Depois do aniversário de Eduarda, Paulina começou a se organizar para voltar ao Brasil, ela precisava conversar com os pais antes de Gonçalo. Sabia que ele ainda não tinha dito nada aos pais dela, caso contrário a mãe já teria ligado para ela. Por outro lado, Giulia parecia ter sido contratada por Gonçalo para vigia-la. Dizendo estar de férias, passou a ser presença constante na casa, sempre levando presentes para Eduarda, chegava com o seu jeito manso. Eduarda logo se distraia com os brinquedos novos, enquanto que Paulina precisava dar atenção a amiga do seu futuro marido, porque dela mesma Giulia nunca seria amiga. A conversa entre elas era sempre a mesma, Gonçalo e Paulina já estava ficando irritada. — Será que você não sabe falar de outro assunto? — Me desculpe, mas ainda estou chocada. Fico me questionando, como uma mulher que já dormiu com aquilo tudo pode se divorciar dele. — Casa-se com ele e saberá o motivo. — Deus me livre me casar — Giulia faz o sinal da cruz rindo.
Paulina enfim decide marcar a data de sua viagem, em pouco tempo ela resolve todo o necessário para viajar sem preocupação. Ela mesma foi até a escola de Eduarda para explicar a diretora sobre a ausência dela por duas semanas. Erick não iria com ela, mas permitiu que ela levasse Eduarda, isso por saber que a filha sentiria muito a falta de Paulina. Para não pegar os pais de surpresa, chegando com uma criança, Paulina decide ligar para a mãe e antecipar o assunto, não contou todos os detalhes, mas disse que havia conhecido alguém que já tinha uma filha e que estavam se relacionando. Diferente do que ela havia imaginado a sua mãe não a criticou, e até prometeu preparar o pai dela para a chegada delas. Paulina chegaria uma semana antes do aniversário do pai, achou melhor assim, pois caso ele decidice mudar de ideia sobre a festa, daria tempo.Gonçalo por sua vez, não apareceu mais na sua frente, mas Paulina sabia que ele estava por perto, já que todos os dias pela manhã lhe chegava um b
Giulia lhe sorri, antes de brincar com Eduarda a cumprimentando e , Paulina não perde tempo fingindo gostar de sua presença ali. — Gente essa criança está cada dia mais linda. Me empresta esse vestido lindo? Ficará lindo em mim. — Tia Giulia, você é muito bonita, e o meu vestido também é muito bonito, mas não cabe em você — Eduarda responde inocente.— Eu sei bonequinha, eu estava só brincando.— Hoje estou mãe e filha com a mamãe Paulina. — Vocês estão muito bonitas — Giulia volta a atenção para Paulina — Erick disse que irão passear, acho que cheguei na hora errada. — Acertou — Paulina responde sem muita paciencia — Pensei que já tivesse voltado ao trabalho, não disse que tem uma campanha para fazer? — Meu Deus, isso tudo é ciúme? Eu nem sabia que Erick estava em casa. — Acho que podemos ir — Paulina prefere ignorar Giulia. — Giulia, já estávamos de saída, eu quero passar a tarde com Paulina e a minha filha, já que elas estarão viajando amanhã. — É mesmo, eu não sabia? — Va
No dia seguinte Erick as leva ao aeroporto, Eduarda se despede pedindo que o pai não demore a ir se encontrar com elas e Paulina apenas aceita o beijo que ele lhe dá e, tenta não demonstrar estar indecisa com aquela história de casamento. Se antes estava convicta de se casar com ele, agora estava com o coração cheio de dúvidas. Estaria ela disposta a assumir um relacionamento sabendo ser apenas para resolver um problema criados pelos adultos envolvidos, pensa se excluindo dos tais adultos. Ao entrar no avião, Paulina segue para a primeira classe, Erick quis comprar a passagem dela, mas ela se negou a aceitar, e ela mesma comprou a passagem dela e a de Eduarda. Paulina estava apreensiva pois, avisou a mãe, apenas sobre o dia de sua chegada, mas optou por não falar sobre o horário do seu voo, achou melhor encontrar com os pais em casa e para não criar mais problemas com eles, aceitou ficar com eles até o dia do aniversário do pai. Já no taxi em direção a casa dos pais ela precisa
Com Eduarda já dormindo, eles enfim podiam conversar despreocupados. E assim Paulina começa a contar a sua trajetória de babá. — Eu não acredito que você trabalhou como babá, confesso que pensei estar em alguma obra de caridade, até comentei com o seu pai, já que era o que você gostava de fazer. — A princípio foi apenas um meio de tentar esquecer os problemas, mas aí eu percebi que Eduarda precisava de mim. — E então abriu mão de sua vida por ela, fingindo ser quem não era — O pai a repreende por não concordar com o que ela fez. — Mas papai, se eu não fizesse tal coisa, como seria a vida dessa crianca hoje? — Paulina tenta justificar a sua atitude — Além disso, se eu não fizesse tudo o que fiz, eu não teria conhecido o amor da minha vida. — Paulina, eu prometi a mim mesmo não me meter mais na sua vida, não dar mais opiniões sobre o que deve ou não fazer, mas convenhamos, essa família é uma bagunça — João fala exasperado — O pai não era o pai, quem era o pai era o amante que
Erick antes se sair da fábrica decide passar uma mensagem para Paulina "Estou saindo da fabrica, se estiver acordade me ligue. Beijos". Ele sorri, precisava reconhecer que sua vontade era ir para casa e encontrar Paulina e a filha esperando por ele. Estava indo em direção ao estabelecimento quando o seu telefone toca "Giulia" — Está fugindo de mim? — Giulia questiona assim que ele atende. — Não há motivos para eu fugir de você — Ele responde entrando no carro — Espero que a sua noiva não o tenha proibido de sair comigo hoje. — Sabe muito bem que Paulina jamais faria algo assim. — Não? Não é o que demonstra. Cuidado para depois não ter alguém no seu pé, controlando os seus passos — Erick pensa no pedido de desculpas de Pqulina e acredita que ela não era o tipo de pessoa que Giulia insinuava que fosse. — Hoje eu não poderei ir jantar com você, me desculpe. Sei que podia ter te ligado mais cedo para avisar, mas hoje estive bastante ocupado. — Já vai começar arrumar descu
Quando Erick chega no aeroporto, não demora a se encontrar com Paulina e Eduarda, que vai correndo até o pai que a pega no colo e ela lhe agarra pelo pescoço dizendo estar com muita saudade. — Eu também estava, garotinha, com muita saudade. — Oi... — Paulina o cumprimenta, aceitando a mão que ele lhe estendia. —Oi! como você está? — Ele a puxa para ele a abraçando, ainda com Eduarda no colo, que parecia não querer se desgrudar do pai. — Estou bem. Como foi a viagem? — Paulina queria o abraçar assim como Eduarda fazia, mas se sentia envergonhada. — Não me acostumo com essas viagens longas — responde rindo — Paulina, eu fiz reserva em um hotel. — Não é necessário ficar em hotel, poderá ficar na casa dos meus pais, eles estão te esperando. — Eu prefiro ir para um hotel, mas gostaria que me acompanhassem, assim podemos ficar um pouco juntos. — Eduarda o que acha de jantarmos com o seu papai hoje? Eduarda faz festa e assim, Paulina leva Erick até o hotel indo com ele a
A pedido de Paulina, o assunto volta a ser o casamento dela com Erick, com várias igrejas sendo citadas, hotéis para recepção, e Paulina tentando recusar todas as ideias que os pais davam, mas não deixou de ficar feliz, ao ver Erick sorrir com a discussão amigável entre ela e os pais. Paulina ficou surpresa em ver o pai sorrindo e conversando com Erick como se o conhecesse há muito tempo. Ficou ainda mais feliz por ver os pais tratando Eduarda como neta, sendo chamados de avós e dando atenção à ela. Parecia que o pai havia mudado de ideia em relação ao conceito dado à Erick de homem atribulado. Nos dias que se seguiram, Erick ficou hospedado na casa dos sogros, mas optou por ficar em um outro quarto, mesmo Paulina dizendo que os pais não ligariam em dormirem no mesmo quarto. — Não somos casados ainda, e quero respeitar a casa dos seus pais. — Qual a sua idade? Parece até o meu pai falando — Ele ri de lado e lhe mostra os fios grisalhos. — Apesar da boa forma, não sou mais