Uma pausa. O tempo pareceu se arrastar até que a resposta veio. Yanek: "Quero." O corpo dela arrepiou. Babi ligou a câmera, ajustou o ângulo e gravou um vídeo curto, os dedos deslizando provocativamente por sua pele, mostrando o quanto ele a deixava excitada. Quando o vídeo foi enviado, ela prendeu a respiração, esperando. Ele demorou um pouco para responder. Mas então… Yanek: "Você me deixou louco. Quer ver o que fez comigo?" Seu coração disparou. Ela não achava que ele fosse ceder. Mas ele cedeu. A foto que chegou em seguida foi o suficiente para deixá-la em puro êxtase. Yanek se tocando, os músculos tensos, o prazer evidente no rosto dele. Babi gemeu baixinho ao ver, completamente rendida ao desejo. Ela queria guardar aquele momento para sempre. Em resposta, enviou um vídeo seu, movendo-se lentamente, sentindo cada onda de prazer que ele causou nela e ela chegando ao ápice do prazer. Mas então… Nada. Nenhuma resposta. A conversa simplesmente p
Ela hesitou por um segundo, mas então se afastou para deixá-lo passar. Ele entrou no apartamento pequeno e aconchegante, os olhos percorrendo o espaço como se o analisasse. — Nada mal — comentou, deslizando os dedos por um dos móveis antes de virar-se para encará-la. — E essa mão? Babi olhou para o curativo em sua palma, lembrando-se do que aconteceu. — Cortei enquanto fazia o almoço — disse, dando de ombros. — Coisa boba, mas precisei levar pontos. Yanek se aproximou, segurando sua mão ferida com delicadeza. O toque dele era quente, cuidadoso, e por um instante Babi se esqueceu de respirar. Ele virou a mão dela para examinar melhor, o polegar roçando de leve em sua pele. — Uma coisa boba que precisou de pontos — ele repetiu, balançando a cabeça. — Você precisa ser mais cuidadosa. Ela riu, tentando aliviar a tensão. — Um médico já me deu um sermão por isso hoje. Os olhos de Yanek se estreitaram ligeiramente. — Que médico? Babi piscou, surpresa pela pergunta. — O
Os olhos de Yanek brilharam com satisfação. Ele sabia. Ele percebeu que a resposta veio rápido demais. Babi notou o pequeno sorriso vitorioso que ele tentou esconder e desviou o olhar, disfarçando. — Hum… E o que você quer que eu faça por você hoje? Yanek observou-a por um instante, antes de negar com a cabeça. — Nada. Prefiro que você se recupere primeiro. Ela arqueou a sobrancelha. — Uau. Consideração inesperada. Ele apenas sorriu de canto. Babi sentiu que era um bom momento para perguntar algo que a curiosidade a consumia há tempos. — Posso te fazer uma pergunta? — Pode. — Qual a origem do seu sobrenome? Yanek não pareceu surpreso com a pergunta, mas ficou um pouco rígido antes de responder. — Meu pai era russo. Minha mãe, americana. — Então somos parecidos — ela comentou, se lembrando de suas próprias origens. Yanek assentiu, mas não desenvolveu o assunto. Babi percebeu que havia algo ali, uma tensão sutil ao mencionar o pai. — Ele ainda é vivo? —
Os dias passaram sem nenhuma mensagem de Yanek. Nenhum sinal de que ele sequer se lembrava dela. Babi tentava ignorar isso, mas toda vez que pegava o celular, seu olhar deslizava para a tela, esperando por uma notificação que nunca chegava. Na quarta-feira, foi até o hospital retirar os pontos da mão. O corte já estava bem melhor, mas a sensação de vazio dentro dela parecia só aumentar. Enquanto esperava sua vez, pegou o celular e rolou a tela sem realmente prestar atenção em nada. Desde aquela noite em que viu Yanek na TV com aquelas duas mulheres, sentia um aperto estranho no peito. Ele podia fazer o que quisesse, claro. Mas era impossível ignorar a forma como isso a afetava. Ele não está me devendo nada. Ainda assim, o pensamento dele com aquelas mulheres a incomodava de um jeito que não conseguia explicar. Era irracional, mas real. — Pronto, está livre dos pontos. Mas tente não se cortar de novo — o médico brincou, puxando-a de seus devaneios. Babi sorriu de leve, ainda
Tentou afastar os pensamentos e foi para o quarto, mas dormir foi impossível. O corpo ainda estava em alerta, ainda queimava com a lembrança do toque dele. A cada vez que fechava os olhos, revivia o momento: a forma como ele a puxou para perto, o calor de seus lábios contra os dela, a forma como ele segurou sua nuca, exigente e possessivo. Ela se revirou na cama, bufando de frustração. Por que ele veio até aqui se não queria isso? Será que foi só a bebida falando? Ou será que ele queria mais, mas algo o impediu? Depois de horas encarando o teto, o sono finalmente venceu. --- Quando acordou na manhã seguinte, estranhamente não se sentia mal. Pelo contrário… havia uma sensação de felicidade inexplicável dentro dela. Ele a quis. Independente do que tenha acontecido depois, do jeito que ele fugiu, por alguns minutos, ele a quis. E por algum motivo, isso a fazia sentir-se especial. Mesmo sem entender o que se passava na cabeça de Yanek, mesmo sem saber o que viria a seg
Babi saiu do restaurante sentindo um misto de emoções. A conversa com Yanek ainda girava em sua cabeça. Ele se desculpando, deixando claro que o que aconteceu entre eles não poderia se repetir. A ideia deveria incomodá-la, mas, de alguma forma, ela também gostava disso. Havia algo ali. Algo que ele não queria admitir. Ela entrou no carro de Gabe e suspirou, olhando o próprio reflexo no espelho retrovisor. Talvez fosse hora de mudar alguma coisa. --- O salão de beleza era luxuoso, com um atendimento impecável. — Quero algo diferente. — disse ao cabeleireiro, passando os dedos pelos fios médios escuros que caíam até o meio das costas. Ele observou seu rosto com olhos experientes e sorriu. — Se você quer realçar sua beleza natural e parecer ainda mais sexy, eu sei exatamente o que fazer. Babi confiou nele. Quando o corte terminou, seu cabelo estava acima dos ombros, em um estilo moderno e sofisticado que acentuava seus traços. — Uau. — Ela passou a mão pelos fios mais c
Babi ainda sentia a água quente escorrendo pelo corpo quando desligou o chuveiro e pegou a toalha. Dessa vez, algo estava diferente. Normalmente, quando saía do banho, Yanek já tinha ido embora. Mas quando abriu a porta do banheiro, encontrou-o ali, sentado na poltrona, vestindo apenas o roupão do hotel, os olhos fixos nela. Ela parou, surpresa. — Você ainda está aqui? Yanek inclinou a cabeça para o lado, avaliando-a. — Sim. — Sua voz era calma, mas carregava um tom de inquietação. — O que está acontecendo com você? Babi franziu a testa. — Como assim? — Por que você não goza mais? Ela desviou o olhar, sentindo o rosto esquentar. — Isso não é importante. O que importa é que você chegue lá. Yanek se ajeitou na poltrona, parecendo ainda mais confuso. — Isso é para os dois. Sempre foi. Ela riu sem humor. — Não. — Encarou-o, sentindo a garganta apertar. — Você nunca me toca. Você me beijou uma única vez e disse que nunca faria de novo. Como espera que eu me sinta
No silêncio do quarto, Babi observou Yanek sentado na beira da cama, de costas para ela. Seu corpo ainda estava quente do que tinham acabado de fazer, mas sua mente estava longe dali. Ele parecia perdido em pensamentos, e ela não sabia se deveria falar algo ou simplesmente deixar que ele processasse tudo sozinho. Ela queria dizer que gostou, que nunca tinha sentido algo tão intenso com ele antes. Mas o receio de uma resposta fria a fez hesitar. E hesitou tempo demais. Yanek se levantou antes que ela pudesse quebrar o silêncio. Quando se virou para encará-la, seu olhar estava distante, quase frio. Sem dizer nada, ele foi até o banheiro e fechou a porta atrás de si. Babi suspirou, sentindo um nó na garganta. Será que ele estava arrependido? Será que ela o forçou a isso, mesmo sem querer? Quando Yanek saiu do banheiro, sua expressão continuava fechada. Apenas olhou para ela e disse, seco: — Vá tomar um banho. Ela não questionou. Levantou-se e foi. A água quente ajudou a relax