Desde que os dois homens saem do escritório minha mãe entra junto de Camilla, ambas estão paradas em minha frente sem ainda uma palavra pronunciar, deixando-me impaciente.— Vocês duas vão explicar o motivo de estarem aqui em minha frente ou continuaram em silêncio? — Pergunto sem conseguir controlar-me, estou irritado porque no fundo cogitei que Zver ia aparecer na reunião e não mandar algum de seus homens.— Só saber o porquê daqueles homens virem até aqui? — Questiona Camilla, para ser sincero pensei que ia ser a minha mãe a perguntar e não minha irmã que nem olha para o meu rosto.— Porquê? — Questiono levantando-me ao mesmo tempo que cruzo os braços ao notar que minha irmã ainda continua a esconder algo de mim. — Conheces algum deles de algum lado?— Não, não. — Diz enquanto abana a cabeça em negação, ainda com o olhar fixo no chão do meu escritório.— Não acho que seja isso… — Pronuncio, mas sou interrompido por Matteo e Fradique que acompanharam os homens até o carro assim como
27 JAN 2024, ITÁLIA- CAPRI— Quem vai concluir o serviço, porque Rayra não pode ainda, Victor está de ressaca por ter seguido o homem esta noite. — Reclama Wagner deitando-se ao meu lado, infelizmente só consegui um quarto duplo de casal no curto espaço de tempo.— O que sei é que Rayra devia estar deitada ao meu lado e não tu. — Argumento fechando os olhos morta de cansaço.— Queres falar o motivo de tanta moleza? — Questiona tocando em meus cabelos como se eu fosse uma criança.— Deixa de ser chato. — Falo erguendo-me rápido demais pois minha visão fica turva tanto que Wagner segura-me sem que consiga até notá-lo se mover na cama. — Estou bem, estou bem.— Claro que está. — Diz afastando-se indo para o pequeno bar que há na sala onde Rayra dorme esparramada no sofá. — Aqui, algo para comer antes que caias em meus braços, era muito romântico, mas dispenso ficar sem a cabeça por pegar em ti no colo.— Não tenho nada, só não comi ontem à noite. Além do mais Rayra contou que mais murmúr
Desde o último encontro que não tenho mais nenhuma informação de Adira, ou qual seja o seu nome, a saudade que sinto nem me incomoda o fato de ter mentido sobre seu nome, sobre sua profissão desde que seus sentimentos sejam sinceros como os meus.Ainda não tivemos contato sobre a morte do maldito senador, nem mesmo dos meus soldados sobre o roubo do último carregamento de 100000 dólares, mesmo que para mim seja indiferente perder esse dinheiro ou tê-lo, só não acredito que a polícia tem apanhado as armas e as destruído, tenho quase absoluta certeza de que o senador Cassetti está envolvido em alguma trafulha para ter alcançado tão rápido o posto de bilionário em menos de cinco anos.— Pensando em que? — Questiona minha mãe assim que senta ao meu lado no sofá da sala de estar.— Alguns problemas. — Comento sendo grato por ainda ter a minha mãe aqui junto de mim.— Lorenzo, podemos conversar. — Pede Fradique acompanhado por Leon, Lucca e ainda Matteo todos com um semblante apreensivo.—
— Calma, por favor. — Peço empurrando o mais gentil que posso com as mãos nos ombros dela para deitá-la de novo na cama.— Desculpa, Lobinho. — Pede chorando virando o rosto na minha direção assim que sento ao seu lado. — Tinha medo de contar o que faço e não desejares nada mais comigo. — Diz esticando a mão para tocar-me, me aproximo da beirada da cama para a impedir tal movimento brusco.— Fica quieta, por favor. Não me importo que teu nome seja Adira ou Ava, desde que aquilo que vivemos durante este tempo tenha sido sentido verdadeiramente por nós dois. — Digo encostando-me na cabeceira da cama e puxando-a para perto de mim.— Desculpa.— Queres parar de repetir a mesma palavra, e explicar-me como chegaste até aqui ferida com duas crianças, duas mulher e dois homens?— As crianças… — Fala parando para recuperar fôlego. — São minhas. — Diz retornando o olhar para a parede sem encarar-me ao entregar um pouco da sua vida.— Teus? — Pergunto duas vezes para ter a certeza de que escutei
— Desculpa. — Peço segurando o riso observando o primo de Enzo gargalhar depois de ter conseguido escutar o apelido que coloquei no homem enorme à minha frente.Lorenzo Rossi, o que posso dizer sobre ele? O homem é uma afronta aos homens comuns, com 1,97 cm de altura pareço uma criança perto dele ainda mais com a sua massa muscular que para muitos pode parecer gorda, mas acreditem que não é verdade, é só músculos.As mãos enormes chamam ainda mais atenção, mas adoro quando elas percorrem meu corpo ou misturam-se com meus cabelos dando uma sensação de confiança mesmo que seu toque seja pesado sem intenção.— Estás a analisar-me principessa? — Questiona o próprio alvo da minha descrição perto do meu ouvido, fazendo meu corpo arrepiar-se por completo do mesmo jeito da nossa primeira vez.— Sempre, Lobinho. — Digo o provocando, porque agora não está só o primo ao meu lado sentado com um de seus soldados.— É Rossi, ao que parece as mulheres que chegaram gostam de irritar. — Resmunga encar
Assustado! É, parece que a última vez que senti algo do género foi quando meu pai me espancou, tinha acabado de fazer 14 anos e revirei ao ataque, não sei se ficou furioso ou feliz pelo monstro que conseguiu criar através de privações e de espancamentos, quase uma tortura diária essa é a melhor definição da minha infância nas mãos daquele a quem todos temiam: Cesare Rossi.Agora, aqui no silêncio do meu quarto, velando o sono até que Ava desperte como o médico afirmou que ocorreria, precisei telefonar para o homem porque nem Wagner conseguiu fazer minha garota abrir os olhos, acabamos por descobrir que a mesma estava a sangrar internamente.O adequado era transportá-la para o hospital privado que a ilha possui, mas não sabemos quem a procura, nesse caso coloquei a vida dela em risco e ordenei ao velho Bellucci para salvá-la por onde der, Ava não pode morrer.E aqui estou, passa das 18 horas e nada da minha mulher abrir seus olhos da cor da escuridão, mas que não me importa em nada que
— O que se passou, meu amor? — Questiono sem incomodar-me por estar a tratar a menina docemente em frente dos outros homens.— Só queria algo com chocolate… a senhora de cabelos castanhos que estava cuidando das flores disse que podia pedir o que quisesse na cozinha. — Fala escondendo seu rosto molhado no peito.— Chama a minha mãe, por favor, Victor. — Peço ao jovem de cabelos pretos e olhos azuis que rapidamente sai do escritório indo procurar minha mãe.— E o que aconteceu depois? — Questiono calmamente mesmo que por dentro esteja fervendo ao saber que alguém que trabalha aqui na mansão conseguiu fazer um ato tão baixo como bater numa criança indefesa.— Filho, o que aconteceu? — Pergunta minha mãe entrando no escritório. — Aí estás tu, pequenina. Estava à tua procura. — Diz observando Chaia com um sorriso, no entanto quando a menina levanta o rosto para olhar para ela, minha mãe chega a dar um passo para trás com o choque em seu rosto.— Alguém fez isso com ela. — Falo controlando
Esforço-me para arrastar o lençol de cima de mim, o meu corpo está castigado não só pelos ferimentos e sim pelas poucas horas de descanso.Nunca pensei que teria que aparecer a Enzo assim de repente, sem uma justificação ainda mais ao cair nos pés de Camilla e da mãe dele na entrada da casa delas, só Camilla me conheceu então a senhora ficou espantada ao notar que estava completamente debilitada, mesmo assim começou a gritar pelo filho, outro que surgiu observando-me como se fosse uma assombração que estava em sua frente ainda mais quando o chamei pelo apelido.— O que estás a fazer, Ava? — Questiona Camilla com Ângela no colo ao entrar no quarto. — Fica quieta.— Não posso ficar para ser aqui parada. — Resmungo deixando-me tombar contra o colchão, arrancando-me um gemido sôfrego pela dor excruciante que se espalha do ombro esquerdo.— Podes, é isso mesmo que precisas fazer desta vez. — Fala sentando ao meu lado. — Tens pessoas para cuidar de ti e de todos aqueles que precisam de ti.