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LUCAS

A tempestade que ameaçava ruir nosso mundo parecia ter amainado. Depois de semanas de incertezas e perigos, a mansão estava envolta em um raro silêncio. Ainda assim, meu coração não conseguia encontrar descanso. Claire estava a poucos passos de mim, sentada no sofá da sala, mas era como se uma distância intransponível nos separasse.

— Claire — minha voz cortou o silêncio. Ela ergueu os olhos, e por um instante, eu vi a sombra de algo que já foi tão nosso: cumplicidade.

— O que foi, Lucas? — ela perguntou, seu tom suave, mas cauteloso.

Caminhei até ela, cada passo carregado de intenção. Sentei-me ao seu lado, mas não a toquei. Minhas mãos estavam cerradas sobre meus joelhos, lutando para encontrar as palavras certas. Eu sempre fui um homem de ação, mas Claire fazia com que eu quisesse ser também um homem de palavras.

— Estive pensando em tudo o que passamos. Em tudo o que você enfrentou por minha causa — comecei. Ela não respondeu, mas não desviou o olhar. Isso era encorajante. —
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