Duas horas depois, Caliope mal havia completado três cestas e, embora não desistisse, sentia-se bastante cansada. Suas costas e mãos doíam, assim como sua cintura.Ao meio-dia, todos pararam.—Senhorita Caliope, descanse um pouco, está na hora do almoço. “Vá para a casa grande”, disse Lisandro, percebendo que ela estava bastante exausta.Ela enxugou o suor e ergueu os olhos com um sorriso otimista. Todos deixaram suas cestas e foram embora. Foi quando percebeu que tinham uma diferença de quase cinco cestas.Eu estava muito atrasado.— Ficarei mais um pouco, Lisandro, obrigado.O bom homem, que estava na casa dos quarenta, tirou o chapéu.- Está segura? Não precisa ficar, olha, todo mundo já está saindo para almoçar.Ela sorriu novamente.— Estou bem, sério. Vou terminar esta cesta e depois como alguma coisa.Lysander assentiu com uma expressão preocupada. Aquela garota não foi feita para esse tipo de trabalho. Depois retirou-se para comer com a esposa e os filhos pequenos.Uma hora de
— Calliope, Calliope… — ele insistiu com a voz preocupada.Ela estava consciente, mas não parecia forte o suficiente para responder.Ele escondeu vários fios de cabelo que estavam grudados em seu rosto e deu um tapinha gentil em uma de suas bochechas.Vendo que ela não respondia a nada, o preocupado brasileiro pegou o corpo de sua esposa e a abraçou protetoramente.—Chefe, mas… o que aconteceu?! - Lisandro perguntou, um tanto culpado.Ele deveria ter garantido que aquela garota chegasse à casa grande em perfeitas condições e foi o mínimo que ele fez!“Não sei, vou levá-la para o quarto”, respondeu ela sem olhar para ele, e não parou até chegar ao seu destino.Ele empurrou a porta com o quadril e colocou o corpo fraco da esposa sobre os lençóis, e como se ela esperasse um milênio por isso, ela adormeceu profundamente.Nick suspirou com as mãos nos quadris, depois sentou-se na beira da cama e olhou para ela com uma adoração inexplicável, lembrando-se desesperadamente do beijo que trocar
Ele decidiu cavalgar. Essa foi uma das atividades que o afastou da realidade.Uma realidade em que Calliope existia... e da qual ele, mesmo que recusasse, não conseguiria escapar.Ele voltou depois das onze. Francisca esperava por ele andando de um lado para outro na sala.— Chefe, chefe, eu estava esperando por você.Nick ficou surpreso ao vê-la ali. Naquela hora todos já estavam descansando.—O que houve, Kika?—Eu só não queria ir embora até saber como estava a Sra. Caliope.— Ok, ele deveria estar descansado agora, você deveria fazer o mesmo também, já é tarde.Francisca assentiu, mais calma.— Com permissão do chefe.Nicholas olhou para ela com espanto até que ela desapareceu pela porta. O que havia em Calliope que conseguiu conquistar os corações de muitos ali? O que foi que o fez questionar tudo o que Thiago havia avisado sobre ela?Ele suspirou, confuso, e subiu as escadas.Na verdade, sua esposa estava dormindo profundamente quando ele espiou cuidadosamente pela porta.Na man
A menina inocente, sem entender o que ele queria dizer, piscou várias vezes.—O que… do que você está falando? - ela perguntou apavorada.Nick cerrou os punhos em torno da garrafa e mostrou-lha.— Por que você precisa de antidepressivos?Calliope suprimiu uma expressão de espanto. Seus olhos passaram da garrafa para a expressãocolérico de seu marido. Ele passou uma bebida.—Como... como você sabia que eram antidepressivos?- Isso é o de menos! Responder! Por que você precisa levá-los? - ele exigiu, inflexível. Ela balançou a cabeça e deu um passo para trás: “Fala, Calliope!” Por que você precisa tomar antidepressivos?"Eu... eu... eu quero ir embora", ele gaguejou. Por favor, vamos embora.—Não, até você me contar a verdade! Você está deprimido? Por que Thiago não me contou nada sobre isso?— Por favor... — ele implorou. Lágrimas não derramadas inundaram seus olhos.Eu não estava pronto para falar sobre isso. Muito menos com ele!— Estou avisando, Caliope, se você não me responder ago
Ele caminhou até os estábulos, intrigado.Devido ao horário, poucos trabalhadores estavam por perto, então ele só parou quando viu uma figura sair das sombras."Era ela". Pensamento. Ele olhou em volta como se estivesse procurando por algo ou alguém.Nicholas estreitou os olhos e avançou com cautela até que a descobriu conversando com um trabalhador. Ele teve que se esconder atrás de uma parede para evitar ser visto.—Você sabe onde posso encontrar o Danilo? —ele a ouviu perguntar gentilmente, e imediatamente, tudo nele reagiu em resposta.Ele cerrou os dentes de raiva.Por que eu procuraria por Danilo? E neste momento? Nada de bom passou pela cabeça dele!“Acabei de terminar aí, senhorita”, respondeu o menino.Ela sorriu em gratidão e seguiu o caminho que lhe haviam mostrado. Nicholas, lutando contra aquela fúria inexplicável que o fazia ferver por dentro, não ficou parado nem tentando.Ele saiu das sombras, irritado, não, mais do que irritado. Ele se sentiu envergonhado! Ele a alcan
Naquela noite, Nicholas não dormiu com Romina. Não pude. E embora tivesse o direito de pagar em espécie à esposa, não se sentia capaz, por isso acabou pedindo a Romina que fosse embora assim que soube disso.Calíope fechou a porta.Na manhã seguinte, a raiva ainda percorria sua corrente sanguínea.Eu não consegui dormir. Ele não podia fazer nada além de se sentir estúpido. Como ele poderia baixar a guarda com ela? É que…! Eca! Como ele poderia ter duvidado de todas as coisas que era sua pequena joia de esposa?Terminou de se vestir e saiu do quarto assim que apareceu o primeiro raio da madrugada.Assim que desceu, deu de cara com Francisca, andando de um lado para o outro.— Chefe, bom dia, estava te esperando.— Estou com pressa, Kika, agora não.- Mas chefe, eu queria te contar isso...!—Agora não, Francisca!Com isso ele desapareceu, deixando a garota com a palavra na boca.Ele chegou aos estábulos.cavalaria como sempre. Ele viu que Danilo estava lá. Imediatamente sua raiva cresceu.
Após vários segundos de silêncio, o brasileiro de Villa Dos Santos se levantou.“Não acredito”, disse ele, rindo e balançando a cabeça. Até onde chegou Calliope? Usar você para me convencer de que ela não é mentirosa?— Não, chefe, claro que não, o que estou lhe contando é a pura verdade — assegurou a pobre moça.— A única verdade aqui é que Calioppe não é o que você pensa, Francisca.Ela olhou para ele como se lhe tivessem crescido duas cabeças.—Mas chefe, por que você diz isso da senhorita Calioppe?— Porque “a senhora” — enfatizou sarcasticamente —… fez coisas das quais ninguém deveria se orgulhar.- Não entendo, chefe.— Caliope já fez coisas horríveis no passado, Kika. Coisas pelas quais ele deveria receber punição e punição. Você sabia que por causa dele diversas famílias ficaram sem o sustento de suas casas? Você sabia que ele os humilhou a ponto defronteira com eles resignar? - disse ele de forma bastante acusatória - não tenho dúvidas de que ele tentará fazer o mesmo com voc
Calioppe sentiu uma leve tontura e a náusea que sempre sentia quando estava na presença da cunhada voltou.- O que você está fazendo aqui? - ela perguntou, desnorteada.—É assim que você nos recebe, Lilo? — Sua cunhada falou, sorrindo para ela como se fossem amigas de longa data — Por que você não nos dá um abraço de boas-vindas? Viajamos apenas para te ver e saber como você estava. Imagino que você esteja feliz com seu casamento.—Eu… eu não pedi para eles virem.— Caliope, não seja assim. Tiara está certa, viemos apenas para ouvir de você.Nicholas notou imediatamente aquela estranha palidez no rosto dela, bem como a expressão de terror que a acompanhava desde que desceu para a sala do café da manhã.Ele sabia que a esposa não tinha um bom relacionamento com o irmão e muito menos com a cunhada, mas não a ponto de ficar com medo da presença dela ali.—Por que não nos sentamos? —Ele propôs—María, Francisca, sirvam a comida.Durante a refeição, ela ficou mais silenciosa e desconfortáve