Capítulo 4

Capítulo 4

-Nada Rafael oxi, eu disse que queria ficar sozinha você não entende o que eu falo não?

Guardo a sacola novamente e me viro pra ele o encarando parado na porta assim que ele entrou e encostou a porta, a chuva ficou muito mais forte acompanhada de uma ventania, escutei um barulho muito alto, corri até a porta e ela estava emperrada, forcei, forcei mas não abria.

-A meu São Pedro o que está acontecendo?

-Espera eu abro.

Ele também força muito e não abre pronto estamos presos aqui agora!

-É não abre...

-Arri Égua, e agora?

-Vou tentar ligar pro meu pai.

Procuro pelo meu celular e não encontro deve ter caído quando corri da caminhonete infernooooooo!

-Eu não estou com o meu, cadê o seu celular?

-Ficou na caminhonete...

Ele começa a andar de um lado para o outro a chuva lá fora parecia que não ia dar trégua, eu estou molhada ele também e está cada vez mais frio.

-Acho que vamos ter que dormir aqui ninguém vai tentar abrir aqui durante esse temporal.

-Você está tremendo Ana Lívia, eu te avisei que ia ficar doente teimosa.

-Eu não vou ficar doente só preciso me aquecer, tem umas lenhas aqui vou fazer uma fogueira.

-Acho que eu quem deveria fazer isso...

-E você lá sabe fazer uma fogueira Rafael ora!

Começo a arrumar o espaço no meio do galpão do celeiro para fazer a fogueira e ele caminhando pelo galpão achou uns pelegos e uns cobertores que uso nos cavalos.

-Acho que para dormirmos vai ser suficiente, mas você deve se secar.

Tiro minha camisa e fico de top, ele olha estranhando tiro a calça também e estendo próximo a fogueira se eu continuar com a roupa molhada eu realmente vou ficar doente.

-Você devia fazer o mesmo almofadinha!

-Os dois tirando a roupa sozinhos?

-A e o que vai acontecer?

-Não é isso, é que o que os outros vão pensar...

-Que estávamos molhados da chuva e tiramos a roupa pra secar?

-Você ainda é tão ingênua Ana Lívia...

-Não eu não sou, mas quem me conhece sabe que o pateta que se atrever a algo comigo não se sairia muito bem...

Ele me olha tentando decifrar o que se passa em minha mente mas sigo pro fundo onde tem os fenos, estendo os pelegos e me deito puxando os cobertores pra me esquentar.

-Vai ficar doente almofadinha.

Me enrolo o máximo que posso e fecho os olhos a chuva não vai passar o que me resta é dormir e afastar os pensamentos que me trouxeram até aqui...

Não demora muito para que eu sinta ele se deitando ao meu lado, e logo senti um choque do contato das nossas peles, ele seguiu a minha dica e tirou a roupa molhada.

-Desculpa acho que vamos nos esquentar mais se ficarmos perto pelo calor corporal.

-Tudo bem você está certo Rafael!

Ele se aconchegou mais perto de mim era estranha a sensação dele assim, tão perto de mim...

Parece que passa uma corrente elétrica por todo meu corpo a cada toque da pele dele na minha.

Era impossível dormir com ele tão perto...

Rafael

Ana Lívia mudou muito, não é aquela menina que eu deixei aqui a muitos anos atrás, se tornou uma mulher, e que mulher ela está lindíssima, cheia de curvas que chamam a atenção de qualquer um que passasse por ela.

Quando ela começou a tirar a camisa molhada foi impossível não ficar vidrado em cada curva dela, quando ela abriu o jeans então me faltou o ar, logo eu que sempre tive a mulher que eu quiz estou babando por uma que com certeza nunca me daria bola, então nem adianta delirar com essa bobagem, me esculacho mentalmente enquanto ela fala que devo tirar minha roupa também...

Tento implicar com ela mas sua resposta é certeira e seca.

Depois que ela se deitou fiz o mesmo tirei minhas roupas molhadas e pensei mil vezes mas mesmo com a fogueira estava extremamente frio e me obriguei a ir me deitar ao lado dela.

Quando nossos corpos se tocaram parecia que levei um choque, mas ao mesmo tempo era como se fosse um imã não conseguiria me afastar nem se quisesse...

-Desculpa acho que vamos nos esquentar mais se ficarmos perto pelo calor corporal.

-Tudo bem você está certo Rafael!

A resposta dela foi como se nela nada tivesse acontecido foi uma resposta tão vazia, me juntei a ela nos aquecendo mas algo em mim deu sinais que não deveriam ter e tive que virar pro outro lado torcendo que ela não tivesse sentido minha ereção...

Me viro pro lado o cansaço da viajem e a cabeça cheia me levam a dormir mesmo querendo a tomar nos braços e fazer ela ser minha...

Acordei com o barulho na porta alguém enfim está tirando o que estava segurando a porta e o dia parece ter amanhecido, ao despertar percebo as mãos dela no meu peito ela estava abraçada em mim era até um pecado ter que tirar eles de volta de mim.

-Ana Lívia, acorda temos que nos vestir estão desobstruindo a porta.

Ela vai despertando e consegue ficar ainda mais linda acordando me deixa hipnotizado.

-Ana acorda vão abrir a porta...

Mal terminei de falar e a porta se abriu revelando o pai da Ana, Ricardo, e mais dois peões que não conheço, os olhos dele seguem para nossas roupas em volta da fogueira já apagada Adam avançou pra dentro e Ricardo veio logo atrás.

-Ana Lívia o que houve aqui tchê?

Ela da um pulo se assustando ficando de pé rapidamente apenas de lingerie ao olhar os olhos de predadores dos peões peguei uma das cobertas com raiva e cobri ela rápido.

-Calma pai não é nada do que você está pensando.

-Guria passa pra cá e me explica isso já!

Ela se enrolou no cobertor e foi até o pai dela que me fuzilava com os olhos enquanto ela explicava tudo pra ele, Ricardo veio até mim jogando minha roupa em mim e só aí lembrei que estava apenas de cueca.

Vesti a calça rapidamente e fui reparando a expressão de Adam ir melhorando até ficar normal.

-Seja bem vindo guri, e desculpe o mal jeito a Ana me explicou tudo já...

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