Ethan levantou sua mão para alcançar o rosto de Marcy enquanto a distância entre seus rostos ficava cada vez menor, e quando a ponta de seus dedos iam tocar a pele dela, a porta do elevador se abriu fazendo os dois se afastarem imediatamente voltando a realidade.
–Senhor presidente!– exclamaram as pessoas ali saudando o homem que as saudou de volta, e quando olhou a volta, viu que Marcy não estava mais ali. Ethan chegou ao estacionamento com sua mente ainda presa no momento atrás, e viu seu Assistente Ali parado na frente do carro o encarando. Ethan o ignorou não querendo ter aquelas conversas aborrecidas com ele, então deu a volta entrando no banco de motorista. O Jovem olhou para o chefe e logo entrou no banco de carona e esperou o mais velho dar partida e estarem na estrada. –Encontrou ela?– perguntou Yoonsuk e Ethan o olhou admirado por ele saber tão depressa. –A coisa que o senhor disse ter esquecido quando voltou, encontrou?– –Ah isso, sim, eu encontrei.– respondeu voltando a olhar para frente. –....por que o senhor falou daquela forma sobre a editora? Foi o senhor mesmo quem a escolheu antes mesmo do diretor Park sugerir, eu pensei que tivesse algum interesse já que foi sua primeira escolha antes mesmo de olhar para as outras opções– Ethan suspirou. Olhando para todo cenário, sentia vontade de rir de si mesmo, um homem de 30 anos que usou seu poder e influência para comprar um estúdio inteiro só para voltar a chamar atenção e se reaproximar de sua ex namorada da adolescência e noiva que o tinha largado de uma forma tão cruel. Ethan apertou o volante com força fazendo os nós de seus dedos ficarem brancos e mordeu de leve seu lábio inferior sem tirar os olhos da estrada. –Sim, eu tenho muito interesse naquela editora, mas primeiro quero me certificar de que tudo sairá conforme eu quero. dessa vez eu ditarei as regras e ela terá de as seguir assim como eu fiz antes.– Respondeu sussurrando a última parte para si mesmo e um sorriso de canto preencheu seus lábios. 00000 Marcy se sentou em sua cama após o banho e suspirou deixando seus ombros caírem. "O que foi aquilo?" Se perguntou se lembrando da tensão no elevador, o hálito quente dele batendo em seus lábios, a forma como seu corpo reagia como se estivesse pronto e aguardando para se entregar aos braços dele e... Marcy sacudiu sua cabeça e se levantou pegando o controlo do ar e o aumentou para refrescar suas ideias. Não devia estar pensando naquilo, ele tinha arruinado seu contrato e ela sabia que foi por vingança, mas com certeza não deixaria ele estragar a realização de seu sonho por uma birra do passado. Era certo que ele tinha motivos mais que suficientes para estar ressentidos e até se vingar dela depois da forma que ela tinha o largado, mas ela com certeza não deixaria ele atrapalhar seus planos. ...... Ethan estava parado de frente a vidraça de seu apartamento olhando a cidade noturna com o olhar perdido, quando a empregada o chamou dizendo que o diretor Park estava ali. –então essas são as obras deles– perguntou Ethan olhando os Manhwas na mesinha de centro sem muito interesse. –Realmente esse tipo de "literatura" não faz o meu gênero– –esse tipo de arte é muito popular nos dias de hoje, eu tenho certeza que teremos grande sucesso adaptando boa parte dessas obras.– disse o diretor tentando convencer o mais novo. –hum– Ethan se inclinou e vasculhou entre os livros. –tem algum da senhorita Diaz? Ela falava com tanta confiança, eu gostaria de ver uma das obras dela para ver se é tão boa como diz– –Bom, a senhorita Diaz escreve romances mais voltados para o público feminino eu recomendaria "um amor para vida" mas é muito longo e tem vários volumes, então se desejar Ler uma obra dela, eu sugiro "ao som da noite" tem pouco romance, é um mistério e não é tão longo– –Hum..– resmungou com os olhos ainda sobre os livros. –da para ver que é um trabalho bem feito.– disse Ethan observando as ilustrações de um dos manhwas. –eles mesmo fazem tudo, as ilustrações, impressões, tradução, promoção, campanhas de lançamento, é uma editora pequena mas completa, e Tem em formatos digitais no site deles também– –hum, eu vou ver se arrumo tempo para ver isso mais tarde, por enquanto fico com este.– disse mostrando um livro que tinha o interessado. –certo, bom não vou ocupar mais do seu tempo, com licença– O diretor Park saiu e Ethan pegou seu celular indo num atalho que ele tinha guardado, que dava direto ao perfil da rede social de Marcy. Ethan abriu a foto de perfil mais uma vez e ficou a observando, o tempo tinha sido mais generoso com ela, ainda possuía aquele olhar doce e brilhante da garota de 16 anos por quem se apaixonou no colégio, e o mesmo olhar da mulher que terminou com ele após 3 anos de noivado o deixando para trás como se tudo que viveram não tivesse sido nada. Ele não era de guardar rancores, mas era impossível esquecer aquele dia, sua dor, suas lágrimas implorando para ela ficar e lhe dar uma chance. Ethan suspirou olhando para Foto. –Marcy Diaz, o que eu faço com você?– 0000000 Marcy entrou na sala de reuniões da Editora e viu todo o conselho ali reunido. Shin tinha convocado uma reunião de emergência e se todos estavam ali, realmente era algo sério. –Então, ontem eu recebi uma nova proposta dos estúdios– disse Shin. –Como assim nova proposta? Não estava tudo certo?– perguntou um dos membros. –Bom, parece que o presidente do grupo não gostou de algo.– Shin olhou para Marcy que desviou o olhar se sentindo culpada. Certamente não deveria ter o respondido daquela forma. –o presidente do grupo?– –por que um Presidente se envolveria num contrato como esse?– Shin suspirou. –eu não sei, ele quis participar da reunião, deu sua opinião e nesta manhã recebi essa nova proposta.– disse distribuindo a todos cópias da nova proposta. Os ali presentes leram o documento e os olhos da maioria chegaram a brilhar pelos valores e benefícios ali envolvidos. Mas não era o caso de todos. Marcy franziu o cenho e olhou para Shin. –Eles querem comprar a nossa editora?– perguntou incrédula se levantando. –Bom, Não é exatamente uma compra, é mais um acordo de parceria, a nossa editora passará a ser parte do grupo dominó e nós nos tornaremos sócios do grupo.– explicou Shin. –E aqui tem uma grande remuneração e benefícios por se tornar parte do grupo.– comentou um dos membros sorrindo. –Nós não vamos aceitar isso!– Marcy jogou o documento na mesa. –nós levamos anos, suor e lágrimas para construir essa editora, não podemos simplesmente deixar eles virem aqui e comprarem todo o nosso trabalho como se fosse uma mercadoria numa feira– –A Editora vai continuar existindo, vai apenas ser uma parte do grupo– –Shin você leu isso direito? Aqui diz que todas as obras da editora passarão a ser propriedade do grupo dominó, nem a nossa editora é proprietária das obras aqui, cada escritor e dono de sua obra, nesse contrato praticamente estaremos fabricando e eles se apoderando e lucrando com isso– –isso é normal, a maioria das editoras faz isso com as obras, nós apenas não fazemos porque queremos ajudar uns aos outros, se quisermos realmente crescer nesse ramo, nós teremos de fazer certos sacrifícios.– respondeu Shin sério. Marcy olhou incrédula para o amigo. –Eu não estou ouvindo isso, como pode dizer uma coisa dessas?– –eu só estou pensando no bem de todos, os autores terão uma remuneração melhor, as condições de trabalho de todos vão melhorar...– –mas eles vão ficar com os nossos trabalhos!– gritou irritada com os olhos lacrimejantes. –Eu sei que isso para você pouco importa já que tem poucas obras em seu nome mas para mim e para todos os autores isso é como tirar a alma!– Os demais ficaram em silêncio, era chocante ver aqueles dois brigarem pois aquilo nunca tinha acontecido. –Rs certo, eu não sou tão talentoso como a senhorita Best seller, as porcarias que eu crio mal chegam a média de vendas, eu posso não ser um criador tão brilhante como você, mas tem uma coisa que eu tenho, espírito de equipe, e é graças a esse espírito de equipe que a nossa editora está onde está, e eu pretendo levar ela muito mais longe.– disse sério encarando a sócia. –...eu sou contra essa proposta– disse Marcy devolvendo o olhar. –eu não vou vender o nosso trabalho de anos para eles– Shin suspirou. –Eu sou a favor– disse e olhou para os outros 6 ali Presentes. –Bom eu... Eu acho que não é uma boa altura para entrar em votação. Acabamos de receber a proposta, vamos analisar com calma, e amanhã se necessário faremos uma votação, certo?– propôs a sócia mais velha. Marcy e Shin se entre olharam e logo Marcy saiu da sala. Marcy entrou em sua sala e foi se sentar soltando um suspiro. Ele realmente havia chegado tão longe? Comprar sua Editora? Como podia fazer aquilo? Aquele não era o Ethan, o Ethan que ela conhecia jamais faria algo assim. –Com licença.– pediu uma moça entrando com um buquê de rosas vermelhas num lindo vaso de cristal. –Um entregador deixou isso, é para senhora.– disse sorrindo. Marcy olhou para as Rosas confusa e as pegou sentindo o doce aroma delas. –Obrigada.– a Moça Saiu e Marcy pegou no cartão sentiu seu peito falhar uma batida ao reconhecer aquela letra. "Nos encontramos após tanto tempo e não podemos conversar direito, gostaria de a convidar para um jantar como velhos amigos, sua presença me faria muito feliz Ethan" Marcy olhou para o contacto no final do cartão e o apertou, jantar? Ele queria jantar com ela depois de ter enviado uma proposta desrespeitosa propondo a venda de sua editora? "O que você realmente quer de mim. Ethan" Marcy suspirou e olhou para as flores. Talvez fosse melhor ela ir nesse jantar, assim poderiam conversar frente a frente e resolver aquele problema entre eles, afinal, No fundo aquilo era um problema só deles. 000000 Marcy se olhou no espelho se sentindo um pouco estranha naquele vestido. Era um simples mas lindo vestido que valorizava seu corpo de forma elegante, deixava seus lindos ombros e clavículas espostas, algo que ela havia comprado com pressão de Hyuna para uma premiação, mas achava que estava de mais para um encontro com um ex, era melhor colocar algo mais simples. Marcy ouviu seu celular tocar e o pegou lendo a mensagem. Ethan: o carro já está aí. Marcy suspirou nervosa sentindo um arrependimento instantâneo por ter aceitado aquele jantar. Mas voltou a se olhar no espelho. Não era mais uma garota de 16 anos indo num encontro com seu Crush, era uma mulher adulta indo tratar de negócios e não era a primeira vez que ela ia num jantar de negócios, não tinha porque fugir, ela faria aquilo como faria qualquer outro negócio. Marcy saiu do edifício de seu apartamento e viu um caro a esperando. O motorista abriu a porta do banco traseiro para ela que entrou, e deu partida. Chegando ao local, Marcy seguiu o homem para dentro do luxuoso edifício no centro da cidade. Os dois entraram no elevador que subiu até a cobertura. Marcy achou que fossem para um restaurante, mas quando as portas se abriram ela viu um corredor com poucas portas parecendo apartamento. O homem caminhou até uma das portas e tocou a campainha logo se virou para ela e se curvou pedindo licença antes de sair. Marcy ficou ali parada até ouvir a porta ser aberta, e ali estava ele, simplesmente Belíssimo. Marcy olhou para Ethan que estava com um camiseta preta dentro da calça social cinza escuro, simples e elegante como sempre. –Olá.– saudou o homem com um sorriso. –por favor entre– disse dando espaço e Marcy entrou ficando impressionada com o belo apartamento. Então era assim um apartamento na cobertura... –Que bom que veio.– disse Ethan chegando por trás dela que se assustou e se virou o encarando –fiquei com medo que recusasse– Os dois se encararam e Ethan não pode conter seus olhos que desceram para os ombros expostos apreciando sua delicadeza e a pele bronzeada sedosa e brilhante. –Podemos ir direto ao assunto?– perguntou Marcy chamando atenção dele. –Como assim?– perguntou voltando a encará-la. –O contrato, por que enviou aquele contrato?– –ah, eu convidei você aqui para jantar, e não para falar de negócios– –Ethan!– Ethan sentiu seu corpo se arrepiar ao ouvir seu nome ser pronunciado por aqueles lábios após tantos anos... Ainda soava tão bem. –Você realmente está fazendo isso por vingança? Comprar a editora? Comprar os direitos de todas as obras? Como pode pensar em fazer isso?– Ethan suspirou e foi até o bar servindo nas duas taças ali preparadas o vinho que já tinha aberto, e voltou até ela lhe estendendo uma taça. –Vamos primeiro jantar antes de discutir assuntos aborecentes, eu não quero estragar essa noite– Marcy olhou para taça e logo olhou para Ethan suspirando e pegou na taça. –um brinde, ao nosso reencontro.– Disse o homem sorrindo sem tirar os olhos dela, e os dois deram um gole em suas bebidas. –Ethan.– Chamou Marcy outra vez ganhando atenção dele. –por favor, retire aquela proposta deixe a proposta inicial, você não vai perder nada com isso– Ethan suspirou irritado e deu as costas indo para sala de estar. –eu já disse que não chamei você aqui para negócios, o jantar já vai ficar pronto então...– –Ethan por favor.– Pediu caminhando atrás do homem que parou ao ouvir aquilo e se virou a encarando. Marcy recuou um pouca ao sentir aquele olhar. –Eu sei que você tem todos motivos para ficar irritado comigo, para me odiar, Mas não envolva a editora nisso, vamos resolver nossos problemas apenas nós os dois– Ethan tirou uma risada soprada e pousou sua taça. –Está implorando por eles? Não quer que seus preciosos colegas percam o direito das obras deles, está me pedindo por eles?– perguntou se aproximando demais e Marcy se sentou desconfortável com aquele tom. –Certo certo, agora você é uma mulher de negócios, bem, se você quer mesmo negociar...– Ethan deu mais um passo definitivo da direção de Marcy ficando extremamente perto. –Vamos negociar.– falou com a voz baixa sem tirar os olhos dos dela. –então... O que você tem a me oferecer em troca de eu manter a proposta inicial, senhorita Diaz?– Marcy engoliu em seco pensando em dar um passo para trás e manter uma distância aceitável, porém se manteve firme no lugar. –Eu certamente não tenho nada a oferecer ao presidente do grupo dominó, o que eu estou dizendo é apenas uma questão de bom senso, você já tem tudo, por que se importa em comprar uma pequena editora?– Ethan baixou seus olhos para o pescoço de Marcy e levantou sua mão afastando alguns dos fios que o cobriam, seus dedos roçaram levemente na pele e viu ela se arrepiar o que o fez tirar um leve sorriso antes de voltar a olhar para ele. –Você está enganada, eu não tenho tudo, e há algo que eu quero desesperadamente.– seu olhar intensificou sobre o dela que sentiu algo estranho no olhar dele, algo que ela nunca tinha visto antes... –D-do que você está falando?... O que você quer?– perguntou receiosa de suas próprias palavras temendo a resposta, mas Ethan não faria... –Você– Marcy sentiu seu coração pular ao ouvir aquela resposta com aquele olhar tão intenso sobre ela. Ethan chegou mais perto se possível, colando seus corpos e sentindo o aroma que vinha dela a embriagar e fazer o desejo e Luxúria dentro dele se acenderem mais. Ethan passou sua mão gentilmente pelo ombro de Marcy percorrendo toda extensão, pelo pescoço, até alcançar a mandíbula onde passou seu polegar acariciando a bochecha dela e pousar a ponta do dedo no canto dos lábios chamativos. –Não há nada que eu mais queira que você. Marcy.– disse Num sussurro tão próximo do rosto dela e seus olhos voltaram para ela. –uma noite, seja minha por apenas uma noite e eu prometo assinar o contrato que você quiser, vou realizar qualquer desejo seu, apenas... Seja minha– Ethan voltou a olhar para os lábios vermelhos entre abertos antes de voltar aos olhos castanhos. –Então, está disposta a fazer esse negócio comigo, senhorita Diaz–Marcy sentia seu coração bater cada vez mais forte em seu peito, todo seu corpo estava trémulo, sua respiração irregular, mãos suadas e seus olhos lacrimejantes olhando para o homem na sua frente com um olhar incrédulo. Não podia acreditar, não podia acreditar que aquela era a mesma pessoa, o garoto por quem foi perdidamente apaixonada, o homem que amou e de quem ficou noiva por anos, aquele que era um príncipe, um cavalheiro, sempre delicado e respeitoso com ela. Não, não podia ser a mesma pessoa. Como Ethan, seu Ethan, podia estar lhe fazendo uma proposta daquelas de forma tão descarada e sem um pingo de vergonha ou receio? Marcy deu um tapa na mão que estava em seu rosto olhando com raiva para o homem, enquanto tentava a todo custo não deixar cair suas lágrimas, não podia mostrar fraqueza, não na frente daquele homem. –você... Você é um completo desconhecido para mim. O homem que eu amei jamais diria isso para mim ou para qualquer outra mulher. Eu não pensei que fosse se
Ethan olhava para Marcy incrédulo em seus próprios ouvidos. –o que?– perguntou ainda em choque. –Ontem você me fez uma proposta, eu estou dando a minha resposta, eu passarei uma noite com você e em troca você manterá o contrato original– Ethan apertou o estufado da cadeira e engoliu em seco. –Do que você está falando? Vai se vender para mim por conta de um contrato?– Marcy tirou uma risada Amarga. –Não é isso que você quer? Que eu me humilhe para você e me submeta a você como castigo pelo que te fiz 9 anos atrás? Eu não vou julgar você, você tem todo direito de fazer isso. Mas eu lutei para construir aquela editora, Eu saí de Los Angeles deixando tudo para trás, minha família, meu emprego meus amigos, arriscando a começar numa nova cidade na qual eu nem sabia o idioma, tudo isso para perseguir um sonho meu, então eu não vou deixar você o destruir apenas por mágoa. Se continuar com essa ideia de comprar a editora, muitos autores vão sair dela, todos ficarão divididos e
Marcy mexia a comida em seu prato sem ter colocado um único pedacinho em sua boca. Estava completamente perdida em pensamentos, em choque, abalada, perturbada. Seu sonho havia se tornado num pesadelo de uma hora para outra e tudo por causa daquele homem. Não, ele não era o único culpado, a primeira culpada foi ela, se ela não tivesse o largado daquela forma tão cruel ele certamente não estaria fazendo aquilo com ela, então a culpa era dela, ela mentiu para ele, ela o havia deixado, ela havia aceitado aquela proposta, então não havia outro culpado se não ela. Ethan pousou os talheres de forma barulhenta chamando atenção da mulher na cadeira ao lado. –Não gostou da comida? Posso mandar que tragam outra coisa– –Eu... Não estou com fome– disse pousando o garfo. –Tem pudim de sobremesa, ainda é seu favorito?– –Eu realmente não estou com fome... Posso usar o banheiro?– –claro, segunda porta a esquerda– Marcy se levantou e saiu entrando no corredor. Ethan a s
Marcy acordou de bom humor naquela manhã sentindo que seria o seu dia. As coisas não poderiam estar melhores. A Editora estava indo muito bem, e para completar, tinham recebido uma incrível proposta de um novo estúdio de gravações que faria adaptações de suas obras em séries e filmes, e aquele seria o grande dia que assinaria o contrato com o estúdio. Depois de tanto sonhar com aquele momento, tantos não, tantas dificuldades, ter viajado meio mundo para um lugar onde seu trabalho seria mais valorizado. Ali estava ela, uma garota de Los Angeles numa das maiores cidades do mundo, dona, criadora e sócia de uma pequena porém notável editora de obras artísticas que agora assinaria um contrato com uma grande empresa. Ela não conseguia pensar em mais nada que a faria mais feliz. Marcy se arrumou e tomou o café da manhã com sua colega de apartamento/melhor amiga/colega de trabalho Hyuna, e juntas foram para Editora. –Nossa, você está tão feliz hoje.– comentou a garota de cabelo pr
Marcy apertava as mãos suadas por baixo da mesa ali na sala de reuniões, mal conseguia manter sua respiração regular, e o facto daquele homem estar sentado na cadeira ao lado, não ajudava sua condição. Ethan estava sentado a cabeceira da mesa, e do lado direito estava o diretor, e ao lado do diretor estava o assistente de Ethan, Marcy pensou em ir se sentar em outra cadeira longe dele, mas Shin puxou a cadeira do lado esquerdo para Marcy que não teve escolha, e se sentou com Shin ao seu lado. –Devo dizer que estou muito animado com essa parceria, eu sempre admirei os trabalhos de sua editora e sempre quis trabalhar com eles, é realmente uma editora cheia de talento, e como exemplo temos aqui a senhorita Diaz, uma de suas obras já foi adaptada para um filme certo?– perguntou o diretor animado assim que todos se sentaram a mesa. –A Marcy é o nosso amuleto da sorte, vários autores, ilustradores e tradutores se juntaram a nós pela atração de poder trabalhar com a Marcy.– S