Capítulo 3

Já faz um mês que a Brenda chegou na minha turma, ela está se adaptado bem, e já virou minha amiga, meu pai teve uma piora esses dias, ele está no hospital, então reveso meu tempo da escola no hospital, hoje tem uma reunião de pais e mestres.

-A reunião vai começar. Samuel fala colocando a cabeça para dentro da sala dos professores.

-Obrigada, já estou indo. Falo olhando para ele.

Ele sai e fecha a porta, respiro fundo e fecho o notebook que ganhei de presente da Sandra.

-Boa tarde. Falo entrando na sala, já estão quase todos lá, está faltando apenas a diretora.

Pouco tempo depois ela chega, e é dada início a reunião, falamos sobre os planos estudantis, sobre as viagens que faremos no meio do ano para uma excursão em uma fazenda de plantações agrônoma, sobre as provas e por fim o desempenho dos alunos.

-Minha filha entrou a pouco mais de um mês, ela está tendo o mesmo desempenho do outros alunos?

Um dos pais pergunta, estou mostrando as fotos no slide onde será nossa viajem.

-Professora Kepner pode responder?

Olho para a diretora que me olha esperando uma resposta. Viro de frente para os pais, procuro o homem que falou.

-O senhor é pai do?

Ele me interrompe.

-Da Brenda Lumière. Senhor amado que perfeição de homem é essa, perdi até o fôlego, respira Gabi, mentalizo.

-Ela com certeza tem grandes chances de se sair tão bem quanto os outros, ela é muito esforçada e inteligente. Falo me recompondo.

-Ótimo, não pago tão caro nessa escola para ela ter um péssimo desempenho. Ele fala arrogante.

-Que ótimo, um troglodita. Balbucio virando de costas

-O que falou? 

Ele pergunta.

Merda.

-Falei que ótimo uma pai preocupado com a filha. Faço sinal com as mãos.

Mil vezes merda.

-A reunião está incerrada, os senhores e senhoras podem deixar a assinatura com a coordenadora, agradeço a compreensão de todos.

Estava prestes a sair quando a diretora me chama.

-Você não senhorita kepner. Merda.

Vejo todos os professores e pais sair da sala, pelo grande vidro da sala vejo o pai da Brenda me olhando, eu em cara louco.

-Senhorita Kepner, esse tipo de comportamento é intolerável aqui, da próxima não vai passar de um aviso, tenha modos da próxima, agora pode ir. Ela fala e eu saio rapidamente da sala.

(...) 

Chego em casa e vou direto para o banheiro, hoje não vai dar tempo de ir ver meu pai antes de ir para o trabalho, mais na volto irei dormir lá, hoje vou trabalhar atarde, amanhã será na parte cedo, então já levo minhas roupas e vou de lá mesmo.

-Aí pai, espero que o senhor me dê esse trabalho por bastante tempo, não quero nem imaginar o que seria de mim sem o senhor. Falo pegando minhas roupas de levar para o hospital.

Pego minha bolsa e saio de casa.

-Oi menina. Maria fala da janela.

-Oi Mar. Ela mora de frente a minha casa.

-Como está aquele velho rabugento?

Sorrio.

-Esta tendo uma melhora, a infecção já está sendo combatida com os antibiótico, a previsão é para ele sair semana que vem. Falo animada.

-Vai dar tudo certo menina, agora vá filha para seu trabalho. Mando um beijo no ar para ela e sigo para o ponto de ônibus.

Maria se tornou uma mãe para mim, ela esteve comigo nos meus piores momentos de dor e aflição, assim como Sandra que sempre me deu apoio, Maria não teve filho, seus marido era esterio e os dois não conseguiram adotar um bebê por que não tinham uma boa casa e um bom salário, o seu marido que faleceu a cinco anos trabalhou por trinta anos em um frigorífico e ela apenas cuidava da casa por ter um problema na coluna, mais quando minha mãe me abandonou com o meu pai que era mecânico, na época, ela se disponibilizou para cuidar de mim enquanto ele trabalhava, ele não ganhava muito, mais conseguia pagar um pouco para ela do que ele recebia, sempre ele pagava em alimentos, por que era a forma como ela acitava, ela e seu marido faziam as refeições na minha casa, era como meu pai se sentia bem sem achar que estava devendo alguma coisa a eles.

Vejo o ônibus vindo.

-Boa tarde seu Francisco. Falo

-Boa tarde menina, e seu pai está melhor?

Ele é um senhor de sessenta e três anos, amigo do meu pai a muito tempo, meu pai sempre arrumava o ônibus para ele.

-Está bem melhor, a previsão é para ele sair semana que vem. Falo

-Maravilha, estou com saudade daquela sua torta de carne seca. Ele fala gargalhando.

-Assim que ele sair eu faço. Sento no banco da frente como de costume.

Depois de uma hora finalmente chego na escola, vou para a sala dos professores e ligo meu notebook, edito os trabalhos que vou passar hoje e sigo para a sala.

-Boa tarde. Falo animada.

-Boa tarde. Eles respondem em uníssono.

-Hoje vamos falar sobre ecossistema, um pouco diferente da aula passada. Eu me esforço ao máximo para que eles gostem da aula, não é só assistir, tem que gostar de está na aula, a maioria dos alunos vem por que são obrigados pelos pais, principalmente nessa idade, eu já passei por isso, e sei que a maioria das aulas são bem chatas, por isso faço de tudo para tirar um pouco da seriedade do assunto e divirto eles um pouco. 

As horas passou rapidamente, os alunos que consegui incluir nas perguntas gostaram bastante e responderam tudo corretamente, alguns reclamou por que não deu tempo de fazer as perguntas Lara eles.

-Na próxima vou colocar os que não foram hoje. Falo e eles selebram.

Foi minha última aula do dia, eles saem todos em fileiras, junto meu material e sigo para a sala dos professores.

-Já está indo?

A diretora Forbes pergunta.

-Sim, vou dormir no hospital com o meu pai. Falo

-Gabi, você não quer tirar uns dias de folga para cuidar dele?

Fecho meu armário e olho para ela.

-Diretora, eu não posso me dar ao luxo de fazer isso, se eu fizer o que está me oferecendo eu não vou ter casa para morar, então eu não preciso de férias, preciso de uma aumento bem gordo. Ela gargalha.

-Tudo bem. Ainda bem que ela não levou a sério, se bem que a parte do aumento ela poderia levar, mais isso não depende dela e sim do governo.

E mais uma vez lá vai eu, pego minha bolsa e sigo para o hospital.

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