Desde o último encontro que não tenho mais nenhuma informação de Adira, ou qual seja o seu nome, a saudade que sinto nem me incomoda o fato de ter mentido sobre seu nome, sobre sua profissão desde que seus sentimentos sejam sinceros como os meus.Ainda não tivemos contato sobre a morte do maldito senador, nem mesmo dos meus soldados sobre o roubo do último carregamento de 100000 dólares, mesmo que para mim seja indiferente perder esse dinheiro ou tê-lo, só não acredito que a polícia tem apanhado as armas e as destruído, tenho quase absoluta certeza de que o senador Cassetti está envolvido em alguma trafulha para ter alcançado tão rápido o posto de bilionário em menos de cinco anos.— Pensando em que? — Questiona minha mãe assim que senta ao meu lado no sofá da sala de estar.— Alguns problemas. — Comento sendo grato por ainda ter a minha mãe aqui junto de mim.— Lorenzo, podemos conversar. — Pede Fradique acompanhado por Leon, Lucca e ainda Matteo todos com um semblante apreensivo.—
— Calma, por favor. — Peço empurrando o mais gentil que posso com as mãos nos ombros dela para deitá-la de novo na cama.— Desculpa, Lobinho. — Pede chorando virando o rosto na minha direção assim que sento ao seu lado. — Tinha medo de contar o que faço e não desejares nada mais comigo. — Diz esticando a mão para tocar-me, me aproximo da beirada da cama para a impedir tal movimento brusco.— Fica quieta, por favor. Não me importo que teu nome seja Adira ou Ava, desde que aquilo que vivemos durante este tempo tenha sido sentido verdadeiramente por nós dois. — Digo encostando-me na cabeceira da cama e puxando-a para perto de mim.— Desculpa.— Queres parar de repetir a mesma palavra, e explicar-me como chegaste até aqui ferida com duas crianças, duas mulher e dois homens?— As crianças… — Fala parando para recuperar fôlego. — São minhas. — Diz retornando o olhar para a parede sem encarar-me ao entregar um pouco da sua vida.— Teus? — Pergunto duas vezes para ter a certeza de que escutei
— Desculpa. — Peço segurando o riso observando o primo de Enzo gargalhar depois de ter conseguido escutar o apelido que coloquei no homem enorme à minha frente.Lorenzo Rossi, o que posso dizer sobre ele? O homem é uma afronta aos homens comuns, com 1,97 cm de altura pareço uma criança perto dele ainda mais com a sua massa muscular que para muitos pode parecer gorda, mas acreditem que não é verdade, é só músculos.As mãos enormes chamam ainda mais atenção, mas adoro quando elas percorrem meu corpo ou misturam-se com meus cabelos dando uma sensação de confiança mesmo que seu toque seja pesado sem intenção.— Estás a analisar-me principessa? — Questiona o próprio alvo da minha descrição perto do meu ouvido, fazendo meu corpo arrepiar-se por completo do mesmo jeito da nossa primeira vez.— Sempre, Lobinho. — Digo o provocando, porque agora não está só o primo ao meu lado sentado com um de seus soldados.— É Rossi, ao que parece as mulheres que chegaram gostam de irritar. — Resmunga encar
Assustado! É, parece que a última vez que senti algo do género foi quando meu pai me espancou, tinha acabado de fazer 14 anos e revirei ao ataque, não sei se ficou furioso ou feliz pelo monstro que conseguiu criar através de privações e de espancamentos, quase uma tortura diária essa é a melhor definição da minha infância nas mãos daquele a quem todos temiam: Cesare Rossi.Agora, aqui no silêncio do meu quarto, velando o sono até que Ava desperte como o médico afirmou que ocorreria, precisei telefonar para o homem porque nem Wagner conseguiu fazer minha garota abrir os olhos, acabamos por descobrir que a mesma estava a sangrar internamente.O adequado era transportá-la para o hospital privado que a ilha possui, mas não sabemos quem a procura, nesse caso coloquei a vida dela em risco e ordenei ao velho Bellucci para salvá-la por onde der, Ava não pode morrer.E aqui estou, passa das 18 horas e nada da minha mulher abrir seus olhos da cor da escuridão, mas que não me importa em nada que
— O que se passou, meu amor? — Questiono sem incomodar-me por estar a tratar a menina docemente em frente dos outros homens.— Só queria algo com chocolate… a senhora de cabelos castanhos que estava cuidando das flores disse que podia pedir o que quisesse na cozinha. — Fala escondendo seu rosto molhado no peito.— Chama a minha mãe, por favor, Victor. — Peço ao jovem de cabelos pretos e olhos azuis que rapidamente sai do escritório indo procurar minha mãe.— E o que aconteceu depois? — Questiono calmamente mesmo que por dentro esteja fervendo ao saber que alguém que trabalha aqui na mansão conseguiu fazer um ato tão baixo como bater numa criança indefesa.— Filho, o que aconteceu? — Pergunta minha mãe entrando no escritório. — Aí estás tu, pequenina. Estava à tua procura. — Diz observando Chaia com um sorriso, no entanto quando a menina levanta o rosto para olhar para ela, minha mãe chega a dar um passo para trás com o choque em seu rosto.— Alguém fez isso com ela. — Falo controlando
Esforço-me para arrastar o lençol de cima de mim, o meu corpo está castigado não só pelos ferimentos e sim pelas poucas horas de descanso.Nunca pensei que teria que aparecer a Enzo assim de repente, sem uma justificação ainda mais ao cair nos pés de Camilla e da mãe dele na entrada da casa delas, só Camilla me conheceu então a senhora ficou espantada ao notar que estava completamente debilitada, mesmo assim começou a gritar pelo filho, outro que surgiu observando-me como se fosse uma assombração que estava em sua frente ainda mais quando o chamei pelo apelido.— O que estás a fazer, Ava? — Questiona Camilla com Ângela no colo ao entrar no quarto. — Fica quieta.— Não posso ficar para ser aqui parada. — Resmungo deixando-me tombar contra o colchão, arrancando-me um gemido sôfrego pela dor excruciante que se espalha do ombro esquerdo.— Podes, é isso mesmo que precisas fazer desta vez. — Fala sentando ao meu lado. — Tens pessoas para cuidar de ti e de todos aqueles que precisam de ti.
Nunca pensei que a história sobre Ava fosse tão ou mais ruim que a minha, pelo menos eu ainda tinha a minha mãe, Camilla e Fradique por perto, até de certo jeito Matteo sempre escondido, mas sabia que podia contar com ele para ajudar-me a esconder do meu pai.Agora, escutando tudo o que a mulher em meus braços recorda ao contar-me mais uma parte de si, faz-me querer matar todos que a feriam, porque se há algo que sei é que ela ainda nem contou metade do que sofreu ainda mais estando já fragilizada por ver algo tão horrendo como uma execução, e não uma qualquer e sim a de seus pais.Descobrir que Ava tem ligação com Sergey Ottis deixou-me espantado, o homem russo é um dos piores criminosos que conheço mesmo que minha fama não seja a de melhores também, só que mesmo no fundo do poço como vivo ainda me resta alguma decência e com isso não me envolvo com tráfico humano.— O vosso jantar. — Fala Fradique parando à nossa frente com Matteo ao seu lado. — Coloco aqui na mesa? — Questiona enca
10 FEV 2024, ITÁLIA - CAPRI— Ainda não podes fazer movimentos bruscos? — Reclama Wagner saindo de tatami para não continuar a lutar comigo. — Ava, vais magoar-te… ainda estás em processo de recuperação dos movimentos do braço.— Vai mandar em outro, vai! —Reclamo andando até a máquina de musculação. — Alguém quer treinar? — Questiono depois de duas horas de musculação, mesmo que sinta uma queimação no braço.— Eu. — A voz masculina entrando pela academia, deixa-me curiosa por notar a forma que os soldados presentes ficam ao escutar a mesma.— Matteo. — Sussurro encontrando o dono da voz poderosa parado em minha frente. — Estamos à espera de quê? — Questiono dando um sorriso ainda maior ao notar o olhar de assombração de Fradique que está parado encostado na porta.— Tens certeza de que queres fazer isto? — Questiona em tom provocativo ao tirar os sapatos rapidamente. — Não me responsabilizo se acabares ainda mais ferida do que chegaste aqui.— O que estou a ver até aqui é muita conve