capítulo 4

**MARIANA**

Nunca imaginei que meu próprio pai teria coragem de me vender. Jamais vou perdoar isso.

Desci para jantar e encontrei meu pai e minha mãe aguardando na mesa. Sentei-me e comecei a me servir.

Ronaldo, pai de Mariana: Filha, amanhã seu noivo virá te conhecer e oficializar o noivado, e trará a família dele.

Mariana: A minha opinião não conta, papai? Desde que você anunciou meu casamento, não me deu a oportunidade de opinar sobre nada.

Ronaldo: Filha, compreenda que isso é para o seu bem. Com ele, você terá uma vida de rainha. Aqui, eu só consegui pagar sua faculdade para que você pudesse se tornar uma mulher independente, e tive que trabalhar arduamente para isso.

Mariana: Nunca pedi nada a você. Nunca busquei uma vida de luxo; sempre encontramos felicidade no que tínhamos. Agora, só porque seu chefe anunciou que estava buscando uma noiva, você não hesitou: me vendeu como se eu fosse um objeto.

Ronaldo: Cale a boca, Mariana! Não é assim.

É preferível que seja ele do que qualquer vagabundo que não poderia te oferecer nada de bom.

Ele, pelo menos, é bilionário e poderá te proporcionar a vida que nós nunca conseguimos.

Mariana: Não quero me casar! Não vou ser obrigada a me unir a alguém que me vê como um objeto. Não aceito isso.

Luiza: Por favor, filha, não comece! Ouça seu pai. Se não der certo, você pede o divórcio e pronto.

Mariana: Vocês me colocaram nisso sem minha vontade, então não me culpem se eu causar grandes problemas para esse ‘maridinho’.

Ronaldo: Chega disso, menina! Amanhã, esteja pronta no horário indicado. Não me faça ter que ir ao seu quarto te buscar à força.

Sai da mesa correndo, subi para meu quarto, deitei na cama e comecei a chorar.

Não vou me deixar abalar. Vou tornar a vida do meu marido um inferno; ele que se prepare para o que vem.

Estava deitada quando minha mãe entrou no meu quarto.

Luiza: Filha, você sabe que, por mim, nunca casaria dessa forma, mas não posso contrariar a vontade do seu pai.

Mariana: Por que, mãe? Por que você sempre faz tudo o que ele quer? Você também precisa ter voz nesta casa!

Luiza: Ah, meu amor, queria ser como você. Eu sei que você será firme no seu casamento.

Mariana: Firme, mãe! Vou fazer meu marido sofrer até ele se cansar e me devolver. Ele que não quis uma mulher de verdade.

Luiza: (risos) Sentirei sua falta.

Mariana: Em breve estarei de volta, mamãe! Ele não vai me suportar por muito tempo; você vai ver.

Luiza: Vá dormir, filha! Você está falando bobagens.

Minha mãe saiu do meu quarto e eu me deitei para tentar dormir.

**NO DIA SEGUINTE**

Acordei bem cedo, fiz minha higiene pessoal e coloquei minha roupa de corrida.

Sempre gostei de correr na praia; isso me traz a paz que busco, especialmente ultimamente, e é o meu lugar. Ao chegar, a praia ainda estava vazia. Comecei minha corrida matinal e, quando já estava cansada, sentei para observar as pessoas ao redor. Não sei por que, mas gosto de fazer isso; ver as pessoas felizes, de certa forma, me faz sentir bem.

Enquanto olhava para as poucas pessoas presentes, vi o mesmo rapaz que esbarrou em mim no dia anterior correndo em minha direção. Não posso negar que, se disser que não reparei, estarei mentindo. Ele é absurdamente bonito, embora pareça um pouco arrogante. Ele se aproxima e se senta ao meu lado.

Mariana: Você de novo! Está me seguindo?

- Calma, gatinha. Só te vi aqui e quis pedir desculpas pelo que aconteceu ontem.

Mariana: Tudo bem, já se desculpou. Pode ir.

- Por que você está tão estressada, loirinha? Uma mulher tão linda como você deve ter o mundo a seus pés, inclusive o homem que quiser.

Mariana: Não estou interessada em ninguém.

- Deixe-me me apresentar. Prazer, loira, meu nome é Daniel Sanches.

Mariana: Não posso dizer que o prazer é meu, já que começamos nossa interação de forma bem negativa.

Daniel: E seu nome, não vai me contar?

Mariana: Não vou, preciso ir agora.

No momento em que estava me levantando, ele me puxou e eu acabei caindo sobre ele.

Mariana: O que você pensa que está fazendo?

Coloquei a mão em seu peitoral e, caramba, que peitoral!

Daniel: Nunca desisto do que quero, e gostei de você, loira.

Mariana: Me solta, seu babaca.

Ele me soltou, eu me levantei rapidamente e saí apressada. Quem ele pensa que é para falar assim comigo?

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