Capítulo 1
Europa - Itália - Cidade de Milão.Anna Bonanno saiu elegantemente de uma das Ferraris de seu pai, deixando um rastro de elegância e charme no ar enquanto caminhava em direção a uma das lojas mais sofisticadas das ruas de Milão. Filha única de um respeitado mafioso, Anna é carinhosa, dedicada à sua família e mimada desde a infância por seus pais.Aos 23 anos, Anna era a personificação da beleza italiana, uma mulher que exalava charme e sensualidade a cada passo dado. Homens que cruzavam seu caminho não conseguiam evitar virar a cabeça para admirar a jovem mulher que se movia com graciosidade pelas ruas movimentadas da cidade. Alguns se atreviam a assoviar, e ela respondia com um sorriso confiante, ciente do impacto que causava.Desde a adolescência, Anna estava acostumada a ser o centro das atenções, sua beleza inegável conquistando admiradores por onde passava. Muitos a consideravam a mulher mais bonita da Itália, um título que ela carregava com uma naturalidade que só aumentava sua aura encantadora.Enquanto caminhava em direção à loja, um homem de bicicleta cruzou seu caminho. Os olhos do ciclista ficaram momentaneamente fixos nas pernas bem torneadas de Anna, distraindo-o a ponto de não perceber que estava se aproximando perigosamente da guia da calçada. A bicicleta desceu pela guia com um estrondo, levando o ciclista a um inevitável tombo espetacular. O corpo dele foi lançado sobre o capô de um carro que, por sorte, conseguiu frear a tempo.Sem se dar conta do incidente que acabara de ocorrer, Anna entrou na loja com um sorriso radiante nos lábios, concentrada em seus próprios pensamentos e desejos. O mundo ao seu redor podia estar repleto de incidentes inusitados, mas para a herdeira da família Bonanno, a elegância e a beleza eram as únicas preocupações dignas de sua atenção naquele momento.Dentro da luxuosa boutique, o ar perfumado por essências refinadas acolheu Anna enquanto ela adentrava o ambiente sofisticado. A atendente, uma mulher elegante com olhos treinados para a moda, prontamente aproximou-se com um sorriso profissional.— Bom dia, senhorita Bonanno. Como posso ajudá-la hoje? — indagou a atendente com um tom polido, reconhecendo de imediato a filha do influente mafioso.Anna retribuiu o cumprimento com um aceno gracioso, seus olhos percorrendo os belos vestidos que adornavam o espaço.— Estou procurando algo especial, algo que destaque minha beleza única — respondeu ela, exalando confiança.A atendente, sabendo exatamente como atender às expectativas da cliente distinta, selecionou alguns vestidos deslumbrantes, feitos pelos mais renomados estilistas. Anna escolheu um vestido de seda preta que prometia realçar cada curva de seu corpo esculpido. O decote profundo e as costas nuas conferiam à peça um toque de sensualidade sutil, perfeito para a ocasião que ela tinha em mente.Ao entrar no provador, Anna despiu-se com uma elegância natural, revelando a beleza que cativava a todos ao seu redor. O vestido preto deslizou suavemente sobre sua pele, abraçando suas formas de maneira sedutora. Ela admirou a imagem refletida no espelho, satisfeita com o resultado.A atendente, aguardando do lado de fora, mal pôde conter sua admiração ao ver Anna emergir do provador.— Oh, senhorita Bonanno, você está absolutamente deslumbrante. Este vestido realça ainda mais a sua beleza incomparável.Anna, com um sorriso confiante, concordou.— É perfeito. Vou levá-lo.Ao sair da boutique com sua compra cuidadosamente embalada, Anna Bonanno deslizou graciosamente de volta para o luxuoso interior da Ferrari estacionada na frente da loja. O ronco do motor potente ecoou pelas ruas de Milão enquanto ela se afastava, deixando para trás olhares admirativos e suspiros de inveja.Enquanto dirigia de volta para a imponente Mansão Bonanno, Anna mergulhava em pensamentos sobre a noite especial que se aproximava. Apreciava a sensação do volante sob suas mãos. O vento balançava seus cabelos, dando uma aura de liberdade à herdeira da família mafiosa.Ao chegar à entrada da mansão, Anna estacionou a Ferrari com maestria. Ao abrir a porta do carro, seus olhos se encontraram com os do jardineiro, um homem chamado Luca, que estava ocupado cuidando das exuberantes roseiras que adornavam os jardins da propriedade.Luca, um homem simples com um amor secreto e não correspondido por Anna, ficou momentaneamente paralisado ao ver a jovem descer da Ferrari. Seu coração disparou, e sua expressão de surpresa rapidamente se transformou em um olhar de adoração.Anna, alheia aos sentimentos de Luca, sorriu educadamente ao vê-lo.— Boa tarde, Luca. Como estão as rosas hoje?— Boa tarde, senhorita Bonanno. As rosas estão florescendo maravilhosamente, como sempre — respondeu ele, seus olhos incapazes de se desviarem da beleza da mulher diante dele.Anna agradeceu com um aceno e começou a se afastar, mas algo a fez voltar a atenção para Luca. Ela percebeu uma expressão indecifrável em seu rosto e uma hesitação que não passou despercebida.— Algo mais, Luca? — perguntou ela, notando a mudança na atmosfera.Luca engoliu em seco antes de responder, tentando disfarçar seus sentimentos.— Não, senhorita.Anna sorriu, sem perceber a tempestade de emoções que se desenrolava no coração do jardineiro. Enquanto se afastava, Luca continuou a observá-la, seus olhos carregados de desejo e paixão reprimida. Ele suspirou profundamente, consciente de que seu amor por Anna Bonanno permaneceria, por enquanto, um segredo guardado nos recantos de seu coração.Anna adentra a imponente Mansão Bonanno. O aroma inconfundível do chá perfumado flutuava pelo ar, guiando Anna na direção da sala de estar. Lá, encontrou sua mãe, Isabella Bonanno, uma mulher de beleza atemporal e uma presença que irradiava graciosidade.— Anna, minha querida, que prazer vê-la — cumprimentou Isabella com um sorriso caloroso, estendendo os braços para abraçar a filha.— Oi, mãe — respondeu, retribuindo o abraço afetuoso. — Trouxe algo especial para vestir esta noite. Você quer dar uma olhada?Isabella assentiu com entusiasmo. Juntas, dirigiram-se ao quarto de Anna, onde a jovem mostrou o vestido preto que escolhera na boutique do centro de Milão.— Oh, Anna, que escolha maravilhosa! Você sempre tem um gosto impecável — elogiou Isabella, admirando seu novo traje.Anna sorriu, satisfeita com a aprovação da mãe.— Estou ansiosa para usá-lo esta noite. Acredito que este vestido causará o impacto desejado.Após compartilhar o chá reconfortante com a mãe na sala de estar, Anna subiu para seu quarto, um santuário de elegância e conforto pessoal. O vestido preto, agora cuidadosamente pendurado no cabide, aguardava a ocasião especial da noite.Decidindo dedicar um momento a si mesma, Anna começou a despir-se lentamente, deixando as roupas caírem com graciosidade pelo chão. O quarto estava banhado na suavidade da luz do entardecer, e o silêncio era quebrado apenas pelo som suave da água corrente da torneira da banheira.Ela mergulhou na água aquecida, deixando que as preocupações do dia escorressem pelo ralo. Bolhas perfumadas dançavam ao redor dela enquanto ela relaxava serenamente com os olhos fechados.Após o banho revigorante, Anna enrolou-se em um roupão de seda, sua pele ainda úmida brilhando à luz suave do quarto. O roupão, delicadamente amarrado à cintura, delineava sua silhueta esbelta. Uma aura de confiança envolvia-a enquanto ela caminhava até a sacada.Ao abrir as portas de vidro, Anna foi recebida por uma brisa suave e pelo espetáculo do pôr do sol que tingia o céu com tons de laranja e rosa. A cidade de Milão se estendia diante dela, um cenário magnífico que se estendia até onde os olhos podiam alcançar.Na quietude do momento, os olhos de Anna encontraram os do jardineiro Luca, que permanecia no jardim, ainda ocupado com suas tarefas.Ao perceber a presença da jovem na sacada, Luca parou abruptamente, seus olhos arregalados fixos nela. O roupão curto de seda realçava a beleza natural de Anna, transformando-a em uma visão deslumbrante.Luca, petrificado, mal conseguia desviar o olhar. O coração batia descompassado enquanto ele se via perdido na admiração pela deusa que se revelava diante dele. Anna, inconsciente do impacto que causava, continuou a apreciar o espetáculo do pôr do sol, sem notar o efeito que tinha sobre o jardineiro.Capítulo 2Anna se preparava para a noite que tanto ansiava. A luz suave dos lustres refletia em sua penteadeira, refletindo seu reflexo.Anna dedicou um tempo precioso para criar uma maquiagem impecável que realçasse sua beleza única. As sombras escuras destacavam seus olhos expressivos, enquanto um toque sutil de blush realçava suas maçãs do rosto. O batom, escolhido com precisão, completava o visual.Chegou o momento de vestir o tão aguardado traje. O vestido preto, colado às suas graciosas curvas, destacava a elegância e sensualidade que Anna queria transmitir. Cada detalhe do tecido se moldava ao seu corpo, revelando uma silhueta esbelta e envolvente. O decote profundo e as costas nuas adicionavam um toque provocante, perfeitamente equilibrado.Os sapatos de salto alto, escolhidos com precisão, conferiam à sua postura uma graça adicional. Cada passo era uma expressão de confiança e determinação. Para completar o visual, Anna escolheu uma bolsa tiracolo, discreta e elegante, onde
Capítulo 3Anna se aproxima dele. Ao encontrarem-se novamente, ele estendeu a mão de maneira elegante, capturando a atenção dela.— Qual seu nome?— Anna Bonanno — respondeu estendendo a mão.— Anna, encantador nome para uma mulher igualmente encantadora — disse o homem, seus olhos transmitindo uma mistura intrigante de mistério e admiração.O toque suave de seus lábios na mão de Anna enviou um arrepio pelo corpo dela, fazendo-a sentir-se aquecida e com as bochechas coradas pela primeira vez em sua vida.Pelo menos, não se recordava de ter ficado envergonhada e excitada ao mesmo tempo na frente de alguém antes. A energia entre eles era palpável, e o interesse mútuo refletia-se nos olhares intensos que trocavam.— E você, como se chama?— Rodolfo Oliveira. É um prazer imenso, senhorita Bonanno — disse ele com um olhar enigmático e um tom sedutor em sua voz grave.— A noite reserva surpresas fascinantes, não é mesmo? — disse, ela com um sorriso.Rodolfo assentiu, mantendo o olhar fixo n
Capítulo 4Anna se deixava levar por Rodolfo pelo salão, sentindo-se cada vez mais aliviada por ele ser conhecido pelos colegas da família Bonanno.— Rodolfo? — ela perguntou, enquanto deslizavam entre os convidados.— Sim? — ele respondeu, mantendo um sorriso gentil nos lábios.— No que trabalha? — Anna indagou, curiosa.Rodolfo inclinou a cabeça levemente, ponderando suas palavras antes de responder.— Digamos que sou um contador, mas não apenas dos presentes aqui. Tenho minhas responsabilidades em várias empresas — ele disse, mantendo um tom enigmático.Anna arqueou uma sobrancelha, impressionada.— Você deve ganhar bem — ela comentou, observando-o atentamente.Rodolfo apenas deu de ombros, mantendo uma expressão discreta.— Não tenho do que reclamar — foi tudo o que ele disse, antes de mudar de assunto e conduzi-la para outra parte do salão.Enquanto conversavam, Anna deixou sua mão deslizar pelo braço de Rodolfo de forma sedutora, um gesto sutil que enviou um arrepio agradável pe
Capítulo 5Rodolfo observou o homem à sua frente com cautela. Ele não podia ignorar seu olhar ameaçador.Anna, respondeu com um sorriso forçado, mas convincente.- Sim, estou bem, obrigada - disse ela, tentando transmitir calma e segurança.Rodolfo observou a interação entre Anna e o homem, estranhando a preocupação do estranho. Aquela troca de palavras deixou-o mais alerta. Ele se perguntou quem era aquele homem e por que estava tão interessado no bem-estar de Anna.Enquanto observava-os, Rodolfo prometeu a si mesmo ficar mais atento e ter mais cautela.Olhou para Anna com um ponto de interrogação em seu semblante. Anna percebeu o olhar dele e ofereceu uma explicação com um sorriso leve nos lábios.- Acredito que seja apenas um amigo do meu pai preocupado ao me ver aqui com você - disse ela, tentando dissipar qualquer preocupação que pudesse surgir em Rodolfo.Embora suas palavras soassem plausíveis, Rodolfo ainda sentia uma pontada de desconfiança. Ele ponderou sobre a explicação de
Capítulo 6Anna sentiu uma onda de desconfiança enquanto Rodolfo a guiava pelos corredores escuros e tumultuados do restaurante. Seu coração batia descompassado, ela sentiu uma sensação de perigo no ar.Com um movimento rápido e desesperado, ela se libertou das mãos de Rodolfo e começou a correr pelos corredores, ignorando as vozes exaltadas e os sons de disparos que ecoavam ao seu redor.Com o coração batendo descontroladamente, Anna subiu as escadas em direção ao telhado, sua única esperança de encontrar uma rota de fuga. Mas ao chegar lá, seu coração afundou ao perceber que não tinha escapatória.As lágrimas subiram aos seus olhos, sua mente girando em pânico enquanto ela tentava desesperadamente encontrar uma solução para aquela situação impossível.Rodolfo correu até o telhado atrás de Anna, seu coração batendo forte. Ele encontra ela imóvel observando-o.Com mãos trêmulas, ela tirou os sapatos, sentindo o vento gelado acariciar seus pés descalços.- Por favor, Anna... - gritou R
Capítulo 7Anna acorda lentamente, seus olhos se abrem para se deparar com a estrada à sua frente. Ela nota imediatamente que está sem as algemas que a prendiam antes. Olha para Rodolfo, que está concentrado no trânsito, seu semblante sério e preocupado.Com o estômago roncando de fome, Anna sente uma pontada de desconforto ao perceber que não tem ideia de quando foi sua última refeição. No entanto, ela se recusa a implorar por comida a Rodolfo. Ela não vai se humilhar diante dele, não depois de tudo o que aconteceu.Ela desvia o olhar, tentando ignorar a sensação de vazio em seu estômago enquanto se pergunta o que o destino lhe reserva.Momentos depois, ela observa ele discretamente. Mesmo sabendo que ele é o responsável por sua situação atual, ela não consegue deixar de reconhecer sua beleza e sentir uma inexplicável atração por ele. Uma parte dela clama por ódio e ressentimento, mas outra parte se vê irresistivelmente atraída por aqueles olhos profundos e pela aura de mistério que
Capítulo 8Rodolfo acompanha Anna até a porta do quarto depois de mostrar as toalhas, roupas e o banheiro. Ao sair, ele para perto da porta dizendo:— Não demore. Vou te dar sua primeira aula de culinária.Anna fica parada por um momento, encarando a porta após ele sair, antes de pegar a toalha e seguir para o banheiro.Lá dentro, ela se depara com uma surpresa. Uma variedade de produtos femininos dispostos no balcão. Os melhores shampoos, cremes, sabonetes, esponjas e sais de banho estão à sua disposição.Além disso, no quarto, ela tinha notado uma coleção de perfumes, maquiagem e roupas que parecem ser do seu tamanho. Mas como isso é possível? Anna se questiona, sentindo uma mistura de surpresa e desconfiança. A resposta que vem à sua mente, é que Rodolfo a vigiava a muito tempo.Anna decide não se aprofundar nesse mistério por enquanto. Precisa se concentrar em encontrar uma maneira de sair dali. Ela toma um banho rápido e veste uma das roupas disponíveis, um vestido leve preto.En
Capítulo 9Anna se deita na cama, encarando o teto com os olhos cheios de incerteza e frustração. Ela sempre se considerou uma mulher forte e decidida, capaz de enfrentar qualquer desafio que a vida lhe apresentasse. No entanto, essa situação a pegou de surpresa, deixando-a vulnerável e irritada consigo mesma.Enquanto repassa mentalmente os eventos que a levaram até ali, Anna se questiona como pôde se deixar levar pelos desejos impulsivos que sentiu por Rodolfo. Quem quer que seja o inimigo de seu pai, sabia exatamente como atingi-la, tocando em seu ponto fraco para capturá-la.A sensação de impotência a consome com a incerteza do que virá a seguir. Apesar de sua determinação em não ceder à pressão, ela não pode negar a angústia que a acompanha.O que será do seu futuro? Como conseguirá escapar dessa armadilha? São questionamentos que martelam em sua mente, tornando o sono uma fuga impossível por mais que esteja cansada. No entanto, mesmo diante da adversidade, uma chama de esperança