu ainda tinha negócios com o governo, que estava planejando um contrato milionário para receber milhares de equipamentos e armas de última geração. Minha reputação oscilava entre o bilionário solteiro e bem-sucedido de uma empresa de armas a um homem envolvido com o crime organizado.Apesar da má reputação em alguns países, o empreendimento da família servia como um marketing e de onde tirávamos o dinheiro e poder dos Mitolli.Ao pisar fora do aeroporto fui recebido com mais que fotógrafos e pessoas querendo entrevista, buscando tirar de mim alguma res
DARKSempre fui boa em tomar decisões e me orgulhava disso. Minha vida não era fácil, quando não estava matando, estava caçando, era disso que eu gostava, me excitava, e quando não fazia, era como se estivesse presa em um quarto branco como uma louca.Danaco era o lugar da minha origem, mas minhas ações me trouxeram até aqui. Depois de matar um local cheio de traficantes e depois mais dois policiais, era o fim da linha.O destino me trouxe uma nova oportunidade e, como eu não era tola, aceitei a proposta ousada de um mafioso desconhecido.Sim, isso ia contra os meus princípios. Desde muito nova eu caçava homens como Lorenzo: traficantes, exploradores e mercenários, mas não só por prazer, porém, também por sentir a necessidade quase que louca por punição.Muito disso vinha do trauma de infância, com o meu pai, mas com o tempo fui ganhando gosto e isso se tornou um vício. Como Rose, eu era calculista e paciente. Quando a pessoa sob o meu poder era alguém tão sujo quanto eu, usufruía de
Ela cheirava a perigo, mas eu estava louco para provar desse veneno. Era arriscado dar a ela armamentos contra mim, porém, era uma ótima alternativa e caso desse errado, eu podia descarta-la facilmente, mesmo sendo tão deliciosa.Ela me deixava louco só com o olhar.Ainda estava imaginando seus olhos negros me encarando sem medo, isso nunca aconteceu. Me excitou, porém, eu tinha que controlar o meu instinto pervertido. Dante achava que era por puro prazer, mas a diaba era necessária. Ela era desconhecida, mas com a fama em Danaco, era só colocar uma notícia ali ou aqui e ela seria o alvo perfeito.Eu não confio nela e nem sei se confiarei. Sei que Dark será difícil de lidar, nunca teve que se controlar, mas tinha que concordar que era uma boa caçadora, fazia seu trabalho de forma limpa, mas deixava o estrago para trás. Será que vale mesmo a pena? Vender minha alma para alguém que não sei se devo confiar, e colocar todo o meu negócio em risco?Além do desejo que desperto quando estamo
DARKMatar pessoas era uma coisa muito fácil, se formos parar para pensar. Com algo pontiagudo em mãos, tudo pode acontecer. Até mesmo com algo grande ou de longo/curto espaço. O difícil mesmo era esconder o corpo.Desde muito nova venho aprimorando esse detalhe específico. Tudo depende da pessoa e do que ela fez para mim.Não sou uma serial killer, mesmo sentindo um imenso prazer em matar. Na verdade, eu gostava de punir, provocar dor e matar aos poucos, para que a pessoa se arrependesse de todos os seus pecados.Minhas escolhas eram bem especificas. Nunca machuquei alguém inocente, sempre foquei nos sujos, por isso me chamavam de ceifadora justiceira, uma fama que nunca pedi.Provocar medo gerava uma preocupação, tanto por colecionar inimigos, quanto por ser caçada pela polícia. Hoje, Lorenzo Mitolli se beneficiaria do meu sangue frio.Mesmo fazendo isso para ajuda-lo, eu ainda tinha a necessidade de saber se o homem era limpo ou sujo. Claro, se envolver com o rei do submundo de Dra
DarkRetirei o vestido charmoso que estava usando, ficando com a lingerie da mesma cor e um robe preto por cima. O barulho na porta me alegrava, era Edgar e eu estava em êxtase por causa do que aconteceria assim que ele entrasse.Abri a porta e deixei que ele olhasse para o meu corpo. Seus olhos pervertidos foram dos meus pés à cabeça, deixando-o animado. O puxei pela gravata para dentro do flete onde o seu fim estava próximo. Era tão bom estar prestes a matar esse homem que estava excitada.Edgar tentou me beijar, mas eu não preciso mais fingir que desejo o homem. Ele não estava embriagado, mas era o suficiente para prendê-lo à cama.— Você fugiu. — Ele disso olhando em meus olhos, enquanto continuava o puxando para mais perto da cama. Tirei a gravata e ele abriu alguns botões da sua blusa branca. — Estou esperando por isso desde que vi você. Mas devo avisar que gosto de ser.... selvagem.— Gosto de homem com uma pegada forte. — Falei abrindo o robe e o deixando cair no chão, mas voc