Leonardo dirigia o mais rápido possível em direção ao hospital mais próximo, Mia seguia desacordada, o que estava lhe preocupando demais, seus olhos chegavam a lacrimejar só se pensar na ideia de não conseguir salvar a vida dela e do bebê que ele suspeitava que ela levava no ventre.— por que isso foi acontecer? — ele questionou a si mesmo. Quando chegou ao hospital, Leonardo chegou ao hospital, rapidamente ele estacionou o carro e a retirou do mesmo, em desespero e pressa ele entrou e deu sorte de na recepção encontrar um médico que correu até ele vendo a situação de Mia em seu colo.— o que houve? Ela está sangrando.— ela rolou a escada da nossa casa. — disse ele o mais rápido que conseguiu, precisava que ela fosse atendida o mais possível.— precisamos fazer uma ressonância, pra ver se houve alguma fratura ou algo do tipo, venha, traga ela.— não, ela não pode fazer uma ressonância, eu sou médico e suspeito que ela pode estar grávida, precisam fazer uma ultrassom o mais rápid
Lorenzo caminhou o mais rápido que pôde pelos corredores daquele hospital, precisava vê-la o mais rápido possível, ela por sua vez, deitada na cama, pensativa enquanto acariciava sua barriga, ainda assimilando aquela notícia, já havia decidido, que assim que Lorenzo aparecesse em sua frente contaria de tudo que tinha acontecido, não podia mais ocultar, Raquel havia atentado contra sua vida e contra o filho deles. A porta do quarto se abriu, Mia sentiu a presença e o cheiro dele, então suspirou aliviada.— meu anjo, Leonardo me contou o que houve, como você está?— com dores.— aquela escada é perigosa, não devia descê-la sozinha, você é...— cega...— o que houve, você tropeçou, escorregou?— não, Lorenzo...alguém me empurrou. — ela disse um tanto temerosa com a reação dele, temia que ele não acreditasse.— Mia...aquela escada é alta, para quem pode ver já é perigoso, imagina pra você que...— que sou cega. — disse ela mais uma vez, já estava lhe irritando que Lorenzo não estivesse
Após se acalmar um pouco, Mia deu início ao relato, desde o primeiro acontecido, até ali, explicou com riqueza de detalhes como sempre sentia a presença e o cheiro de Raquel, quando coisas ruins lhe aconteciam, Leonardo escutou com atenção e fazia todo sentido, mas ficou chocado, estavam convivendo com uma louca assassina.— eu tentei contar a Lorenzo, disse a ele que alguém havia me empurrado da escada, mas ele não acreditou, disse que era impossível e que todos daquela casa eram de confiança, se tivesse chegado a dizer que tinha sido ela, teria saído mais uma vez como errada, Leo, não posso ficar aqui, não posso voltar para aquela casa, ela vai tentar me matar de novo e quando souber que estou...que estou grávida.— não se preocupe Mia, vou te ajudar, mas você não pode sair daqui, principalmente por conta do bebê, ele está sob risco por conta da queda, mas vou me encarregar de que ela não consiga chegar até você, ok.— Leo, naquela casa serei um alvo fácil e Lorenzo...ele nã
Mia estava no quarto, não no mesmo, após conversar com a segurança e a direção do hospital, Leonardo conseguiu que a colocassem em um quarto com câmeras, era um meio de protegê-la, mas que não teria tanto efeito para a fúria implacável de Raquel. Mia sentou-se na cama e acariciou seu ventre, estava mais tranquila ainda que não estivesse tudo resolvido, só de saber que tinha o apoio de Leonardo, seu coração estava mais calmo. Com um pouco de dificuldade, Mia foi até o banheiro, estava sem medicamento naquele instante, o que facilitou um pouco, ao entrar no banheiro, Mia sentou-se no vaso e fez xixi, ela sentiu um pouco de cólica, mas nada exagerado então ao terminar, saiu do banheiro, o destino era sua cama, mas antes mesmo de chegar nela, sentiu aquela tenebrosa presença.— o que faz aqui? — Mia questionou de forma firme.— então consegue mesmo saber quem está perto de você sem enxergar.— sim, e sei que é você, desde os escorpiões, também sei que foi você que me trancou no ban
Ao sair daquela sala, ainda assimilando tudo que havia visto e escutado, Lorenzo começou a pensar, seu lado mafioso enfim havia despertado, então ele retirou o celular de seu bolso e ligou para um dos seguranças da casa e contou do ocorrido, em seguida deu ordens para que se Raquel aparecesse ali, a amarrassem no quarto dela, com isso, todos ficaram de prontidão, com celular ainda em suas mãos, ele ligo para Renato Mirabella, que logo atendeu, um tanto surpreso com a ligação, afinal haviam se visto a poucos dias e Lorenzo não costumava ligá-lo sem necessidade.— Lorenzo, meu amigo, o que manda?— Renato, você ainda tem aquela criação de porcos em sua fazenda? — Renato riu, já sabia bem o que seu amigo queria, afinal, fazia isso, jogava os corpos das pessoas que assassinava para o porcos, não restava nem mesmo os ossos, com isso, não deixando evidências.— sim, e como estava fora do país a uns meses, eles devem estar famintos, fique a vontade para alimentá-los.— eles iram provar
Era madrugada Moret dirigia em direção ao hospital, Lorenzo estava no banco do carona, em total silêncio, apenas contando os segundos para chegar e saber noticias de sua amada. Chegando lá, ele se aproximou de sua mãe, e logo buscou alento nos braços dela.— mãe...como ela está?— ela está no UTI...— e o bebê, nosso filho? — ele questionou com lágrimas nos olhos.— conseguiram conter o sangramento, ainda sim, está em risco. — disse Leonardo, então Lorenzo foi até ele.— ela e nosso bebê vão ficar bem?— ainda é cedo para dizer...desculpe ter dito aquelas coisas, eu estava muito alterado.— você tem toda razão, não disse nada além da verdade. — disse Lorenzo, então baixou a cabeça.— e Raquel?— virou ração de porco. — Leonardo apenas balançou a cabeça, não tinha pena alguma, Raquel havia buscado aquele destino.— Como esta? — Moret questionou sentando ao lado de Andrea, ela virou o rosto para ele, então disse.— preciso estar bem para quando minha bonequinha acordar
— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, que as pessoas temiam, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma. ♡ HORAS ANTES ♡ Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupa
Cerca de três dias haviam se passado, Lorenzo sabia que seus homens estavam trabalhando para resolver aquilo, então estava um pouco mais tranquilo, sabia o quão eficiente eles eram. Mais uma vez sentado em seu melancólico escritório, estava Lorenzo, quando alguém bateu na porta. — entre. — ele disse forma simples, logo ele viu um de seus homens passar pela porta. — senhor, pegamos a garota. — disse ele empolgado, aquele rapaz era novo no mundo da máfia e queria mostrar eficiência a Lorenzo. — onde está? A traga aqui agora mesmo. — Lorenzo disse, o rapaz assentiu, em seguida saiu, em pouco menos de dois minutos voltou arrastando uma garota que tinha um saco preto em sua cabeça, Lorenzo estava atônito, crente que ali estava a solução para calar Alexandre. — tire esse saco da cabeça dela e traga até mim. — o homem fez como o solicitado, tirou o saco da cabeça dela e, a empurrou para que desse uns passos a frente, a garota com sua péssima coordenação motora, caiu ao chão, Lorenzo