Roberta:Dia seguinte é a mesma correria de sempre, estava eu agora no ônibus, olhando para a janela embaçada, hoje estava frio, o tempo mudou de repente.A chuva caía fraca lá fora, então me lembro da infância, meus pais eram incríveis comigo, eles faziam todas as minhas vontades por eu ser filha única e ter sido feita com muito carinho e depois de uma escolha de ambos. Lembro que em um dia de chuva, pedi tanto para irem tomar banho de chuva comigo, que eles aceitaram, eu pulei, gritei e fiquei tão feliz por está me divertindo ao lado das pessoas que mais amava.Quando eles se separaram eu me perguntava porque estava acontecendo tudo isso comigo, eu não merecia ser filha de pais separados… depois percebi que foi melhor assim, minha mãe era capaz de da a vida por meu pai e não era justo ela passar a vida toda sendo enganada, ou suportando um casamento falido, só pelos meus caprichos.Chego ao ponto de descida que nem percebo, saio do ônibus e vou para o escritório, assim que chego fal
Vinícius:Eu fiquei longe dela conforme me pediu, mas estava com saudades, hoje já era quinta e eu trabalhando como todos os dias.— Patrão-vem um dos funcionários-, Marinheiro quer mais 100 kg de coca.— Só mandar meu dinheiro, que a droga vai sem falta.— Sim senhor.Ele sai e eu fico ali fumando e olhando uma planta que gostava muito, na verdade, só gostava dela devido à minha ex, ela amava as suculentas e em especial, a de nome Jade, ela dizia que atraía dinheiro. Lembro que costumava rir dela, nunca achei que dinheiro se atraía com planta, mas sim com trabalho duro.Depois de um tempo, resolvi olhar a contabilidade, logo estava fazendo contas e vendo se tudo estava de acordo, então lembrei do dia em que fui preso, poucas pessoas sabiam a onde eu estava e por mais que os policiais sejam bons, eles não me achariam do nada, eu passei a ser um homem invisível, ninguém me encontrava.Pego um rádio transmissor.— Steven, vem para minha sala!-dou a ordem.Poucos minutos depois, ele entr
Roberta:Quinta eu estava no escritório, olhando para a janela e me odiando por ser honesta, pois por mais que eu não quisesse fazer mal a ninguém, estava fazendo a minha secretária ficar preocupada, ela tinha contas para pagar e mesmo com o meu momento passado de loucura, ela não me largou.Resolvo ligar para o Vinícius, querendo ou não, eu sentia sua falta, ele me distraia e me fazia contar sobre minha vida, sem receber julgamentos e me fazendo parecer uma pessoa normal, igual ele.Ligo para o mesmo e logo ele atende.Ligação:— Alô.— Oi Roberta, tudo bem?.— Sim e você?.— Bem… acredita que iria te ligar agora?.— Se eu disser que não acredito, irá se ofender?.— Não-ele gargalha-, mas eu iria te ligar, estava pensando no caso e descobri algo sobre.— Que bom, imagino que queira sair para me contar.— Não posso te chamar para sair, você me proibiu, então iria te contar por ligação.— Eu queria te chamar para sair, o que acha?.— Sério?.— Sim, vou te mandar o endereço e o horário.
Roberta:— Posso fumar?-pergunta gentil.— Pode.Se senta, procura algo nos bolsos da calça que estava no chão e logo segurava um cigarro de maconha, ascende o mesmo e assim que começa a queimar, sinto aquele cheiro ruim, faço careta.— Não gosta do cheiro?.— Não, sinto enjôo.— Tudo bem, eu apago.— Não precisa se preocupar.Ele me olha e sorri, logo apaga o cigarro e coloca na mesinha, então se deita ao meu lado e abraça meu corpo, sinto um leve arrepio na espinha.— Tudo bem?-questiona em baixo tom.— Sim.— Tremeu na hora que te abracei, está com frio?.— Só não fico tão confortável com a aproximação.— Desculpa-ele iria me soltar, mas seguro seu braço.— Me conta sobre o caso, disse que descobriu algo.— Sim. As provas contra mim, saíram da minha casa e meu maior inimigo trabalha para mim, ainda não sei quem é, mas estou investigando.— Como descobriu isso?.— Estava pensando em tudo que houve, achei estranho alguns fatos, então perguntei para meu segurança que também é meu melh
Roberta:Na sexta ainda, fim do expediente, estava arrumando minha bolsa para ir para casa e a Júlia entra na minha sala, olho para a mesma que não diz nada, então me pronuncio.— Tudo bem?.— Sim, senhora, só queria entender o que houve, sei que não é da minha alçada, mas, quero entender porque ela veio, chorou e não pediu o dinheiro de volta.— Ela me contou a verdade e decidiu se entregar.— Mas você disse que ela era inocente, estava errada?-questiona assustada.Eu também ficaria se fosse ela, já que eu nunca errei um "palpite" dado. Era um dom.— Ela é inocente, mas quem matou o menino, foi a filha que foi escondida de tudo e de todos, a garota sentiu ciúmes do irmão, esperou a oportunidade, hora certa e matou ele. Tem 24 anos e fez sem pensar, eu acho.— Então ela vai cumprir a pena no lugar da filha?.— Sim.— Então, por que não pegou o dinheiro?.— Ela pediu para defender a filha dela ou diminuir sua pena, escolhi diminuir a pena, pois ninguém imagina que possa ter sido a filh
Vinícius:Eu estava apaixonado nessa mulher e passei o dia de sexta tentando elaborar o melhor plano para ver pelo menos um sorriso em seus lábios, até que fui pesquisar sobre o ex noivo dela e achei a melhor informação, ele estaria bem perto de nós fazendo algumas fotos, então pensei no remédio e tudo deu certo.Hoje era domingo, acordei cedo e pedi o café da manhã, logo estava colocando na mesinha que tinha ao lado da cama, depois me sentando e fazendo carinho no rosto da doutora, automaticamente acordo a mesma.— Bom dia-falo sorrindo. — Bom dia. Trata todas assim?-pergunta ao olhar a bandeja. — Não, então se sinta especial.— Obrigada...— Por um café?.— Por tudo… o que fez ontem foi melhor que qualquer coisa que um dia poderia fazer, ou que um dia eu poderia receber.— Se sente melhor?. — Desde o dia que escolhi te encontrar.— Não sei se já disse, mas estou apaixonado em você. Não quero te coagir a sentir o mesmo, de forma alguma, só quero que saiba e entenda que pode sempre
Roberta:Dia seguinte(terça) acordo cedo, tomo um banho fresco e saio do banheiro de toalha, vou até o guarda-roupa e procuro uma roupa para ir trabalhar hoje. Escolho uma blusa social de cor branca, pego uma camiseta de alça na cor branca também, para pôr debaixo da social, depois pego uma saia social de cor azul-escuro.Me visto com calma e depois coloco um salto não muito alto, mas que mostrasse autoridade, poder, inteligência. Pode parecer que não, mas uma roupa pode definir você.Arrumo meu cabelo em um belo coque, passo uma maquiagem leve, pego minhas coisas e vou para o tribunal.Chegando lá, já vejo o Vinícius andando de um lado para o outro, ele estava bonito, vestia uma calça jeans preta e uma camisa de cor preta, usava também uma corrente média de ouro e em seu pulso tinha um relógio de ouro, que pagava meus honorários por dois anos.— Bom dia-falo ao me aproximar e sorrio.— Bom dia-ele sorri largo e eu fico tímida-, o que foi, está com vergonha de mim?.— Não... só é dife
Vinícius:Depois do julgamento eu fiquei muito feliz, mas na hora que estávamos no carro, a Roberta falou umas coisas que não curti muito.Eu sei que é simples querer que alguém largue tudo do nada, mas não era algo que eu queria, se eu largasse o ramo dos narcóticos, seria como qualquer homem, não seria temido e querido por alguns, sem contar que perdi muita coisa para chegar aqui, se largasse, todo meu esforço e sofrimento teria sido em vão.Chego na minha casa, tomo um banho, como alguma coisa, descanso e depois vou para o escritório, me sento, fico olhando algumas anotações e logo entra o esquadrão:Miranda, Tyson, Barnabé e Dony. Eles começaram a trabalhar para mim faz dias, conversamos no início da contratação, eles ficaram observando tudo, mas não me deram informações.— Fala chefe-diz o Dony.Ele era o mais velho dos irmãos. Os 4 fizeram parte do exército e depois resolveram trabalhar para bandidos, investigando, vendendo informações e até torturando opositores.— Fala Dony, co