Ao ver que seu chefe se aproximava, Jonathan sentiu seu corpo esquentar como um vulcão prestes a entrar em erupção. Suas mãos tremiam, ligeiramente suadas, e seu rosto se tornou vermelho como um tomate.Ele não sabia explicar, mas as sensações que o invadiam quando se aproximava de Elliot eram difíceis de processar. A única coisa que ele sabia, de fato, é que não era nada adequado se sentir assim quando próximo de seu próprio chefe.O fitando, o loiro estendeu a mão, lhe entregando um cartão com suas informações.“Esse é meu número pessoal, pode entrar em contato quando quiser.” Estavam tão próximos que Jonathan pode sentir o hálito doce de Elliot tocar seu rosto.O moreno sentiu seu corpo estremecer, temendo o contato tão próximo.No entanto, Elliot reparou que Jonathan corou levemente, e não conseguiu esconder que tal fato o alegrava. Era bom saber que causava a mesma confusão que o mais novo lhe proporciona, mesmo sem saber.E, por ora, ainda não tinha noção de que seu chefe retrib
Eric sorria o tempo inteiro enquanto conversava com Hugo, o que era uma tarefa fácil para qualquer um que estivesse na presença do ruivo, que como Jonathan dizia, era uma das pessoas mais alegres e amáveis que já passaram em sua vida.Jones ficou observando o extremo oposto entre a personalidade extrovertida de Hugo e a introspecção de Eric, que antes teve receio de não ser uma boa combinação. Todavia, sua opinião foi mudada ao ver estarem se entrosando melhor do que imaginava.“Vamos tirar uma foto?” Jonathan perguntou, ignorando a negação de Eric com a cabeça, que tentou fugir desesperadamente da situação. Assim que abriu sua câmera para tirar a foto com seus amigos, uma notificação de mensagem apareceu, e seu primeiro impulso ao ver que se tratava de Elliot foi esconder o celular, o que despertou a curiosidade de seus amigos. Certamente se arrependeria de tal decisão.“Por que você escondeu o celular?” Hugo perguntou, confuso.“Porque ele está flertando com o chefe,” Eric responde
Mesmo se aproximando cada dia mais, Jonathan sabia pouco sobre a vida de Eric. O pouco que ele contou, é que mora com sua avó, e compartilhou um pouco sobre sua infância. Ele não parecia ser o tipo de pessoa que gostava de falar sobre seus problemas, preferia guardar para si.E era verdade, já que ele achava que poderia incomodar as pessoas e isso não o deixava confortável. O que ele sempre afirma é que, no geral, sua vida era tranquila. Como ele mesmo dizia, não havia nada de emocionante que movimentasse sua rotina ou que valesse a pena entrar em detalhes.O que Jonathan sabia era que, embora não demonstrasse, Eric era uma pessoa extremamente amorosa e fazia de tudo para agradar alguém que gostasse verdadeiramente. Suas demonstrações de afeto eram pequenas, mas significativas.E mesmo que ele fosse fechado, emburrado algumas vezes e introspectivo, o mais importante para Jonathan era que ele tinha um bom coração. Por mais que o loiro irritasse Jonathan constantemente com seu jeito deb
Assim que a janela do carro se abaixou lentamente, ele pode ver Elliot com um sorriso discreto em seu rosto, sendo iluminado pela luz vermelha de led do carro.Jonathan sentiu como se seu estômago estivesse sendo revirado por completo.Era como se ele tivesse voltado para os tempos de escola onde o colega no qual tinha um crush se aproximava, e ele desmontava por dentro como se fosse feito de peças de lego. Toda sua estrutura fica comprometida, e seus sentidos se perdem dentro da sua própria mente.O sentimento incapacitante vem acompanhado da sensação de estar andando em uma montanha-russa, onde o frio na sua barriga se instala, o fazendo ter a sensação de que se está caindo de um prédio de cem andares.Ignorando completamente todos esses sentimentos enlouquecedores, ele abriu a porta do carro com sutileza, se sentando no banco de couro bege e encarando Elliot diretamente pela primeira vez em um tempo. Assim que o fitou, notou como o CEO estava estranhamente casual, com roupas simple
Jonathan estava inquieto desde a noite anterior. Eric não retornava às suas ligações e estava completamente fechado sobre seja lá o que estivesse acontecendo em sua vida. Desde que acordou, o mais novo enviou uma enxurrada de mensagens para o amigo, porém, não obteve resposta, o que só aumentou sua ansiedade.Hoje seria o primeiro dia desde que foi admitido que Jonathan não teria seu amigo ao seu lado durante o expediente, e isso o entristeceu de certa forma. Não acordou tão animado como nos outros dias e não se preocupou tanto com sua aparência como de costume.Acordou mais cedo do que o normal devido à sua ansiedade e se arrumou rapidamente, aguardando no sofá até que desse o horário que costumava sair de casa. Em contrapartida, ainda sentia o frio na barriga o invadir toda vez que se lembrava da noite passada.Elliot estava cada vez mais presente em sua vida, e isso o preocupava, porém, não conseguia encontrar uma forma de se afastarem a esse ponto. Seria esquisito pedir para que e
Assim que chegaram no restaurante, Elliot conversou com a recepcionista — essa qual ele parecia conhecer bem — pedindo para que conseguisse uma mesa mais reservada. Acatando seu pedido, ela os levou até a parte fechada para reservas, que só abria durante a noite.Jonathan não entendeu bem o motivo, mas, ao mesmo tempo, não perguntou. Porém, mesmo sem precisar, Elliot decidiu explicar sua decisão para que ele não pensasse mal de sua ação.“Pedi um lugar mais privado para não sermos alvo de invenções,” ele tinha um tom sério em sua voz. “Caso não se sinta confortável, podemos ir para outra mesa.”“Não me importo, não se preocupe. Mas se refere a que tipo de invenções?” perguntou.“Quando você é chefe em uma empresa grande como a Empire, fica vulnerável a certos tipos de comentários que podem te prejudicar. Tenho certeza que você entende que as pessoas gostam de espalhar boatos, principalmente quando se trata de alguém no poder,” Elliot deu um gole generoso em sua taça de vinho, trazendo
Jonathan ficou cerca de uns cinco minutos ao celular com Eric, e ao ver sua expressão preocupada, Elliot não pensou muito ao estacionar o carro na beira da estrada, já que a chuva havia diminuído na altura da estrada onde estavam. O mais novo gesticulava e dizia várias coisas que pareciam desconexas para ele, e mesmo com os olhos marejados, parecia extremamente irritado e angustiado.“O que houve?” o loiro perguntou, preocupado.“Eric ligou dizendo que a avó dele está internada em estado grave.” o mais novo disse, parecendo estar em choque. “Eu não imaginava, fiquei o dia inteiro agindo como se nada estivesse acontecendo. Meu Deus!”“Não tinha como você saber, Jonathan. Não se culpe.” Ele tentou acalmá-lo.“Não sei porque ele não disse nada, eu poderia tentar ajudá-lo, não sei.” Ele colocou as mãos em seu rosto, ocultando as lágrimas que rolavam através de suas bochechas.“Você pode ajudá-lo agora, tudo bem?” Disse o mais velho, e sem conseguir responder algo, Jones o abraçou, buscand
As paredes brancas, o cheiro de álcool e as luzes fortes em todos os lugares eram elementos suficientes para causar uma dor de cabeça terrível em qualquer pessoa que estivesse presente. O ambiente do hospital não é um lugar agradável ou aconchegante. É um espaço pesado onde, para cada quantidade de vida que nasce, uma quantidade exorbitante se perde.Caminhando pela ala da maternidade, Eric passou um bom tempo marcando o rosto de cada bebê nas incubadoras. Ele olhava para as bochechas gordinhas, os rostos redondos e rechonchudos e os olhos brilhantes e cheios de vida. Era reconfortante de certa forma. Ver aquelas pequenas vidas ali dava um vislumbre de esperança de que há algum tipo de propósito em nascer e vir a este mundo.Ele não se considerava sábio o suficiente para saber qual era o propósito de sua vida, ou o de sua avó, que agora estava mais próxima da morte do que nunca, mas ele sabia que as pessoas não estão em sua vida por acaso.Todos aqueles anos em que teve a companhia am