Quando o carro estacionou, Lorenzo olhou para a imponente casa de Renato Mirabella, anfitrião daquela festa e grande amigo de Lorenzo. Haviam várias pessoas entrando, todas bem vestidas, chegando em seus luxuosos carros, exalando o grande poder aquisitivo que tinham, e Lorenzo fazia parte desse meio.— chegamos meu anjo, mas não pretendo ficar muito por aqui, quero estar a sós com vocês. — ele disse enquanto acariciava a coxa dela, deixando claro o desejo que havia em si, haviam sido dias longe, logo eles que sempre pegavam fogo um com o outro aos mínimos toques, Mia até pensou em dizer que não achava prudente, afinal ainda estava sentindo cólicas, apesar de leves, preferia não ter relações sexuais com ele daquela forma, mas preferiu não dizer ali, pois o motorista poderia escutar e se sentiria envergonhada por isso. Mia e Lorenzo entraram na festa, logo os olhos da multidão caíram sobre ela, que chamava atenção com sua beleza angelical e seu corpo sedutor.— todos estão te o
Os dias naquele hotel foram puro romance, apesar de não terem feito sexo, se amaram da forma mais intensa que conseguiram, sempre trocando beijos e carinhos, as declarações eram ditas a cada instante, declaravam seu amor com extrema necessidade e constância, até pareciam prever o que estava por vir. Era manhã, Mia e Lorenzo já estavam prontos pata voltar pra casa, ela sentada na cama, aguardava que ele recolhesse todas as coisas deles.— uma pena que já tenhamos que ir. — disse ela, ele a abraçou pro trás e após depositar um beijo na nuca dela, disse.— nada vai mudar, o que aconteceu naqueles dias não vai se repetir, você é e sempre será minha prioridade, eu te amo, e também você precisa voltar, depois de amanhã você tem os exames que me falou, precisamos saber como está sua saúde.— Já pegou tudo? — ela questionou.— sim, já podemos ir. A caminho de casa em um taxi, Mia estava abraçada a Lorenzo, calada, buscando coragem e as palavras certas para contar a ele o que vinha se
Leonardo dirigia o mais rápido possível em direção ao hospital mais próximo, Mia seguia desacordada, o que estava lhe preocupando demais, seus olhos chegavam a lacrimejar só se pensar na ideia de não conseguir salvar a vida dela e do bebê que ele suspeitava que ela levava no ventre.— por que isso foi acontecer? — ele questionou a si mesmo. Quando chegou ao hospital, Leonardo chegou ao hospital, rapidamente ele estacionou o carro e a retirou do mesmo, em desespero e pressa ele entrou e deu sorte de na recepção encontrar um médico que correu até ele vendo a situação de Mia em seu colo.— o que houve? Ela está sangrando.— ela rolou a escada da nossa casa. — disse ele o mais rápido que conseguiu, precisava que ela fosse atendida o mais possível.— precisamos fazer uma ressonância, pra ver se houve alguma fratura ou algo do tipo, venha, traga ela.— não, ela não pode fazer uma ressonância, eu sou médico e suspeito que ela pode estar grávida, precisam fazer uma ultrassom o mais rápid
Lorenzo caminhou o mais rápido que pôde pelos corredores daquele hospital, precisava vê-la o mais rápido possível, ela por sua vez, deitada na cama, pensativa enquanto acariciava sua barriga, ainda assimilando aquela notícia, já havia decidido, que assim que Lorenzo aparecesse em sua frente contaria de tudo que tinha acontecido, não podia mais ocultar, Raquel havia atentado contra sua vida e contra o filho deles. A porta do quarto se abriu, Mia sentiu a presença e o cheiro dele, então suspirou aliviada.— meu anjo, Leonardo me contou o que houve, como você está?— com dores.— aquela escada é perigosa, não devia descê-la sozinha, você é...— cega...— o que houve, você tropeçou, escorregou?— não, Lorenzo...alguém me empurrou. — ela disse um tanto temerosa com a reação dele, temia que ele não acreditasse.— Mia...aquela escada é alta, para quem pode ver já é perigoso, imagina pra você que...— que sou cega. — disse ela mais uma vez, já estava lhe irritando que Lorenzo não estivesse
Após se acalmar um pouco, Mia deu início ao relato, desde o primeiro acontecido, até ali, explicou com riqueza de detalhes como sempre sentia a presença e o cheiro de Raquel, quando coisas ruins lhe aconteciam, Leonardo escutou com atenção e fazia todo sentido, mas ficou chocado, estavam convivendo com uma louca assassina.— eu tentei contar a Lorenzo, disse a ele que alguém havia me empurrado da escada, mas ele não acreditou, disse que era impossível e que todos daquela casa eram de confiança, se tivesse chegado a dizer que tinha sido ela, teria saído mais uma vez como errada, Leo, não posso ficar aqui, não posso voltar para aquela casa, ela vai tentar me matar de novo e quando souber que estou...que estou grávida.— não se preocupe Mia, vou te ajudar, mas você não pode sair daqui, principalmente por conta do bebê, ele está sob risco por conta da queda, mas vou me encarregar de que ela não consiga chegar até você, ok.— Leo, naquela casa serei um alvo fácil e Lorenzo...ele nã
Mia estava no quarto, não no mesmo, após conversar com a segurança e a direção do hospital, Leonardo conseguiu que a colocassem em um quarto com câmeras, era um meio de protegê-la, mas que não teria tanto efeito para a fúria implacável de Raquel. Mia sentou-se na cama e acariciou seu ventre, estava mais tranquila ainda que não estivesse tudo resolvido, só de saber que tinha o apoio de Leonardo, seu coração estava mais calmo. Com um pouco de dificuldade, Mia foi até o banheiro, estava sem medicamento naquele instante, o que facilitou um pouco, ao entrar no banheiro, Mia sentou-se no vaso e fez xixi, ela sentiu um pouco de cólica, mas nada exagerado então ao terminar, saiu do banheiro, o destino era sua cama, mas antes mesmo de chegar nela, sentiu aquela tenebrosa presença.— o que faz aqui? — Mia questionou de forma firme.— então consegue mesmo saber quem está perto de você sem enxergar.— sim, e sei que é você, desde os escorpiões, também sei que foi você que me trancou no ban
Ao sair daquela sala, ainda assimilando tudo que havia visto e escutado, Lorenzo começou a pensar, seu lado mafioso enfim havia despertado, então ele retirou o celular de seu bolso e ligou para um dos seguranças da casa e contou do ocorrido, em seguida deu ordens para que se Raquel aparecesse ali, a amarrassem no quarto dela, com isso, todos ficaram de prontidão, com celular ainda em suas mãos, ele ligo para Renato Mirabella, que logo atendeu, um tanto surpreso com a ligação, afinal haviam se visto a poucos dias e Lorenzo não costumava ligá-lo sem necessidade.— Lorenzo, meu amigo, o que manda?— Renato, você ainda tem aquela criação de porcos em sua fazenda? — Renato riu, já sabia bem o que seu amigo queria, afinal, fazia isso, jogava os corpos das pessoas que assassinava para o porcos, não restava nem mesmo os ossos, com isso, não deixando evidências.— sim, e como estava fora do país a uns meses, eles devem estar famintos, fique a vontade para alimentá-los.— eles iram provar
Era madrugada Moret dirigia em direção ao hospital, Lorenzo estava no banco do carona, em total silêncio, apenas contando os segundos para chegar e saber noticias de sua amada. Chegando lá, ele se aproximou de sua mãe, e logo buscou alento nos braços dela.— mãe...como ela está?— ela está no UTI...— e o bebê, nosso filho? — ele questionou com lágrimas nos olhos.— conseguiram conter o sangramento, ainda sim, está em risco. — disse Leonardo, então Lorenzo foi até ele.— ela e nosso bebê vão ficar bem?— ainda é cedo para dizer...desculpe ter dito aquelas coisas, eu estava muito alterado.— você tem toda razão, não disse nada além da verdade. — disse Lorenzo, então baixou a cabeça.— e Raquel?— virou ração de porco. — Leonardo apenas balançou a cabeça, não tinha pena alguma, Raquel havia buscado aquele destino.— Como esta? — Moret questionou sentando ao lado de Andrea, ela virou o rosto para ele, então disse.— preciso estar bem para quando minha bonequinha acordar