Capítulo 55

─ Oi, Alan!

Ainda bem que sua voz não tremou, pensou Simone, com um leve arrepio. Tudo o que não desejava era dar na pinta de que Alan, um dos melhores amigos de Marcelo, seu primo superprotetor, tinha acendido uma fagulha ─ e que fagulha! ─ de tesão dentro dela. Coisa que não acontecia a, o que? Séculos? Provavelmente.

Alan sentou em perto dela, debruçou um pouco o corpo em sua direção, e colocou os dois braços, cruzados displicentemente, sobre a mesa.

─ Por que não está dançando?

Ela foi inundada pelo aroma dele. Um perfume másculo como o seu dono, com algumas notas de algo provocante e quente, talvez um toque de pimenta nativa. Ela havia sentido aquele cheiro mais cedo, quando atravessaram, de braços dados, o caminho até o sacerdote que abençoou a união do casal, mais cedo. Tinham passado juntos sob um arco de flores a céu aberto, extremamente romântico e delicado, que parecia ter saído das páginas de um daqueles romances que haviam feito sua alegria quando era mais jovem, e ago
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