capítulo 3

**DANIEL**

Após um encontro inesperado com uma loira linda na praia e um claro desinteresse da parte dela, decidi voltar para casa. Ao chegar, percebi que minha secretária, Carla, havia tentado me contatar várias vezes. Sua insistência já está se tornando incômoda; parece não entender que nossa relação se limita ao aspecto físico e insiste em agir como se tivesse direitos sobre mim. Sinto que preciso pôr um ponto final nessa situação, pois não quero que meu nome seja alvo de especulações no ambiente de trabalho. Além disso, estou prestes a me casar, e a última coisa que desejo é que me vejam em situações comprometedoras com minha secretária. Com isso em mente, desligo meu celular e vou direto tomar um banho.

Após o banho, me visto e sigo diretamente para a casa dos meus pais. Precisarei que eles me acompanhem à residência do meu empregado para conhecer a tal noiva. Apenas espero que ela seja atraente, visto que investi uma quantia considerável na compra dessa mulher. Não gostaria que, ao conhecê-la, ela não correspondesse ao que seu pai me descreveu. Além disso, almejo que não se trate de uma jovem mimada, pois não terei paciência para lidar com alguém que se preocupa apenas consigo mesma. Se for esse o caso, prefiro não me casar; de fato, estou apreciando muito minha vida de solteiro. Contudo, tendo em vista que desejo expandir meus negócios e meus pais acreditam que está na hora de eu constituir uma família e proporcionar netos a eles, tive que acatar o desejo deles.

Afinal, sou filho único. Ao chegar à casa deles, uso a chave que possuo, faço meu chamado e ambos vêm me receber com um abraço.

Joana, mãe de Daniel: Pensei que você não viria nos visitar, meu filho.

Daniel: Desculpe, mãe. Tive uma semana muito ocupada na empresa.

Mauro, pai de Daniel: O que ocorreu, filho? Há algo em que eu possa ajudar?

Daniel: Não, pai, estou apenas enfrentando alguns problemas com um dos aviões, mas já está tudo sendo resolvido.

Joana: Venha, sente-se aqui. Vou preparar algo para você comer; você está muito magro.

Daniel: Não precisa se preocupar, mãe. Agradeço, mas já me alimentei. Estou aqui para ver se vocês podem me acompanhar até a casa da minha noiva amanhã à noite.

Mauro: Não sabia que você estava namorando.

Joana: O que importa isso, Mauro? O essencial é que nosso filho vai se casar e em breve teremos um netinho correndo pela casa. Você vai se mudar para cá com ela, não é, Daniel?

Daniel: Mãe, por enquanto, vou continuar no meu apartamento. Com o tempo, a gente resolve.

Mauro: Pelo que parece, esse casamento não estava nos seus planos, filho. Espero que você seja sensato e faça a moça feliz.

Joana: Você não está se casando apenas por nossa pressão, certo, Daniel?

Daniel: De forma alguma, mãe! Fiquem tranquilas, vocês vão adorar minha noiva. Amanhã eu busco vocês. Agora preciso ir, estou cansado.

Dou um abraço no meu pai e um beijo no rosto da minha mãe.

É evidente que, se eu dissesse que contratei minha noiva, isso nunca seria aceito. Contudo, não tive alternativas; ou seguia por esse caminho ou apresentaria uma das parceiras com quem me relaciono como minha noiva. Assim que eu conseguir expandir meus negócios e ela engravidar, criarei uma justificativa para meus pais e me separarei dela. Naturalmente, pretendo garantir que ela seja compensada após me dar um herdeiro; não quero ser injusto com a minha futura esposa.

Ao chegar em casa, me deito e acabo adormecendo. No dia seguinte, acordo, tomo um banho e me preparo para correr na praia. Durante a corrida, avisto a mesma loira que esbarrei ontem sentada, observando as pessoas ao seu redor.

Decido me aproximar e me sento ao seu lado.

- Você de novo! Está me seguindo, por acaso?

Daniel: Calma, querida. Apenas a encontrei aqui e quis me desculpar pelo ocorrido ontem.

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