Caminhei apressadamente entre as pessoas e olhando para os lados, tentando evitar ao máximo dar de cara com o Alec que a essa hora, já sabia quem eu era. Quase correndo feito uma fugitiva, finalmente entrei em casa com a caixa nas mãos. Dei um suspiro de alívio, guardei minha roupa e a espada, depois peguei um baú que tinha dez vinhos dentro e saí novamente em direção à casa de uma pessoa que considero meu amigo, Augusto.....................................– Finalmente, você trouxe meus vinhos, pensei que não fosse me dá nunca. – Ele disse emburrado com se eu tivesse prometido alguma coisa. Entramos na sua casa e nos sentamos na sala para conversar, enquanto Augusto abria seu baú todo feliz.– Olha, vou te dizer, eu devolveria todos esses vinhos só para estar presente quando você os pegou. – Riu. – Minha criança, nunca duvidei de você, mas dessa vez me impressionou, humilhar o sanguinário Lúcius Calmon não é para qualquer um. – Riu novamente. – Até o Lucas ficou com dó dele.Franzi
– Morto? Karolina, do que está falando?– Alec, eu não sei bem o que é, mas tem alguma coisa vindo e muitas pessoas contam comigo para impedir que algo de muito ruim aconteça, e eu dei minha palavra a elas.– É o Imperador? Todos estão em alerta por causa dos vampiros nas fronteiras.– Não. – Balancei a cabeça. – Ele não está tramando nada contra nós.– Como você tem tanta certeza sobre isso?– Por que eu conversei com ele hoje. – Alec ficou me olhando surpreso.– Conversou?– Sim, na gruta, antes do pôr do Sol, depois que te vi entrar no santuário. – Ele engou seco.– O que vocês conversaram? – Me olhou desconfiado.Suspirei.– Você ainda confia em mim ou só me vê como uma ameaça agora? – Perguntei frustrada com aquela desconfiança dele.– Desculpe, estou tentando te entender. – Mudou de atitude.– Ele jurou lealdade a mim em troca de ajuda e proteção. – Alec ficou perplexo.– E-ele se ajoelhou? Fez um juramento? – Gaguejou.– Sim. – Ele engoliu seco e baixou a cabeça com as sobrance
– AAAAAAAAAIIIIIIIIII MINHA CABEÇA, SUA DEMÔNIA! – Eu gritava loucamente sentindo meu crânio quase se quebrando no meio das pernas dessa maluca! Consegui me livrar do seu aperto e a encarei furioso, com os olhos brilhando, rosnei, mas me arrependi de ter feito isso.A mulher se assustou e ao invés de recuar encolhida, não! Ela posicionou sua perna direita e deu um chute no meu peito, me fazendo cair da cama, de costas para o chão e com as pernas para o ar.Essa mulher é louca! É a primeira vez que apanhei de alguém e para ser mais humilhante, ainda foi pelado. Que humilhação! Ainda bem que estamos sozinhos.– Céus! Eu o matei? – Ela sussurrou. Fiquei na mesma posição sem falar nada. A escutei se aproximando lentamente até a borda da cama, vi seus dedinhos sendo depositados na borda e a cabeleira avermelhada surgindo devagar.Fechei os olhos, diminuí a respiração e fingi estar desmaiado no chão.Ele cutucou minha perna, não me movi. Então criou coragem e saiu da cama para encostar o de
Acordei sorrindo de olhos fechados apreciando os carinhos da Kamilla no meu cabelo e rosto, ela me dava uns beijinhos na testa e passava a mãozinha pequena em mim. Tão fofinha! Dá vontade de apertar bem forte!Abri os olhos e vi que ainda era dia.– Sem sono, filhotinha? – Perguntei.– Mamãe... – Ela olhou para baixo.– Me conte o que te aflige, meu amor.– É que... eu... eu sinto falta do papai. – Disse tristinha. Fiquei a encarando em silêncio, até que abri um pequeno sorriso e lhe dei um beijo na bochecha.– Se você sente falta dele, então te prometo que iremos visitá-lo. Tá bom pra você? – Perguntei. Kamilla abriu um sorriso de pura felicidade.– Pode ser hoje? – Perguntou em êxtase sentando-se na cama.– Huummm... se eu não tiver nenhum compromisso e você nenhuma aula, então talvez... Estou dizendo que tal - vez iremos. – Ela concordou animadamente.Eu não menti, não quero ver minha filha triste por causa daquele crápula, e com alguns soldados infiltrados que foram enviados pelos
Não! Não pode ser! Clara não podia ser uma escrava da Tribo Calmon infiltrada. Não! Eu me recuso a acreditar!– Karolina, irei acionar os soldados para procurarem elas. – Alec falou no meu ouvido devido à zoada da multidão, me tirando do devaneio. Levantei a cabeça para encará-lo.– Não, não Alec. Melhor não fazermos um alvoroço na aldeia, vamos deixar todos distraídos com a festa que eles se esforçaram para dar e eu irei atrás delas.– De jeito nenhum que vou deixá-la ir sozinha, eu irei com você. – Indagou já segurando minha mão.– Alec. – O parei. – Você é o Alfa, fique aqui, invente uma desculpa, isso não passa de um mal entendido, elas com certeza estão por aí, eu tinha prometido pra Kamilla que ela ia visitar o pai, ela pode ter falado isso na euforia, crianças são assim. – Dei um sorriso falso tentando persuadi-lo.– Você tem certeza?– Sim, não se preocupe, vou procurá-las enquanto você distrai as pessoas.– Qualquer coisa, você me chama tá bom? – Ele pegou no meu rosto. Afirm
As árvores por onde eu passava, a terra em que meus pés pisavam, todos estavam vermelhos devido a luz da Lua. Se fosse em outro momento, eu estaria admirando a beleza daquela floresta e daquele astro que iluminava meu caminho, no entanto o que sinto é tristeza. De cabeça baixa, apenas voltando minha atenção para o caminho e não tropeçar, em um dia de comemoração, eu não podia me sentir mais triste.Minha filha foi sequestrada pelo próprio pai e eu tenho que ir resgatá-la e... e... aaah como é difícil... terei que matá-lo... enfrentá-lo para que eu e a Kamilla possamos viver uma vida em paz sem que eu me sinta ameaçada por ele. Retirei a espada das costas e fiquei segurando-a quando passava na fronteira, estava perto.No dia em que fugi pensei que nunca mais voltaria para essa aldeia, e aqui estou sozinha indo fazer qualquer coisa pela segurança da Kamilla. Se ele quiser que eu o sirva para sempre, servirei, se ele quiser me matar, morrerei, mas se eu puder matá-lo... matarei.Desacele
Duas espadas pesadas se chocando e cortando os pingos da chuva que caíam sob nossas cabeças, ninguém, além de nós dois diante da Lua de Sangue gladiando ferozmente como dois inimigos em guerra que se odeiam e que só vão parar quando somente um permanecer em pé.Lutar contra o Lúcius era diferente de qualquer outra pessoa que já lutei, além dele me conhecer, saber meus golpes, força e fraqueza, também vinham as lembranças boas e más.Era como se tudo que vivemos juntos, toda nossa história estivesse passando em minha mente deixando-me pior ainda, minha emoções estavam descontroladas. Estávamos desferindo golpes um contra o outro e defendendo sem parar, de igual para igual, mas nenhum de nós dois levou sequer um arranhão.Eu via sua fúria na força dos seus golpes, talvez mágoa? Ele estava magoado, assim como eu. Ele tentou perfurar meu peito com a ponta da lâmina, mas com minha espada defendi e desviei. Tentei golpeá-lo na cabeça, mas ele cruzou nossas espadas defendendo-se, com a força
Passei a mão na cabeça enquanto olhava para o Lúcius. Tudo foi armação da Arlete, ela quem sequestrou minha filha e de alguma forma juntou quase a metade do exército do Lúcius contra ele, como isso aconteceu? Preciso resgatar a Kamilla! Preciso! Minha menina... Ohhh Céus! Não, não posso perder o controle! Ficar desesperada agora só vai piorar tudo. Fechei os olhos e controlei meus batimentos cardíacos. Abri novamente e olhei para o Lúcius que permanecia paralisado.– A culpa é minha... – Murmurou. Ele estava descontrolado.– Não, Lúcius, não é culpa de ninguém. Somos os pais da Kamilla e a Arlete está fazendo isso para nos atingir e desequilibrar, pois assim fica mais fácil de nos atacar e vencer. Vou te ajudar nessa batalha. – Falei. Ele franziu as sobrancelhas e negou.– Não, não quero que você entre em um campo de guerra por minha culpa. Eu consigo resolver isso sem pôr em risco sua segurança.– Como você vai resolver? Você está em desvantagem, Lúcius. Com o apoio dos humanos ela t