DANTEPorra. Maldita hora que resolvi me enfiar nessa pista! Não tinha controle do meu corpo, das minhas reações, qualquer toque de Aurora era motivo para meu corpo estremecer e pulsar cheio de desejo e tesão. Beijá-la era a única coisa que eu queria, sua boca era tudo o que eu desejava. Queria sentir cada mínimo detalhe do seu corpo com minha língua, queria ouvir sua voz doce chamando meu nome e ver seus olhos castanhos se revirando enquanto eu a levava a loucura. Desde quando ela me deixava assim? Meus lábios estavam pressionados em sua pele e, bem devagar, eu subia os beijos por seu pescoço, enrolando meus dedos em seus fios castanhos e a mantendo bem perto de mim, arrastando minha boca por seu maxilar enquanto a via sorrir e arfar bem baixinho, fechando os olhos e os apertando com força. Aurora parecia tão empenhada em se entregar quanto eu estava. Ah, se não estivéssemos em uma maldita pista de dança cercado por pessoas que eu veria na semana seguinte. — “Wanna know what it
— Já deu de festa pra você — falei, puxando Aura em direção à saída enquanto ela resmungava. Talvez, só talvez, incentivar ela a beber e curtir a festa adoidada não tivesse sido uma ideia tão boa. Não é como se eu estivesse totalmente sóbrio também, mas estava um pouco mais que ela, logo, tinha um pouco mais de juízo. — Mas você disse que eu tinha que me divertir — Aura murmurou, esticando os braços e bocejando. — Foi muito bom.— Não tenho certeza se você vai achar isso amanhã cedo — comentei, rindo enquanto entrávamos na casa.Arrastei Aura pelas escadas tropeçando nos meus próprios pés enquanto riamos da minha péssima coordenação motora, então, abrindo a porta com um dos pés, a coloquei na cama, tirando seus sapatos e jogando o cobertor sobre ela, que logo se encolheu e fechou os olhos. — Não me lembre de nada disso amanhã — pediu minha amiga me fazendo rir enquanto se virava para o outro lado e, em questão de segundos, caia em um sono profundo. Estiquei meus braços e passei um
DANTE Acordei mais cedo do que queria, minha cabeça parecia querer explodir e meu humor não estava lá essas coisas. A festa, ao menos para mim, acabou mais cedo do que o esperado, afinal, depois que perdi Aurora de vista, meu humor ficou péssimo e o máximo que consegui fazer foi encher a cara. Até pensei em ficar com alguém e lembrava vagamente de ter dançado com Marcela, mas não passou disso, uma dança e só, o que era decadente. Não posso me deixar ficar de quatro por uma garota desse jeito, que porra ta acontecendo comigo? O quarto estava completamente vazio, o que me fez concluir que, apesar de ter acordado antes do que gostaria, já não era tão cedo e a programação do aniversário da rainha da escola continuaria sem mim caso eu não aparecesse, mas não me importava muito, tenho certeza que só estou aqui por causa do time, ou para causar algum atrito na festa e torná-la mais interessante para a aniversariante. Levantei preguiçosamente e caminhei até o banheiro, esticando os braços
DANTEMinha cabeça implorava por silêncio e meu corpo por minha cama, mas Marck não havia saído do quarto até conseguir me arrastar para a maldita cachoeira com ele, então, mesmo contra minha vontade, sai do meu quarto trajando apenas uma bermuda e, por baixo dela, uma sunga, duvidando muito que fosse entrar na água, mas precisava ir prevenido.— Ainda não sei por que estou aqui — reclamei pela milésima vez, olhando ao redor, provavelmente não seria tão ruim, mas me recusava a falar isso em voz alta e dar o braço a torcer.— Relaxa e vai se divertir, cara — Marck respondeu batendo em meu ombro e rindo. — Para de ser rabugento. Seria um desfile de pernas torneadas e bumbuns malhados, biquínis bonitos e curvas delineadas, haveria o que aproveitar. A música tocava alta, havia uma mesa cheia de comida, mas poucas pessoas ligavam para a comida, a maioria estava se divertindo na cachoeira. Sentei na beirada, colocando meus pés dentro da água gelada e observando todos que passavam por al
Estava sentado em algumas pedras submersas, a água batia na altura do meu peito e era tranquila, com poucas ondulações, as pedras formavam uma espécie de piscina natural à minha volta e eu olhava para um árvore onde uma certa conselheira resolveu se isolar. Sabia que hoje, as coisas poderiam esquentar um pouco, mais cedo havia conversado com Aurora e ela estava decidida a colocar Dante em seu devido lugar.Apesar dessa briga de gato e rato que se desenrola entre eles ser divertida, eu me preocupava com ela e, aproveitando a oportunidade e a decisão dela de tentar conseguir a antipatia do moreno, ajudei minha amiga com um plano que envolve uma pessoa que sequer sabe disso. Mas, com certeza, ele sequer vai se importar, afinal, veio de Yale até aqui só para encontrá-la mesmo. — Gostando da festa Clay? — fui tirado dos pensamentos pela voz de Sharon.— Está legal! — Ela se aproximou entrando na água e se sentando ao meu lado. — Sabe que eu não curto muito festas, mas uma boa e velha cac
Naquele momento, com certeza todas as palavras de Dante eram movidas puramente pelo seu ego, mas Aurora também não estava em uma das melhores situações, já que seu rosto estava completamente vermelho de irritação. O resto do pessoal já encarava a discussão com curiosidade e divertimento, gritando provocações para tornar as coisas mais intensas enquanto os garotos do time e as meninas que vieram com a gente pareciam preocupados em onde essa conversa ia dar. — Eu não estaria tão certo se fosse você — Aurora falou jogando os cabelos para trás e olhando ao redor, subitamente, seus olhos se fixaram em alguém entre os convidados e eu vi sua expressão mudar na hora. — Principalmente porque eu já encontrei.Foi como se eu pudesse ver, em segundos, as engrenagens girando em sua cabeça e uma lâmpada se acendendo sobre ela, eu não fazia ideia do que Aurora estava fazendo a partir dali. — Do que você… — ele começou, mas Aura não se deu ao trabalho de escutar deu as costas para Dante e passou a
AURORA— Desculpe — falei, assim que os amigos de Brian se afastaram e, finalmente, ficamos a sós em um lugar mais afastado da cachoeira. Ainda não sabia bem o que estava sentindo por vê-lo ali, fazia mais de cinco anos desde a última vez e ele nem sequer sonhava sobre as coisas que eu havia passado enquanto ele estava fora. Sempre conversamos, mas eu tentava não ocupá-lo e, aos poucos, acabamos nos distanciando bastante, mas ainda havia algo que nos ligava e eu tive ainda mais certeza disso quando eu o vi aqui no meio daquela discussão ridícula. — Está se desculpando por me abraçar ou por me usar de step pra sair da briga por cima? — A risada dele continuava a mesma, era um som reconfortante e até um tanto musical. — Se esqueceu das duas coisas pelas quais nunca precisa se desculpar? — Isso foi há muito tempo — rio — , posso dispensar essa regra agora.Ele se sentou ao meu lado e, apesar de não estar o olhando, sabia que ele me encarava, sentia seu olhar em mim.Brian não esta
DANTEO dia passou rápido e logo a noite chegou, com ela, a última etapa da droga de comemoração.Desde a tarde, meu humor não estava dos melhores, eu era uma mistura de raiva, frustração e até um pouco de ciúme. Sabia que tudo aquilo fora uma provocação, que ela estava fazendo aquilo para me irritar, me humilhando publicamente para me fazer desistir. Mas eu estava bem longe disso, ao contrário do que a minha garota pretendia, ela só me fez ficar ainda mais ansioso para tê-la para mim, para fazê-la morder aquela língua afiada.Do meu quarto, podia ouvir a música alta, minhas coisas já estavam arrumadas nas malas, não ia passar a noite ali, por isso ia tentar não me embebedar hoje. Eu não estava para festas, nem para garotas ou comemorações, precisava de um tempo. — Acho que alguém te irritou bastante hoje! — Marck invadiu o quarto.— Acho que alguém se esqueceu como bater na porta — retruquei.— Não vai passar a noite aqui?— Não, vou embora daqui à meia hora, no máximo.— Quem sabe