— Entre! — Isabella falou ao apoiar o braço na mesa e fingir tranquilidade. A maçaneta girou devagar e então, Céline entrou. — Por que não atende o celular? — A atitude hostil se manifestou em sua pergunta. — Ah, você ligou, — olhou para tela do telefone móvel em uma atitude displicente. — Eu estava tão ocupada com esses documentos que não vi suas ligações. — Ao mentir, ela indicou os papéis sobre a mesa. Um cheiro diferente pairava no ar daquela sala. Céline analisou o visual desgrenhado da mulher mais jovem do outro lado da mesa. — Meu filho vai viajar! — A matriarca da família Zucconi mencionou. — Para onde? — Isabella se mexeu na cadeira ao inquirir. — Se soubesse eu te diria. Os olhos perspicazes de Céline focaram no reflexo da enorme janela. Sua vista estreitou para a silhueta borrada embaixo da mesa. — E o que espera que eu faça? — Ajeitando a postura no encosto da cadeira, ela tentou não transparecer o nervosismo que fazia a sua canela tremer. — Vá atrás del
O sol da tarde inundava a entrada da casa de veraneio. A luz suave e dourada iluminava as costas largas do homem comprido que ainda tentava convencer a ex a deixá-lo entrar.— Por favor, saia daqui ou vou chamar a polícia! — Emma o ameaçou com um olhar levemente desafiador.— Deixei tudo para trás só para passar um tempo com vocês… — Ele fitou o bebê que ainda o chamava, a inocência cintilava nos olhos azuis do pequeno Lucca.— Isso não é problema meu, — resmungou ela, com ar de quem absolutamente não se importava.— Deixe-me passar este fim de semana com você e com nosso filho, — insistiu Brandon, desta vez olhando para o pequeno Lucca, que engatinhava até a porta e segurava na perna da mãe para ficar em pé.O rosto de Emma foi tomado por uma exímia alegria, não pelo ex-marido estar ali, mas por ver que o filho já estava se esforçando para ficar em pé. A cena aqueceu seu coração, mas ela não podia se permitir fraquejar.Abaixando-se, o senhor Zucconi abriu os braços para o filho, que
Emma se sentia acuada no quarto com paredes claras e grandes janelas com vista para o mar. Ela ainda segurava a toalha, tentando vencer a tentação. — Por favor, fale de uma vez e depois, procure um hotel… — Mas você disse que poderia ficar aqui. — Sim, — ela abaixou o rosto e coçou a nuca. — Não foi uma boa ideia. Andando pelo quarto decorado em estilo clássico, ela sentou na cama que possuía um dossel com colcha branca. — Emma, eu soube que você esteve no hospital em Miami… — A sua sócia já te contou que a sua mãe e sua noiva me expulsaram da sua empresa? Ele olhou para mesa de cabeceira com abajur e flores ao confirmar com um leve meneio de cabeça. — Sinto muito pelo que fizeram com você, — a voz rouca lamentou. — Elas me humilharam, Brandon… — os cílios umedeciam enquanto ela continha as lágrimas. — Eu estava com Lucca no quarto do hospital quando a Isabella entrou e me expulsou de lá. Sua querida noiva aproveitou para me dizer que você pediu o teste de paternidade. Mant
Ajoelhado, ele venerava o corpo da mulher que se contorcia sobre a cama. Emma segurou os lençóis e ergueu o corpo, sentindo as ondas de calor aumentando nas paredes úmidas onde ele a chupava. Os olhos azuis de Brandon continuavam focados enquanto ele ainda sorvia os seus fluidos e usava a língua para espalhar em sua fenda. — Você é tão gostosa! — A voz grave estava mais abrasadora quando exclamou. O olhar malicioso se comprimia enquanto a língua se arrastava por sua barriga até chegar aos mamilos. Os dentes brincavam em seu mamilo, pouco antes dos lábios esfomeados pegarem o bico duro. Os dedos de Emma puxavam os fios curtos. A temperatura de seus corpos aumentava Ela se abria mais, sentindo o fervor em cada fibra de seu ser. O senhor Zucconi prosseguia com a sugada profunda na outra mama, estimulando-a com os seus beijos sôfregos. A carne sensível sentia a robustez de Brandon provocando em sua entrada. Ele roçava, movendo o quadril para cima e para baixo. A coroa da ereç
A raiva queimou a sua pele ao encarar o homem que continuava sentado na cama. O olhar de Brandon, embora contrito, parecia insuficiente para acalmar a tempestade que se formava dentro dela. Desviou o olhar para a janela e percebeu que já havia anoitecido. As sombras da noite intensificaram a escuridão de seus sentimentos.Ela ainda estava revoltada por Brandon querer esconder o relacionamento. Embora ainda amasse o ex, era difícil ser vista como a outra. Talvez, a secretária de Matteo se sentisse da mesma forma quando era apenas a amante, Emma pensou. A ironia da situação não passou despercebida por ela. Sentia-se como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa, presa em um ciclo interminável de segredos e mentiras.— Estou fazendo isso porque não quero que vocês se machuquem por causa das minhas inimizades no mundo dos negócios.— Se você prefere continuar noivo da Isabella, então, não há mais nada a ser discutido. Pode ir embora. — Irredutível, ela proferiu.— Emma, por favor, não t
Em certa manhã, o sol iluminava o céu azul com algumas nuvens brancas. A Lamborghini seguia para o endereço a uma curta distância de Florença, próximo às pitorescas colinas da Toscana, até estacionar em frente à magnífica casa de luxo. Além da mansão principal, a propriedade tinha um celeiro renovado, uma piscina e um maravilhoso parque, além de um encantador jardim e um olival. O motorista saiu do carro e abriu a porta do banco carona para a senhora que usava um vestido midi com estampa barroca da Versace. Ela esticou a perna, ao pôr o primeiro pé para fora. 0 scarpin rockstud de couro da grife Valentino Garavani pisou firme no chão e em seguida, ela deu o braço para o seu motorista que, gentilmente, levou-a até a entrada principal da mansão. Com o nariz erguido, Céline observou o encantador jardim até a esplendorosa piscina. Pelo visto, Gustava levava uma vida luxuosa. — Buongiorno! — Com ar arrogante, o mordomo o cumprimentou. — Em que posso ajudar? — Olá, diga a sua patroa qu
Emma estava irritada. Ela mal conseguia disfarçar a fúria quando soube que ele havia chamado uma babá para cuidar de Lucca sem sequer consultá-la. Quando a campainha tocou, ela o seguiu, aborrecida, tentando espiar por cima do ombro do homem comprido que atendeu a porta.— Seja bem-vinda! — A voz rouca de Brandon soou.— Pode ir embora. — Emma gritou, sem ver quem era. — Não preciso de uma babá. Sei cuidar do meu filho.O sangue fugiu de seu rosto, deixando a sua face lívida quando ela viu a mulher de meia-idade parada na entrada.— Está vendo como a minha filha me recebe, Brandon — disse Noemi, levantando o rosto para fitar os olhos do homem bem mais alto do que ela.— É que ela ainda não tomou o café da manhã, — ele desdenhou e passou a mão nos cabelos de Emma.O senhor Zucconi deu um abraço em Noemi e então, riu para a ex.— Mãe, o que faz aqui? — Emma engoliu em seco após perguntar.— O meu genro me convidou. Eu estava ansiosa para tirar férias e ele mandou um jato só para me busca
Após verificar a hora no Patek Philippe em seu pulso, Brandon dirigiu-se ao banheiro. A mente confusa não o impediu de continuar com seus planos de explorar a famosa ilha que abrigou Napoleão durante seu exílio em 1814. Ele tomou um banho relaxante, permitindo que a água morna lavasse suas preocupações. Ao sair do banho, enxugou-se com uma toalha felpuda e vestiu uma bermuda preta e uma camisa polo branca.Enquanto secava os cabelos curtos em frente ao enorme espelho com moldura dourada, ouviu batidas fortes na porta.— Brandon! — As batidas se repetiram. — Está muito ocupado?— Um minuto! — Ele respondeu, com os olhos azuis fixos na porta.Com as mãos, penteou os cabelos dourados para trás e abriu a porta.— Oi! — disse ele, encontrando Emma do outro lado.— Você falou sobre darmos um passeio… — ela começou, com um sorriso no rosto.— Sim, estava pensando em mergulhar em Capo Sant’Andrea.— Prefiro dar um passeio de bicicleta por Portoferraio. Pode ser depois do almoço?— Acho que vo