Mia estava no quarto, não no mesmo, após conversar com a segurança e a direção do hospital, Leonardo conseguiu que a colocassem em um quarto com câmeras, era um meio de protegê-la, mas que não teria tanto efeito para a fúria implacável de Raquel. Mia sentou-se na cama e acariciou seu ventre, estava mais tranquila ainda que não estivesse tudo resolvido, só de saber que tinha o apoio de Leonardo, seu coração estava mais calmo. Com um pouco de dificuldade, Mia foi até o banheiro, estava sem medicamento naquele instante, o que facilitou um pouco, ao entrar no banheiro, Mia sentou-se no vaso e fez xixi, ela sentiu um pouco de cólica, mas nada exagerado então ao terminar, saiu do banheiro, o destino era sua cama, mas antes mesmo de chegar nela, sentiu aquela tenebrosa presença.— o que faz aqui? — Mia questionou de forma firme.— então consegue mesmo saber quem está perto de você sem enxergar.— sim, e sei que é você, desde os escorpiões, também sei que foi você que me trancou no ban
Ao sair daquela sala, ainda assimilando tudo que havia visto e escutado, Lorenzo começou a pensar, seu lado mafioso enfim havia despertado, então ele retirou o celular de seu bolso e ligou para um dos seguranças da casa e contou do ocorrido, em seguida deu ordens para que se Raquel aparecesse ali, a amarrassem no quarto dela, com isso, todos ficaram de prontidão, com celular ainda em suas mãos, ele ligo para Renato Mirabella, que logo atendeu, um tanto surpreso com a ligação, afinal haviam se visto a poucos dias e Lorenzo não costumava ligá-lo sem necessidade.— Lorenzo, meu amigo, o que manda?— Renato, você ainda tem aquela criação de porcos em sua fazenda? — Renato riu, já sabia bem o que seu amigo queria, afinal, fazia isso, jogava os corpos das pessoas que assassinava para o porcos, não restava nem mesmo os ossos, com isso, não deixando evidências.— sim, e como estava fora do país a uns meses, eles devem estar famintos, fique a vontade para alimentá-los.— eles iram provar
Era madrugada Moret dirigia em direção ao hospital, Lorenzo estava no banco do carona, em total silêncio, apenas contando os segundos para chegar e saber noticias de sua amada. Chegando lá, ele se aproximou de sua mãe, e logo buscou alento nos braços dela.— mãe...como ela está?— ela está no UTI...— e o bebê, nosso filho? — ele questionou com lágrimas nos olhos.— conseguiram conter o sangramento, ainda sim, está em risco. — disse Leonardo, então Lorenzo foi até ele.— ela e nosso bebê vão ficar bem?— ainda é cedo para dizer...desculpe ter dito aquelas coisas, eu estava muito alterado.— você tem toda razão, não disse nada além da verdade. — disse Lorenzo, então baixou a cabeça.— e Raquel?— virou ração de porco. — Leonardo apenas balançou a cabeça, não tinha pena alguma, Raquel havia buscado aquele destino.— Como esta? — Moret questionou sentando ao lado de Andrea, ela virou o rosto para ele, então disse.— preciso estar bem para quando minha bonequinha acordar
— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, que as pessoas temiam, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma. ♡ HORAS ANTES ♡ Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupa
Cerca de três dias haviam se passado, Lorenzo sabia que seus homens estavam trabalhando para resolver aquilo, então estava um pouco mais tranquilo, sabia o quão eficiente eles eram. Mais uma vez sentado em seu melancólico escritório, estava Lorenzo, quando alguém bateu na porta. — entre. — ele disse forma simples, logo ele viu um de seus homens passar pela porta. — senhor, pegamos a garota. — disse ele empolgado, aquele rapaz era novo no mundo da máfia e queria mostrar eficiência a Lorenzo. — onde está? A traga aqui agora mesmo. — Lorenzo disse, o rapaz assentiu, em seguida saiu, em pouco menos de dois minutos voltou arrastando uma garota que tinha um saco preto em sua cabeça, Lorenzo estava atônito, crente que ali estava a solução para calar Alexandre. — tire esse saco da cabeça dela e traga até mim. — o homem fez como o solicitado, tirou o saco da cabeça dela e, a empurrou para que desse uns passos a frente, a garota com sua péssima coordenação motora, caiu ao chão, Lorenzo
Naquela noite, Mia mal pôde pregar os olhos, estava assustada com aquela situação, em sua mente, uma ponta de esperança surgiu, que seu pai, lhe demonstrando ao menos o mínimo de amor, a procurasse, ela sabia que seu pai fazia parte da máfia, havia descoberto a poucos anos atrás, quando uma empregada deixou escapar a frente dela, mas não teve mais informações além disso, seu contato com o pai era mínimo, mesmo morando na mesma casa, ela sempre trancada em seu quarto, fazia meses que não ficava em sua presença. Pela manhã, após uma noite mal dormida, Lorenzo saiu de seu quarto, caminhando pelo corredor, parou em frente ao quarto onde havia colocado Mia, estava tudo tão silencioso, coisa incomum para uma pessoa sequestrada, mas não era incomum para Mia estar trancada. Lorenzo retornou até seu quarto, pegou a chave e rapidamente foi ao quarto de Mia, ele colocou a chave na fechadura, destrancou, mas quando foi abrir a porta, a sentiu bater em algo, ao olhar, viu ser Mia. — esta tudo b
Depois de longas horas com aquele assunto em sua mente, Lorenzo ainda não tinha decidido o que fazer, nem com Mia, muito menos com sua vingança, então para se aprofundar um pouco mais naquele assunto, decidiu falar com ela, talvez Moret tivesse razão e ela soubesse de algo util. Lorenzo seguiu até o quarto em que Mia estava, a porta estava destrancada, então somente entrou, ela não estava sentada, como quando havia saído daquele quarto, ela estava deitada, encolhidinha. — quem está ai? — ela questionou a sentir uma presença. — sou eu. — mas ainda não sei quem é você. — seu semblante era triste, de cortar corações, até mesmo o de alguém frio como Lorenzo. — me chamo Lorenzo. — Lorenzo...o que vai fazer comigo? — ela questionou temerosa. — precisamos conversar, pra só então saber o que fazer com você. — Lorenzo sentou-se na cama, não tão perto dela, não queria que se sentisse acuada, mas Mia era tão inocente que não tinha ideia do mal que um homem poderia a causar. — c
No dia seguinte, Lorenzo levantou logo cedo e saiu, foi a uma das casas dele, onde costumava se reunir com seus capangas, lá ele encontrou Moret, e com ele se reuniu no escritório, estava ansioso por notícias de Mia, mal a conhecia, mas a situação dela havia o tocado de forma profunda. — e como está a moça? — ele perguntou assim que a porta se fechou, Lorenzo ergueu a sobrancelha o olhou com seriedade. — parece muito interessado. — a situação dela me tocou. — me diga Moret, você está solteiro? — Moret franziu o cenho, não estava entendendo a finalidade daquilo. — sim, senhor, mas qual o motivo da perguntou? — seu interesse Moret, nunca vi você tão interessado em algo, não que você seja displicente, ao contrário, é muito eficiente, mas vejo que se interessou em demasia por Mia, antes que possa se interessar ainda mais, fique sabendo que me casarei com Mia. — senhor, não é o que está pensando...— Moret fez uma pausa, então assimilou o que havia ouvido. — o que o sen