Marcy sentia seu coração bater cada vez mais forte em seu peito, todo seu corpo estava trémulo, sua respiração irregular, mãos suadas e seus olhos lacrimejantes olhando para o homem na sua frente com um olhar incrédulo.
Não podia acreditar, não podia acreditar que aquela era a mesma pessoa, o garoto por quem foi perdidamente apaixonada, o homem que amou e de quem ficou noiva por anos, aquele que era um príncipe, um cavalheiro, sempre delicado e respeitoso com ela. Não, não podia ser a mesma pessoa. Como Ethan, seu Ethan, podia estar lhe fazendo uma proposta daquelas de forma tão descarada e sem um pingo de vergonha ou receio? Marcy deu um tapa na mão que estava em seu rosto olhando com raiva para o homem, enquanto tentava a todo custo não deixar cair suas lágrimas, não podia mostrar fraqueza, não na frente daquele homem. –você... Você é um completo desconhecido para mim. O homem que eu amei jamais diria isso para mim ou para qualquer outra mulher. Eu não pensei que fosse se tornar nesse tipo de homem. E só para ficar claro, eu recuso sua proposta, você me dá arrepios e me enche de nojo– Marcy foi até a sala de estar pegar sua bolsa, e saiu do apartamento. Ethan passou a Mão no rosto pensando na merda que tinha dito e feito. Ele olhou para porta e correu indo atrás de Marcy, mas como há 9 anos atrás, ela não estava mais ali. 0000000 Marcy acordou cheia de olheiras, mal tinha dormido, pesadelos, insónia, choros, não conseguia tirar da cabeça o que Ethan Tinha lhe dito, principalmente a última parte, o que a levou a ter pesadelos onde Ethan a abusava tomando seu corpo de forma bruta e a machucava propositalmente para se vingar pelo que ela lhe tinha feito, e aquilo a fazia chorar durante o sono e acordava chorando. O que mais a machucava era pensar que talvez tudo aquilo fosse culpa dela, talvez por culpa dele aquele homem perfeito que era o sonho de todas as garotas no colégio, por ela ter o machucado tanto, talvez por isso ele tinha se tornado naquele homem desprezível, frio sem escrúpulos. –Ola, olá– Marcy rapidamente secou sua lágrima e olhou para porta por onde Hyuna tinha acabado de entrar com uma chávena de café. –nossa, você está horrível, eu pensei que a noite fosse longa mas não desse jeito, o que foi? O date foi ruim?– perguntou se sentando na cama –um pesadelo.– Marcy suspirou e pegou o café dando um gole. –nossa, você parece péssima, o que aconteceu?– –Nada que valha a pena falar. vamos nos arrumar, hoje vai ser um longo dia na editora.– disse soltando outro suspiro e virou o café. As duas mulheres saíram do apartamento, entraram no elevador, e quando passavam pela entrada, o porteiro as chamou. –apartamento 192?– as duas se viraram para o homem atrás do balcão. –Tem uma encomenda.– disse deixando pegando o buquê de rosas. –ah, parece que o Date não foi tão ruim assim.– comentou Hyuna. Marcy se aproximou pegou no buquê e olhou para o cartão sobre as flores, caminhou até a cesta de lixo e as jogou ali antes de caminhar para saída. 000000 O Clima na editora estava tenso, a notícia sobre a venda da editora e o tal contrato que tomaria todos os direitos das obras da editora já havia se espalhar deixando todos divididos. Alguns falavam de como seria vantajoso serem parte de um grupo tão grande que os daria suporte de publicação e promoção numa escala internacional, e outros prezavam por sua independência e diretos sobre as obras fazendo assim Autores, editores, ilustradores, tradutores, todos se virarem uns contra os outros. E no conselho não estava diferente. Marcy chegou a editora e sentiu vários olhares sobre ela, alguns a apoiando e outros a julgando por ser contra o contrato. Ela entrou na sala de reuniões e viu que todos já estavam Ali. –Bom dia.– Saudou sem ânimo e foi se sentar. –Bom, visto que até agora não conseguimos chegar a um consenso, só nos resta votar.– disse Shin e olhou para Marcy que parecia distante. Certo que aquele era um assunto importante para todos, mas sabia como aquilo a afetava, entendia o lado dela mas também tinha de pensar no futuro da editora. Shin suspirou. –Quem é a favor da proposta, por favor levante a mão– Shin e mais 3 dos membros levantaram a mão, somando assim 50% Shin e Marcy juntos já formavam a maioria e os dois geralmente estavam do mesmo lado, razão pela qual nunca foi necessária uma votação, porém ali estavam eles em lados diferentes. O homem voltou a suspirar. –parece que temos um empate– –Bom, em caso de empate no conselho, deve se recorrer a votação pública, certo? Afinal, esse assunto envolve a todos, acho que seria justo deixar todos os colaboradores participarem e darem sua opinião.– comentou um dos membros. –Eu não sei se é uma boa ideia, todos lá fora já estão brigando e se odiando por esse assunto, fazer uma votação pode piorar– respondeu o outro. –Não temos outra opção, eles tem esse direito– –Certo, vamos anunciar uma votação para o fim do dia então. Marcy, alguma sugestão?– perguntou Chamando a mulher que esteve em silêncio com o olhar perdido durante toda Reunião. –Marcy?– voltou a chamar. –ãh?– Marcy olhou a volta e todos os olhares estavam sobre ela. –Eu... Eu vou sair por um momento.– disse se levantando. –Por favor não façam nada até eu voltar– –para onde vai? Quer que eu vá com você?– perguntou Shin preocupado com o tom e expressão dela, parecia que estava indo se entregar a morte. –Não, isso é algo que é apenas responsabilidade minha, então, eu mesma irei resolver.– disse e saiu da sala deixando todos confusos. 000000 Ethan mantinha os olhos no computador batendo o indicador contra a mesa de seu escritório. Seus olhos voltaram para o celular em sua mesa. Havia tentado ligar para ela várias vezes e mandado várias mensagens mas logo foi bloqueado. Talvez devesse ir até ela, não podia ficar ali sentado e deixar ela pensar o pior de si. Ethan se levantou e pegou seu palitó para sair da sala, e enquanto o vestia ouviu batidas na porta e Yoonsuk entrou. –Senhor, tem alguém que deseja vê-lo. Não tem hora marcada mas garantiu que o senhor a receberia.– disse o assistente. –Agora não, estou saindo– –É a senhorita Diaz da Editora Freedom.– Ethan parou seus movimentos e olhou para o jovem.. –A Marcy? Ela está aqui?– –Sim, devo deixá-la entrar?– –Claro, deixe ela entrar e não nos interrompa– –Sim senhor, com licença– O assistente saiu da sala e Ethan ajeitou sua roupa e postura, e logo entrou a mulher. –Marcy, por favor se sente– pediu puxando a cadeira. –Eu não vou me demorar– respondeu com a voz calma e firme. –por favor, nós temos muito que conversar, eu preciso me...– –eu aceito sua proposta.– disse o encarando. Ethan congelou ao ouvir aquilo e a olhou jurando que estava ouvindo errado. –Uma noite certo? Apenas diga quando, e eu estarei lá–Ethan olhava para Marcy incrédulo em seus próprios ouvidos. –o que?– perguntou ainda em choque. –Ontem você me fez uma proposta, eu estou dando a minha resposta, eu passarei uma noite com você e em troca você manterá o contrato original– Ethan apertou o estufado da cadeira e engoliu em seco. –Do que você está falando? Vai se vender para mim por conta de um contrato?– Marcy tirou uma risada Amarga. –Não é isso que você quer? Que eu me humilhe para você e me submeta a você como castigo pelo que te fiz 9 anos atrás? Eu não vou julgar você, você tem todo direito de fazer isso. Mas eu lutei para construir aquela editora, Eu saí de Los Angeles deixando tudo para trás, minha família, meu emprego meus amigos, arriscando a começar numa nova cidade na qual eu nem sabia o idioma, tudo isso para perseguir um sonho meu, então eu não vou deixar você o destruir apenas por mágoa. Se continuar com essa ideia de comprar a editora, muitos autores vão sair dela, todos ficarão divididos e
Marcy mexia a comida em seu prato sem ter colocado um único pedacinho em sua boca. Estava completamente perdida em pensamentos, em choque, abalada, perturbada. Seu sonho havia se tornado num pesadelo de uma hora para outra e tudo por causa daquele homem. Não, ele não era o único culpado, a primeira culpada foi ela, se ela não tivesse o largado daquela forma tão cruel ele certamente não estaria fazendo aquilo com ela, então a culpa era dela, ela mentiu para ele, ela o havia deixado, ela havia aceitado aquela proposta, então não havia outro culpado se não ela. Ethan pousou os talheres de forma barulhenta chamando atenção da mulher na cadeira ao lado. –Não gostou da comida? Posso mandar que tragam outra coisa– –Eu... Não estou com fome– disse pousando o garfo. –Tem pudim de sobremesa, ainda é seu favorito?– –Eu realmente não estou com fome... Posso usar o banheiro?– –claro, segunda porta a esquerda– Marcy se levantou e saiu entrando no corredor. Ethan a s
Marcy chegou a editora e foi recebida por um Shin muito animado. –Marcy Marcy Marcy!– –Calma, o que foi?– perguntou confusa por ver toda animação dele. –Vamos para minha sala.– Shin levou Marcy pelo pulso até a sala. –O que foi?– voltou a perguntar Marcy se sentando. –eu não sei o que você fez, não sei quais "pauzinhos" mexeu mas o grupo voltou ao contrato original– –já?– perguntou sorrindo e olhou a tela do computador. –Sim, e não só isso, eles incluíram novos benefícios para nós, e o Diretor Park disse que vem para cá para assinar o contrato e conhecer a Editora Também– –ah que ótimo, vamos nos preparar então, tudo deve estar conforme– –deve estar mesmo, já que o presidente falou que somos amadores daquela vez, vamos mostrar de que somos feitos!– disse Shin sorrindo determinado. –O... O presidente?– –Sim, ele também vem, disse que quer conhecer a Editora e vem com o diretor Park, então mãos a obra, vamos deixar tudo perfeito.– disse Shin saindo da sala
Ethan observava Marcy de longe enquanto conversava com algumas pessoas ali, participava activamente das conversas, mas sua atenção estava totalmente nela, não só por ela estar radiante naquele vestido, mas queria ver como ela estava, qual era sua reação. Obviamente ninguém se atreveu a comentar nada, não em voz alta mas os olhares falavam por si. Se uma grande empresa assinou um contrato com uma pequena editora, um acordo onde a parte menor ganhou mais, e depois uma sócia da parte menor aparecia com trajes obviamente acima de seu nível e sendo o conjunto único do traje do Presidente do grupo no mesmo jantar, aquilo certamente levantava questões e sugestões. Hyuna se aproximou de Marcy lhe oferecendo uma taça de champanhe. –Bem... Que coincidência.– comentou Hyuna. Marcy suspirou, não conseguia nem olhar para qualquer pessoa ali. Aquele era o plano dele? A expor como sua amante na frente de todos e deixar claro que a editora dela só conseguiu aquele contrato porque e
Marcy sentia a fita de sua peça íntima ser puxada cada vez mais para baixo, e seu Nervosismo aumentava cada vez mais pensando em como ele seria tão vulgar ao ponto de fazer aquilo justo ali e com tantas pessoas lá fora, pessoas estas que certamente tinham notado que eles tinham desaparecido juntos. Marcy separou o beijo e olhou para ele com o rosto ruborizado mal conseguindo o encarar. –Pode... pode esperar até todos saírem?– Ethan apenas continuou a encarando. –levante seus quadris.– mandou sem tirar os olhos dela. –o que?– perguntou Marcy ficando mais Ruborizada. –Eu preciso tirar isso, então se levante um pouco, ou então eu vou ter de a tirar de outra forma e você terá de voltar para casa sem a parte de baixo– Marcy o encarou esperando que ele fosse voltar atrás, mas o olhar dele permanecia fixo nela sem regredir. Marcy suspirou internamente vendo que não tinha escolha, e apoiou suas mãos nos ombros dele para poder levantar seus quadris e deixar ele termina
Alguns dias se passaram e feliz ou Infelizmente, Marcy não teve notícias de Ethan deste então, nenhuma ligação, nem mensagem, e aquilo a deixou ansiosa, afinal, ele a provocava sempre que possível e se divertia a vendo ficar nervosa e constrangida, e depois dela praticamente ter fugido dele no último encontro deles, ele certamente cobraria aquilo dela. De qualquer forma, ela deveria aproveitar aqueles dias de "folga" e se focar nas mudanças da Editora, porém, seu coração pulava sempre que seu celular tocava e ela rapidamente o pegava ansiosa, mas sua ansiedade logo desaparecia ao ver que não era ele. A mudança da editora para o edifício do grupo Dominó já estava no final, mais algumas coisas e oficialmente o endereço da editora mudaria, e mesmo estando constantemente naquele edifício nos últimos dias com a mudança, Marcy ainda não tinha visto Ethan. –Ultimas caixas, agora oficialmente fazemos parte do grupo Dominó– disse Shin sorrindo enquanto caminhava com Marcy em direção
Marcy bateu na porta e entrou após autorização, e viu Liam, o assistente de Ethan que estava parado ao lado dele que analisava alguns documentos sobre a mesa, mas logo levantaram seus olhares olhando para mulher. –Nos deixe a sós, se certifique que ninguém nos Interrompa, não quero ser perturbado– –Sim senhor– Liam pegou nos documentos e saiu da sala sem olhar para Marcy, provavelmente para não a deixar desconfortável. Ethan se levantou da cadeira despertando Marcy que olhou para o homem que saiu de trás da mesa caminhando lentamente com um andar despreocupado e mãos nos bolsos, e se encostou a mesa olhando para mulher. –Se aproxime.– mandou e Marcy o olhou parada ali por um tempo, ele com certeza não pediria para fazerem nada de mais ali em sua sala. Marcy se aproximou a uma distância razoável e ouviu Ethan soltar uma Risada. –Por que está agindo assim? Como se eu a estivesse forçando a algo? Foi escolha sua lembra? Você entrou aqui nessa sala toda deter
Marcy se sentou ali sobre a mesa puxando as partes de sua camisa para cobrir seu peitos de mal jeito, e olhou para sua saia que tinha toda a costura lateral rasgada até a cintura deixando toda sua perna exposta até sua peça íntima, mas ainda assim ela a puxou para o lado afim de se cobrir. "Como eu vou sair daqui assim?" Marcy se perguntou de cabeça baixa já imaginando em como ficaria totalmente arruinada e sem moral quando a visse sair da sala do presidente da empresa com as vestes naquele estado. Todos veriam que ela não passava de de uma mulher vulgar, uma mera prostituta que se vendeu para ele em troca daquela parceria. Marcy viu Ethan voltar a se aproximar e apertou mais suas roupas pensando que ele continuaria, porém, ele apenas passou seu casaco pelas costas dela a cobrindo já que suas tentativas de se cobrir eram quase inúteis. Marcy levantou a cabeça e seus olhares se cruzaram por breves segundos antes de Ethan desviar e pegar o celular que estava na mesa, e vol