Megan saiu daquela empresa com um sorriso enorme no rosto. Ela estava vivendo um sonho, sem saber que isso seria mais complicado do que ela imaginava.
Ser desajeitada foi uma característica que lhe deu vantagem, mesmo que algumas pessoas da sua família dissessem que seria bem difícil de conseguir algum namorado. Não que ela estava ali, sendo contratada, para seduzir o chefe. Agora ela tinha um problema a ser solucionado. Olhando de fora, ela mais parecia uma adolescente do colegial. Sua personalidade submissa seria um problema, pois seu dever era meio que ser a babá de um homem que tem o dobro da sua idade, um charme fora do comum e seu maior medo era cair nas graças do safado. Pensar nisso a deixou envergonhada. Será que ele é muito teimoso? Vai rir na minha cara se eu for dar uma “ordem” e me achar uma idiota boba que quer controlar um homem de quarenta anos? Bem, na verdade, eu sou a pessoa mais responsável. Ele até parece um adolescente rebelde que só pensa em sexo. - Ai meu Deus, o que farei? – Ela estava dentro do taxi, olhando para o nada, pensando em diversas possibilidades de isso dar errado. – Como vou ser a baba de um homem de quarenta anos, com uma vida recheada de mulheres, bebidas e paparazzi? – Outro medo apareceu em meio ao seu desespero. Ele era rodeado de repórteres, por conta da sua vida badalada. Seu rosto, possivelmente iria aparecer em algum site estranho. Seus pais a veriam ao lado do homem sem caráter e safado – Meu Deus, o que eu vou fazer? - Moça, a senhorita está bem? – O taxista olhou pelo espelho, e viu a menina, no banco de trás, com um olhar desesperado. Megan tomou ciência de que estava deixando transparecer seu medo. - Não, eu estou bem. – Riu tímida, envergonhada pela cena. – Na verdade, vou mudar a rota. Só uma pessoa poderia a tranquilizar ou achar uma saída. Claro que a mulher não desistiria do seu novo emprego. Contudo, tinha que contar a alguém a sua nova loucura. Vivian era a sua melhor amiga desde o colegial. As duas seguiram rumos diferentes, mas nunca deixaram de ser amigas. Para Vivian, a faculdade era algo chato, já Megan, sonhou em se formar, e agora, estava em um lugar onde jamais pensou estar. Assim que o taxi parou em frente ao fastfood, ela o pagou e saiu rápido. Olhou a fachada do lugar, e tomou coragem para entrar. Por sorte o lugar não estava lotado. Alguns clientes comiam seus lanches e conversavam, no canto, enquanto Vivian estava sobre o balcão, com a cabeça escorada pela mão. Assim que viu Megan entrar pela porta e seu rosto estava pálido como papel, indicando que algo estava errado, logo a amiga achou que o pior tinha acontecido. Vivian tentou tirar essa ideia absurda da cabeça dela, porém, quando Megan colocava uma coisa na cabeça, fazê-la mudar de ideia era impossível. Logo Vivian se recostou e foi ao encontro de Megan. - Megan, eu disse que iria se decepcionar. – Logo falou, se preparando. – Você é boa. Se dedica. Eu sei que pode conseguir muita coisa, mas... - Eu consegui o emprego. - O QUE! – Ela não mediu a voz. Todos que estavam ali olharam para as duas. Megan arregalou os olhos ao perceber que era o centro das atenções, no momento. Percebendo a timidez dela, Vivian a carregou para dentro. – Como assim você conseguiu? - Nossa, Vivi, até parece que você estava torcendo contra. – Cerrou os olhos. As duas tinham um tipo de intimidade que anulava a personalidade submissa de Megan e aumentava o sarcasmo e confiança para dizer qualquer coisa. - É que eu não estava preparada para isso. – Explicou espantada. – Como? - Simples – Megan andou ao redor dela. A cozinha estava vazia, pois o cozinheiro havia saído para fumar atrás da loja. – A mulher olhou para mim e na hora soube que sou Anti-Thompson. - Anti-Thompson? – Franziu o cenho. – O que isso quer dizer? - Se liga, Vivi, eu sou esquisita, pouco atraente, uma assistente perfeita para um safado como ele. - Háa... – Era obvio. – Mas, você realmente conseguiu o emprego. – Sorriu animada. Pelo menos seu ombro não vai doer de tanto que Megan poderia chorar. – Por que está com essa cara? - Não é obvio? – Franziu o cenho, desacreditada. - Querida, há uma hora eu achei que você voltaria para casa chorando, mas, me surpreendendo, você conseguiu o emprego, então, o que considero obvio e claro, mudou completamente. - Eu tenho que ser a babá de um cara de 40 anos que tem problemas com álcool e mulheres. – Quase foi dramática demais. - Espera, mas uma assistente não cuida da agenda e reuniões e coisas relacionadas à empresa e não a vida particular do chefe? – Ela cerrou os olhos. - Sim, contudo, esse chefe é diferente. A irmã, que também é a segunda dona da empresa, me contratou e irá me pagar a mais, só para que eu seja a babá dele. – Confirmou pensativa. – A questão é, como vou fazer isso se nem consigo controlar a minha vida? - É, isso complica as coisas. - O que mais me amedronta é: tenho uma lista de tarefas quase impossível de concluir. Ele vai me olhar com aqueles olhos azuis e sorriso safado e vou derreter como gelo no verão. Vou ser demitida se o deixar fazer besteira. - Serio? – Vivian fez uma careta. – Você é uma boa pessoa e sempre faz o que as pessoas mandam. - Não o que ThomasThompson faz. – Ela começou a andar de um lado para o outro. – Como vou dizer não a um gostoso daquele? - Pelo amor de Deus, não cai na conversa dele. – Avisou, pegando em sua mão e a olhando nos olhos. – Amo você e sei que é uma menina boa, de bom coração, não quero que esse babaca estrague sua carreira e coração. - Vivian! – Megan se afastou. – Eu que peço pelo amor de Deus. Acha que sou louca? Pensa que vou fazer o quê com Thomas? - Não sei, tem tanta... - Essa é uma das exigências. Nada de dormir com o chefe, mas vamos cair na real, você acha mesmo que o safado vai olhar para mim com alguma intenção? Vivian ficou com medo de responder a essa pergunta. - Bem... - Não, ele não vai. – Concluiu. – Meu medo não é esse. - E qual é? - Eu vou ser a babá dele, com certeza meu chefe vai me odiar, vou ter que aparecer ao seu lado em todos os lugares, meu rosto vai ser conhecido e eu sou o desastre ambulante. - Você não é um desastre. - Há, para! – Se irritou. – Me visto como uma senhora de oitenta anos, é claro que vou passar vergonha. - Achei que ser bonita não era o requisito. - Vou deixar de lado a sua ofensa para me concentrar no meu problema de guarda-roupa. - Há... é isso. - Vivi, eu preciso que me ajude a escolher algumas roupas boas. Umas que me deixe menos horrorosa. - Mas, seu objetivo era ser contratada, isso já não deveria ter sido resolvido antes. - Vivi, eu achei que receberia um não. - Eu também. – Falou sem pensar. – Enfim, eu não acho você um desastre. E tem algumas roupas que te deixam linda. Depois, quando receber seu salário, pode fazer compras. - É, isso é uma boa ideia.Thomas amanheceu com dor de cabeça. Ele passou dos limites, na noite passada. Dessa vez ele estava sozinho, em casa.No fundo, Thom não era um homem ruim. Entendia seu problema, mas ao olhar sua casa, enorme, silenciosa e fria, sem ânimo para viver, ficava tão deprimido que a única coisa que pensava em fazer era beber, pensando que assim esqueceria dos problemas.Caroline bateu em sua porta cedo. Ele nem quis falar com ela. Estava furioso, pois a irmã o tratava como uma criança. Mas o pior era que ele agia como uma, então, era consequência dos seus atos.Naquela manhã ele exagerou no treino. Bateu tanto naquele saco que se cansou. Sua mão doeu e sua cabeça não passou. Era ressaca e se sua irmã notasse isso, ele teria ainda mais dor.— Thom, sua nova assistente já está chegando. – Ela apareceu na porta. Ofegante, Thomas parou o que fazia, sem olhar para ela, encostou a cabeça no saco e tentou se acalmar. – Tenho muito o que dizer antes disso.— Caroline, posso dizer uma coisa?— O que?
Megan estava tão nervosa que suas mãos soavam. Na verdade, ela estava transpirando, se abanando, pois parecia fora do controle. Os dois conversavam na sala e tudo o que ela podia imaginar é que Thomas não gostou nada da escolha de Caroline, para ser sua nova assistente. Na verdade, a função de Megan era mais de uma babá. Ela cuidaria da comida, roupas, eventos, não deixar ele se ralar, então era quase a mesma coisa que cuidar de um bebê. Porém, aquela "criança" tinha uma bela barba bem-feita, um cabelo loiro escuro, liso, bem cortado, e o corpo de um Deus grego que a fazia babar na tela do seu celular, quando foi se aprofundar mais no seu novo chefe afinal, ela tinha que saber onde estava se metendo. Contudo, aquele em questão estava bem perto dela.— Não pira, Megan. — Respirou fundo e tentou se acalmar. — Lembra que isso é seu trabalho. Você tem que fazer tudo certo. Nada de se atrapalhar. Não pode dar motivos para que eles te demitam. Essa é a oportunidade de crescer, e de quebra,
Thom olhava para Megan com certa raiva da mulher que ele nem conhecia direto. Tudo por causa da ideia maluca da sua irmã, de colocar uma menina boba como babá dele.Ele e seu amigo, Trevor, estavam sentados em uma mesa, do lado de fora de um restaurante bem conhecido. Eles conversavam sobre a situação atual do Playboy. Que não era uma das melhores.A garota ficou perto do bar, dizendo o que pode ou não, ser servido ao Thomas.Ele estava a ponto de ir lá e manda-la embora, mesmo que a culpa não fosse dela.— Tenho que arrumar uma forma de me livrar dela. — Disse, ainda encarando a mulher, que se distraia com algo em seu telefone. Assim que sentiu a energia negativa e olhou em sua direção, Megan ficou paralisada, mais vermelha do que um tomate.— Dorme ligo com ela. — Trevor estava gostando de brigar sobre o caso. — Afinal, é uma das regras.Thom riu amargamente.— Minha irmã, dessa vez, jogou sujo.— Há é? — O amigo não fazia ideia do que ele estava falando.— Megan é uma virgem.— Vi
O dia estava nublado, refletindo perfeitamente o clima interno de Thomas. Seus dedos apertavam o volante com força enquanto ele dirigia seu carro pela movimentada cidade até a empresa de Tecnologia de Thom. O trânsito parecia se arrastar lentamente, a irritação aumentando a cada segundo.Megan, sentada ao lado dele no banco do passageiro, mal se atrevia a olhar para o chefe. Ela podia sentir a tensão emanando dele, e mesmo que não fosse diretamente culpa dela, sabia que suas ações recentes o haviam ferido profundamente. Ela só queria ajudar, mas agora se via como a causa de mais problemas.Finalmente, chegaram ao prédio da empresa. Thomas estacionou o carro com uma parada brusca, deixando Megan surpresa com a força do movimento. O coração dela batia acelerado, sentindo-se assustada e envergonhada por estar praticamente correndo atrás dele enquanto seus novos colegas de trabalho observavam a cena.Silenciosamente, eles seguiram para o elevador. O ambiente era tenso, e nenhum dos dois s
- Qual o seu verdadeiro plano, irmã? – Thom pôs as mãos na cintura e andou de um lado a outro, nervoso, em dúvida e irritado o bastante para jogar algo no chão. Ao olhar para o lado de fora, Megan estava conversando com alguém ao telefone. Ela era seu maior problema, atualmente. Tudo por culpa da sua irmã. – Me enlouquecer, com aquela garota?- Thomas, pare de agir como um menino mimado. – Caroline estava sentada na cadeira enfrente a mesa do presidente. Ela sabia que seu irmão iria espernear, se fazer de difícil e ficar muito irritado, como um viciado em abstinência. – Ela é sua nova assistente...- Não, ela é a minha babá. – Concluiu. – Acha mesmo que vou aceitar isso?- Thom, isso não é uma punição. Tudo o que essa menina está fazendo é cumprir com as minhas ordens.- Exato, como se fosse uma mãe. Sendo que sou eu o mais velho.- Não, você pode ter nascido primeiro, mas não é responsável, é um menino que não tem responsabilidades e que nem se importa com os outros, comigo. – Ela se
Megan ainda estava perturbada com o que aconteceu antes do café. Thomas entendia seus limites, era apenas provocação com a garota virgem que babava todas as vezes que ele aparecia sem camisa. Era engraçado ver a tagarela perdendo as palavras ou ficando aérea todas as vezes que ele aparecia.- Megan? – Ele a chamou, percebendo que havia um silencio aterrorizante no carro que ele dirigia em direção a um evento que reuniria grandes empresários. – Você está bem? – Ele franziu o cenho, tentando prestar atenção no caminho e nela. – Está em silencio por muito tempo.Megan ficou tímida depois do que aconteceu, pois naquele momento a mulher se sentiu atiçada. Nenhum homem já conseguiu deixa-la muda ou tão excitada.Seu defeito era a timidez. Ninguém nunca se aproximava dela com tais intenções, pois ela nunca era aberta a conversar com estranhos, e quando alguém, por milagre, parecia se interessar e chegar perto dela, a mulher não entendia e saia de perto.Então, seu novo chefe aparece. Ele é
O sol brilhava intensamente no céu azul, dando um toque de elegância à tarde ensolarada. Thomas e Meganchegaram no evento onde se reuniriam muitos empresários e suas esposas. Thomas usava uma roupa leve e clara, com uma camisa branca que combinava com seus cabelos loiros e olhos azuis. Megan, por sua vez, vestia um lindo vestido de verão rodado, com estampas florais que realçavam sua beleza radiante. Seu salto da cor da pele proporcionava um toque de sofisticação ao conjunto.Ele ainda pensava no que a menina falou no carro. E não entendia como ela se achava sem graça. Claro, ele pensou: ela é insuportável. Reclama de tudo, é minha babá, fala sem freios e adora estar no meu caminho. Mas não era horrorosa. Na verdade, eu a considero fofa, ao olhar. A franja deixa a desejar, os óculos até a fazem parecer inteligente. Não que não seja, contudo, pode dá uma melhorada. Aposto que as roupas foram escolhidas por Caroline, pois da primeira vez, ela mais parecia uma senhora virgem. Bem, virgem
Henry o distraiu por um bom tempo, conversando sobre negócios. Apesar das polêmicas ao redor de Thompson, ele ainda era um bom administrador.Os dois se conheciam a um bom tempo. Conversaram sobre quase tudo, e o homem notou que seu colega não tocava na bebida.- Está mudando, Thompson. – Disse ao dar um gole no whisky. Thom queria fazer o mesmo, contudo, Megan estava por perto. Ela brotaria, do nada, e tomaria aquele copo de sua mão, sem piedade, na frente do colega. – Não tocou em nenhuma bebida.- Estou mudando de habito. – Deu uma desculpa.- Sei. – Desconfiou. – Isso tem a ver com as recentes notícias que saem sobre você?O loiro não gostou. Tocar em seu dedo podre o deixava puto.- Estou mudando, Henry, na verdade, tenho que ir. Saiu dali sem dar mais explicações. Por incrível que pareça, a baixinha tinha sumido. Ele olhou para todos os cantos em busca dela, e não a achou. Na verdade, alguém achou ele primeiro.- Sr. Thompson. – A morena, de batom vermelho, apareceu, com um lar