O implacável brasileiro de olhos verdes esperou impacientemente por uma explicação. Dessa vez eu não teria a menor consideração!- E bem? Estou esperando!Calliope endireitou-se, nervosa. Um tiro de intimidação passou. A expressão do marido era a de um homem zangado."Eu... eu não sei o que você quer que eu lhe diga", ele murmurou fracamente.Nick estreitou os olhos, satisfeito.—A verdade, Caliope, quero a verdade absoluta. Quem te ajudou, hein? Quem? Ele era um peão? O que você deu a ele para fazê-lo querer ajudá-lo?- Que? Não! EU…!—Com o que você o persuadiu? Chávocê ofereceu? Foi isso? Foi por isso que você concordou em...- Fique quieto! Você não tem o direito de falar assim comigo! - ela gritou para ele, irritada, magoada.—Você é quem não tem o direito de me abandonar! - ele respondeu, fora de si.Lágrimas quentes inundaram os olhos do inocente Caliope. Ele sentou-se com esforço.“Não quero continuar ouvindo você”, ele disse a ela. Ele estava saindo da sala.Ele a alcançou em
Ele entrou lentamente na sala. Tudo estava na escuridão. A cama estava vazia e os lençóis estavam perfeitamente dispostos. Ele ficou preocupado, pelo menos até descobri-la sentada ao pé da janela, com os joelhos encostados no peito e o olhar perdido. Vê-la assim o emocionou. — Eu trouxe o jantar para você. Ela já havia percebido isso muito antes de ele falar, mas não respondeu, apenas olhou para ele com o canto do olho e enxugou o vestígio de uma lágrima. — Você não vai me contar nada? - te pergunto. "Não estou com fome", respondeu ela, ainda sem olhar para ele. O dominante brasileiro de trinta e um anos fechou os olhos por um segundo e suspirou. Deixou a bandeja na mesinha de leitura e sentou-se no canto da cama. Ele cruzou as mãos sobre os joelhos. — Thiago ligou. Ele me disse que gostaria de falar com você. — Não quero falar com ele, pode dizer que estou dormindo. - Que você quer? Ela assentiu calmamente e sentou-se. Nicholas pegou-a pelo braço antes que ela passasse por
Ele desceu as escadas com sua roupa nova. Nick estava falando ao telefone quando ergueu os olhos e a encontrou ali.“Ligo para você mais tarde", disse ele, e o que quer que tenham respondido do outro lado da linha ele não ouviu; Ele ficou cativado pela beleza de sua esposa.-Agora... estou prontaEla murmurou, corando.-Suas roupas são um pouco grandes, você deveria comer maisDisse ele, fingindo desinteresse. De qualquer forma, amanhã iremos até a cidade para que você escolha o que mais combina com você.Ela assentiu. Ele não se importou.Com isso, Francisca saiu da cozinha. Seus olhos brilharam quando ele a viu e ele sorriu.— Dona Calliope, você está muito bonita.—Obrigado, Kika.Nick limpou a garganta.— Vamos para a sala do café da manhã, você deve se alimentar bem para esse tipo de trabalho.Romina e a mãe já estavam lá.— Nick, bom dia, estávamos te esperando.Ele assentiu com uma expressão séria. Então ele puxou a cadeira da esposa para que ela pudesse sentar-se ao lado dele.
O inflexível brasileiro chegou ao empacotador como sempre. Todos deixaram de lado o que estavam fazendo para recebê-lo.“Chefe, bom dia, estava esperando por você”, disse-lhe um dos responsáveis daquela área.Ele assentiu e seguiu o homem até o pequeno escritório. Lá ele trabalhou algumas horas pela manhã, assinou alguns carregamentos prestes a sair da cidade e autorizou que uma pequena parte da colheita fosse distribuída às famílias mais pobres das cidades mais próximas.— Acho que por hoje seria tudo, se precisar de mim estarei na colheita da banana — dizendo isso, entrou no SUV e voltou.Lysander se aproximou. Foi uma manhã muito feliz e produtiva.“Chefe, não pensei que voltaria tão cedo”, disse ele, surpreso. Poucas vezes ele foi fiscalizar se tudo estava indo bem, pois lhe confiou essa tarefa de olhos fechados.Nick tirou os óculos e semicerrou os olhos, como se procurasse alguma coisa.- Onde está? - perguntou ele, quase ignorando-o - Onde está Calliope?—Lá, chefe, ele se ad
Duas horas depois, Caliope mal havia completado três cestas e, embora não desistisse, sentia-se bastante cansada. Suas costas e mãos doíam, assim como sua cintura.Ao meio-dia, todos pararam.—Senhorita Caliope, descanse um pouco, está na hora do almoço. “Vá para a casa grande”, disse Lisandro, percebendo que ela estava bastante exausta.Ela enxugou o suor e ergueu os olhos com um sorriso otimista. Todos deixaram suas cestas e foram embora. Foi quando percebeu que tinham uma diferença de quase cinco cestas.Eu estava muito atrasado.— Ficarei mais um pouco, Lisandro, obrigado.O bom homem, que estava na casa dos quarenta, tirou o chapéu.- Está segura? Não precisa ficar, olha, todo mundo já está saindo para almoçar.Ela sorriu novamente.— Estou bem, sério. Vou terminar esta cesta e depois como alguma coisa.Lysander assentiu com uma expressão preocupada. Aquela garota não foi feita para esse tipo de trabalho. Depois retirou-se para comer com a esposa e os filhos pequenos.Uma hora de
— Calliope, Calliope… — ele insistiu com a voz preocupada.Ela estava consciente, mas não parecia forte o suficiente para responder.Ele escondeu vários fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto e deu um tapinha gentil em uma de suas bochechas.Vendo que ela não respondia a nada, o preocupado brasileiro pegou o corpo de sua esposa e a abraçou protetoramente.—Chefe, mas… o que aconteceu?! - Lisandro perguntou, um tanto culpado.Ele deveria ter garantido que aquela garota chegasse à casa grande em perfeitas condições e foi o mínimo que ele fez!“Não sei, vou levá-la para o quarto”, respondeu ela sem olhar para ele, e não parou até chegar ao seu destino.Ele empurrou a porta com o quadril e colocou o corpo fraco da esposa sobre os lençóis, e como se ela esperasse um milênio por isso, ela adormeceu profundamente.Nick suspirou com as mãos nos quadris, depois sentou-se na beira da cama e olhou para ela com uma adoração inexplicável, lembrando-se desesperadamente do beijo que trocar
Ele decidiu cavalgar. Essa foi uma das atividades que o afastou da realidade.Uma realidade em que Calliope existia... e da qual ele, mesmo que recusasse, não conseguiria escapar.Ele voltou depois das onze. Francisca esperava por ele andando de um lado para outro na sala.— Chefe, chefe, eu estava esperando por você.Nick ficou surpreso ao vê-la ali. Naquela hora todos já estavam descansando.—O que houve, Kika?—Eu só não queria ir embora até saber como estava a Sra. Caliope.— Ok, ele deveria estar descansado agora, você deveria fazer o mesmo também, já é tarde.Francisca assentiu, mais calma.— Com permissão do chefe.Nicholas olhou para ela com espanto até que ela desapareceu pela porta. O que havia em Calliope que conseguiu conquistar os corações de muitos ali? O que foi que o fez questionar tudo o que Thiago havia avisado sobre ela?Ele suspirou, confuso, e subiu as escadas.Na verdade, sua esposa estava dormindo profundamente quando ele espiou cuidadosamente pela porta.Na man
A menina inocente, sem entender o que ele queria dizer, piscou várias vezes.—O que… do que você está falando? - ela perguntou apavorada.Nick cerrou os punhos em torno da garrafa e mostrou-lha.— Por que você precisa de antidepressivos?Calliope suprimiu uma expressão de espanto. Seus olhos passaram da garrafa para a expressãocolérico de seu marido. Ele passou uma bebida.—Como... como você sabia que eram antidepressivos?- Isso é o de menos! Responder! Por que você precisa levá-los? - ele exigiu, inflexível. Ela balançou a cabeça e deu um passo para trás: “Fala, Calliope!” Por que você precisa tomar antidepressivos?"Eu... eu... eu quero ir embora", ele gaguejou. Por favor, vamos embora.—Não, até você me contar a verdade! Você está deprimido? Por que Thiago não me contou nada sobre isso?— Por favor... — ele implorou. Lágrimas não derramadas inundaram seus olhos.Eu não estava pronto para falar sobre isso. Muito menos com ele!— Estou avisando, Caliope, se você não me responder ago