A ligação deixou a secretária do Dr. Cohen pai nervosa o suficiente para entrar no escritório gritando.- Pegaram a Sophia. Pegaram a Sophia.- Por favor, quem está falando?- Aqui é da escola onde os gêmeos estudam. Alguém esteve aqui se passando pela babá e levou apenas a Sophia. Alguém liberou e eu ja chamei a polícia, mas a babá acabou de chegar com a Catarina e a Rebecca e Rebecca desmaiou. Precisamos do Dr. Klaus.- Ele está num congresso fora do país. Eu nao fazia ideia que a segurança dessa escola fosse tão ruim pelo dinheiro que é pago. Estou indo para aí com o meu advogado e seguranças. Gustav socou a mesa com força e deu ordens para a secretária entrar em contato com Klaus sem dar maiores detalhes. Não queria que o filho infartasse novamente.Rebecca ainda se encontrava trêmula com todos todos os outros filhos a sua volta quando o sogro chegou intimidando a todos parecendo uma mafioso alemão. Ao lado trazia dois homens grandes e fortes vestid
Na sala, enquanto conversavam calmamente apesar de toda a tensão, dava para ouvir os gritos de Guilherme e de Cecília. Era uma DR daquelas apesar da ausência de algo que poderia ser considerado um relacionamento amoroso.Por mais de uma vez Felipe quis ir até lá e tirar a filha daquele quarto, mas Catarina o impediu o lembrando das brigas deles no tempo de namoro.Isso o assustou ainda mais.- Eu espero que não tenho dito isso para me acalmar.- Deixa de ser velho, Felipe!- Gostaria que se lembrasse de uma coisa: como a gente acabava as nossas brigas?- Ah... Mais você não teve comigo nenhuma consideração. - Eu não me lembro disso não. Para mim eu sempre tive muita consideração com você. - Bobo!- Abriram a porta. Guilherme, onde está Cecília? - Estamos no sétimo andar, pai. Onde acha que ela está? No quarto. Só vim pegar água e alguma coisa doce. Ela sempre quer doce quando fica com raiva.- O que você fez, Guilherme?- Felip
Klaus havia preparado o café da manhã com a ajuda de Guilherme e Levy, perguntando se havia algo na escola importante. Não queria vê-los separados. A proposta era ficarem juntos o resto da semana. Ninguém os julgaria por isso e eles estavam começando a buscar um local para irem quando Felipe ligou.- Vamos para Cabo Frio? Cecília e Catarina passaram a noite acordadas. Elas não querem ficar aqui no Rio. Já liguei para os meus pais.- Por mim, tudo bem. Acredito que os meninos irão gostar, mas as mulheres aqui vontinuam dormindo.- Assim que elas acordarem me avisa. A intenção é almoçarmos lá. - Ligo assim que resolver.- Ok.Clarice acordou e foi ao banheiro lavar o rosto e pentear os cabelos. Percebeu as olheiras e quis disfarçar com maquiagem, mas achou que ficou ainda pior. Lavou novamente o rosto e foi ver Sophia que dormia enroladinha no meio da cama. Sorriu.- Minha princesinha. Mamãe lhe ama tanto.Na cozinha já havia havia um movimen
Quando se conheceram Clarice tinha dezoito, mas logo fez dezenove e Klaus não se sentia obrigado a se manter distante dela. Deixou evidente que estava longe, mas que eram namorados e ela se manteve a sua rotina de estudos quando ele se foi.Apesar do Paulo querer firmar um compromisso, Rebecca achava que aquilo tudo era exagero. Por mais que ela não quisesse que isso acontecesse, sentia que toda aquela pressão poderia trazer problemas futuros e o mandou seguir a sua vida como homem solteiro e sem amarras.- Tem certeza disso, Rebecca? Quer mesmo me deixar solto por aí? - Eu não vou colocar algemas em ninguém. - Algemas? Rebecca, essa analogia pode ser perigosa. Eu posso começar a imaginar...- Não imagine! Não imagine nada!- Eu quero beijar você agora.- Não faça isso! Não faça isso!- Sinto muito. Paulo a puxou e a beijou, colocando-a contra o armário da cozinha. Ele a abraçou e era difícil para ela se soltar dos braços dele.- Me be
Klaus estava trabalhando como nunca depois de tudo voltar ao normal. Parecia feliz, principalmente quando Clarice o visitava com os gêmeos para trazer um lanche qualquer ou quando Rebecca se mostrava interessada em aprender a suturar frutas.Com Clarice e as crianças em Cabo Frio, a única coisa que desejava era chegar em casa, tomar um banho e dormir. Entretanto, quando chegou no apartamento levou um susto danado ao surpreender Guilherme pelado na sala com uma colega de faculdade.- Porra, Guilherme! Na sala, caralho! Você não tem um quarto?- Eu não sabia que você...- Eu não quero saber. Eu vou tomar banho e quando eu sair, vamos conversar. Quero saber como vai explicar para a sua mãe que está fazendo nossa casa de puteiro.- Pai, não fala assim. Se veste, Adriane. A mãe sabe. Ela já me viu com Adriane antes.- Merda, Guilherme! Se vista e leve a garota em casa. Agora a coisa estava pior do que imaginava. Klaus não conversava muito com os filhos,
Guilherme estava com a sua agenda cheia. Durante o dia faculdade, a noite estágio e a vida pessoal uma tremenda bagunça. Clarice havia aconselhado o filho a procurar Cecília para que pudessem conversar. Entretanto, ele não queria mendigar sentimento. Ele sabia muito bem o que queria. Ela era quem tinha dúvidas. Nada mais certo do que ela o procurar, mas desde que havia chegado de São Paulo ela se mantinha distante de tudo."Você está em casa?""Sim. Aconteceu alguma coisa?""Eu sou egoísta, Guilherme. Me desculpe! É difícil ver você com outra pessoa, mas eu também não posso lhe impedir de nada como se você me pertencesse.""Tem certeza que é isto o que quer?""Não. Mas é o melhor que posso fazer por agora.""E se amanhã você descobrir que me ama?""Eu vou ter que aprender a conviver com isso. Fazer o quê?""E se você pensasse melhor até o seu aniversário?""Mas tem uns quatro meses pela frente.""Eu não me importo.""Tem certeza, Grandão?""Não pode me chamar de Grandão mais. Só a minh
É claro que Clarice ria das conversinhas que ouvia aqui e ali entre o filho e Cecília. Geralmente tentando chegar a algum acordo sobre o ritmo do namoro. O que cada um poderia ou não fazer, usar e falar.Não era nada fácil.Cada um acreditava que não fazia nada errado, que não dizia nada errado. Mas, sejamos francos! Ninguém nasce disposto a ceder. Talvez um ou outro desavisado.A medida que os beijos avançavam Guilherme anseava por um contato mais direto e, na maioria das vezes, era cada vez mais difícil retroceder ou parar. Ele sabia disso. Ela sabia disso. Mas o desejo crescente sabia que precisavam estar preparados para algum acidente.- Mãe, como você e o meu pai fizeram?- Bem, eu gostaria de dizer que o seu pai foi paciente, mas ele não foi. Eu já tinha dezoito, ele já se achava meu dono, eu fiz dezenove e acabei ficando grávida. É claro que eu só soube quando eu perdi o bebê. Ele quis voltar, mas eu não deixei. Eu tive que prometer que o esperaria, m
Clarice estava na sala conversando com Catarina na tentativa de relaxar um pouco quando as flores chegaram. Ela olhou para a amiga surpresa e levou para o quarto da filha que dormia um pouco ao lado de Cecília e dos irmãos. - Paulo chegou?- Eu não sei. Mamãe não disse nada.- As flores são dele. "Queria vê-la hoje."- Deixa eu perguntar para mamãe. Mãe? Paulo chegou? Ah... Ela está dormindo. Klaus saiu com Felipe. Guilherme está no hospital e Levy deve estar na praia.- E aí? - Chegou hoje de madrugada sem dizer nada. Saiu com o papai para dar uma volta.- Hum...- Que palhaçada é essa?- Paulo quer falar com você. - Vai ficar querendo. Eu não quero isso no meu quarto. Eu vou sair com o Levy hoje. Não vou desmarcar. Ele que se arranje por aí com alguma piranha. Já tem uns seis meses que a gente não se fala. Eu nem sei o que ele quer.- Fale com ele.- Mãe, eu não quero brigar. Eu estou bem. Estou focada para o meu último ano n