No hospital, Lívia se recuperava aos poucos. Steve, depois de certo tempo abre os olhos. Ele ainda se sente fraco, mas logo vê Adam e Lívia na sala. Ele se vira para Lívia e estende a mão para ela. Ela segura a mão dele e olha em seus olhos. Ela se sentia um tanto aliviada por ele estar vivo. Ele, com a voz fraca, pede para que o doutor, Melanie e Adam os deixem a sós por um momento. Lenny, a garotinha e Adam deixam a sala. Steve se esforça para falar e diz para Lívia:
- Você me preocupou, cacete!
- Eu? Você que morreu e voltou. Como é que você se atira de um carro em movimento e luta mano a mano com um mutante? Seu idiota – responde Lívia em um tom de voz simpático.
- Era uma caminhonete, não um carro – responde ele, com sarcasmo.
- Isso não torna a coisa nada melhor – responde Lívia.
- Ué, foi voc&ecir
O que é normal ou não varia de pessoa para pessoa. O que deve ou não ser feito às vezes é distorcido. Para aquelas pessoas, seria mais um dia comum. Eles que são assassinos, mas com o luxo de se chamarem de profissionais. Um grupo formado por 4 pessoas é contratado para dizimar uma família inteira. O grupo não tem um nome, mas os chamam de deuses da morte. Moravam em uma cidade chamada Helgale, em um bairro até pacífico e em uma casa que se vista de fora, pensariam estar abandonada. Recebem os contratos por cartas, para não serem rastreados.Eles se reúnem na sala agora e observam o contrato. Eles são Adam Taylor, um homem de 40 anos, cabeludo e barbudo, este que o grupo vê como seu líder. Lívia Anne, uma jovem de cabelos negros e compridos. Yumi, uma japonesa boa com armas brancas e por último, Steve. Steve era o mais calado e distante do grupo. Ele ti
Eles correram por muito tempo, mas aquele cenário os seguia. Parecia que estava acontecendo por toda a cidade. Carros em chamas, corpos no chão, pessoas chorando e correndo. Uma pessoa foi mordida bem na frente deles. Eles se desviaram e continuaram correndo. Eles conseguem chegar em seu esconderijo. Eles entram e para a sorte deles o lugar está vazio, ou pelo menos parecia estar. Eles se sentam no chão da sala, com seus corações tão acelerados que era possível ouvir os batimentos mesmo não estando tão perto uns dos outros.Eles soavam muito e não conseguiam respirar direito. Ainda podiam ouvir os gritos vindo lá de fora. Eles tentavam se acalmar, mas não conseguiam. Steve então disse:- Droga, eu matei ele! Como é que ele estava de pé? Que droga tá acontecendo? Eu matei ele, tenho certeza disso! Eu...- Eu também não sei – d
Novamente, bem cedo, Bernard bate à porta e a destranca. Ele chama Steve para fora, para mais um dia de trabalho. Ele novamente entrega um balde e um esfregão para o rapaz e desta vez o leva para o refeitório. O refeitório era grande e estava bem sujo, principalmente por que entre os civis que comiam ali, haviam crianças que derrubavam muita comida no chão. Bernard disse:- Quando acabar, te dou o abridor da lata. O problema é que aquele feijão vence amanhã, é melhor limpar rápido.Depois de dizer isso, o homem volta para sua sala e os soldados armados se põem de prontidão na porta do refeitório. O rapaz se põe a esfregar o chão. Ele esfrega rápido, querendo terminar logo, mas parte da sujeira estava bem grudada no chão. Ele esfrega e esfrega. Ele então vê alguém entrar no refeitório e ir até a cozinha. Era Mela
O veículo se move por alguns minutos, depois para. Um dos soldados dentro do veículo entrega lanternas para os quatro assassinos e explica que devido à falta de energia em alguns lugares, os mortos-vivos não enxergavam bem à noite, se guiavam pelo cheiro e pelo som. Os soldados então descem e os assassinos também. Eles estavam em frente a um prédio grande, totalmente apagado. Bernard pula de cima do veículo e cai perto dos assassinos. Um dos soldados arromba a porta do prédio e eles entram.O prédio por dentro era bem bagunçado. Mesas e cadeiras quebradas, papéis espalhados, sujeira no chão e nas paredes. Os soldados e os assassinos avançam, os soldados com óculos de visão noturna e os assassinos só com lanternas. Conforme avançavam, começaram a ver rastros de sangue nas paredes e no chão. Os assassinos não foram infor
Alguns minutos depois, os cientistas liberaram a entrada deles de novo. Eles apresentaram o raio-x de Melanie e lá estava, uma larva no fundo do estômago da garota. Ela estava assustada e não parecia saber de nada. Ela ficou com muito medo. Ela começa a chorar e dizer coisas, mas ninguém entende o que ela diz por causa do choro. Todos ali estavam preocupados com o que fariam. Lívia, ao ver a garotinha naquele estado, lembrou da vez em que matou a mãe dela. A memória que normalmente não fazia muita diferença para ela, agora começava a doer. Ela deixou rolar uma lágrima em seu rosto. Ela sentia pena de Melanie naquele estado, assustada e perdida. Ela não entendia esse sentimento. Não sabia porque se sentia assim. Mesmo assim, não importa como ela se sentia, nada faria o tempo voltar, nada consertaria o que já foi feito.Bernard também se comoveu com a reaç
Desta vez, logo que acordam pela manhã, a porta deles já estava aberta. Haviam soldados indo e vindo do lado de fora, com pressa. Adam saiu do quarto, parou um dos soldados e perguntou:- O que está acontecendo?- Um dos lados da base está comprometido. Tem muitos mortos-vivos tentando entrar. Alguns soldados estão tentando contê-los atirando de longe, mas são muitos. Nunca vimos tantos assim.O soldado então se junta aos outros novamente. Adam e os outros três assassinos ficam preocupados. Por que um ataque estaria acontecendo assim, de repente? Eles então veem Bernard indo em direção ao quartinho. O general chega na porta e com um movimento das mãos, pede que o sigam. Os quatro saem do quartinho e vão atrás de Bernard. Nos corredores, os soldados evacuavam os civis para o outro lado da base. As pessoas pareciam assustadas. Eles conseguem ouvir os gemidos de d
A caminhonete segue no caminho de volta pela estrada. Yumi, Lívia e Steve estavam ensopados, na parte de trás da caminhonete. Ainda assim, eles estavam tranquilos. A chuva era um tanto refrescante. A viagem foi silenciosa, nenhum deles conversou no caminho. Só havia o som da chuva forte e da roda da caminhonete girando pela estrada. Bernard vê que o tanque de gasolina estava pela metade. Faltava pouco para eles chegarem naquele posto de gasolina que usaram antes.Chegando lá, completam o tanque rapidamente e voltam para a estrada, o posto estava como tinham deixado antes. Logo se aproximam da cidade. Parecia mais calma agora e um tanto mais silenciosa. Os zumbis que atacaram a base provavelmente estavam espalhados por todos os lados. Adam pergunta para Bernard:- Por onde pretende começar a procurar?- Eu não sei. Me deixe pensar, está bem – respondeu o general, parecendo concentrado em alguma coisa.
Steve se levanta, dolorido e cheio de ferimentos e hematomas que sofreu ao rolar pelo chão. Com dificuldade ele se levanta e olha em volta, procurando pelo homem. Ele vê logo à frente, o mascarado já de pé. O homem parecia não estar muito ferido, tinha apenas alguns ralados e rasgos na roupa. Steve andou em direção a ele, mancando da perna direita e sangrando bastante, segurando a katana na mão direita. O homem também anda em direção a ele e quando chegam perto um do outro, o mascarado pergunta:- O que pensou que estava fazendo? Achou que eu ia morrer com isso?- Não, eu sabia que não. Só não sabia se eu ia ou não. Eu saquei que você não é humano, é uma outra merda aí – respondeu Steve, com uma voz fraca.- Realmente eu não sou. Me chame de Ace. Você tem determinação garoto, mas