— ¿Qué pasa, Caliope? ¿Es que te ha mordido la lengua el ratón? — preguntó Nick a su joven esposa.Calíope seguía pasmada bajo el umbral de la puerta, aferrada al silencio. Su lengua no respondía. ¡Nada de ella lo hacía!— No, yo…— ¿Tú qué? Mírate, pareces aterrada.La todavía horrorizada joven negó apresurada con la cabeza.— ¡No! ¡No es eso! ¡Es que…!— ¡No me digas que te excita la idea de un hombre amputado!— dijo sardónico.Caliope abrió los ojos de par en par.— ¿Qué…? ¡Claro que no!«¡Era un cretino!» Pensó enojada. ¿Cómo se atrevía?— ¿Entonces qué es, eh, Caliope? — preguntó con mordacidad a medida que se acercaba hasta ella.Estaba rabioso, no, estaba furioso. ¡Cabreado hasta la médula ósea!— ¿No piensas hablar? ¡Vamos, dilo! ¡Admite que te asusto! ¡Admite que te doy miedo así!Calíope se pegó a la pared contigua a la puerta. No le asustaba su condición, ni siquiera un poco, pero, la forma en la que sus ojos verdes se habían oscurecido dos tonos si la aterraba.«¿Por qué e
Ele acordou todos no rancho.- Chefe, ele não está nos estábulos! —Informou Francisca, que saiu aterrorizada para procurá-la quando descobriu.Nick sabia que desde o primeiro momento ela e sua esposa se davam muito bem, por isso notou aquela expressão preocupada no rosto da garota.— Nas plantações de café também não! - Paulo apoiou.Os rostos na sala do casarão eram os mesmos: expectantes e angustiados.Nicholas, já ultrapassado, passou as mãos pelos cabelos.“Nada, patrão, ninguém dá contas dela”, apareceu Lisandro, o encarregado da propriedade e, naquele momento, um dos poucos homens que Nicolau poderia considerar seu amigo.Ele já sabia de tudo e de como acabou casado com Calliope.Agora ultrapassado, Nick bagunçou seu cabelo. Aquela angústia em seu peito já era grande demais.Ia explodir a qualquer momento! Nesse momento!—Como é possível que ninguém a tenha visto sair? O que desapareceu como uma aparição? Droga! As pessoas desaparecem aqui assim? Onde diabos está minha esposa?!
Ele entrou na cabana com uma expressão entediada, mas assim que Nicholas viu sua esposa ali, em uma pequena cama de palha, com os olhos fechados e o corpo perfeitamente flácido, sentiu algo dentro dele se quebrar.Chayo se sentou assim que o viu.—Chefe, boa noite! Irina me disse que essa garota é esposa dele! É verdade?Nick assentiu, com a mandíbula cerrada e a testa franzida.- Como esta? O que realmente aconteceu? —ele perguntou sem tirar os olhos da esposa.—Não sei chefe, mas aquela garota estava inconsciente quando cheguei. Irina diz que a viu escalar a cerca e cair. Ele tem vários hematomas pelo corpo.Nicholas ficou ao lado da cama,examinando-a. Era verdade.- Eu vou levá-la. Um médico tem queexamine-o. Há quanto tempo você está inconsciente?"Já faz muito tempo, chefe, e... desculpe-me por contradizê-lo, mas não acho que movê-la seja a melhor coisa para esta noite", disse a mulher, aproximando-se da garota. Então ele afastou uma mecha de cabelo e Nick abriu os olhos quando v
Ele não saiu do lado dela pelo resto da manhã.A chuva diminuiu na madrugada e Calliope finalmente abriu os olhos, mostrando melhorias. Os fracos raios do sol apareciam timidamente.A jovem inocente acreditava estar acordando de um sonho eterno. Sua cabeça e todo o corpo doíam. Ele moveu as pálpebras lentamente, acostumando-se com o amanhecer."Onde estava? Qual era esse lugar? Ele conseguiu escapar do rancho? Do marido? Ela se perguntou, olhando em volta com uma expressão perplexa, até se deparar com aqueles poços verdes que tanto a intimidavam.Ele engoliu com esforço. Seu coração batia como uma locomotiva.—Não…Nicholas— ele murmurou quase sem voz.Ele olhou para ela com severidade e ressentimento, na beira da cama. Seu peito estava nu.— O quê, você não esperava me ver aqui? — ele perguntou sarcasticamente — Ou melhor ainda... você já esperava estar em outro lugar?Calliope olhou para ele com horror. Memórias vagas da noite anterior, embora nebulosas, vieram à mente.—O que diabos
O implacável brasileiro de olhos verdes esperou impacientemente por uma explicação. Dessa vez eu não teria a menor consideração!- E bem? Estou esperando!Calliope endireitou-se, nervosa. Um tiro de intimidação passou. A expressão do marido era a de um homem zangado."Eu... eu não sei o que você quer que eu lhe diga", ele murmurou fracamente.Nick estreitou os olhos, satisfeito.—A verdade, Caliope, quero a verdade absoluta. Quem te ajudou, hein? Quem? Ele era um peão? O que você deu a ele para fazê-lo querer ajudá-lo?- Que? Não! EU…!—Com o que você o persuadiu? Chávocê ofereceu? Foi isso? Foi por isso que você concordou em...- Fique quieto! Você não tem o direito de falar assim comigo! - ela gritou para ele, irritada, magoada.—Você é quem não tem o direito de me abandonar! - ele respondeu, fora de si.Lágrimas quentes inundaram os olhos do inocente Caliope. Ele sentou-se com esforço.“Não quero continuar ouvindo você”, ele disse a ela. Ele estava saindo da sala.Ele a alcançou em
Ele entrou lentamente na sala. Tudo estava na escuridão. A cama estava vazia e os lençóis estavam perfeitamente dispostos. Ele ficou preocupado, pelo menos até descobri-la sentada ao pé da janela, com os joelhos encostados no peito e o olhar perdido. Vê-la assim o emocionou. — Eu trouxe o jantar para você. Ela já havia percebido isso muito antes de ele falar, mas não respondeu, apenas olhou para ele com o canto do olho e enxugou o vestígio de uma lágrima. — Você não vai me contar nada? - te pergunto. "Não estou com fome", respondeu ela, ainda sem olhar para ele. O dominante brasileiro de trinta e um anos fechou os olhos por um segundo e suspirou. Deixou a bandeja na mesinha de leitura e sentou-se no canto da cama. Ele cruzou as mãos sobre os joelhos. — Thiago ligou. Ele me disse que gostaria de falar com você. — Não quero falar com ele, pode dizer que estou dormindo. - Que você quer? Ela assentiu calmamente e sentou-se. Nicholas pegou-a pelo braço antes que ela passasse por
Ele desceu as escadas com sua roupa nova. Nick estava falando ao telefone quando ergueu os olhos e a encontrou ali.“Ligo para você mais tarde", disse ele, e o que quer que tenham respondido do outro lado da linha ele não ouviu; Ele ficou cativado pela beleza de sua esposa.-Agora... estou prontaEla murmurou, corando.-Suas roupas são um pouco grandes, você deveria comer maisDisse ele, fingindo desinteresse. De qualquer forma, amanhã iremos até a cidade para que você escolha o que mais combina com você.Ela assentiu. Ele não se importou.Com isso, Francisca saiu da cozinha. Seus olhos brilharam quando ele a viu e ele sorriu.— Dona Calliope, você está muito bonita.—Obrigado, Kika.Nick limpou a garganta.— Vamos para a sala do café da manhã, você deve se alimentar bem para esse tipo de trabalho.Romina e a mãe já estavam lá.— Nick, bom dia, estávamos te esperando.Ele assentiu com uma expressão séria. Então ele puxou a cadeira da esposa para que ela pudesse sentar-se ao lado dele.
O inflexível brasileiro chegou ao empacotador como sempre. Todos deixaram de lado o que estavam fazendo para recebê-lo.“Chefe, bom dia, estava esperando por você”, disse-lhe um dos responsáveis daquela área.Ele assentiu e seguiu o homem até o pequeno escritório. Lá ele trabalhou algumas horas pela manhã, assinou alguns carregamentos prestes a sair da cidade e autorizou que uma pequena parte da colheita fosse distribuída às famílias mais pobres das cidades mais próximas.— Acho que por hoje seria tudo, se precisar de mim estarei na colheita da banana — dizendo isso, entrou no SUV e voltou.Lysander se aproximou. Foi uma manhã muito feliz e produtiva.“Chefe, não pensei que voltaria tão cedo”, disse ele, surpreso. Poucas vezes ele foi fiscalizar se tudo estava indo bem, pois lhe confiou essa tarefa de olhos fechados.Nick tirou os óculos e semicerrou os olhos, como se procurasse alguma coisa.- Onde está? - perguntou ele, quase ignorando-o - Onde está Calliope?—Lá, chefe, ele se ad