Miguel Rodrigues Ao ver Laura dormindo tranquilamente em minha cama, me lembro de momentos atrás, eu e ela nessa cama. Foi tão perfeito, gostoso, único. Nos sentimos a pouco tempo, o gosto da sua boca ainda está na minha. Sua pele macia estava em minhas mãos a segundos atrás, foi tão bom, nunca senti esses sentimentos antes. Acaricio o seu rosto e um sorriso surge em meus lábios. — Te amo tanto Laura! Você é tudo pra mim. — continuo sentindo sua pele entre meus dedos e a deixo descansar em minha cama. No começo sei que foi dolorido para ela, mas fui o mais gentil possível com ela. Coloco minhas roupas rapidamente e decidi ir até a cozinha beber alguma coisa, estou com sede. Ao chegar na cozinha, deparo com a nova funcionária, Bruna. Ela está pegando um copo de água, parece agitada, seus pés batem no chão, parecendo impaciente. Me aproximo devagar e ela nota a minha presença. Ela se afasta do filtro e sem querer deixa o copo cair no chão, fazendo a água molhar o chão e u
Laura Lopes. Acordo com o som do meu despertador do meu lado. Ergo a minha mão até o som e abro lentamente os olhos, desligando o despertador. Ao me sentar na cama, levo um susto, não estou no meu quarto. Olho para o lado, vendo que estou no quarto de Miguel. Os flashes surgem em minha mente e me lembro da nossa noite.Foi perfeito, ele foi tão carinhoso e gentil comigo. Começo a sorrir e coloco a mão no meu rosto, sentindo ele esquentar um pouco. Me levanto da cama e vejo um papel dobrado no criado do lado da cama. Desdobro o papel e começo a ler: " Bom dia Laura, meu amor. Desculpa em não podermos tomar café da manhã juntos, mas surgiu um imprevisto, logo hoje. Mas quando eu chegar, vamos comer juntos, tá bom? Até mais tarde." Começo a sorrir feito uma boba e guardo o papel, calço meus sapatos e me olho no espelho. Meus cabelos estão um horror, céus.Passo a mão sob eles, tentando os arrumar, o que não ajuda muito. — Preciso resolver isso. Vou até o banheiro fazer as min
Miguel Rodrigues.Fico o dia todo resolvendo algumas pendências no banco e depois saio com Rodolpho e meu amigo Mateo, temos coisas a discutir. Saio do meu veículo e os dois que estavam no veículo atrás do meu, me seguem. — Ainda sem rastros dela, Miguel. Mas sei que ela vai aparecer, Cármen não vai se esconder para sempre. — Mateo fala em um tom sério, continuo a andar com os dois ao meu lado. — Mateo está certo, e a polícia está fazendo sua parte também, tentando achar Cármen em cada lugar em que ela foi vista pelas câmeras. Balanço a cabeça concordando, ficando em frente a mansão. — Vocês querem entrar? — pergunto aos dois. Mateo nega sinalizando com a mão e Rodolpho prossegue.— Tenho umas coisas a resolver agora, Senhor. Conversamos depois, tenha uma ótima noite! Me despeço dos dois e os vejo seguir até seus veículos, olho para o portão e meu segurança abre a porta para mim. — Senhor, boa noite! — passo pelo portão sorrindo de canto, estou exausto. Hoje foi um dia longo,
Cármen Martínez. Tudo saiu conforme o planejado. Miguel está sob o efeito da droga, vulnerável e à mercê das minhas vontades. Fábio e Ruan já devem ter conseguido entrar na mansão, todos os funcionários estão drogados, só tem alguns seguranças do portão da frente da mansão, mas creio que não será difícil para Ruan e Fábio. Começo a sorrir com os dedos em meus lábios e avanço pelo quarto, observando-o Miguel ali, desorientado. Não consigo evitar o sorriso que surge em meu rosto. Finalmente, Miguel é meu, nem que seja apenas por algumas horas.— Miguel... — murmurei, aproximando-me dele, meus dedos acariciando o seu rosto. Seus olhos, confusos e pesados, tentam focar em mim, mas falham. Ele está à beira da inconsciência.— B- Bruna? — ele questiona com a voz grogue e quase falha.Pelo menos ele ainda me reconhece, ele não está tão mal assim.Continuo a sorrir, acariciando o seu rosto que começa a ficar suado. Seria perfeito eu sentir o seu corpo ao meu. Passo a minha mão sob seu
Carmen Martínez O carro segue em movimento, enquanto olho para o vidro do mesmo, contendo a minha ansiedade... Estamos pegando uma rodovia e em breve vamos seguir em direção a estrada de terra, até a fazenda dos parentes de Fábio. É a melhor opção que temos agora. Algumas horas se passam... Estamos a algumas horas no veículo, porém está silencioso. Ruan e Fábio estão calados, enquanto olho para o lado vendo a paisagem. Hugo continua a dormir serenamente na cadeirinha, sem entender o que está por vir. Ainda bem que o plano está funcionando perfeitamente. Ao passarmos por várias estradas de terras, a frente avisto a fazenda. Chegamos em plena madrugada, o local está escuro e quieto, exatamente como eu esperava. O velho casarão é grande e isolado, um refúgio perfeito para o que planejo. Os faróis do carro cortam a escuridão enquanto nos aproximamos da entrada. Fábio desliga o motor e sai do veículo, em seguida Ruan faz o mesmo. Eles seguem até a porta principal da ca
Laura Lopes Aos poucos eu acordo, ao abrir os meus olhos reparo que não estou na cama confortável da mansão, e sim sentada em um lugar escuro. Olho ao redor e reparo que o quarto em que estou está escuro e abafado. Não há janelas, consigo ver apenas alguns furos na parede, o que faz entrar um pouco de ar e fios de claridade. Olhando para minhas mãos desesperada, começo a senti-las doer. As cordas nos meus pulsos estão muito apertadas, e eu mal consigo sentir os meus dedos. Meu coração começa a acelerar, de medo. Eu não sei o que está acontecendo. Tento me soltar, mas as cordas não cedem. O desespero começa a crescer. — Socorro! — grito apavorada, olhando ao redor — Alguém me ajude! Ninguém responde. Só silêncio! Só consigo ouvir minha própria respiração, pesada. Grito mais algumas vezes, até que a porta se abre com um rangido. A luz do corredor entra no quarto. Vejo um homem alto, e um sorriso em seus lábios. Eu não sei quem ele é, nunca o vi na vida. Meu coração d
Miguel RodriguesMeus olhos se abrem e vejo a claridade em meu quarto, parece ser cedo agora. Ao piscar meus olhos me sinto atordoado e com uma forte dor de cabeça.Minha mente está confusa, aperto meus olhos para tentar lembrar dos acontecimentos da noite anterior.Sento-me na beirada da cama, esfrego os olhos com força, tentando afastar a sensação de zonzeira.Me levanto com dificuldade, cada movimento um esforço, e saio do quarto, seguindo pelo corredor até o quarto de Laura. Ao abrir a porta, meu coração acelera ao ver a cama vazia.— Laura? — a chamo, com a voz rouca e fraca.Nenhuma resposta. Silencio! Olho ao redor e realmente ela não está ali, e isso faz com que minha mente pense no pior.Olho para o corredor e me vou ao quarto de meu filho, Hugo.O pânico começa a se instalar quando também encontro o quarto vazio.— Ele já acordou? Está tomando café da manhã? — me questiono, colocando a mão em minha cabeça, que lateja.Nesse momento, começo a sentir um frio na espinha, uma se
Miguel Rodrigues Enquanto Rita vai até a cozinha pegar o remédio e fazer o café, decidi voltar para o corredor, a caminho da sala de segurança, onde encontro Mateus ainda examinando as imagens. Sua expressão é grave, e ele me olha com uma mistura de frustração e impotência. — Senhor Miguel, verifiquei as câmeras de segurança. — diz ele, a voz ainda tensa. — Infelizmente, os suspeitos estavam usando máscaras e capuzes. — ele me mostra a imagem e pausa, e realmente eles estão bem cobertos, e está muito escuro. — Eles conseguiram tampar algumas câmeras, então não conseguimos identificar quem são. Pelo que consegui ver, pela altura e porte físico, parecem ser dois homens. — ele me mostra outra imagem em que aparecem duas pessoas, indo até os seguranças. Eles são realmente grandes, não se parece com uma mulher. Não deve ser Cármen então. Sinto um aperto no peito ao ouvir isso. A raiva e a preocupação se misturam em minha mente, me sinto mais confuso, me perguntando quem são ele