O que é normal ou não varia de pessoa para pessoa. O que deve ou não ser feito às vezes é distorcido. Para aquelas pessoas, seria mais um dia comum. Eles que são assassinos, mas com o luxo de se chamarem de profissionais. Um grupo formado por 4 pessoas é contratado para dizimar uma família inteira. O grupo não tem um nome, mas os chamam de deuses da morte. Moravam em uma cidade chamada Helgale, em um bairro até pacífico e em uma casa que se vista de fora, pensariam estar abandonada. Recebem os contratos por cartas, para não serem rastreados.
Eles se reúnem na sala agora e observam o contrato. Eles são Adam Taylor, um homem de 40 anos, cabeludo e barbudo, este que o grupo vê como seu líder. Lívia Anne, uma jovem de cabelos negros e compridos. Yumi, uma japonesa boa com armas brancas e por último, Steve. Steve era o mais calado e distante do grupo. Ele tinha um cabelo um tanto grande, que ia até o queixo e tinha olheiras fundas. Os quatro analisam a carta do contratante, que diz:
´´ Eles moram na segunda casa, da direita para a esquerda, na rua clean reaver. São uma família de cinco. Não são tão boa gente quanto dizem por aí. Eles já me causaram muito problema. Matem todos, todos mesmo. Lhes pagarei 10.000 dólares por cada um. Aqui está um adiantamento. ``
Junto da carta havia 5.000 dólares em dinheiro. O contrato pareceu bem lucrativo para eles. Eles combinam de aceitar e ir até a casa naquela mesma noite. Adam disse para Steve e Lívia que fizessem um reconhecimento. Eles se vestem para sair, Lívia põe uma calça jeans e uma blusa preta com o número 69 na frente. A jovem gostava também de usar maquiagem nos olhos e um colar e brincos dourados. Steve apenas pôs uma calça e uma blusa preta. Os dois saíram discretamente do esconderijo e foram para as ruas.
Era um dia ensolarado e muitas pessoas andavam para lá e para cá. Steve e Lívia foram até o endereço da casa, para observar a família que teriam que eliminar. Eles encontram a casa e a observam do outro lado da rua. Para disfarçar, os jovens fingem estar namorando.
Steve observa a casa por cima do ombro de Lívia. Depois de um tempo, ele diz para Lívia que já era hora de irem. Eles voltam para o esconderijo. Chegando lá, Steve diz aos outros:
- São os pais, dois filhos mais velhos e uma garotinha, deve ter uns 10 anos.
- Uma criança? Posso ficar com ela – perguntou Lívia, com um sorriso no rosto.
Steve olhou para ela com desaprovação. Ela sorriu para ele e mexeu nos cabelos. Ele deixou a sala e foi para seu quarto. Cada um deles tinha um quarto pequeno, decorado ao seu gosto. O quarto de Steve era um tanto vazio, tendo apenas uma estante e um armário. O armário era onde ele guardava roupas, a estante tinha livros de poesia. Ele se sentou no chão e permaneceria ali até o anoitecer. Lívia também vai para o quarto dela. O quarto da garota era decorado com souvenirs de pessoas que ela tinha matado. Dentre estes itens, um relógio caro, um colar com a foto de uma jovem dama, um outro colar com um pingente de cruz e um vestido infantil branco.
Ela olhava para a coleção dela e se sentia orgulhosa de trabalhos passados. Ela então deita em sua cama e dorme. Algumas horas depois, a noite chega e os jovens saem de seus quartos. Os assassinos se reúnem na sala e começam a se preparar. Yumi pega sua katana e a prende na cintura. Ela veste uma camiseta preta com o número 4, um sobretudo e um cachecol vermelho. Ela se aproxima da porta e espera os outros terminarem de se preparar. Adam veste uma jaqueta jeans com espinhos no ombro e pega uma faca de sobrevivência. Ele se junta a Yumi. Lívia permanece com a mesma roupa que estava mais cedo e enrola uma corrente no braço direito. Ela se junta aos dois perto da porta. Steve veste um casaco preto e uma máscara de pano cobrindo a metade do rosto, com uma caveira desenhada. Ele pega um facão largo e prende nas costas, escondendo por dentro do casaco. Ele também pega uma pistola silenciada.
Depois de se prepararem, eles saem um de cada vez para manter a discrição. A família alegremente assistia TV na sala. Parece que assistiam um programa de comédia. Estavam todos sentados no sofá. As janelas da casa estavam abertas. Um som estranho veio do lado de fora da casa. Todos dentro ouviram. O pai pegou um taco de beisebol e foi checar o que era. Os dois filhos mais velhos ficaram com a mãe e a irmãzinha mais nova. Chegando do lado de fora, o pai achou tudo muito quieto e silencioso. Ele olhou em volta da casa, para ver se era algum animal revirando o lixo. Caminhando até lá, ele viu que não havia animal nenhum. Ele de repente sentiu algo frio em seu pescoço.
Ele levou a mão ao pescoço e sentiu algo que achou ser uma faca. Uma mão segurou o seu ombro e a faca foi puxada com força. O homem viu seu sangue voar pelos ares e caiu. A visão se tornou totalmente escura. Alguns minutos se passaram. O resto da família achou estranho o pai não ter voltado ainda. Um dos filhos mais velhos decidiu ir checar, mas antes de sair da casa, eles ouviram um outro som vindo da cozinha.
- O que foi isso? Veio da cozinha, não é – disse um dos irmãos mais velhos.
Ele se aproximou da cozinha e viu que tinha algo grande na pia. Ele foi até a pia e olhou o que tinha dentro. O resto da família ouviu um grito de pavor vindo da cozinha. Correram até lá e viram o rapaz estático, olhando para a pia. A mãe olhou para ver o que era e viu uma cabeça, a cabeça de seu marido. Ela gritou absurdamente alto e se desesperou. Ela cobriu o rosto da filha mais nova, para que ela não visse nada. Os outros dois jovens pegaram em mãos facas de cozinha e olhavam em volta sem saber o que fazer, esperando alguém que viesse fazer algum mal a eles.
O vidro da janela se rachou e sangue espirrou da cabeça de um dos irmãos mais velhos. Na testa dele, um ferimento redondo sangrando bastante e na janela um buraco também redondo. Alguém havia atirado do lado de fora. O filho mais velho que ainda está vivo pega a mãe pelo braço e a puxa para os quartos. A mãe puxa a filha mais nova junto dela. O rapaz põe a mãe e a irmãzinha dentro de seu quarto. Elas vão para o canto do quarto e ficam abaixadas no canto da parede. Uma lâmina então cruza o peito do rapaz. Era uma katana. A lâmina é puxada, o corpo dele cai no chão. A mãe e a filha gritam de pavor enquanto Yumi olha para elas da porta do quarto.
- Agora é minha vez! – Diz uma voz vinda do corredor, falando com Yumi.
Lívia aparece na porta do quarto, com a corrente enrolada no punho. Ela se aproxima da mulher e da criança e puxa a mãe da garotinha pelos cabelos. A menina, assustada e com o coração batendo rápido como nunca, observa a mãe ser arrastada e grita:
- NÃO! Para, deixe ela em paz. Para... para...
Lívia pisca para a garotinha e continua arrastando a mulher. Ela arrasta a mulher até o corredor. A garotinha ouve um som de algo pesado batendo com força. Ao mesmo tempo, ela também ouvia o som da corrente. A mãe dela gritava como se estivesse sentindo dor, mas depois parou. Lívia voltou para o quarto e a corrente enrolada no pulso dela estava manchada de vermelho. Logo depois que ela entra no quarto, Adam e Steve também entram. Eles cercam a garotinha, que tremia de medo.
Adam pega no chão um brinquedo, com um adesivo branco escrito o nome ´´ Melanie``. Ele deduz que era o nome da garotinha. Ele diz:
- Melanie, não é nada pessoal. Você é uma criança, eu não queria fazer isso.
Melanie dá um berro, mas parece não estar olhando para eles. Ela estava olhando para algo atrás deles. Eles se viraram e viram o rapaz que tinha levado o tiro na cabeça... de pé! Ele andava com certa dificuldade e gemia. Os olhos dele estavam totalmente brancos. Todos se espantam. Aquilo não parecia um tipo de milagre, realmente parecia que ele estava morto. Steve pegou a pistola e deu um tiro no peito do cadáver ambulante. O tiro pareceu ter o feito sentir dor, mas sua única reação foi parar de andar por alguns segundos. Ele continuou andando logo depois. Yumi desembainhou a katana e cortou a cabeça do cadáver. A cabeça e o corpo caíram no chão e agora ele parecia estar morto.
Mesmo assim, o braço esquerdo do corpo ainda se movia, balançando e batendo no chão. O outro jovem com o buraco de katana no peito veio logo em seguida, com o mesmo aspecto. Olhos brancos e gemendo. Melanie se levantou e correu para fora do quarto, gritando. O outro cadáver se aproximava lentamente dos assassinos. Adam diz:
- Isso é um zumbi?
- Parece que sim. Mas isso não existe! – disse Lívia, andando para trás, se afastando da criatura.
Steve golpeou a cabeça do zumbi com o facão. Ele caiu no chão e enquanto se contorcia, os assassinos correram para fora do quarto. Eles saíram da casa e viram muitas pessoas na rua e em frente às suas casas. Todos pareciam assustados e desesperados. Um veículo veio, atropelou algumas pessoas e bateu. As pessoas tentavam de alguma forma se ajudar. Os assassinos estavam confusos e apavorados como todo mundo, mas aproveitam a distração das pessoas para irem embora sem serem vistos. Eles correm para longe, deixando para trás aquela cena de terror que causaram e a que vivenciaram.
Eles correram por muito tempo, mas aquele cenário os seguia. Parecia que estava acontecendo por toda a cidade. Carros em chamas, corpos no chão, pessoas chorando e correndo. Uma pessoa foi mordida bem na frente deles. Eles se desviaram e continuaram correndo. Eles conseguem chegar em seu esconderijo. Eles entram e para a sorte deles o lugar está vazio, ou pelo menos parecia estar. Eles se sentam no chão da sala, com seus corações tão acelerados que era possível ouvir os batimentos mesmo não estando tão perto uns dos outros.Eles soavam muito e não conseguiam respirar direito. Ainda podiam ouvir os gritos vindo lá de fora. Eles tentavam se acalmar, mas não conseguiam. Steve então disse:- Droga, eu matei ele! Como é que ele estava de pé? Que droga tá acontecendo? Eu matei ele, tenho certeza disso! Eu...- Eu também não sei – d
Novamente, bem cedo, Bernard bate à porta e a destranca. Ele chama Steve para fora, para mais um dia de trabalho. Ele novamente entrega um balde e um esfregão para o rapaz e desta vez o leva para o refeitório. O refeitório era grande e estava bem sujo, principalmente por que entre os civis que comiam ali, haviam crianças que derrubavam muita comida no chão. Bernard disse:- Quando acabar, te dou o abridor da lata. O problema é que aquele feijão vence amanhã, é melhor limpar rápido.Depois de dizer isso, o homem volta para sua sala e os soldados armados se põem de prontidão na porta do refeitório. O rapaz se põe a esfregar o chão. Ele esfrega rápido, querendo terminar logo, mas parte da sujeira estava bem grudada no chão. Ele esfrega e esfrega. Ele então vê alguém entrar no refeitório e ir até a cozinha. Era Mela
O veículo se move por alguns minutos, depois para. Um dos soldados dentro do veículo entrega lanternas para os quatro assassinos e explica que devido à falta de energia em alguns lugares, os mortos-vivos não enxergavam bem à noite, se guiavam pelo cheiro e pelo som. Os soldados então descem e os assassinos também. Eles estavam em frente a um prédio grande, totalmente apagado. Bernard pula de cima do veículo e cai perto dos assassinos. Um dos soldados arromba a porta do prédio e eles entram.O prédio por dentro era bem bagunçado. Mesas e cadeiras quebradas, papéis espalhados, sujeira no chão e nas paredes. Os soldados e os assassinos avançam, os soldados com óculos de visão noturna e os assassinos só com lanternas. Conforme avançavam, começaram a ver rastros de sangue nas paredes e no chão. Os assassinos não foram infor
Alguns minutos depois, os cientistas liberaram a entrada deles de novo. Eles apresentaram o raio-x de Melanie e lá estava, uma larva no fundo do estômago da garota. Ela estava assustada e não parecia saber de nada. Ela ficou com muito medo. Ela começa a chorar e dizer coisas, mas ninguém entende o que ela diz por causa do choro. Todos ali estavam preocupados com o que fariam. Lívia, ao ver a garotinha naquele estado, lembrou da vez em que matou a mãe dela. A memória que normalmente não fazia muita diferença para ela, agora começava a doer. Ela deixou rolar uma lágrima em seu rosto. Ela sentia pena de Melanie naquele estado, assustada e perdida. Ela não entendia esse sentimento. Não sabia porque se sentia assim. Mesmo assim, não importa como ela se sentia, nada faria o tempo voltar, nada consertaria o que já foi feito.Bernard também se comoveu com a reaç
Desta vez, logo que acordam pela manhã, a porta deles já estava aberta. Haviam soldados indo e vindo do lado de fora, com pressa. Adam saiu do quarto, parou um dos soldados e perguntou:- O que está acontecendo?- Um dos lados da base está comprometido. Tem muitos mortos-vivos tentando entrar. Alguns soldados estão tentando contê-los atirando de longe, mas são muitos. Nunca vimos tantos assim.O soldado então se junta aos outros novamente. Adam e os outros três assassinos ficam preocupados. Por que um ataque estaria acontecendo assim, de repente? Eles então veem Bernard indo em direção ao quartinho. O general chega na porta e com um movimento das mãos, pede que o sigam. Os quatro saem do quartinho e vão atrás de Bernard. Nos corredores, os soldados evacuavam os civis para o outro lado da base. As pessoas pareciam assustadas. Eles conseguem ouvir os gemidos de d
A caminhonete segue no caminho de volta pela estrada. Yumi, Lívia e Steve estavam ensopados, na parte de trás da caminhonete. Ainda assim, eles estavam tranquilos. A chuva era um tanto refrescante. A viagem foi silenciosa, nenhum deles conversou no caminho. Só havia o som da chuva forte e da roda da caminhonete girando pela estrada. Bernard vê que o tanque de gasolina estava pela metade. Faltava pouco para eles chegarem naquele posto de gasolina que usaram antes.Chegando lá, completam o tanque rapidamente e voltam para a estrada, o posto estava como tinham deixado antes. Logo se aproximam da cidade. Parecia mais calma agora e um tanto mais silenciosa. Os zumbis que atacaram a base provavelmente estavam espalhados por todos os lados. Adam pergunta para Bernard:- Por onde pretende começar a procurar?- Eu não sei. Me deixe pensar, está bem – respondeu o general, parecendo concentrado em alguma coisa.
Steve se levanta, dolorido e cheio de ferimentos e hematomas que sofreu ao rolar pelo chão. Com dificuldade ele se levanta e olha em volta, procurando pelo homem. Ele vê logo à frente, o mascarado já de pé. O homem parecia não estar muito ferido, tinha apenas alguns ralados e rasgos na roupa. Steve andou em direção a ele, mancando da perna direita e sangrando bastante, segurando a katana na mão direita. O homem também anda em direção a ele e quando chegam perto um do outro, o mascarado pergunta:- O que pensou que estava fazendo? Achou que eu ia morrer com isso?- Não, eu sabia que não. Só não sabia se eu ia ou não. Eu saquei que você não é humano, é uma outra merda aí – respondeu Steve, com uma voz fraca.- Realmente eu não sou. Me chame de Ace. Você tem determinação garoto, mas
Pela estrada agora corriam Steve e Lenny, em uma moto. Steve pilotava, acelerando ao máximo. Ele queria levar o doutor até a igreja, para saber se tinha uma cura. A moto era bem rápida, Steve chegaria na outra cidade em pouco tempo. O doutor se sentia meio inseguro com a velocidade da moto, mas não tinha muito o que fazer.Enquanto isso, o veículo blindado ainda seguia os rastros. No meio do caminho, Adam se dirige a Bernard:- Olha, independente do que aconteça, saiba que eu estou pronto para sofrer as consequências de meus atos. Ainda assim, também quero que saiba que eu entendo parte da sua dor.- O que quer dizer com isso – pergunta Bernard.- Bem, eu também perdi minha esposa. Foi em um incêndio. Eu tinha ido ao supermercado, quando voltei tudo estava em chamas. Haviam bombeiros lá, mas eles haviam chegado tarde demais. Ela era a coisa que eu mais amava, então fiq