Capítulo 3
Anna se aproxima dele. Ao encontrarem-se novamente, ele estendeu a mão de maneira elegante, capturando a atenção dela.— Qual seu nome?— Anna Bonanno — respondeu estendendo a mão.— Anna, encantador nome para uma mulher igualmente encantadora — disse o homem, seus olhos transmitindo uma mistura intrigante de mistério e admiração.O toque suave de seus lábios na mão de Anna enviou um arrepio pelo corpo dela, fazendo-a sentir-se aquecida e com as bochechas coradas pela primeira vez em sua vida.Pelo menos, não se recordava de ter ficado envergonhada e excitada ao mesmo tempo na frente de alguém antes. A energia entre eles era palpável, e o interesse mútuo refletia-se nos olhares intensos que trocavam.— E você, como se chama?— Rodolfo Oliveira. É um prazer imenso, senhorita Bonanno — disse ele com um olhar enigmático e um tom sedutor em sua voz grave.— A noite reserva surpresas fascinantes, não é mesmo? — disse, ela com um sorriso.Rodolfo assentiu, mantendo o olhar fixo nos olhos dela. Anna estava intrigada com Rodolfo, sentindo uma conexão que transcendia as palavras.O interesse visível nos olhos de Anna confirmava que a presença de Rodolfo não apenas reavivara a chama da noite, mas também acendera uma faísca de desejo nela.Anna estava disposta a passar a noite com ele. Mas antes disso, tem que o conhecer melhor, nem todos gostam de seu pai ou a conhece. Tem que tomar muito cuidado por ser uma Bonanno.Já tentaram a sequestrar várias vezes, mas sempre conseguiu escapar. Seus seguranças andam à paisana, ninguém sabe quem são, podendo até serem confundidos com convidados.Rodolfo olhou para ela com um sorriso sedutor nos lábios. Aproximando-se ainda mais, estendeu a mão, e ela aceitou, colocando a dela sobre a dele.— Você é direta. Gosto de mulheres assim. Que sabem o que querem — ele disse, sua voz envolta em um tom sedutor que enviou arrepios pela espinha de Anna.O contato físico entre eles parecia gerar uma corrente elétrica, fazendo com que Anna se sentisse ainda mais atraída por ele. Seus olhares se encontraram em uma troca intensa, repleta de promessas silenciosas e desejos não ditos.Anna estava hipnotizada pela presença magnética de Rodolfo, sentindo-se como se estivesse sendo puxada para mais perto dele, incapaz de resistir ao magnetismo que os envolvia.A música suave que ecoava ao fundo parecia acompanhar o ritmo acelerado dos batimentos cardíacos de Anna enquanto ela se entregava àquele momento de intensa conexão. Seus pensamentos giravam em torno da figura sedutora de Rodolfo, seu sorriso hipnotizante e a aura de mistério que o envolvia.Enquanto mantinham o contato das mãos, Anna sentiu-se envolta por uma sensação de calor que se espalhava por todo o seu corpo, despertando um desejo ardente dentro dela. Era como se cada toque, cada olhar trocado entre eles, fosse uma dança sensual que os aproximava ainda mais.Ela entreabre os lábios e solta um suspiro, sentindo-os tremerem. Olha para ele, o silêncio os envolve, e tudo ao seu redor parece parar.Rodolfo inclinou-se ligeiramente para frente, seus lábios próximos aos dela, enviando ondas de antecipação e desejo por todo o seu ser. Anna sentiu uma corrente elétrica percorrer sua pele quando seus lábios quase se tocaram, criando uma tensão palpável no ar.Por um instante, o mundo ao redor parecia desaparecer, deixando apenas os dois ali, imersos em um momento de pura intensidade e paixão. Anna sabia que estava prestes a embarcar em uma jornada emocionante e perigosa ao lado dele, mas no momento, tudo o que importava era a eletricidade que os unia.Enquanto a música continuava a ecoar suavemente ao redor deles, Anna viu-se envolvida em um turbilhão de sentimentos conflitantes. Por um lado, havia o fascínio irresistível que sentia por Rodolfo, uma atração que transcendia a lógica e o bom senso. Por outro lado, havia a voz interior que a alertava sobre os perigos de se envolver com alguém tão misterioso e desconhecido.No entanto, no calor do momento, essas preocupações pareciam distantes e irrelevantes. O desejo queimava dentro dela, clamando por uma conexão mais profunda com aquele homem enigmático diante dela.Sem que percebesse, Anna encontrou-se inclinando-se na direção de Rodolfo, seus lábios quase se encontrando em um beijo iminente.E então, no momento crucial em que seus lábios estavam prestes a se tocar, o som de vozes próximas os arrancou do transe. A realidade voltou à tona, lembrando a Anna dos perigos que espreitavam nas sombras.Ela recuou abruptamente, sentindo uma mistura de frustração e alívio invadir seus pensamentos. Por mais tentador que fosse sucumbir à atração que sentia por Rodolfo, ela sabia que precisava manter a cabeça fria.Com um sorriso nervoso nos lábios, Anna desviou o olhar. Ela tentou recuperar a compostura enquanto afastava os pensamentos tumultuados que a invadiam.Respirando fundo para acalmar os nervos, Anna forçou um sorriso controlado e virou-se para encarar Rodolfo novamente. Seus olhos encontraram os dele, ainda cheios de uma intensidade que a deixava arrepiada.— Acho que devemos nos juntar ao restante dos convidados — sugeriu Anna, tentando dissipar a tensão palpável entre eles.Rodolfo assentiu, mas o brilho do desejo em seus olhos indicava que ele também sentia a eletricidade que pairava entre eles.Juntos, eles se afastaram do canto isolado onde estavam e se misturaram à multidão.Anna observava discretamente os convidados, curiosa para descobrir mais sobre Rodolfo Oliveira. Para sua surpresa e alívio, ela percebeu que um dos amigos de Rodolfo era como o braço direito de seu pai, um homem de confiança da família Bonanno.Essa descoberta trouxe um certo conforto para Anna. Ela sabia que, se necessário, poderia usar essa conexão para obter mais informações sobre Rodolfo e suas verdadeiras intenções.Mas, no final das contas, Anna sabia que não poderia ignorar a atração irresistível que sentia por ele. A presença dele mexia com algo dentro dela, despertando um desejo que ela não podia ignorar.Decidida a seguir em frente com cautela, Anna continuou a observar os convidados, procurando por mais pistas que pudessem ajudá-la a desvendar o enigma que era Rodolfo Oliveira.— Tudo bem? Parece distante — ele disse olhando-a nos olhos como se conseguisse ler seus pensamentos.— É impressão sua.Ele ofereceu o braço como um cavalheiro e andou pelo salão com ela. Cada passo, cada pessoa, cada conversa, Anna sentia que poderia confiar nele. Mesmo assim, por ser uma Bonanno, não pode confiar cem por cento em quem quer que seja.Capítulo 4Anna se deixava levar por Rodolfo pelo salão, sentindo-se cada vez mais aliviada por ele ser conhecido pelos colegas da família Bonanno.— Rodolfo? — ela perguntou, enquanto deslizavam entre os convidados.— Sim? — ele respondeu, mantendo um sorriso gentil nos lábios.— No que trabalha? — Anna indagou, curiosa.Rodolfo inclinou a cabeça levemente, ponderando suas palavras antes de responder.— Digamos que sou um contador, mas não apenas dos presentes aqui. Tenho minhas responsabilidades em várias empresas — ele disse, mantendo um tom enigmático.Anna arqueou uma sobrancelha, impressionada.— Você deve ganhar bem — ela comentou, observando-o atentamente.Rodolfo apenas deu de ombros, mantendo uma expressão discreta.— Não tenho do que reclamar — foi tudo o que ele disse, antes de mudar de assunto e conduzi-la para outra parte do salão.Enquanto conversavam, Anna deixou sua mão deslizar pelo braço de Rodolfo de forma sedutora, um gesto sutil que enviou um arrepio agradável pe
Capítulo 5Rodolfo observou o homem à sua frente com cautela. Ele não podia ignorar seu olhar ameaçador.Anna, respondeu com um sorriso forçado, mas convincente.- Sim, estou bem, obrigada - disse ela, tentando transmitir calma e segurança.Rodolfo observou a interação entre Anna e o homem, estranhando a preocupação do estranho. Aquela troca de palavras deixou-o mais alerta. Ele se perguntou quem era aquele homem e por que estava tão interessado no bem-estar de Anna.Enquanto observava-os, Rodolfo prometeu a si mesmo ficar mais atento e ter mais cautela.Olhou para Anna com um ponto de interrogação em seu semblante. Anna percebeu o olhar dele e ofereceu uma explicação com um sorriso leve nos lábios.- Acredito que seja apenas um amigo do meu pai preocupado ao me ver aqui com você - disse ela, tentando dissipar qualquer preocupação que pudesse surgir em Rodolfo.Embora suas palavras soassem plausíveis, Rodolfo ainda sentia uma pontada de desconfiança. Ele ponderou sobre a explicação de
Capítulo 6Anna sentiu uma onda de desconfiança enquanto Rodolfo a guiava pelos corredores escuros e tumultuados do restaurante. Seu coração batia descompassado, ela sentiu uma sensação de perigo no ar.Com um movimento rápido e desesperado, ela se libertou das mãos de Rodolfo e começou a correr pelos corredores, ignorando as vozes exaltadas e os sons de disparos que ecoavam ao seu redor.Com o coração batendo descontroladamente, Anna subiu as escadas em direção ao telhado, sua única esperança de encontrar uma rota de fuga. Mas ao chegar lá, seu coração afundou ao perceber que não tinha escapatória.As lágrimas subiram aos seus olhos, sua mente girando em pânico enquanto ela tentava desesperadamente encontrar uma solução para aquela situação impossível.Rodolfo correu até o telhado atrás de Anna, seu coração batendo forte. Ele encontra ela imóvel observando-o.Com mãos trêmulas, ela tirou os sapatos, sentindo o vento gelado acariciar seus pés descalços.- Por favor, Anna... - gritou R
Capítulo 7Anna acorda lentamente, seus olhos se abrem para se deparar com a estrada à sua frente. Ela nota imediatamente que está sem as algemas que a prendiam antes. Olha para Rodolfo, que está concentrado no trânsito, seu semblante sério e preocupado.Com o estômago roncando de fome, Anna sente uma pontada de desconforto ao perceber que não tem ideia de quando foi sua última refeição. No entanto, ela se recusa a implorar por comida a Rodolfo. Ela não vai se humilhar diante dele, não depois de tudo o que aconteceu.Ela desvia o olhar, tentando ignorar a sensação de vazio em seu estômago enquanto se pergunta o que o destino lhe reserva.Momentos depois, ela observa ele discretamente. Mesmo sabendo que ele é o responsável por sua situação atual, ela não consegue deixar de reconhecer sua beleza e sentir uma inexplicável atração por ele. Uma parte dela clama por ódio e ressentimento, mas outra parte se vê irresistivelmente atraída por aqueles olhos profundos e pela aura de mistério que
Capítulo 8Rodolfo acompanha Anna até a porta do quarto depois de mostrar as toalhas, roupas e o banheiro. Ao sair, ele para perto da porta dizendo:— Não demore. Vou te dar sua primeira aula de culinária.Anna fica parada por um momento, encarando a porta após ele sair, antes de pegar a toalha e seguir para o banheiro.Lá dentro, ela se depara com uma surpresa. Uma variedade de produtos femininos dispostos no balcão. Os melhores shampoos, cremes, sabonetes, esponjas e sais de banho estão à sua disposição.Além disso, no quarto, ela tinha notado uma coleção de perfumes, maquiagem e roupas que parecem ser do seu tamanho. Mas como isso é possível? Anna se questiona, sentindo uma mistura de surpresa e desconfiança. A resposta que vem à sua mente, é que Rodolfo a vigiava a muito tempo.Anna decide não se aprofundar nesse mistério por enquanto. Precisa se concentrar em encontrar uma maneira de sair dali. Ela toma um banho rápido e veste uma das roupas disponíveis, um vestido leve preto.En
Capítulo 9Anna se deita na cama, encarando o teto com os olhos cheios de incerteza e frustração. Ela sempre se considerou uma mulher forte e decidida, capaz de enfrentar qualquer desafio que a vida lhe apresentasse. No entanto, essa situação a pegou de surpresa, deixando-a vulnerável e irritada consigo mesma.Enquanto repassa mentalmente os eventos que a levaram até ali, Anna se questiona como pôde se deixar levar pelos desejos impulsivos que sentiu por Rodolfo. Quem quer que seja o inimigo de seu pai, sabia exatamente como atingi-la, tocando em seu ponto fraco para capturá-la.A sensação de impotência a consome com a incerteza do que virá a seguir. Apesar de sua determinação em não ceder à pressão, ela não pode negar a angústia que a acompanha.O que será do seu futuro? Como conseguirá escapar dessa armadilha? São questionamentos que martelam em sua mente, tornando o sono uma fuga impossível por mais que esteja cansada. No entanto, mesmo diante da adversidade, uma chama de esperança
Capítulo 10Na manhã seguinte, Rodolfo é despertado pelo som de uma batida forte na porta. Seus instintos o fazem abrir os olhos abruptamente e saltar da cama.Pegando uma arma, ele segue para a sala e verifica o monitor para ver quem está lá fora. Em um local isolado como aquele, não deveria aparecer ninguém.Após identificar a visitante, guarda a arma nas costas e abre a porta. Anna entra na sala, seu rosto sonolento e os cabelos desgrenhados após horas de sono.Antes que Rodolfo possa reagir, é empurrado para dentro com brutalidade.— Sério mesmo! Estava te esperando ontem! Pensei que tínhamos um encontro... — Dora, sua parceira, fala com os braços cruzados e os olhos cor de mel fixos nele. Só então ela percebe Anna atrás dela e fecha os olhos brevemente antes de voltar a encarar Rodolfo com faíscas nos olhos.Rodolfo ergue as sobrancelhas e balança a cabeça negativamente, sem entender a falta de lógica de sua parceira. Sem se dar ao trabalho de responder, ele tranca a porta e diz:
Capítulo 11 Anna decide se afastar de Dora, então segue para seu quarto. Observando o livro em suas mãos, ela se depara com a capa intrigante e decide ler a sinopse. É um romance envolvendo uma mortal e um vampiro, uma combinação intrigante para ela. - Isso parece interessante... - ela comenta consigo mesma enquanto abre o livro, curiosa para começar a leitura. Horas se passam enquanto ela se envolve na história, mergulhando nas páginas até que percebe que já é noite e precisa acender a luz para continuar lendo. No entanto, sua fome a interrompe, lembrando-a de que não comeu nada desde o almoço. Ela é atraída pelo cheiro delicioso que vem da cozinha, um aroma que contrasta com a comida italiana a que está acostumada. Curiosa e faminta, ela vai até lá e encontra apenas Rodolfo. - Você está conseguindo fugir das suas aulas de culinária - ele comenta sem olhar para trás. - Como sabia que estava aqui? - Anna pergunta perplexa. - Senti o seu perfume - ele responde. - Ah, conta outra