-Voce vai sim, ela é sua filha e você tem que começar a participar da vida dela.
Minha mãe grita do outra lado da linha.
—Eu não posso largar meus compromissos para ir em uma reunião de escola.
Falo com raiva.
—Bernardo Lumière, você não me faça ir aí para lhe dar umas palmadas, quando você fez essa menina você ficou todo contente, agora haja como um pai e vai na reunião.
Ela desliga o celular me deixando ainda mais frustrado. Pego o telefone e disco o número da minha secretária.
-Cancele minha reunião.
Pego minha maleta e saio da sala.
-Mais senhor...
Não espero ela terminar de falar e entro no elevador.
Brenda foi transferida da outra escola por que não estavam ensinando direito para ela, já faz um mês que ela está nessa nova escola, mais eu não soi bem onde fica, o motorista que sempre leva ela, ele irá me levar também, eu gosto de dirigir para espairecer, ou caminhar quando não é muito longe da empresa.
-Chegamos senhor. Ele fala parando o carro.
Ele vem até a porta e abre para mim, coloco meu óculos escuro e desço do carro, arrumo meu paletó e respiro fundo, ouço alguns mulheres suspirar ao olhar para mim.
Eu sempre gostei de me cuidar, fazer caminhada e academia, quando estou com insônia vou para a academia que tenho em minha casa.
A diretora vem me receber.
-A reunião já vai começar. Ela fala mostrando o caminho.
Ando devagar pelo corredor, estava passando em frente a uma sala quando alguém me chamou a atenção, não consigo ver o rosto dela, ela está sentada olhando algo no computador, parece preocupada, sua mão na testa indica que nada vai do jeito que ela esperava, eu poderia ficar mais tempo ali olhando aquela mulher, talvez até eu conseguisse ver seu rosto, um homem chega e põe apenas a cabeça para dentro da sala, ela olha para ele e faz sinal com a cabeça. Ele fecha a porta então é a minha deixa para seguir meu caminho.
Sento em uma das cadeiras, a sala de reunião é bem espaçosa, pego meu celular e tem uma chamada perdida da minha mãe, faço de contas de que não vi e ponho o celular novamente no bolso, olho para frente quando uma voz suave começa a conversa, ela explica como vai ser o ano letivo dos alunos, as atividade, trabalho e o passeio de meio do ano, ainda não sei se a Brenda vai, ela tem muitos outros afazeres no decorrer da semana, quando meus olhos focam na mulher é que percebo que é a mesma da sala anterior.
-Minha filha entrou a pouco mais de um mês, ela está tendo o mesmo desempenho do outros alunos?
Pergunto.
-Professora Kepner pode responder?
-O senhor é pai do?
A interrompo.
-Da Brenda Lumière. Falo
-Ela com certeza tem grandes chances de se sair tão bem quanto os outros, ela é muito esforcadas e inteligente. Ela fala sem graça
-Ótimo, não pago tão caro nessa escola para ela ter um péssimo desempenho. Falo arrogante
-Que ótimo, um troglodita. Ela balbucia, mais minha audição é perfeita.
-O que falou?
Pergunto cruzando os braços, que professora abusada.
-Falei que ótimo uma pai preocupado com a filha. Ela faz um sinal engraçado com as mãos.
Fico olhando ela de cima a baixo, não consegui conter pensamentos sujos com ela, não vi nenhuma aliança em seu dedo.
A diretora dar a reunião por incerrada, antes que eu saia da sala posso ouvir a diretora chamar seu nome, saio da sala e fico observando ela de longe, seus olhos cruzam com os meus e ela rapidamente desvia a visão.
Saio da escola com o olhar dela em minha mente, céus o que estou pensando.
-Volte para a empresa. Falo para o motorista e ele segue novamente para a empresa.
Durante o dia comi apenas uma barra de cereal, tive duas reuniõespor videoconferência. Quando a última reuniões acaba, desato o no da gravata, respiro fundo e me encosto na cadeira, aquela mulher passou o dia todo em meu pensamento, depois da morte da Laís, nenhuma outra teve espaço em meus pensamento, o que ela tem de diferente, apesar das duas ter alguma semelhança, os cabelos castanhos na altura da cintura, olhos perfeitamente desenhado, e o corpo bem escupido, apesar de que Laís tinha alguns quilos a mais, deixando seu corpo ainda mais lindo, à como ela me faz falta. Olho no relógio e já passa das cinco, sem pensar duas vezes junto minhas coisas e saio da empresa, hoje quero jantar em casa.
-Pode ir para casa. Falo para o motorista.
O trânsito estava caótico, depois de uma hora em um engarrafamento horrível, finalmente chegamos na minha casa.
-Não vou precisar dos seus serviços por hoje, pode se recolher. Falo e saio do carro.
Adentro minha casa, Brenda está sentada no tapete da sala com os cadernos em mãos, assim que ela me vê, a mesma abaixa a visão, é como se ela tivesse medo de mim.
-Oi filha. Falo pondo minha maleta na mesa de centro, sento no sofá olhando ela.
-Oi papai. Ela fala sem me dar muita atenção.
-Já jantou?
Pergunto.
-Ainda não está pronto, assim que jantar vou me deitar. Ela fala de cabeça baixa.
-Filha. Ela olha para mim apreensiva. -Por que está assim?
Pergunto.
-O senhor quer brigar comigo?
Ela me olha com os olhos marejados.
-Por que eu faria isso?
Uma lágrima escorre do seu olho.
-O senhor foi na reunião da escola e agora chegou cedo, o senhor nunca chega cedo do trabalho. Sinto o peso de suas palavras.
Eu sempre fui muito distante da minha filha, até mesmo ao chegar em casa mais cedo causa medo nela.
-O quê? Não princesa, eu fui sim a reunião, mais só recebi comentários maravilhosos sobre você, eu quis vim jantar contigo. Ela seca a lágrima e um pequeno sorriso brota em seus lábios.
-Sério?
Me aproximo dela e ponho uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, nossa como ela parece com a mãe.
-Sim meu amor, agora eu vou tomar um banho e daqui a pouco eu desço para nós dois juntarmos juntos. Falo e ela sorrir.
Subo para meu quarto e vou direto para o banheiro, tiro minha roupa e entro embaixo do chuveiro, a água morna deixa o box do banheiro embassado.
(...)
-O cheiro está muito bom. Falo sentando a mesa.
Brenda senta em duas cadeiras depois da minha.
-Sente-se mais perto filha. Falo e ela muda para a cadeira que está ao meu lado.
Ruth serve a gente e depois volta para a cozinha.
-E o que está achando da sua nova escola?
-Gostei muito de lá, na verdade mais do que a outra. Ela fala animada.
-E as professoras, gostou de alguma?
Pergunto.
-São todas muito legais, mais de todas eu gostei mais da Gabriela. Busco na mente quem seria essa.
-Que bom, mais quem é Gabriela?
Pergunto levando um pedaço de brócolis até a boca.
-O senhor deve ter a conhecido lá, ela me da aulas de biologia e física. Ela fala cortando um pedaço do bife.
-Este é o sobrenome dela?
-Desculpa papai. Ela fala baixando a cabeça.
-Desculpar o que filha?
-Ela me pediu para chamar ela por o nome, disse que não gosta dessas formalidade, o nome dela é Gabriel Kepner. Ela fala de cabeça baixa, uma das coisas que exijo da minha filha é sempre tratar as pessoas pelo segundo nome, foi assim que minha mãe me educou, então tento passar isso para a minha filha.
-Se foi um pedido da sua professora, então não tem que me pedir desculpas, está tudo bem. Acalmou ela. -Amanha levarei você para a escola. Falo e ela me olha de uma forma engraçada.
O hospital fica mais próximo um pouco da escola, então consegui chegar mais cedo um pouco.-Bom dia. Falo entrando na sala dos professores.-Bom dia. Eles falam em uníssono.-Acordou de bom humor Gabi?Samuel pergunta com um sorriso de lado.-Meu pai vai ter alta amanhã, foi mais cedo do que eu esperava, então sim, amanheci de bom humor. Falo -Que coisa boa, espero que ele fiquei bem. Ele fala e sai da sala.-Sem querer me intrometer, mais já me intrometendo, acho melhor cortar relações com ele, a esposa dele adora uma briga, e se eu fosse você não daria motivos para uma demissão. Uma das professora me alerta, nós duas não conversamos muito, mais ela é sempre bem simpática comigo.-Sério?-A mulher dele não bate muito bem da cabeça, ela ver coisas que não acontecem. Ela fala e pega a bolsa.-Farei o possível para me afastar dele. Falo pensando na possibilidade disso acontecer, não seria nada bom para a minha imagem.-Saio da sala dos professores com os braços cheios de livros e segur
Finalmente eu consegui fazer ela aceitar a carona, não foi fácil isso eu posso garantir.-Esta calada, me conte mãos sobre você. Puxo assunto.-Não tenho o que falar, e para ser sincera, o que você quer comigo? Ela pergunta seca.-Você é professora da minha filha, e ela gosta muito de você, então preciso saber se você não está apenas querendo se...Ela me interrompe.-Se o senhor ousar falar que quero me aproveitar de sua filha eu abro a porta do carro e pulo fora. Ela me olha com ódio.-Me desculpe, não queria te ofender. Que idiota eu sou.-Mais começou ofender, meu pai sempre tentou passar as coisas certas para mim, e me aproveitar das pessoas nunca foi uma delas, muito menos de uma criança. Ela cruza os braços na altura dos seios e suspira com raiva, ela olha para o outro lado me fazendo mim xingar mentalmente.-Me desculpe, mais é um instinto desconfiar das pessoas que se aproxima dela. Tento justificar.-Pode parar aqui por favor?Ela pergunta olhando para fora da janela.-Sua
O pai da Brenda só pode ser louco, acho que não tem nenhuma explicação melhor para o que ele fez.-Oi Gabi. Maria fala acenando para mim.-Oi Maria, como você estão?Pergunto parando de frente a minha casa.-Estamos bem, como foi a noite com o seu pai, ele está melhor?-Está sim, se tudo der certo amanhã ele terá alta. Falo animada.-Muito bom, eu dei uma arrumada nas suas coisas, agora vai descansar filha. Ela fala e entra na casa dela.Faço o mesmo, entro em casa e está tudo tão arrumadinho, e sei como agradecer tudo que ela faz por mim e por o meu pai, se minha mãe não fosse tão egoísta, seria ela que estaria aqui cuidado de nós.Entro no banheiro e tiro minha roupa, deixo a água fria lavar meu corpo, me sinto tão cansada, essa correria está me desgastado, se eu pudesse ficaria apenas cuidado do meu pai, mais não posso me dar ao luxo de sair do trabalho para ficar apenas com ele, onde nos dois iríamos morar, quem pagaria nossas contas e colocaria comida dentro de casa? Apenas o apo
Pode mandar essa, está perfeito. Falo olhando o lindo buquê de flores vermelhas.Qual mulher não gosta de um lindo buquê, um gesto de carinho, ou algo do tipo?-Neste endereço, vou fazer o depósito em segundos. Falo e desligo o celular, entro no aplicativo e faço a transferência.(...)Eu e Brenda estamos a caminho da casa dos meus pais, Brenda não é muito falante, acho que foi uma das coisas que ela puxou a mim.Meu celular toca no bolso, pego o aparelho e vejo o nome do meu pai na tela.-Já estou a caminho. Falo-Filho, sua mãe sofreu um pequeno acidente na cozinha, estou levando ela para o hospital. Ele fala-Vou deixar a Brenda aí e encontro vocês lá. FaloBrenda me olha e quando olho para ela, vejo que a mesma desvia o olhar.-Você ficará um pouco na casa da sua avó, eu vou ter que sair mais logo chego ok. Ela assente com a cabeça.Deixo ela na casa dos meus pais e vou para o hospital, não demora muito até eu chegar no hospital. Estacionou o carro e vou para e me dirijo a entrada
Finalmente estou levando meu pai para casa, não sei como vou fazer para pagar minha dívida, mais vou conseguir.-Papai, como o senhor está se sentindo?-Estou bem filha, não se preocupe comigo. Ele fala sorridente.-Então vamos. Falo entrando na ambulância com ele.Chegamos em casa e tinha uma recepção para ele de boas vinda, ele ficou tão feliz de ver todos os seus amigos ali esperando ele.-Obrigado. Ele agradeceFicamos conversando e dando risada com as coisas que meu pai falava sobre as enfermeiras, eu me sinto tão bem de ver ele assim sorridente, com certeza ele é meu presente, as vezes acho que não foi Deus que me mandou para ele, e sim ele que mandou meu pai para mim, o presente maior foi eu quem ganhei.-E que flores são aquelas?Maria pergunta olhando para o buquê que ganhei do Senhor Lumière. Olho de relance para todos a minha volta, os olhares todos estão em mim.-Está namorando filha?Meu pai pergunta me olhando.-O que? Claro que não pai, de jeito nenhum. Falo-Mais esse
Por que ela tem que ser tão assim, será que ela tem medo de eu fazer algo com ela? Merda o que eu estou pensando, eu preciso trabalhar, ficar aqui olhando para ela só me faz ficar mais frustrado. Volto para o carro e dirijo até a empresa, assim que entro na minha sala vejo meu irmão sentado mexendo no celular. -O que faz aqui? -Como pode ver... te esperando, esqueceu que temos que ir para Europa hoje ainda? Realmente eu não lembrava disso. -Você poderia muito bem ir sozinho, você é o vice presidente. Falo tirando meu paletó. -E você é o presidente, faça jus ao seu cargo e encare seus compromissos. Ele fala levantando. -Está bravo ainda por causa do jantar? Eu percebi que ele não gostou muito da forma que eu falei sobre a Hanna. -Ela não é um objeto, ela é uma pessoa. Ele fala me olhando sério. -Deveria ficar feliz, eu dispensei sua amada, agora você tem o caminho livre com o pai dela. Falo lançando um sorriso de canto para ele que sai bufando da minha sala. Sento na minha
Por que sempre que vejo ele, meu coração dispara, as vezes acho que já vi aqueles olhos em algum lugar, não me lembro bem.-Professora a senhora está bem?Uma das alunas pergunta.-Sim, estou bem, só estou cansada, essa caminhada as vezes me cansa um pouco. Minto, elas não precisa saber que sinto atração por o pai de uma das alunas.Respiro fundo e começo a abrir meu livro.-A aula hoje, será sobre oxigênio. Falo olhando para os alunos.-Sério?Um dos alunos pergunta.-Sim, e alguém aqui pode me dizer quem precisa do oxigênio além de nós?-Os animais?Uma das alunas respondeu.-Também, mais tem muito mais coisas que precisa do oxigênio. Falo andando na sala.Eu gosto de ver eles interagindo, fico feliz por que sei que eles estão aprendendo.(...)-Queria saber o que você faz para deixar todas as crianças assim?Uma das professoras pergunta olhando meus alunos todos sentados.-Diálogo, faço com que eles se sintam bem na minha aula, deveria aderir. Saio da sala dando o espaço para ela d
DiretoraSenhor Lumière sai da minha sala normalmente, até parece que a pouco tempo não estava tentando fazer um suborno. Disco o número do governador, em pouco tempo sua secretária me atende.-Boa tarde, gostaria de falar com o governador, é a diretora da escola. Dou o nome da escola, e todos os outros protocolos.-Só um minuto, ele está ocupado. Fico mais ou menos uma hora na linha.Já estava sem paciência de tanto esperar.-Ele já vai atender. A secretária fala.Logo a ligação é trsferida para ele.-Diretora. Ele fala.-Boa tarde, gostaria de falar sobre as reformas da escola, não sei se o senhor lembra que tínhamos conversado sobre isso. Falo-Olha diretora, eu acho que a senhora não está sabendo, mais estamos enfrentando uma crise, não podemos fornecer a verba para a reforma da escola, sinto muito.-Como assim? Os pais estão reclamando da escola, a tinta está desbotada, a cerâmica está estragada, já faz um bom tempo que não fazemos reforma.-Não temos verba para isso.-E o dinheir