VictorioEu estava com os nervos a flor da pele, aquele maldito ousou tocar em mim, ousou se achar melhor do que eu, quem ele pensava que era?Ninguém pode me julgar por eu ter usado as circunstâncias ao meu favor, porque é isso que o ser humano é, não é mesmo? Conveniente... eu só fiz aquilo que todo mundo, se tivesse a oportunidade também faria O Francesco era um amigo de infância, aliás, eu não posso bem falar assim, ele era um conhecido, isso sim. A sua família tinha muito contato com a minha, era de prestigio, pelo menos na época que a gente se conheceuA Família Biancchi sempre se colocou no topo da pirâmide da sociedade, se faziam acreditar como empresários bem sucedidos, mas nós, os mais íntimos, sabíamos que, pelo menos o Francesco, estava envolvido até o pescoço com a Máfia e não, não de uma forma boaNinguém tinha coragem de chegar perto dele e questionar o motivo de ele bater no peito e dizer que era influente nessas reuniões tão distintas, mas que na verdade, sempre era
GiuliaEu me sentia completamente grata por ter sido salva por aquele homem, mas não conseguia parar de me sentir deslocada também, quando caminhava por aquela casa toda. Eu não conseguia apenas parar, viver, simplesmente não conseguia, a única coisa que me distraía era o GiacomoQuem era ele? Simplesmente a pessoinha mais maravilhosa que Deus colocou na face da Terra, o filho do Enrico, o homem que me ajudou. Na primeira vez que o vi, ele parecia um cachorrinho amuado, estava atras da parede, com a mãozinha segurando a quina sabe, só me observandoDemorou para eu perceber que há via alguém ali e até mês assustei quando me virei e dei de cara com ele, aliás, como metade do seu corpo, porque a outra metade, estava escondidaGiulia – Hei, quem é você?Ele tentou se esconder ainda mais, olhou para trás, para confirmar se realmente não havia ninguém que pudesse tirá-lo daquela situação. Lógico que eu compreendi, ele nunca tinha me visto na vida e eu estava lá, com a mão estendida, chamand
EnricoFoi a primeira vez que vi meu filho sorrindo daquele jeito para uma pessoa diferente da mãe. Ele já tinha passado por tanto em tão pouco tempo… no início achei que, pelo menos para ele, não faria diferença, afinal, tudo aconteceu rápido demais, a Patrízia foi-nos tirada rápido demaisGuilhermo – Eu realmente estou vendo o que acho que estou vendo?Enrico – Sim… estáO Guilhermo sabia das minhas lutas e dificuldades de aceitar qualquer pessoa do lado do Giácomo, tanto que, deixava qualquer pessoa, não impostava quem fosse, falando sozinha, para atender qualquer pedido que o meu filho pudesse fazer, ele já tinha perdido a mãe, não era justo eu como pai, negligenciar os seus sentimentos, aquele negócio de “A Máfia acima de qualquer coisa” não existia entre meu filho e euGuilhermo – Agora eu entendo o motivo de você querer essa desconhecida por pertoEnrico – Não, não entende, porque nem mesmo eu entendo, eu não sabia sobre o poder que ela tem na vida do meu filho, porque esse so
Francesco Eu estava completamente frustrado com a atitude da Giulia e de saco cheio com o que o Victorio estava fazendo. Claro que ele me contou sobre o homem misterioso que, aparentemente, sem conhecer a minha filha a ajudou e não deixou ele chegar a centímetros dela e o faro dele ter aparecido na minha frente com o olho roxo me dizia sim que o homem era de coragem Victorio – Eu cumpri a minha parte no acordo, aliás, fiz isso e muito mais, não precisava sair igual a um doido atrás da Giulia, ela é quem deveria seguir os meus passos, se rastejar a mim. Onde já se viu eu ter que ensinar aquela menina mimada a como ser um Damasceno Ele estava furioso e queria descontar tudo em cima de mim, não estava nem mais se importando com o que minha esposa iria pensar. Eu nunca fui inocente sobre o que o Victorio um dia já sentiu pela minha esposa e, na verdade, eu não me importava, a Valerie merecia ser uma Biancchi e apenas isso, umas das mulheres mais bonitas da alta sociedade não poderia ser
CarloEu sou o responsável por manter essa família, eu e apenas eu, se não fosse assim, quando a minha esposa foi embora, todo o nosso mundo também teria ido embora com elaEu entendo perfeitamente os motivos do meu menino ter escolhido a Patrizia, mas o que ele não entendia era que essa mesma escolha iria leva-lo para a ruína, eu sei porque também aconteceu comigo A minha amada esposa também foi escolhida a dedo, mas diferente disso outros chefes, que. A escolheu foi o meu coração e não os membros do alto escalão. Linda, com uma beleza rara, cabelos negros como a escuridão da noite, olhos grandes e igualmente negros, como uma jabuticaba, mas seu olhar continha a doçura e a elegância caminhando unidasA minha Luna foi a mulher mais ordeira que caminhou na face dessa terra e a mais perfeita dentro da Máfia, tão perfeita que eu tinha que até mesmo, escondê-la dos meus companheiros que não escondiam sua admiração pela minha mulherEu nunca ousei trai-la, nunca, nem mesmo em pensamento,
GiuliaEu ainda estava me sentindo perdia, realmente, aquela minha capacidade de me socializar, de distribuir sorrisos para onde quer que eu fosse, deixei que, com o tempo, fosse se escondendo dentro do meu coração. Penso que o fato de eu estar ali, tentando uma nova vida, não me fazia parar de pensar no que o futuro me aguardavaEu conhecia o Victorio, na verdade, eu ouvi falar muito dele. Aquele homem frequentava a minha casa, eu o considerava da família, meu pai sempre quis assim, sempre fez questão que eu o atendesse com cortesia e, sério, fazia isso com prazer, nunca imaginei que teria segundas intenções naquelas visitas, mesmo porque, o Victório era muito mais velho do que eu, uns trinta anos mais velhoSim, eu já sonhei com o meu momento de princesa, momento em que encontraria o meu príncipe encantado, que viria montado em um cavalo branco, para me salvar da torre mais alta do castelo, sonhei que construiríamos nossos sonhos juntos, nossos próprios castelos e viveríamos felizes
EnricoEu estava exausto, mas não de cansaço de corpo e sim, daquela história toda. Eu sempre soube que meu pai tinha se utilizado da história dos inimigos nos atacando para me tirar a Patrizia, eu sempre soube que o sobrenome por trás da minha desgraça era Grecco, mas nunca quis falar isso em voz altaAcontece que, meu pai já tinha passado dos limites, nada justificava a sua atitude, aquela história de que tudo aconteceu para o meu bem só era compreensível dentro da sua mente insana. O Guilhermo queria falar comigo, fechar alguns pontos do novo carregamento, pelo o que ele me disse, meio que por alto, a casa Nostra estava reivindicando território que não eram deles, tentando colocar a soberania do nome acima de tudoNão, as coisas não aconteciam dessa forma, a Camorra conquistou aqueles territórios, conquistou aqueles portos e pontos de distribuição, o fato de estarmos tendo sucesso em tudo que a nossa mão tocava, não tinha nada a ver com a decadência dos negócios da outra casaMas c
GiuliaEu acordei com a claridade entrando pela janela, sem saber onde eu estava e muito menos, lembrando o que eu tinha feito. As imagens da noite anterior vinham em flash estão na minha mente, mas eu sabia que não era inocente Meu corpo ainda estava nu, apenas coberto com uma manta fina de microfibra, os meus pelos estavam arrepiados por conta da brisa fresca que vinha de algum lugar que eu não conseguia ver, acho que mesmo que eu estivesse em meu pleno juízo, não conseguia distinguir por qual fresta que ela entravaA minha cabeça latejava em dor, estava pesada, meus olhos ardiam, queriam ficar fechados. Eu me levantei e olhei ao redor, me situando onde eu estavaA imagem do Enrico tocando a minha pele, sugando o bico do meu seio, me beijando e me fodendo com força ficaram focadas e daí, eu tinha percebido a burrada que tinha feito na noite anterior“Giulia, como você é burra! Você não deveria ter bebido desse jeito, quem é o Victorio para te deixar tão mal, tão vulnerável!Eu não