Capítulo 1Ana Lívia VenturaDesde que eu tenho lembrança, meu prazer e cavalgar por esses pastos, eu tinha uns seis anos, os meninos 10 quando dona Liliana levou Rafael daqui, minha ultima lembrança com Rafael foi que corri com o cavalo atrás do carro e ele no vidro acenando, Ricardo se fechou no quarto por dias e a única pessoa que ele recebia era eu, e assim nos tornamos melhores amigos...Os anos se passaram e Rafael não vinha nem pra visitar era Ricardo quem ia ver ele e a mãe, então um mês no ano por 20 anos eu ficava sem o Ricardo, estudamos juntos, fizemos faculdade juntos, e não tenho lembrança de viver sem ele, nos formamos em veterinária, soube que Rafael se formou em administração, mas alem disso não sei muito dele. -Ricardo a Zuleide ta dando cria anda! -Calma estou indo é cinco da manhã!Corremos até o curral para fazer o parto da Zuleide, está dificil tem algo errado ela está sangrando muito. -Eu vou ajudar, o bezerro está atravessado, vai morrer os dois Ricardo,
Capítulo 2Rafael BarretoQuando recebo a ligação do meu irmão sinto dentro do peito que chegou a hora de voltar, vi muito pouco meu pai nesses anos, culpei muito ele pela separação, mas hoje sei que não se deve viver infeliz, minha mãe não era uma mulher para viver em uma fazenda no fim do mundo.Minha mãe era modelo e atriz meu pai a tratava como um troféu, mas nem sei se realmente ouve amor, pois vejo ela com o John e não é nada nem perto do que ela era com meu pai, ela ama John de verdade.Meu pai pelo que sei nunca mais casou de novo, viveu pra fazenda todos esses anos.Pesquiso rapidamente a passagem arrumo minhas malas, informo a empresa que presto consultoria sobre minha viajem e parto para o aeroporto, no caminho aviso minha mãe, e sigo meu caminho.Horas de uma viagem cheia de turbulência e mais uma hora de ônibus avistei a placa bem vindo a Riacho Doce...É o bom filho a casa torna é a frase certa.Vou direto pro hospital pergunto na recepção e me passam o quarto deixo minh
Capítulo 3Ana LíviaEu tento juro eu tento me controlar mas sempre que vejo Erick algo em mim morre novamente, saí do carro para chorar mas o Rafael veio atrás, ele não vai entender e eu não vou falar... -Ana Lívia o que foi? -Nada Rafael só preciso ficar sozinha! -Ana espera você vai pegar uma pneumonia assim! -E podia morrer seria muito bom se isso acontecer, pode entrar na caminhonete sem chiar? -Menina não fale assim me conta o que foi?Alcanço ela e seguro ela pelo braço, ela puxa pra soltar, se debatendo contra mim, mas a seguro mais forte a puxando pra mim, era muita lama, e me desequilibro caindo e a levo junto, e ela acaba caindo por cima de mim, olho nos olhos dela e percebo as lágrimas ali, e nesse instante ela desaba.A abraço apertado enquanto ela chora, as lágrimas misturadas com a chuva escorrem no meu peito me sento na lama, com ela ainda nos meus braços ela parecia tão frágil, fico em total silêncio apenas deixo que ela desabe ali, que bom que estou aqui po
Capítulo 4 -Nada Rafael oxi, eu disse que queria ficar sozinha você não entende o que eu falo não?Guardo a sacola novamente e me viro pra ele o encarando parado na porta assim que ele entrou e encostou a porta, a chuva ficou muito mais forte acompanhada de uma ventania, escutei um barulho muito alto, corri até a porta e ela estava emperrada, forcei, forcei mas não abria. -A meu São Pedro o que está acontecendo? -Espera eu abro.Ele também força muito e não abre pronto estamos presos aqui agora! -É não abre... -Arri Égua, e agora? -Vou tentar ligar pro meu pai.Procuro pelo meu celular e não encontro deve ter caído quando corri da caminhonete infernooooooo! -Eu não estou com o meu, cadê o seu celular? -Ficou na caminhonete...Ele começa a andar de um lado para o outro a chuva lá fora parecia que não ia dar trégua, eu estou molhada ele também e está cada vez mais frio. -Acho que vamos ter que dormir aqui ninguém vai tentar abrir aqui durante esse temporal. -Você e
Capítulo 5 Ana LíviaAo chegar em casa tomei um banho e fui descansar um pouco assim que deitei na cama foi inevitável não lembrar da noite no galpão do celeiro, minha pele se arrepiou ao lembrar do toque do Rafael...Afasto as lembranças e as sensações e me reviro na cama tentando dormir e com muito custo adormeço mas sonho com ele e acordo suando com o corpo pegando fogo.No sonho ele me pegava pelos braços me puxando pra ele em baixo da chuva e tomando meus lábios pra ele, todo meu corpo parecia conectado ao dele como se o pertencesse.Acordo afobada afastando tudo isso de mim, jamais vou deixar esses sentimentos me dominarem novamente, o amor nos deixa fracas e eu não me permito mais ser fraca... -Oxi sai daí!Levanto afastando tudo isso da mente tomo outra ducha rápida me visto com uma camisa preta justa, calça jeans escura e chapéu marron, no mesmo ton da bota, pego minha maleta e sigo pro curral ver como está o bezerro que nasceu.Assim que cheguei e começo a examinar o beze
Capítulo 6Minha mãe entra na cozinha fazendo com que o elo do nosso olhar fosse quebrado e me viro de costas rapidamente não posso nem pensar em ter algo assim com Rafael, ele não é do meu mundo somos diferente demais e eu nunca mais vou cair nesse papo furado de todo homem... -Minha filha como está o Seu Roberto? -Oi mãe então temos que tirar tudo do quarto do Seu Roberto vai ser montado um quarto de hospital pra ele poder voltar pra casa, e arrumar o quarto ao lado para as enfermeiras que vão ficar com ele... -Meu pai ta...melhor? -Na medida do possível pra gravidade do caso dele Rafael... -E você não pode ficar perto dele até que melhore da gripe, uma simples gripe pode ser fatal pra ele... -Eu vou pra um hotel então até ficar melhor. -Não meu filho imagina, fica lá em casa, tem espaço e assim fica perto pra qualquer necessidade guri. -Mãe, eu vou lá chamar o meu pai e os guris pra ajudarem e você almofadinha vá descansar pra melhorar logo, quando voltar te levo lá
Capítulo 7 -Achou Ricardo? -Achei mas infelizmente não da para ver é um ponto cego. -Maldito eu tenho certeza que... -Eu também acho que seja mas não podemos acusar sem provas... -Infeliz, Maldito! Nos concentramos no Seu Roberto guardo o dvd na minha bolsa e ajudo a guardar as coisas do Seu Roberto par ele ir pra casa. -Bom eu vou com você, porque na ambulância vai tudo que precisa pro quarto além do que já foi. -Bora então!Quando estavamos saindo um rapaz colava um cartaz em um espaço em frente ao estacionamento e fui olhar de perto. -Ricardo olha. -A dessa vez eu vou me inscrever! -Pra variar não tem categoria feminina...Vai ter rodeio na cidade no próximo mês, tem varias categorias mas nenhuma feminina isso é uma palhaçada... -Pelo jeito vai ter que nascer homem pra poder realizar teu sonho de participar de um rodeio Aninha!Escuto a voz nojenta do Erick que me causa repulsa. -Vamos Ricardo, vamos logo!Olho no fundo dos olhos do Erick pra ele saber qu
Capítulo 8Pego Rafael me olhando a todo tempo e por mais que eu goste eu vou me livrar disso não posso me dar a esse luxo de sofre novamente porque amor é isso, pelo menos pra mim amor é sofrimento...Termino o jantar coloco a mesa com ajuda do Rafael fiz uma lasanha, arroz branco, e salada com suco de laranja tudo simples e rápido. -Nossa filha que delicia! -Ana tem mãos de fada na cozinha, o homem que casar com ela ta no céu...Minha mãe fala de mais as vezes oxi! -É isso é verdade minha prenda, mas ela aprendeu com a melhor.Meu pai fala beijando a testa da minha mãe ao se sentarem, ela tira o prato do meu pai depois o meu e por ultimo o dela, um costume que ela sempre teve, e fica sem graça olhando pro Rafael até que pergunta: -Quer que eu tire seu prato Rafael? -Não imagina dona Marília eu tiro pode deixar.Ele tira o prato dele meu pai puxa a oração e depois do amém atacamos o jantar.Muitos elogios de todos inclusive do Rafael.Rafael me ajuda com a louça ele está be