Clarice acordou por volta das dez da manhã e às onze recebia o serviço de quarto com uma pequena refeição. O rapaz que empurrava o carrinho olhou bem ao redor procurando se havia mais alguem no quarto, mas não encontrou ninguém. As garrafas vazias de vinho já haviam sido levadas pela camareira que entrou no quarto depois de bater na porta do quarto duas vezes antes de entrar.- O marido dela veio buscá-la por volta das três, curioso. Declarou Clarice de pé na varanda.- Desculpe, senhora. A gerência obriga a gente fazer isso. Contou o rapaz por volta dos vinte e cinco anos. - Viagem de turismo?- Divórcio. Disse antes de Klaus entrar no quarto.- Acordou agora? Perguntou se aproximando dela sentada à mesa.- Algum problema com isso? Perguntou se sentindo irritada.- Não! Respondeu ao dar a gorjeta ao rapaz. - Você pretende ficar aqui quanto tempo?- Eu estou lhe deixando pobre? Ironizou.- Não! Respondeu ao se manter em pé. - Eu estou vendo a compra de um apartamento perto da Catarin
Klaus voltou para casa sozinho com as crianças a fim de limpar tudo antes que a mãe chegasse. Fizeram um trabalho excelente e Clarice sorriu quando soube que até Klaus entrou na faxina.O tempo em que ficou sozinha no hotel pensou em tudo o que havia acontecido. Como Klaus sabia contornar a situação ao seu favor, mas ele tinha alguém. Isso era evidente. Ao mesmo tempo em que queria que tudo tivesse ficado para trás, sentia uma curiosidade crescente em descobrir quem era a tal mulher. Pensava em como ficaria se a tal mulher fosse alguma conhecida ou até mesmo a secretária que era uma mulher bonita.Ainda longe de casa, ligou para o seu amigo no hotel onde o marido ficou hospedado e a conversa não foi muito agradável para ela.- Bom dia, Clarice. Eu revi tudo umas duas vezes. Ele entrou com uma mulher no quarto na segunda e ela ficou pelo hotel ate quarta quando ele fez o check-out. Ele não estava com carro alugado. Ele usou um dos meus taxistas com a tal mulher e foi até um hotelzinho
Klaus sorriu ao chegar em casa e ver Clarice sair do banheiro enrolada numa toalha enquanto falava ao telefone em inglês. Ela sorriu quando percebeu que ele começava a tirar a roupa e sem dizer nada para ele, o mandou dar uma volta enquanto se sentava numa cadeira. Ele trancou a porta e iniciou um striptease a deixando vermelha.- Vó, Klaus acaba de chegar. Falo com a senhora depois. - Tem que fazer por merecer, meu bem. Disse ao marido ao vê-lo sem camisa a chamando com uma das mãos. - Diga como você gosta. Disse Klaus abrindo o fecho da calça após tirar os sapatos.- Você não tirou tudo. Clarice disse calmamente.- Vai fazer o quê se eu tirar? Perguntou assim que tirou a calça e colocava a mão no elástico da cueca.- Eu te mostro lá no banheiro. Disse o fazendo tirar a cueca rapidamente, mostrando toda a sua excitação.Clarice parecia possuída por um espírito bem diferente daquele manso e tímido de sempre. Ela o beijou vorazmente, mordendo seu pescoço a ponto de enlouquecer. Mordeu
Clarice não conseguiu dormir depois de ler todas as mensagens existentes no celular de Klaus. Enquanto a tal mulher descrevia as suas vontades e desejos, ele respondia com emojis assustados evidenciando uma intimidade que a deixava mal.Ele tentou deixá-la sozinha, mas ela o impediu de sair do quarto. A promessa do sexo quente após a posse do celular não aconteceria mais depois que ela ficou indignada com algumas declarações- Então, apesar de bonita e atraente, eu não sou mais a mulher que exalava sensualidade quando nos conhecemos? Perguntou o socando no braço mais de uma vez. - Você não me procurava, Clarice. Eu estava com raiva. Disse recebendo dela outro soco.- Você é um tremendo babaca! Você não me ajuda em exatamente nada tanto na casa quanto na vida, mas tem tempo para mentir, ter uma amante e desfilar com ela por aí. - Ficou maluca? Eu nunca saí com ela.- "Foi muito bom voltarmos no mesmo bar onde tudo deu início. Foi bom sentir a sua mão subindo debaixo do meu vestido at
Clarice parecia calma quando chegou em casa depois de levar os filhos na escola e correr um pouco no calçadão onde encontrou Catarina que já voltava para casa. Não conversaram, só se cumprimentaram. Ela queria ficar sozinha com os seus pensamentos e muitos não eram bons. Duas horas depois estava em casa e encontrava o marido lendo jornal enquanto bebia um suco de laranja.- Vou tomar um banho demorado. Disse antes de subir.- Quer conversar? Perguntou com a testa franzida.- Não! Respondeu sem olhar para ele.No quarto tirou a roupa de corrida, os tênis, as meias, soltou os cabelos e entrou no chuveiro. Lavou o cabelo devagar e passava o creme quando percebeu o marido em pé na porta do banheiro comendo uma maçã. - Aconteceu alguma coisa? Quis saber olhando para ele rapidamente.- Só admirando a paisagem. Respondeu sorrindo.- A paisagem velha e sem graça? Perguntou um pouco irritada.- Eu não diria isso. Disse jogando a sobra na lixeira.- O que diria? Perguntou enxaguando o cabelo.
A mudança começou a ser feita na semana seguinte depois, depois que os móveis haviam chegados e instalados. Tudo pago pelo Dr. Klaus na esperanca de que Clarice o deixasse ficar alguns dias por semana, mas a resposta foi não. Ele não teria uma chave do apartamento.Por outro lado, Clarice não o impediu de os visitar depois que ele mesmo, Felipe e o amigo anestesista ajudaram na mudança. O apartamento estava lindo e Clarice lembrou de convidar todos para a inauguração. - Acha mesmo que Clarice vai deixar você ficar lá? - Ela está com raiva, mas ela me ama. Eu vi isso nos olhos dela quando ela me abraçou na casa vazia. Caramba! As nossas iniciais estão registradas naquela árvore. Eu vou ser paciente.- Do que falavam?- Você vai ser a minha namorada. Cadê a sua aliança? - Guardada no cofre. Namoradas não usam aliança.- Anel de compromisso?- Mal nos conhecemos e já quer marcar território? - Eu já lhe disse o quanto está linda?- Não. - Você está maravilhosa! Onde estão as criança
Klaus, apesar da relutância, parou de subir até o apartamento de Clarice. Ele ligava, os filhos desciam e eles iam para algum lugar sem a presença de Clarice que já não usava mais a aliança e nem a chamavam de Sra. Klein mesmo que o divórcio não havia sido oficializado.O fato é que na sexta, quando os filhos estavam na maior bagunça em Cabo Frio com os amigos Catarina e Felipe, Clarice resolveu ir a praia sozinha onde Klaus estava jogando volei.- Caramba! Que mulher linda!- Onde?- Aquela ruiva ali. Maiô branco.- Gata mesmo!- Você não está separado? Vai lá! - Ela deve ter um namorado.- Sei não. Ela parece sozinha demais.- Se algum valentão aparecer e querer me arrebentar a culpa é sua.Klaus caminhou até a ruiva exibindo um pequeno sorriso. Parou ao seu lado e ela olhou para ele sem acreditar no que via.- Sozinha, Ruiva?- Exatamente. - Posso fazer companhia ou me quer longe?- Eu não tenho outra cadeira.- Eu tenho uma camisa.- Bem apropriado. Vem sempre aqui?- Não. Traba
Clarice havia retomado a sua rotina de mãe e advogada, deixando tudo o que se referia a Klaus em suspenso. Ele estava diferente. Mais atencioso e paciente com os filhos e com ela, mas havia algo dentro dela que a incomodava.Droga! Ele havia a traído com uma muher estranha, jovem e desinibida. Ela ficava a sua disposição, descansada, fresca a sua espera. Clarice estava sempre muito cansada com os filhos, com a casa e com o marido que mudava os seus horários sem qualquer aviso prévio, alterando todos os planos dela. Deixando-a ainda mais cansada e irritada. Clarice ultimamente tinha alterações de humor que por duas vezes a fez arremessar objetos em cima de Klaus.Nessas circunstâncias Klaus dormia no quarto de hóspedes ou voltava para o hospital alegando dormir no escritório do pai.Mas ele estava mesmo dormindo sozinho no escritório? Clarice chegou no apartamento e viu os filhos seguros fazendo as suas tarefas ou dormindo. Cresciam felizes.Ela foi para o quarto tomar um banho. Levy