Capítulo 10Na manhã seguinte, Rodolfo é despertado pelo som de uma batida forte na porta. Seus instintos o fazem abrir os olhos abruptamente e saltar da cama.Pegando uma arma, ele segue para a sala e verifica o monitor para ver quem está lá fora. Em um local isolado como aquele, não deveria aparecer ninguém.Após identificar a visitante, guarda a arma nas costas e abre a porta. Anna entra na sala, seu rosto sonolento e os cabelos desgrenhados após horas de sono.Antes que Rodolfo possa reagir, é empurrado para dentro com brutalidade.— Sério mesmo! Estava te esperando ontem! Pensei que tínhamos um encontro... — Dora, sua parceira, fala com os braços cruzados e os olhos cor de mel fixos nele. Só então ela percebe Anna atrás dela e fecha os olhos brevemente antes de voltar a encarar Rodolfo com faíscas nos olhos.Rodolfo ergue as sobrancelhas e balança a cabeça negativamente, sem entender a falta de lógica de sua parceira. Sem se dar ao trabalho de responder, ele tranca a porta e diz:
Capítulo 11 Anna decide se afastar de Dora, então segue para seu quarto. Observando o livro em suas mãos, ela se depara com a capa intrigante e decide ler a sinopse. É um romance envolvendo uma mortal e um vampiro, uma combinação intrigante para ela. - Isso parece interessante... - ela comenta consigo mesma enquanto abre o livro, curiosa para começar a leitura. Horas se passam enquanto ela se envolve na história, mergulhando nas páginas até que percebe que já é noite e precisa acender a luz para continuar lendo. No entanto, sua fome a interrompe, lembrando-a de que não comeu nada desde o almoço. Ela é atraída pelo cheiro delicioso que vem da cozinha, um aroma que contrasta com a comida italiana a que está acostumada. Curiosa e faminta, ela vai até lá e encontra apenas Rodolfo. - Você está conseguindo fugir das suas aulas de culinária - ele comenta sem olhar para trás. - Como sabia que estava aqui? - Anna pergunta perplexa. - Senti o seu perfume - ele responde. - Ah, conta outra
Capítulo 12Ao amanhecer, uma névoa leve cobre a floresta ao redor da cabana. Os primeiros raios de sol tentam penetrar a densa folhagem. Dentro da cabana, tudo parece calmo, mas essa calma é apenas superficial.Rodolfo acorda com um sobressalto. O som distante de tiros rompe a tranquilidade da manhã. Ele salta da cama, pegando rapidamente a arma que está sempre ao seu alcance. Seu coração bate acelerado enquanto corre até o monitor de segurança, confirmando seus piores temores. Homens armados se aproximam rapidamente da cabana.Ele sabe que não tem muito tempo. Anna está em perigo, e sua única chance é sair dali o mais rápido possível. Com passos firmes, ele se dirige ao quarto de Anna. Ao entrar, vê que ela ainda está profundamente adormecida, o rosto sereno contra o travesseiro. Por um momento, ele hesita, contemplando a tranquilidade dela, mas o som dos tiros se intensifica, puxando-o de volta à realidade.— Anna! — Ele a sacode gentilmente, mas com urgência. — Anna, acorde! Preci
Capítulo 13— Seu pai é uma peça-chave, e acreditamos que você possa nos fornecer informações valiosas — diz o general, sua voz firme e autoritária.Anna respira fundo, tentando manter a calma. Sente o peso das expectativas sobre seus ombros, mas também sabe que esta é uma oportunidade de finalmente entender toda a verdade.— O que exatamente vocês precisam saber? — pergunta ela, tentando manter a voz firme.O general Albuquerque se inclina um pouco mais para a frente, observando-a com atenção.— Precisamos de qualquer informação sobre os negócios de seu pai que possa nos ajudar a desmantelar sua organização. Locais, contatos, qualquer coisa que você possa lembrar. Tudo pode ser útil — responde ele.Anna pensa por um momento, revirando as lembranças em sua mente. Sabe que seu pai mantinha muitas coisas em segredo, mas algumas pistas sempre escapam. Ela lembra-se de conversas, de documentos vistos de relance, de nomes mencionados em sussurros.— Há um lugar... um armazém onde ele cost
Capítulo 14Rodolfo levou Anna até uma casa dentro do perímetro do exército. Assim como a cabana, a casa estava equipada com câmeras de segurança, trancas reforçadas e grades nas janelas. Anna sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao perceber que aquela casa era, na verdade, uma espécie de prisão para pessoas em situações como a dela.Eles entraram na casa, e Anna observou cada canto, sentindo-se cada vez mais aprisionada. Tudo ali remetia à sensação de confinamento, e ela mal conseguia conter a ansiedade que crescia dentro dela.Rodolfo notou a inquietação de Anna e tentou confortá-la.— Eu sei que isso pode parecer assustador, Anna, mas é apenas temporário. Estamos fazendo o possível para garantir sua segurança — disse ele, tentando soar reconfortante.Anna assentiu, tentando se convencer de que aquela era a melhor opção no momento. No entanto, uma sensação de desconforto persistia em sua mente.Enquanto Rodolfo fazia uma ronda pela casa para garantir que tudo estava seguro, Anna
Capítulo 15Anna se acomodou novamente no sofá após jantar, tentando afastar os pensamentos de fuga e focar no presente. O silêncio entre ela e Rodolfo era palpável, até que ela decidiu romper a tensão com uma pergunta que a incomodava desde que descobriu quem ele realmente era.— Rodolfo, posso te perguntar uma coisa? — começou ela, tentando parecer casual.Rodolfo, que estava concentrado em terminar sua refeição, olhou para ela com curiosidade.— Claro, Anna. O que foi?Ela respirou fundo, preparando-se para a pergunta.— Você é corrupto?A pergunta pairou no ar, carregada de desconfiança e incerteza. Rodolfo parou de mastigar, a surpresa estampada em seu rosto. Ele colocou o garfo e a faca na mesa, deixando a comida de lado.— O quê? — perguntou, incrédulo. — De onde veio isso, Anna?— Desde que tudo isso começou, tenho me perguntado em quem posso confiar. Sei que meu pai está envolvido em coisas obscuras, mas e você? — continuou ela, olhando diretamente nos olhos de Rodolfo.Rodol
Capítulo 16O sol ainda não havia nascido quando Anna acordou com um sobressalto. A ansiedade a tomava por completo. Sabia que o dia seria decisivo. Em seu coração, a determinação de se libertar e reencontrar seu pai era mais forte do que nunca.Silenciosamente, vestiu-se com roupas confortáveis e práticas, que permitiriam movimentos rápidos. Passou pelo espelho e viu o reflexo de uma mulher diferente. Alguém mais forte e resoluta, forjada pelas circunstâncias. Suspirou fundo, sabendo que não podia hesitar.Ao sair do quarto, Anna encontrou Rodolfo na sala, já acordado e pronto para o dia. Seus olhos se encontraram, e por um breve momento, uma tensão silenciosa pairou no ar. Ela sabia que ele ainda desconfiava de suas intenções, mas precisava agir com naturalidade.— Dormiu bem? — perguntou ele, tentando quebrar o gelo.— O suficiente — respondeu ela, sem dar muitos detalhes.— Precisamos revisar o plano antes de irmos. Quero garantir que tudo corra bem — disse Rodolfo, com um tom sér
Capítulo 17Rodolfo ficou parado, ofegante e desolado, observando o carro de Vittorio desaparecer no horizonte. Ele não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Todo o planejamento, toda a estratégia... E ainda assim, eles foram pegos de surpresa. Ele fechou os olhos, sentindo uma onda de frustração e desespero."Como vou explicar isso ao coronel?" — pensou, imaginando a decepção de Paulo Albuquerque.O grupo de homens de Rodolfo começou a se reunir ao seu redor. Com um último olhar para a direção em que Anna havia sido levada, ele tomou uma decisão. Precisava de um plano para recuperar Anna, e rápido.Sem perder tempo faz um plano de última hora e combina com sua equipe. Todos concordam e segue para a mansão Bonanno.A mansão de Vittorio Bonanno era imponente, uma fortaleza cercada por altos muros e seguranças bem armados. Rodolfo sabia que invadir aquele lugar seria arriscado, mas não tinha escolha. Não podia perder Anna. Sua mente estava afiada, movida pela determinação de