-Entra por favor.Joaquim entra um pouco exitante. Entro em seguida acendendo as luzes da sala, vislumbrando o apartamento moderno que era para a minha mãe, mas que manejei como se fosse meu.É tudo bem claro e arejado, tem uma porta enorme de vidro dando para a varando se moldando perfeitamente com a paisagem do Rio de Janeiro. Não há visão mais bonita que essa, não há lugar mais apolínico que aqui.Viajei por diversos lugares, morei por muitos anos na Europa, por outros países no Ocidente, vezes no Oriente, mas nada que compare o ar fresco, o clima, a receptividade, resumindo a alegria. Mesmo que ela não se atenha a mim.-Sente-se por favor, vou só tomar um banho rápido, tirar essa roupa rasgada e já venho aqui.Pisco rápido algumas vezes com o nervosismo um tanto inquietante por dentro. Um nervosismo que por agora ignoro. Não sei se refere-se sobre ao fato dele ser militar, um homem que exala poder, presença. Dou um meio sorriso com o fato, sim, ele tem presença, e o pior, é que se
Saio andando em direção a cozinha e acabo por perceber ele me seguindo também. Ótimo, não estava brincando. Houve um tempo que passei um aperto quando fugi da casa dos Johan, não quero vê ninguém passando fome aqui, eu sei o que é isso, e é um sentimento horrível. Tento dispersar o pensamento.-Você deve ser aqueles tipos de homens que moram sozinhos e não sabem fazer comida, acertei?Olho por cima do ombro.-Quase isso. Dá de ombros desinteressado.Há mistérios nele, eu quero descobrir. Quero saber seus segredos mais profundos. Nunca me interessei assim por um dos meus pretendentes. Esse começou de u
Comemos tranquilamente. Eu estou ao seu lado na ponta da mesa. Estamos tendo uma conversa agradável sobre como ele escolheu sua profissão, é interessante. Conversamos como eu entrei no mercado de trabalho na moda e fiz com que meu projeto que só funcionava em minha cabeça, fizesse sucesso em todo o mundo. Ele gosta de escutar e isso é raro.Até que entramos num assunto delicado sobre hoje a noite.-Aonde conheceu aquele cara? Desculpe me meter, mas não devia sair com esses tipos de homens.Fico feliz pelo jeito que está devorando o pedaço de escondidinho que o servi. Realmente estava com fome. Só o que não me agrada é o modo que me indagou. Usou um tom ríspido, já se
Com uma xicara de chá verde em mãos, o ouço atenta. Estou enrrolada em minha manta com as pernas acima do sofá.Joaquim Trevor está a minha frente na poltrona, totalmente relaxado depois que dei um Torcilax a ele. Está pronto para me contar o porque da dor, e estou atenta a lhe escutar.-Foi a alguns anos atrás. Eu estava em uma operação de pacificação aqui no Rio de janeiro.Refresca a garganta bebendo um pouco d'gua.-Meu amigo o tenente Marco estava comigo na hora da ocorrência. Aconteceu tudo muito rápido. Eu ia subindo as vielas do morro, tinham muitos corpos ao chão, muitos homens que estavam ao meu comando, foi um
Acordo com um sorriso bobo no rosto. Tive um sonho erótico com Joaquim, ele me amarrava com algemas na cama e sugava forte minha intimidade.Ah. Volto para minha triste realidade. Um homem estranho está ao meu lado roncando feito um porco.O chamei logo quando Joaquim foi embora, precisava tirar a tensão. Só que esse homem me deixou frustrada, nem ao menos gozei.-Leandro... Tiro o lençol de sua cara.-Que? Resmunga o botando de volta.-Leandro levanta. Vai embora. Tenho que ir trabalhar daqui a pouco.-Não, princesa.
Joaquim TrevorAinda não entendi o que aconteceu. O plano era somente caminhar por algumas horas na praia, sentar na calçada, vê os casais apaixonados passeando sob a luz da lua, refletir o rumo da minha vida, bom, não deu certo.Quem diria que eu ia esbarrar com uma mulher de madeixas amareladas, um olhar cativante e sorriso angelical. Porra, era feiticeira, não tenho dúvida. Cheguei em casa atordoado, mal conseguia pensar direito.Entrei de mansinho no quarto para não acordar Liandra, liguei o chuveiro no gelo e tentei não pensar naquela mulher. Que caralho, não abaixou de jeito nenhum.Tive que me masturbar para aliviar o tesão potente que se alastrava em meu corpo. Com os movimentos precisos e gemendo em sussurros, gozei espirrando forte ao vidro do box chamando pela Iara. Merda, tem sêmen espalhado por todas as partes.Limpo tudo depressa, acabo meu banho e deito na cama como nunca antes. Relaxado, muito bem fisicamente. Hoje foi um dia estressante, bastante complicado, não acont
-Que bom que veio cara, jurava que ia dar para trás, e você está certo, foi mal pelas coisas que falei de Liandra, não quero abalar nossa amizade por causa disso.Junto o cenho.-Relaxa irmão. Não fique assim. Paramos na entrada da boate. -Isso já é passado. Eu pensei bem no que você me falou, está certo, eu preciso fazer as coisas que eu gosto, espairecer e vou fazer isso hoje.-Como nos velhos tempos?Abre seu sorriso, que acabo retribuindo.-Como nos velhos tempos.Batemos um nas costas do outro e entramos no local. A música alta me faz lembrar dos tempos que visitava as boates, não valia nada. A multidão de pessoas, não me incomoda nenhum pouco, passamos por ela um tanto expremidos e finalmente chegamos no bar.-O que vai quer Joca?-Água.-Ah, não, hoje não. Se vira para o barman. -Duas cervejas, meu amigo está precisando.-Só você mesmo.Nos viramos para o aglomerado de pessoas. Aqui é realmente bonito. As luzes fortes engrandece todo o ambiente. A música é eletrônica, mas com um
O homem pergunta sarcasticamente. Fecho os punhos e na mesma hora Iara segura meu braço. Parece que já conhece meu corpo. Estou nervoso, mas incrivelmente o toque dolorido de Lauren me acalma. Apesar de me sentir bem, sei que é errado o que estou fazendo e foda-se, não irei voltar atrás.-Quem é você!? Replico me contendo para não avançar nesse canalha.-Ele é meu amigo há muito tempo. Para Joaquim.Minha garota murmura ao pé do meu ouvido. Recuo a obedecendo, não quero irrita-la, só que também não vou tolerar abraços e beijos. To me fudendo se é amigo, não estou com paciência para gracinhas.-É cara, fica calmo. Ergue as mãos. -Eu só queria parabenizar Iara pelo show, mandou super amiga, fazia um bom tempo que eu não te via dançar, confesso que estava sentindo falta.-Obrigada. Ela sorri e eu fico puto. Não gosto que fique distribuindo sorrisos, que não sejam para mim.-Posso passar na sua casa na sexta?Não.-Pode, claro.-Não Iara. Digo balançando a cabeça. Vendo sua cara estranha m