Capítulo 5

O hospital fica mais próximo um pouco da escola, então consegui chegar mais cedo um pouco.

-Bom dia. Falo entrando na sala dos professores.

-Bom dia. Eles falam em uníssono.

-Acordou de bom humor Gabi?

Samuel pergunta com um sorriso de lado.

-Meu pai vai ter alta amanhã, foi mais cedo do que eu esperava, então sim, amanheci de bom humor. Falo 

-Que coisa boa, espero que ele fiquei bem. Ele fala e sai da sala.

-Sem querer me intrometer, mais já me intrometendo, acho melhor cortar relações com ele, a esposa dele adora uma briga, e se eu fosse você não daria motivos para uma demissão. Uma das professora me alerta, nós duas não conversamos muito, mais ela é sempre bem simpática comigo.

-Sério?

-A mulher dele não b**e muito bem da cabeça, ela ver coisas que não acontecem. Ela fala e pega a bolsa.

-Farei o possível para me afastar dele. Falo pensando na possibilidade disso acontecer, não seria nada bom para a minha imagem.

-Saio da sala dos professores com os braços cheios de livros e segurando um copo de café quente.

Malabarismo nunca foi meu ponto forte, sem falar que até mesmo um copo de café eu derrubo facilmente, estou andando devagar e olhando para as minhas mãos até que sem querer acabo batendo de frente com alguém, todo o café cai em meu corpo, sinto o líquido quente queimar minha barriga.

-Tá quente, tá quente. Solto todos os livros no chão e sem pensar duas vezes tiro minha blusa ficando apenas de sutiã. 

-O que está acontecendo aqui?

Ouço a voz da diretora por trás de mim. Merda.

Olho em redor, varios alunos e professores estão olhando para mim, coro ferozmente, olho para a pessoa que estão ao meu lado e é... O pai da Brenda, ela está ao seu lado me olhando com a mão na frente da boca, o homem está fixado olhando para meus seio.

-Eu quero uma explicação senhorita kepner. A diretora fala e meus olhos se enche de lágrimas.

Sinto algo ser colocado em meu corpo, olho e é o paletó do senhor Lumière.

-Perdão diretora, eu estava olhando no celular e acabei batendo de frente com a senhorita kepner, e o café queimou seu corpo, se não for pedir muito queria compensar levando ela para casa, essa queimadura pode piorar. Ele fala e olho para ele rapidamente.

-Sim, claro senhor Lumière, ela está liberada por hoje. A diretora fala e olho para ela.

-Por favor senhorita kepner, Deixe-me recompensa-lá por meu descuido. Ele fala de uma forma sexy, se eu não fosse virgem com certeza eu daria facilidade para ele.

-Eu estou bem. Me abaixo para pegar meus matérias, alguns dos trabalhos que fiz ficaram perdidos por causa do café que caiu neles, terei que passar mais duas horas para imprimir tudo, minha impressora está uma porcaria e tenho que passar duas horas para conseguir trabalhos sem defeitos.

-Eu insisto. Ele fala e me estende a mão.

-Aproveitei senhorita kepner e vá ver seu pai, soube que ele terá alta amanhã. Fuzilo ela com o olhar, que velha safada.

‐Senhor Lumière, eu agradeço, mais não posso ir, tenho muito trabalho, se poder esperar alguns minutos logo eu devolvo seu paletó. Falo olhando em seus olhos.

Ele é lindo, pena que não é para meu bico.

-Está liberada hoje senhorita kepner, não tem o que fazer aqui. A diretora fala e sorrir para o senhor Lumière. 

-Ok. Falo e arrumo minhas coisas, vou para a sala dos professores e adentro o banheiro. ‐Merda, o que eles pensam que estão fazendo, ela está me dando de bandeja para aquele homem, eu já sei que ele não é casado por que Brenda me disse que sua mãe morreu o dia em que ela nasceu, mais um homem do seu nível nunca iria querer algo comigo, então o que ele quer insistindo em me levar para casa?

Pego minha blusa e começo a passar o sabão em líquido que sempre carrego em minha bolsa, a mancha de café não vai sair apenas com isso, mais pelomenos não ficará cheirando a café e sim a lavanda. Tiro o paletó do meu corpo e olho minha barriga.

-Isso com certeza vai ficar uma cicatriz, nossa como dói. Algumas lágrimas escorrem do meu rosto, ainda bem que aqui tem um chuveiro, término de tirar minha roupa e adentro embaixo da água fria, a água faz aliviar um pouco a ardência, mais ainda sim não para da doer, e eu não posso me dar ao luxo de pedir alguns dias de folga por que pode vim descontado do meu salário.

Termino de me lavar e visto a roupa que estava usando ontem, pego minhas coisas e saio da sala dos professores, algumas lágrimas escorre do meu rosto por que está cada vez ardendo mais.

-Vamos?

Me assusto.

-O que faz aqui?

Ele está encostado na parede com os braços cruzados.

‐Está chorando?

Ele se aproxima de mim e seca uma de minhas lágrimas, sua pele é tão quente, eu poderia ficar o dia todo sentindo sua mão em meu rosto. Mais algo me faz acordar para a realidade, tiro sua mão rapidamente do meu rosto.

-Eu estou bem, não precisa se preocupar. Tento parecer forte.

-Eu sei que queimou sua barriga, me deixe te ajudar. Ele fala com a voz suave.

Olho para frente e a diretora está nos observando.

-Não preciso de ajuda, estou bem, agradeço por não ter feito nenhuma reclamação com a diretora, já foi o suficiente. Começo a caminhar pelo corredor e sinto sua presença atrás de mim, o que esse cara quer? Sendo quem ele é, poderia pegar até mesmo a Gisele Bündchen, se ela fosse solteira claro.

Samuel vem até mim e segura meu braço.

-Eu soube o que aconteceu, você está bem? 

Ele pergunta me olhando.

-Sim, a diretora me liberou, então eu vou em casa e depois vou para o hospital. Falo e percebo que o senhor Lumière está nos observando com um olhar feroz.

-Melhoras para ele, e para você também, se precisar de algo me ligue. Ele fala e olha para o senhor Lumière.

-Obrigada Samuel. Falo e continuo a andar.

Quando estava perto da saída sinto meu braço ser puxado, me fazendo bater no tórax do senhor Lumière.

-Eu vou te levar para casa, e não diga que não. Ele fala com o maxilar travado.

-O que pensa que está fazendo? Me solte agora. Falo tentando soltar meu braço.

-Não me irrite senhorita kepner, minha filha gosta de mais de você, não me faça mudar ela de escola por conta de um capricho. Seus olhos estão fixos nos meus, por mais que eu tente, não consigo desviar a atenção dele, e sem falar que apesar dele ser um ogro, senhor Lumière é muito bonito, não poderia deixar de notar isso.

-Tudo bem, me solte, eu vou aceitar sua carona. Falo desviando nosso olhar.

-Viu que não é difícil dizer sim. Ele fala dando um sorriso de canto.

Ele abre a porta do carro para mim e eu olhos mais uma vez para ele, será que ele vai me matar e me jogar em uma vala? Merda eu deveria ter ficado mais tempo dentro da sala dos professores, talvez ele tivesse desistido e ido embora, agora a merda já está feita, então não tem como fugir, se esse for meu destino então pronto.

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