**MARIANA**

Estava na praia, imersa em meus pensamentos, quando decidi que era hora de voltar. Não que eu quisesse, na verdade, pois retornar àquela casa, onde sou pressionada a casar, é insuportável! Essa situação está me causando muita indignação! No entanto, meu marido que se prepare, não irei facilitar a vida dele. E se por acaso for um homem mais velho, tenho a intenção de deixá-lo tão irritado que ele possa ter um infarto, me tornando viúva rapidamente (risos). Me divirto com esses pensamentos, e ao levantar para continuar a caminhada pela praia, de repente, esbarro em um corpo musculoso. Não posso negar que ele é atraente, mas sua atitude arrogante e safada imediatamente me desagrada, e eu não hesitei em afastá-lo. Peguei meus pertences e fui para casa, que fica nas proximidades da praia. Ao chegar, dirigi-me ao meu quarto, tomei banho e me deitei. Peguei meu celular e comecei a enviar currículos, na esperança de conseguir uma oportunidade em algum escritório. Ouvi uma batida na porta, e ao convidar a pessoa a entrar, vi que era minha mãe.

Luiza: Olá, filha! A que horas você chegou? Por que não me avisou?

Mariana: Não queria incomodá-la, mãe. Vim direto tomar banho e estou à procura de um emprego em algum escritório por aqui.

Luiza: Filha, você sabe que não precisa disso, seu marido é bilionário.

Mariana: Chega, mãe! Eu não ficarei em casa à espera do meu suposto marido. Não sou esse tipo de mulher.

Luiza: Compreendo você, meu amor. E saiba que, se dependesse de mim, você não se casaria nessas condições, mas seu pai não está disposto a ouvir.

Mariana: Mamãe, por favor me ajude! Papai não pode me obrigar eu me casar com um velho barrigudo. Eu não quero isso! Quero me casar com o homem por quem eu me apaixonar, e não porque meu pai decidiu. Ele está me vendendo.

Luiza: Por favor, filha, não use essas palavras. Você sabe que seu pai não pode ouvir isso.

Mariana: É verdade, mamãe, não é? Papai só pensa nele mesmo e não em mim. Ele não se importa com como estou lidando com esse casamento forçado. Eu não desejava isso para minha vida; queria me casar por amor, e não com alguém que nem conheço. Isso é muito injusto.

Luiza: Meu amor, entendo a sua preocupação e lamento não poder fazer nada a respeito. Não sei quem é o chefe do seu pai, mas sei que amanhã ele virá para conhecê-la e oficializar o noivado de vocês.

Mariana: O quê? Amanhã?

Não, mamãe, ainda não estou pronta. Eu não quero isso! Preciso de mais tempo para ver se papai desiste dessa ideia de me fazer casar com esse sujeito. Por favor, me ajude!

Luiza: Infelizmente, não posso fazer mais nada, filha. Você sabe como seu pai é.

Mariana: Eu até posso me casar, mas farei a vida desse homem um verdadeiro inferno. Não irei facilitar as coisas para ele e definitivamente não assumirei meu papel de esposa. Não farei isso! Ele que busque outra pessoa. Não serei a mulher dele. Ele vai se arrepender de ter comprado uma mulher.

Luiza: Filha, peço que não tome atitudes impensadas. Ele é o superior do seu pai, e qualquer comentário ou ação que você realizar pode ter consequências diretas na carreira dele. Ele é o CEO de algumas das empresas mais renomadas da região, e sua influência pode impactar nossas vidas de maneira significativa. Por favor, reflita antes de agir. Não se comporte de maneira impulsiva.

Mariana: Não me preocupo com isso, mãe. Que ele me aguarde! Se ele quiser uma mulher, que se prepare, pois farei com que ele enfrente dificuldades.

Luiza: Filha, considere a possibilidade de que ele, sendo um CEO atraente, possa se interessar por você e isso poderia lhe trazer benefícios.

Mariana: Não me importo com o que ele possa sentir, mãe. Eu nunca desejaria estar com um homem que se intitula proprietário de alguém.

Esse homem que me comprou enfrentará as consequências de suas ações. É inaceitável tratar uma mulher como mercadoria; tal atitude é repugnante. Não aceito homens que acreditam que, por terem dinheiro, podem comprar tudo, exceto o amor e a minha dignidade.