Marcy olhou para o homem que possuía um sorriso travesso e encantador, e se perguntou o que ele estaria tramando daquela vez. –Senhorita, algum problema?– perguntou a comissária. –Não– –eu ajudo com a mala– Marcy se sentou e a comissária guardou sua mala. A moça começou a explicar como tudo funcionava mas Marcy não prestava atenção em nada, a comissária logo pediu licença e se retirou. Marcy se virou olhando para o homem que deu mais um gole em sua champanhe despreocupado. –Então tudo isso foi um plano para me fazer ir numa viagem com o senhor?– Ethan olhou para ela de volta e sorriu. –Eu não sei do que a senhorita está falando, o diretor Park me pediu para usar o nosso hotel em Busan como parte das filmagens e eu não vi mal algum até porque será uma boa publicidade, e como eu estava indo a Busan a negócios, ele me perguntou se eu poderia acompanhar a senhorita e mostrar tudo por lá– Marcy suspirou desistindo de argumentar com ele, uma vez que tinha planeja
Depois de caminharem na Praia, Ethan levou Marcy a outros lugares com a desculpa de "procurar cenários para gravar". Mas ela não reclamava, muito pelo contrário, aproveitava cada momento desfrutando daquele clima leve entre eles e aquela sensação de nostalgia. O sol já se punha e aquilo de certa forma deu uma angústia nos dois, um medo de que aquele dia acabasse e tal como aquele final de semana que teve seu fim da pior forma. –Vamos?– Perguntou Ethan parando ao lado de Marcy que estava sentada num banco. Marcy levantou o olhar olhando para o homem e voltou a baixar. O que estava fazendo? O que estava pensando, por que estava triste? Foi só um passeio, um passeio que certamente acabaria, mas acabou se iludindo e encarando aquilo como um encontro, um encontro que tinha acabado assim como um sonho. Marcy se levantou aceitando a realidade e tirou um sorriso fraco. –Vamos– Os dois caminharam até onde o carro estava estacionado, e seguiram viagem para o hotel.
Marcy acordou de bom humor naquela manhã sentindo que seria o seu dia. As coisas não poderiam estar melhores. A Editora estava indo muito bem, e para completar, tinham recebido uma incrível proposta de um novo estúdio de gravações que faria adaptações de suas obras em séries e filmes, e aquele seria o grande dia que assinaria o contrato com o estúdio. Depois de tanto sonhar com aquele momento, tantos não, tantas dificuldades, ter viajado meio mundo para um lugar onde seu trabalho seria mais valorizado. Ali estava ela, uma garota de Los Angeles numa das maiores cidades do mundo, dona, criadora e sócia de uma pequena porém notável editora de obras artísticas que agora assinaria um contrato com uma grande empresa. Ela não conseguia pensar em mais nada que a faria mais feliz. Marcy se arrumou e tomou o café da manhã com sua colega de apartamento/melhor amiga/colega de trabalho Hyuna, e juntas foram para Editora. –Nossa, você está tão feliz hoje.– comentou a garota de cabelo pr
Marcy apertava as mãos suadas por baixo da mesa ali na sala de reuniões, mal conseguia manter sua respiração regular, e o facto daquele homem estar sentado na cadeira ao lado, não ajudava sua condição. Ethan estava sentado a cabeceira da mesa, e do lado direito estava o diretor, e ao lado do diretor estava o assistente de Ethan, Marcy pensou em ir se sentar em outra cadeira longe dele, mas Shin puxou a cadeira do lado esquerdo para Marcy que não teve escolha, e se sentou com Shin ao seu lado. –Devo dizer que estou muito animado com essa parceria, eu sempre admirei os trabalhos de sua editora e sempre quis trabalhar com eles, é realmente uma editora cheia de talento, e como exemplo temos aqui a senhorita Diaz, uma de suas obras já foi adaptada para um filme certo?– perguntou o diretor animado assim que todos se sentaram a mesa. –A Marcy é o nosso amuleto da sorte, vários autores, ilustradores e tradutores se juntaram a nós pela atração de poder trabalhar com a Marcy.– S
Ethan levantou sua mão para alcançar o rosto de Marcy enquanto a distância entre seus rostos ficava cada vez menor, e quando a ponta de seus dedos iam tocar a pele dela, a porta do elevador se abriu fazendo os dois se afastarem imediatamente voltando a realidade. –Senhor presidente!– exclamaram as pessoas ali saudando o homem que as saudou de volta, e quando olhou a volta, viu que Marcy não estava mais ali. Ethan chegou ao estacionamento com sua mente ainda presa no momento atrás, e viu seu Assistente Ali parado na frente do carro o encarando. Ethan o ignorou não querendo ter aquelas conversas aborrecidas com ele, então deu a volta entrando no banco de motorista. O Jovem olhou para o chefe e logo entrou no banco de carona e esperou o mais velho dar partida e estarem na estrada. –Encontrou ela?– perguntou Yoonsuk e Ethan o olhou admirado por ele saber tão depressa. –A coisa que o senhor disse ter esquecido quando voltou, encontrou?– –Ah isso, sim, eu encontrei.–
Marcy sentia seu coração bater cada vez mais forte em seu peito, todo seu corpo estava trémulo, sua respiração irregular, mãos suadas e seus olhos lacrimejantes olhando para o homem na sua frente com um olhar incrédulo. Não podia acreditar, não podia acreditar que aquela era a mesma pessoa, o garoto por quem foi perdidamente apaixonada, o homem que amou e de quem ficou noiva por anos, aquele que era um príncipe, um cavalheiro, sempre delicado e respeitoso com ela. Não, não podia ser a mesma pessoa. Como Ethan, seu Ethan, podia estar lhe fazendo uma proposta daquelas de forma tão descarada e sem um pingo de vergonha ou receio? Marcy deu um tapa na mão que estava em seu rosto olhando com raiva para o homem, enquanto tentava a todo custo não deixar cair suas lágrimas, não podia mostrar fraqueza, não na frente daquele homem. –você... Você é um completo desconhecido para mim. O homem que eu amei jamais diria isso para mim ou para qualquer outra mulher. Eu não pensei que fosse se
Ethan olhava para Marcy incrédulo em seus próprios ouvidos. –o que?– perguntou ainda em choque. –Ontem você me fez uma proposta, eu estou dando a minha resposta, eu passarei uma noite com você e em troca você manterá o contrato original– Ethan apertou o estufado da cadeira e engoliu em seco. –Do que você está falando? Vai se vender para mim por conta de um contrato?– Marcy tirou uma risada Amarga. –Não é isso que você quer? Que eu me humilhe para você e me submeta a você como castigo pelo que te fiz 9 anos atrás? Eu não vou julgar você, você tem todo direito de fazer isso. Mas eu lutei para construir aquela editora, Eu saí de Los Angeles deixando tudo para trás, minha família, meu emprego meus amigos, arriscando a começar numa nova cidade na qual eu nem sabia o idioma, tudo isso para perseguir um sonho meu, então eu não vou deixar você o destruir apenas por mágoa. Se continuar com essa ideia de comprar a editora, muitos autores vão sair dela, todos ficarão divididos e
Marcy mexia a comida em seu prato sem ter colocado um único pedacinho em sua boca. Estava completamente perdida em pensamentos, em choque, abalada, perturbada. Seu sonho havia se tornado num pesadelo de uma hora para outra e tudo por causa daquele homem. Não, ele não era o único culpado, a primeira culpada foi ela, se ela não tivesse o largado daquela forma tão cruel ele certamente não estaria fazendo aquilo com ela, então a culpa era dela, ela mentiu para ele, ela o havia deixado, ela havia aceitado aquela proposta, então não havia outro culpado se não ela. Ethan pousou os talheres de forma barulhenta chamando atenção da mulher na cadeira ao lado. –Não gostou da comida? Posso mandar que tragam outra coisa– –Eu... Não estou com fome– disse pousando o garfo. –Tem pudim de sobremesa, ainda é seu favorito?– –Eu realmente não estou com fome... Posso usar o banheiro?– –claro, segunda porta a esquerda– Marcy se levantou e saiu entrando no corredor. Ethan a s