Já faz um mês que a Brenda chegou na minha turma, ela está se adaptado bem, e já virou minha amiga, meu pai teve uma piora esses dias, ele está no hospital, então reveso meu tempo da escola no hospital, hoje tem uma reunião de pais e mestres.
-A reunião vai começar. Samuel fala colocando a cabeça para dentro da sala dos professores.
-Obrigada, já estou indo. Falo olhando para ele.
Ele sai e fecha a porta, respiro fundo e fecho o notebook que ganhei de presente da Sandra.
-Boa tarde. Falo entrando na sala, já estão quase todos lá, está faltando apenas a diretora.
Pouco tempo depois ela chega, e é dada início a reunião, falamos sobre os planos estudantis, sobre as viagens que faremos no meio do ano para uma excursão em uma fazenda de plantações agrônoma, sobre as provas e por fim o desempenho dos alunos.
-Minha filha entrou a pouco mais de um mês, ela está tendo o mesmo desempenho do outros alunos?
Um dos pais pergunta, estou mostrando as fotos no slide onde será nossa viajem.
-Professora Kepner pode responder?
Olho para a diretora que me olha esperando uma resposta. Viro de frente para os pais, procuro o homem que falou.
-O senhor é pai do?
Ele me interrompe.
-Da Brenda Lumière. Senhor amado que perfeição de homem é essa, perdi até o fôlego, respira Gabi, mentalizo.
-Ela com certeza tem grandes chances de se sair tão bem quanto os outros, ela é muito esforçada e inteligente. Falo me recompondo.
-Ótimo, não pago tão caro nessa escola para ela ter um péssimo desempenho. Ele fala arrogante.
-Que ótimo, um troglodita. Balbucio virando de costas
-O que falou?
Ele pergunta.
Merda.
-Falei que ótimo uma pai preocupado com a filha. Faço sinal com as mãos.
Mil vezes merda.
-A reunião está incerrada, os senhores e senhoras podem deixar a assinatura com a coordenadora, agradeço a compreensão de todos.
Estava prestes a sair quando a diretora me chama.
-Você não senhorita kepner. Merda.
Vejo todos os professores e pais sair da sala, pelo grande vidro da sala vejo o pai da Brenda me olhando, eu em cara louco.
-Senhorita Kepner, esse tipo de comportamento é intolerável aqui, da próxima não vai passar de um aviso, tenha modos da próxima, agora pode ir. Ela fala e eu saio rapidamente da sala.
(...)
Chego em casa e vou direto para o banheiro, hoje não vai dar tempo de ir ver meu pai antes de ir para o trabalho, mais na volto irei dormir lá, hoje vou trabalhar atarde, amanhã será na parte cedo, então já levo minhas roupas e vou de lá mesmo.
-Aí pai, espero que o senhor me dê esse trabalho por bastante tempo, não quero nem imaginar o que seria de mim sem o senhor. Falo pegando minhas roupas de levar para o hospital.
Pego minha bolsa e saio de casa.
-Oi menina. Maria fala da janela.
-Oi Mar. Ela mora de frente a minha casa.
-Como está aquele velho rabugento?
Sorrio.
-Esta tendo uma melhora, a infecção já está sendo combatida com os antibiótico, a previsão é para ele sair semana que vem. Falo animada.
-Vai dar tudo certo menina, agora vá filha para seu trabalho. Mando um beijo no ar para ela e sigo para o ponto de ônibus.
Maria se tornou uma mãe para mim, ela esteve comigo nos meus piores momentos de dor e aflição, assim como Sandra que sempre me deu apoio, Maria não teve filho, seus marido era esterio e os dois não conseguiram adotar um bebê por que não tinham uma boa casa e um bom salário, o seu marido que faleceu a cinco anos trabalhou por trinta anos em um frigorífico e ela apenas cuidava da casa por ter um problema na coluna, mais quando minha mãe me abandonou com o meu pai que era mecânico, na época, ela se disponibilizou para cuidar de mim enquanto ele trabalhava, ele não ganhava muito, mais conseguia pagar um pouco para ela do que ele recebia, sempre ele pagava em alimentos, por que era a forma como ela acitava, ela e seu marido faziam as refeições na minha casa, era como meu pai se sentia bem sem achar que estava devendo alguma coisa a eles.
Vejo o ônibus vindo.
-Boa tarde seu Francisco. Falo
-Boa tarde menina, e seu pai está melhor?
Ele é um senhor de sessenta e três anos, amigo do meu pai a muito tempo, meu pai sempre arrumava o ônibus para ele.
-Está bem melhor, a previsão é para ele sair semana que vem. Falo
-Maravilha, estou com saudade daquela sua torta de carne seca. Ele fala gargalhando.
-Assim que ele sair eu faço. Sento no banco da frente como de costume.
Depois de uma hora finalmente chego na escola, vou para a sala dos professores e ligo meu notebook, edito os trabalhos que vou passar hoje e sigo para a sala.
-Boa tarde. Falo animada.
-Boa tarde. Eles respondem em uníssono.
-Hoje vamos falar sobre ecossistema, um pouco diferente da aula passada. Eu me esforço ao máximo para que eles gostem da aula, não é só assistir, tem que gostar de está na aula, a maioria dos alunos vem por que são obrigados pelos pais, principalmente nessa idade, eu já passei por isso, e sei que a maioria das aulas são bem chatas, por isso faço de tudo para tirar um pouco da seriedade do assunto e divirto eles um pouco.
As horas passou rapidamente, os alunos que consegui incluir nas perguntas gostaram bastante e responderam tudo corretamente, alguns reclamou por que não deu tempo de fazer as perguntas Lara eles.
-Na próxima vou colocar os que não foram hoje. Falo e eles selebram.
Foi minha última aula do dia, eles saem todos em fileiras, junto meu material e sigo para a sala dos professores.
-Já está indo?
A diretora Forbes pergunta.
-Sim, vou dormir no hospital com o meu pai. Falo
-Gabi, você não quer tirar uns dias de folga para cuidar dele?
Fecho meu armário e olho para ela.
-Diretora, eu não posso me dar ao luxo de fazer isso, se eu fizer o que está me oferecendo eu não vou ter casa para morar, então eu não preciso de férias, preciso de uma aumento bem gordo. Ela gargalha.
-Tudo bem. Ainda bem que ela não levou a sério, se bem que a parte do aumento ela poderia levar, mais isso não depende dela e sim do governo.
E mais uma vez lá vai eu, pego minha bolsa e sigo para o hospital.
-Voce vai sim, ela é sua filha e você tem que começar a participar da vida dela. Minha mãe grita do outra lado da linha.—Eu não posso largar meus compromissos para ir em uma reunião de escola. Falo com raiva.—Bernardo Lumière, você não me faça ir aí para lhe dar umas palmadas, quando você fez essa menina você ficou todo contente, agora haja como um pai e vai na reunião.Ela desliga o celular me deixando ainda mais frustrado. Pego o telefone e disco o número da minha secretária.-Cancele minha reunião. Pego minha maleta e saio da sala.-Mais senhor...Não espero ela terminar de falar e entro no elevador.Brenda foi transferida da outra escola por que não estavam ensinando direito para ela, já faz um mês que ela está nessa nova escola, mais eu não soi bem onde fica, o motorista que sempre leva ela, ele irá me levar também, eu gosto de dirigir para espairecer, ou caminhar quando não é muito longe da empresa.-Chegamos senhor. Ele fala parando o carro.Ele vem até a porta e abre para
O hospital fica mais próximo um pouco da escola, então consegui chegar mais cedo um pouco.-Bom dia. Falo entrando na sala dos professores.-Bom dia. Eles falam em uníssono.-Acordou de bom humor Gabi?Samuel pergunta com um sorriso de lado.-Meu pai vai ter alta amanhã, foi mais cedo do que eu esperava, então sim, amanheci de bom humor. Falo -Que coisa boa, espero que ele fiquei bem. Ele fala e sai da sala.-Sem querer me intrometer, mais já me intrometendo, acho melhor cortar relações com ele, a esposa dele adora uma briga, e se eu fosse você não daria motivos para uma demissão. Uma das professora me alerta, nós duas não conversamos muito, mais ela é sempre bem simpática comigo.-Sério?-A mulher dele não bate muito bem da cabeça, ela ver coisas que não acontecem. Ela fala e pega a bolsa.-Farei o possível para me afastar dele. Falo pensando na possibilidade disso acontecer, não seria nada bom para a minha imagem.-Saio da sala dos professores com os braços cheios de livros e segur
Finalmente eu consegui fazer ela aceitar a carona, não foi fácil isso eu posso garantir.-Esta calada, me conte mãos sobre você. Puxo assunto.-Não tenho o que falar, e para ser sincera, o que você quer comigo? Ela pergunta seca.-Você é professora da minha filha, e ela gosta muito de você, então preciso saber se você não está apenas querendo se...Ela me interrompe.-Se o senhor ousar falar que quero me aproveitar de sua filha eu abro a porta do carro e pulo fora. Ela me olha com ódio.-Me desculpe, não queria te ofender. Que idiota eu sou.-Mais começou ofender, meu pai sempre tentou passar as coisas certas para mim, e me aproveitar das pessoas nunca foi uma delas, muito menos de uma criança. Ela cruza os braços na altura dos seios e suspira com raiva, ela olha para o outro lado me fazendo mim xingar mentalmente.-Me desculpe, mais é um instinto desconfiar das pessoas que se aproxima dela. Tento justificar.-Pode parar aqui por favor?Ela pergunta olhando para fora da janela.-Sua
O pai da Brenda só pode ser louco, acho que não tem nenhuma explicação melhor para o que ele fez.-Oi Gabi. Maria fala acenando para mim.-Oi Maria, como você estão?Pergunto parando de frente a minha casa.-Estamos bem, como foi a noite com o seu pai, ele está melhor?-Está sim, se tudo der certo amanhã ele terá alta. Falo animada.-Muito bom, eu dei uma arrumada nas suas coisas, agora vai descansar filha. Ela fala e entra na casa dela.Faço o mesmo, entro em casa e está tudo tão arrumadinho, e sei como agradecer tudo que ela faz por mim e por o meu pai, se minha mãe não fosse tão egoísta, seria ela que estaria aqui cuidado de nós.Entro no banheiro e tiro minha roupa, deixo a água fria lavar meu corpo, me sinto tão cansada, essa correria está me desgastado, se eu pudesse ficaria apenas cuidado do meu pai, mais não posso me dar ao luxo de sair do trabalho para ficar apenas com ele, onde nos dois iríamos morar, quem pagaria nossas contas e colocaria comida dentro de casa? Apenas o apo
Pode mandar essa, está perfeito. Falo olhando o lindo buquê de flores vermelhas.Qual mulher não gosta de um lindo buquê, um gesto de carinho, ou algo do tipo?-Neste endereço, vou fazer o depósito em segundos. Falo e desligo o celular, entro no aplicativo e faço a transferência.(...)Eu e Brenda estamos a caminho da casa dos meus pais, Brenda não é muito falante, acho que foi uma das coisas que ela puxou a mim.Meu celular toca no bolso, pego o aparelho e vejo o nome do meu pai na tela.-Já estou a caminho. Falo-Filho, sua mãe sofreu um pequeno acidente na cozinha, estou levando ela para o hospital. Ele fala-Vou deixar a Brenda aí e encontro vocês lá. FaloBrenda me olha e quando olho para ela, vejo que a mesma desvia o olhar.-Você ficará um pouco na casa da sua avó, eu vou ter que sair mais logo chego ok. Ela assente com a cabeça.Deixo ela na casa dos meus pais e vou para o hospital, não demora muito até eu chegar no hospital. Estacionou o carro e vou para e me dirijo a entrada
Finalmente estou levando meu pai para casa, não sei como vou fazer para pagar minha dívida, mais vou conseguir.-Papai, como o senhor está se sentindo?-Estou bem filha, não se preocupe comigo. Ele fala sorridente.-Então vamos. Falo entrando na ambulância com ele.Chegamos em casa e tinha uma recepção para ele de boas vinda, ele ficou tão feliz de ver todos os seus amigos ali esperando ele.-Obrigado. Ele agradeceFicamos conversando e dando risada com as coisas que meu pai falava sobre as enfermeiras, eu me sinto tão bem de ver ele assim sorridente, com certeza ele é meu presente, as vezes acho que não foi Deus que me mandou para ele, e sim ele que mandou meu pai para mim, o presente maior foi eu quem ganhei.-E que flores são aquelas?Maria pergunta olhando para o buquê que ganhei do Senhor Lumière. Olho de relance para todos a minha volta, os olhares todos estão em mim.-Está namorando filha?Meu pai pergunta me olhando.-O que? Claro que não pai, de jeito nenhum. Falo-Mais esse
Por que ela tem que ser tão assim, será que ela tem medo de eu fazer algo com ela? Merda o que eu estou pensando, eu preciso trabalhar, ficar aqui olhando para ela só me faz ficar mais frustrado. Volto para o carro e dirijo até a empresa, assim que entro na minha sala vejo meu irmão sentado mexendo no celular. -O que faz aqui? -Como pode ver... te esperando, esqueceu que temos que ir para Europa hoje ainda? Realmente eu não lembrava disso. -Você poderia muito bem ir sozinho, você é o vice presidente. Falo tirando meu paletó. -E você é o presidente, faça jus ao seu cargo e encare seus compromissos. Ele fala levantando. -Está bravo ainda por causa do jantar? Eu percebi que ele não gostou muito da forma que eu falei sobre a Hanna. -Ela não é um objeto, ela é uma pessoa. Ele fala me olhando sério. -Deveria ficar feliz, eu dispensei sua amada, agora você tem o caminho livre com o pai dela. Falo lançando um sorriso de canto para ele que sai bufando da minha sala. Sento na minha
Por que sempre que vejo ele, meu coração dispara, as vezes acho que já vi aqueles olhos em algum lugar, não me lembro bem.-Professora a senhora está bem?Uma das alunas pergunta.-Sim, estou bem, só estou cansada, essa caminhada as vezes me cansa um pouco. Minto, elas não precisa saber que sinto atração por o pai de uma das alunas.Respiro fundo e começo a abrir meu livro.-A aula hoje, será sobre oxigênio. Falo olhando para os alunos.-Sério?Um dos alunos pergunta.-Sim, e alguém aqui pode me dizer quem precisa do oxigênio além de nós?-Os animais?Uma das alunas respondeu.-Também, mais tem muito mais coisas que precisa do oxigênio. Falo andando na sala.Eu gosto de ver eles interagindo, fico feliz por que sei que eles estão aprendendo.(...)-Queria saber o que você faz para deixar todas as crianças assim?Uma das professoras pergunta olhando meus alunos todos sentados.-Diálogo, faço com que eles se sintam bem na minha aula, deveria aderir. Saio da sala dando o espaço para ela d