Após um delicioso banho, Moret estava deitado na cama, Andrea sobre seu peito, ele lhe acariciava as costas e sentia na ponta de seus dedos, a pele nua dela.— e sua filha, como está? — Andrea questionou.— está ótima, tão linda e esperta. — ele disse demonstrando seu orgulho. — quando meu carro capotou, ignorando a dor que estava sentindo, eu só pedia que alguém aparecesse para me salvar logo, não podia e nem posso deixar minha pequena desamparada.— imagino, daria minha vida pelos meus filhos, mas me diz, por que separou da mãe de sua filha? — ele soltou um longo suspiro, em seguida disse.— acho melhor não, não quero que ache um canalha.— gatinho, eu não pensaria isso de você, me conta, quero saber mais de você.— Giulia é uma mulher incrível, adorável, doce, amorosa, prestativa, mas parecia faltar algo em nosso relacionamento, não nos completavamos na cama, com ela era tudo tão monótono, sempre a mesma posição, os mesmos toques, as mesma palavras, eu insistia por coisas d
Após ao intenso momento e o desabafo de Moret, Andrea acabou adormecendo ao lado dele, que seguia acordado, a admirando.— minha perdição...tão calma e serena. — ele disse baixinho, então suspirou, apesar de saber Lorenzo surtaria se soubesse, ele estava satisfeito por ter feito sua aquela mulher que a dias estava lhe tirando o juízo.Era hora do almoço, Mia caminhava pelo corredor, estava faminta, com a bengala em sua mão, ela desceu degrau por degrau da escada, já estava acostumada e conhecia cada ponto daquela casa, Raquel, da sala assistia a cena, a olhando com certo desdém.— oi Mia, onde está indo? — ela questionou de forma doce, mas por dentro era só inveja e ciúme.— estava indo almoçar...quer vir comigo? — Mia questionou sorridente, queria fazer o máximo para que Raquel se sentisse bem ali, afinal, ela era importante para Lorenzo.— claro. — Raquel respondeu e, naquele instante, Lorenzo passou pela porta, em suas mãos, ele trazia um buquê de rosas vermelhas, por um instante,
Lorenzo estava sentado na sala, apenas lendo algumas mensagens em seu celular, e pensando em ligar para sua mãe, já que ela ainda não havia aparecido, quando Raquel apareceu ali, ela sentou-se ao lado dele e perguntou.— o que está fazendo?— nada demais, apenas lendo umas mensagens e aguardando a hora de sair.— e pra onde vai?— vou sair pra jantar com Mia...Raquel, quero te pedir algo.— o que quiser Lo.— Lo? — ele questionou erguendo a sobrancelha, ouvir aquilo da boca de Mia era maravilhoso, podia sentir todo carinho dela, mas na boca de outras pessoa parecia até mesmo um xingamento.— sim, é seu apelido, não é? — ela disse de forma doce e amável.— não me chame assim nunca mais, apenas Mia me chama assim, ela me deu esse apelido, é exclusivo dela. — ele repreendeu.— por que ela pode e eu não?— Mia é minha esposa, é totalmente diferente. — Raquel pode sentir o gosto amargo de sua inveja na boca, mas se fez de sonsa, como sempre costumava fazer.— tudo bem...desculpe.—
Ainda no quarto, examinando Raquel, estava Leonardo, ele, apesar de não gostar dela, não deixaria de atendê-la, ainda mais em um momento tão delicado a qual ela supostamente estava passando.— Raquel, você tomou seus remédios hoje? — ela respirou fundo, em seguida respondeu, mas com uma mentira.— não...eu não quero depender desses remédios.— eu entendo Raquel, mas precisa toma-los, até esteja totalmente bem. — ela apenas assentiu com a cabeça.— onde está Lorenzo?— vou chama-lo. — disse Leonardo, que logo saiu do quarto, encontrando com Mia e Lorenzo no corredor. — ela quer falar com você.— tudo bem, vou lá falar com ela. — Lorenzo depositou um beijo na testa de Mia e se dirigiu ao quarto de Raquel, deixando Mia na companhia de Leonardo.— como ela está? — parece melhor, mais calma. — Mia soltou um longo suspiro, então escorou na parede e franziu a testa. — está tudo bem?— sim, foi só uma sensação ruim...um enjoo.— melhor você deitar, Raquel te deu um belo susto. — disse
Era madrugada, Mia seguia dormindo, mas acordou ao sentir o vento gelado que entrava pela janela, ela deslizou a mão pela cama, buscando Lorenzo, mas se deu conta de que ele não estava a seu lado, ela suspirou, então a porta se abriu e ele passou pela mesma.— meu anjo, ainda acordada. — ele questionou.— estava dormindo, acordei com o vento frio vindo da janela. — disse ela, Lorenzo rapidamente se direcionou a ela e a fechou. — que horas são?— quase quatro da manhã.— onde estava até agora?— estava com Raquel.— no quarto dela? — Mia questionou um tanto desconfiada.— sim, ela ainda estava muito abalada.— imagino, vou voltar a dormir. — disse ela um tanto sentida, ele estava para Raquel, mas para ela que havia passado mal, não estava, nem mesmo sabia o que havia acontecido.— tudo bem meu amor, também vou dormir, estou exausto. Pela manhã, Mia acordou e sentiu a presença de Lorenzo a seu lado, ele seguia dormindo, ainda sentida com a situação, ela levantou-se silen
Andrea seguiu pelo corredor, logo chegou a escada e desceu a mesma, encontrando Lorenzo ali, ele de imediato foi até sua mãe e perguntou.— posso ir falar com ela agora? — Andrea balançou a cabeça em negação, estava decepcionada com Lorenzo.— não, ela não quer falar com você agora.— como não...eu vou lá falar com ela, não posso deixar as coisas assim. — Lorenzo deu uns passos em direção a escada, mas Andrea o segurou pelo braço.— não vai, ela já disse que não quer falar com você agora, e você não vai, não me desobedeça.— mãe...por que ela não quer falar comigo? — ele questionou um tanto sentido.— Lorenzo, você a magoou, a assustou, ela está com medo que você se irrite e se exalte de novo, sem falar que ela está mais sensível, está com cólicas fortes desde ontem a noite.— mãe, eu devia estar cuidando dela...— devia, desde ontem! espera as coisas se acalmarem filho, depois vocês conversam e tudo vai ficar bem, eu sei que vai por que vocês se amam. — ele um tanto entristecido, ape
Naquela noite, Mia chorou com saudades de seu amado e com medo de perdê-lo, a cólica novamente se fez presente, assim como o enjoo, Andrea já começava a ficar preocupada, em momentos pensava que era estresse, afinal, Mia era muito sensível, em outros, que estava doente.— bonequinha, se acalme. — Andrea pediu enquanto enxugava as lágrimas que escorriam pelo rosto de Mia, ela parecia cansada, realmente estava e em meio às lágrimas, acabou adormecendo. Na manhã do dia seguinte, Mia acordou, sua cabeça doía, seu corpo estava cansado, ela suspirou, então sentiu o cheiro de Andrea pelo quarto, então lembrou-se que havia dormido ali, sentia-se confortável perto dela, era como uma mãe para ela, ainda sim, não lhe agradava nada estar longe de Lorenzo, depois dos dias cheio de amor que haviam vivido.— bom dia bonequinha, como se sente?— bom dia, me sinto melhor. — ela soltou um longo suspiro e baixou a cabeça. — vou tentar conversar mais uma vez com ele.— você tem toda razão em
Lorenzo estava deitado na cama, Mia em seus braços, ele a acalentava e acarinhava, aos poucos ela começou a se acalmar, e pensando direito, lembrou-se de ter sentido o cheiro de Raquel, momentos antes de ficar trancada, mas ela optou por não dizer nada, pois em sua mente, poderia não ser nada.— Está mais calma? — ele questionou.— um pouco, vim te procurar, como não encontrei, fui para o banho.— desculpe por não estar aqui, não consegui dormir a noite, ficar sem você é horrível, então levantei bem cedo.— tudo bem.— depois vou verificar o que houve com a porta. — ela apenas assentiu com a cabeça. — a pouco recebi um convite para uma festa, daqui a três dias, você vai comigo, não é?— quer que eu vá?— claro, você é minha esposa, mas se não quiser ir, fico aqui, como você. — Mia sorriu e suspirou, depois de horas e horas distantes dele, era bom sentir novamente todo aquele empenho e apoio.— sim, te acompanho, como senti falta dos seus braços nesses dias. — ela declarou.— eu