JOSHUAQuando cheguei à packhouse, fui direto para o meu quarto. Kian estava no meu encalço. — Você vai até as Terras Reais? — ele perguntou e eu não disse nada, apenas peguei a minha mochila e comecei a pegar itens necessários. — Joshua, você não pode simplesmente aparecer por lá! Mesmo sendo Alfa, precisa de autorização! Merda! Ele estava certo! — Por que eles me recusariam? Eu estou indo para ajudar não é? Senti o toque de Kian no meu braço e me esquivei imediatamente, mostrando os dentes. Ele levantou as mãos na frente do corpo. — Calma! Eu só não quero que você aja sem pensar e acabe pioranndo as coisas! — Kath sumiu, porra! — eu gritei com Kian. — Não entende isso? — Sim, eu entendo! Ela é minha irmã e…Eu não me aguentei e comecei a rir. Kian me olhou magoado. — Desculpa, mas é que eu não vi esse seu lado com relação à Kath por muito tempo. — É, a começar quando você a rejeitou! Rosnei para ele, que rosnou de volta. Nos encaramos por um tempo, porém, eu não podia perd
REAGANNo meio do caminho, vi um carro vindo em nossa direção. Naquela região, era difícil alguém ter um carro bom como aquele sem ser ou um humano intrometido cheio de grana: um Alfa. Mandei que o macho parasse o carro e ele o fez. Assim que os soldados o fizeram descer, eu vi que era aquele que eu queria matar: Joshua Hamilton! Desci do carro e caminhei até ele. — Alfa Hamilton! — eu disse e vi como o corpo dele estava tenso, bem como o cheiro. — Onde está indo? — Ouvi o anúncio de Vossa Majestade. Estava indo para as Terras Reais oferecer ajuda — ele disse de maneira arrogante e a minha vontade era de arrancar a cabeça dele! Ele beijou Kath, o que me deixava com ódio! Não porque ele era outro macho, mas porque ele não prestava! — Pois pode entrar no seu carro, Alfa Hamilton. Estamos indo para o Shadowcrest Pack. Ele me olhou com uma carranca e levou as mãos à cintura.— E o que quer no meu bando? — Bando dele? Que atrevimento! Aquele território pertencia ao Reino! Ele tinha u
JOSHUAAquele príncipe metido a besta! Quem ele pensava que era pra me ordenar daquele jeito? Eel ter nascido príncipe não fazia dele nada especial. Ah, certo, ele era um Lycan. Foda-se! Nada mudava o fato de que Kath e eu éramos destinados um ao outro desde que nascemos, e ele não passou de um tapa-buracos! Pude ver a dor aparecendo no rosto dele ao ouvir a verdade, e como ele queria me matar ali mesmo. Ele não o faria, porque estávamos tratando de assuntos pessoais e aquilo não seria tratado como insubordinação e desrespeito. E mesmo que fosse, o máximo que ele poderia fazer era me trancafiar por alguns dias. — Karissa está aqui — eu avisei e ele me deu uma última olhada feia, antes de dar um passo para o lado e encarar a porta. Assim que essa se abriu, e Karissa entrou com um sorriso, porém, assim que viu o príncipe, a expressão dela mudou. — A-Alteza! — ela falou e fez uma reverência. Então, levantou os olhos e eu vi lágrimas ali. — Príncipe Reagan! Está aqui por causa da minha
JOSHUAKarissa saiu do escritório como se alguém tivesse extraído o sangue dela, de tão pálida. Ela me viu e correu para os meus braços, ou o faria, se eles estivessem abertos para ela. Assim que ela tentou pular em mim, eu a afastei, o que fez Karissa me olhar confusa. — Josh, por que…? — Por quê? — eu sorri maldoso e me aproximei dela aos poucos. Karissa deve ter sentido o perigo, porque deu passos para trás, até que tropeçou e caiu no chão. já estávamos perto de onde outro membros andavam, por isso, eles ouviriam o que eu tinha a dizer. — Me diz, Karissa, qual é a sensação de saber que você estragou a vida de duas pessoas? Como o esperado, os fofoqueiros de plantão começaram a se juntar para ouvir o que eu tinha a dizer. Karissa olhou ao redor e se levantou, segurando o braço, como se eu tivesse feito algo contra ela.— Não entendi, Josh. — Não? Vamos ver se eu consigo clarear os seus pensamentos então, Karissa — eu disse e continuei andando para frente. — Que tal começarmos c
KATH— Por que está me falando essas coisas? — eu perguntei. Ele, ainda bem, já tinha abaixado a camisa e, claro, feito uma piada ridícula sobre eu não precisar ter vergonha, uma vez que logo estaria tocando em tudo. — Companheiros não devem manter segredos, não é mesmo? — ele disse e eu inspirei fundo. — Não somos companheiros! — eu o lembrei. — Reagan é o meu predestinado! Reece não se incomodou. Pelo contrário, sorriu descontraidamente e se levantou, andando até onde eu estava. — Sabe, Kath, tem mais uma coisinha que você deveria saber sobre mim — ele disse e se inclinou na minha direção. Eu fui para trás, porém, ele me segurou pelos ombros e a boca dele foi para o meu ouvido. Eu arregalei os olhos quando ouvi o que ele tinha a dizer. — E eu vou tomar tudo o que é meu por direito, meu bem. Incluindo você. — Você é louco! — eu movi minhas mãos para perto do meu rosto, a fim de que ele visse. Reece segurou meus dedos e os beijou, ou tentou, porque eu os puxei. — Não quero outro
KATHEu acabei mesmo dormindo e, quando acordei, estava morta de fome. Morta, mesmo. Olhei para a porta e queria que aquela mocinha tão simpática aparecesse novamente. Sem Reece por perto, eu tinha certeza de que conseguiria comer melhor. Não demorou e meu desejo foi realizado. Dessa vez, era uma sopa. Eu não reclamaria, porque estava com fome, mas terminei de comer muito rápido e ainda sentia que precisava de mais. Quando já estava saindo do banheiro após realizar minha limpeza pessoal, Reece abriu a porta do quarto e entrou, sorrindo para mim. — Pronta para irmos a um lugar? Descansou?Eu torci a boca, mas assenti. — Excelente! Venha! — ele fez sinal para que eu o seguisse e eu o fiz. Reece era mais ou menos do mesmo tamanho de Reagan, com uma estrutura super parecida, mas eu sabia que não era o meu macho. — Não queria ter assustado você. Eu olhei para ele e levantei os ombros. — Fui muito grosseiro. Eu estava com raiva, mas você não tem culpa, não é mesmo? — eu neguei com a c
KATHOlhei para o frasco nas minhas mãos e de volta para Reece. Ok, ele estava sendo um pouco menos desagradável, mas beber algo assim, que ele estava me entregando? Em um frasco de oigem duvidosa, dentro de um laboratório mágico? “ — Você comeu a comida que ele deu…” “ — Você disse para que eu comesse!” — acusei Cinder. “ — Não disse que fez errado, apenas que no fim das contas, se ele quisesse te enfeitiçar, teria feito exatamente isso, não acha?”Ela tinha um bom ponto, ali. Mas e se fosse justamente a intenção dele? — Não tá envenenado — Reece falou. — Eu prometo que é algo bom. Ok? Eu respirei fundo e abri o frasco. “E que a Deusa me proteja!”, pensei, entoornando o conteúdo na minha boca. O líquido eu não sabia a cor, porque o frasco era escuro, mas o gosto. Minha nossa, que coisa horrível! Eu comecei a tossir e Reece me deu tapinhas nas costas. Lancei a ele um olhar magoado, porque ele era o culpado! O armargor parecia que não iria embora nunca mais. Eu olhei em volta,
REAGANNão havia mesmo nenhum sinal de Kath naquele bando maldito. Entrei no carro, puto da vida. Eu não conseguia acreditar que o pai de Kath apareceu na minha frente para pedir por Karissa e não teve nem mesmo a sensibilidade de perguntar sobre Kath! Olhando para ele, eu não via nada de Kath, ali. Eu não sabia da mãe, porém, eu podia afirmar que tinha algo errado. Eu comecei a desconfiar que Kath não era filha biológica deles, e isso explicaria o desprezo que eles tinham por ela. A mãe tinha morrido, pelo que eu sabia. — Esse bando é podre — Andrew falou e eu assenti. — Ainda bem que estamos indo embora. Inferno, eles são insuportáveis. — E por que deixou aquele idiota do Hamilton vir conosco? — Eu posso ouvir, sabia disso? — o “ex” de Kath perguntou num tom raivoso, mas nem Andrew e nem eu demos importância. Ele podia explodir. — Não custa ter mais uma ajuda. Além disso, quero ver a cara dele quando Kath deixar claro que o amor da vida dela sou eu, e não esse idiota. O Hami