A manhã estava nublada quando Arthur acordou, sentindo um peso em seu peito que parecia impossível de ser ignorado. Ele se espreguiçou na cama, mas não conseguiu afastar a sensação de tristeza que o acompanhava desde que havia tido aquela conversa com sua mãe sobre se sentir engaiolado. Elizabeth, uma mulher imponente e controladora, havia passado a vida inteira tentando moldar o filho à sua imagem e semelhança. Ela estava determinada a encontrar uma esposa adequada para ele, alguém que pudesse continuar a linhagem da família e manter a riqueza e o prestígio que a família sempre havia desfrutado. Mas o que Elizabeth não entendia era que Arthur tinha suas próprias ideias, seus próprios sonhos e desejos. Arthur suspirou e levantou-se da cama, vestindo-se com um terno impecável, como sempre fazia para trabalhar na empresa antes de sofrer o acidente, era hora de voltar. Ele havia trabalhado duro para manter a empresa funcionando e estava orgulhoso do que havia conquistado, mas estava can
Arthur suspirou e encarou a entrada da Phoenix Games, não sabia ao certo se deveria entrar ali, ou se deveria apenas dar meia volta e pensar em alguma coisa sozinho. Ele não queria incomodar o irmão, mas estava confuso e perdido. Era a primeira vez que escolhia caminhar com suas próprias pernas e, sinceramente, não conseguia nem imaginar por tudo o que o irmão havia passado até construir a grande Phoenix. — Arthur? — A doce voz de Rebecca o despertou de seu devaneio. Arthur olhou em direção à voz e viu a loira dos olhos verdes de quem tanto gostava, aquela da qual já estava comprometida, com seu irmão mais novo. Rebecca estava usando um lindo macacão verde musgo, um salto não muito chamativo e os longos cabelos presos em um rabo de cavalo. Rebecca estava com um olhar confuso em seu rosto, e Arthur a viu respirar fundo assim que seus olhares se encontraram, e então ele percebeu que ela sabia, era óbvio que ela sabia sobre os seus sentimentos. — Oi, Rebecca. — Arthur a cumpriment
— Quer jantar em minha casa? Assim podemos terminar de conversar com calma. — Edward ofereceu e viu o irmão ficar pensativo. — Você pode ver Tom também. — Não sei, sinto que Rebecca ficaria desconfortável com a minha presença. — Arthur coçou o pescoço e o irmão fez uma careta. — Rebecca é a pessoa que mais torce para que a gente volte a se falar. — Edward soltou uma risada. — Está tudo bem, todos somos adultos, sabemos que o que você sente por ela não é sua culpa, ninguém manda no coração. Arthur olhou o irmão repleto de orgulho, no fim das contas, Edward havia amadurecido muito após o acidente, apesar de ter sido forçado a amadurecer daquela forma, ele havia lidado bem com as responsabilidades. — Tudo bem, vamos. — Arthur sorriu e então respirou fundo, era a sua vez de amadurecer. — Eu e a Becca precisamos passar na escola de Tom para buscá-lo e então vamos para casa. — Disse Edward enquanto arrumava sua bolsa para irem embora. — Se importa de nos seguir? Ou se quiser pode ir ju
Os irmãos GreenWoods caminharam de volta ao carro, com Arthur segurando a mão de Tom enquanto Edward andava ao lado deles. A pequena escola de Tom estava localizada em um bairro tranquilo, com ruas arborizadas e casas bem cuidadas. Era um cenário idílico que contrastava com a agitação da vida pública dos irmãos. Ao chegarem ao carro, Arthur colocou Tom no banco de trás e Edward seguiu para o banco do motorista. Os irmãos conversaram animadamente durante o trajeto de volta para a casa de Edward e Rebecca. Tom estava especialmente entusiasmado com a presença de Arthur, e os dois falaram sobre videogames, filmes e outras atividades que poderiam fazer juntos. Rebecca já estava em casa quando os irmãos chegaram. Ela estava na cozinha, mexendo em algumas panelas enquanto preparava o jantar. Ao ver Arthur, seu rosto se iluminou com um sorriso caloroso. — Olá, Arthur. Fico feliz que você tenha vindo. Sente-se, o jantar está quase pronto. — Ela sorriu para ele, mas Tom foi mais rápido. Tom
Algumas semanas se passaram e o dia da audiência para a guarda de Tom enfim tinha chegado, Rebecca estava ansiosa, andava de um lado para o outro, totalmente ansiosa, a loira não queria de forma alguma uma guarda compartilhada, ela temia que James fosse capaz de fazer algum mal a Tom ou até mesmo não cuidar bem dele. — Você continua andando de um lado para o outro, vou ficar zonzo dessa forma. — Edward disse rindo enquanto caminhava até a namorada. — Esta tudo bem amor, vamos conseguir a guarda de Tom, de forma limpa e honesta, não iremos usar o meu sobrenome, a menos que a situação saia do nosso controle. — Eu sei, amor, e agradeço muito por me deixar tomar as rédeas da situação. — Rebecca suspirou e abraçou o namorado. — Mas estou nervosa, o amigo de James é juiz, não sei até onde vai essa amizade, e tenho medo de perder a guarda de Tom novamente, morro de medo de James fazer algo de ruim para o meu filho. — Só a minha presença já vai os intimidar. — Edward riu dando um beijo no t
— Excelência, o acidente foi uma tragédia, mas James não teve a intenção de ferir o filho. Foi um infortúnio. — Smith tentava minimizar o impacto do acidente, e Edward se segurava para não interromper antes de ser chamado. — Acredito que dizer que o meu cliente estava bêbado é uma acusação grave, a senhorita Clifford precisa ter uma prova concreta sobre essas afirmações. — Excelência, o que ele disse sobre precisarmos ter provas referente o senhor Willians estar embriagado está correto. — Petter afirmou e James abriu um sorriso, mas ao ver Petter com uma quantidade absurda de papéis na mão indo em direção ao juiz fez o seu sorriso morrer no mesmo instante. — Aqui temos o teste do bafômetro realizado alguns minutos após o acidente, o resultado mostra que ele estava com o nível de álcool muito acima do permitido, além disso, foram feitos testes de sangue que comprovam isso, além do uso de entorpecentes. Rebecca arregalou os olhos e olhou para Edward, ela não sabia sobre os entorpecent
— Eu vou continuar te agradecendo eternamente. — Rebecca dizia enquanto tirava seu casaco e se jogava na cama. — Não sei como retribuir um terço do que você fez por mim. — Huh, que tal se casando comigo? — Edward perguntou deitando em cima de Rebecca e a mesma arregalou os olhos levemente, mas logo riu achando que era brincadeira. — Eu não preciso que retribua, apenas quero que você e Tom fiquem comigo até o meu último suspiro, vocês são minha família, ter vocês ao meu lado é mais do que suficiente. Rebecca o encarou e se sentiu emocionada, não conseguia acreditar que tinha um cara tão especial na sua vida, ela nunca pensou que pudesse ser tratada como uma rainha, não com dinheiro, bens materiais ou coisas do tipo, mas com carinho. No começo ela tinha medo, Edward era mais novo e sua mãe era como um urubu que não permitia que ele fosse feliz, mas ali estava ele, o cara rico que havia comprado uma cadeirinha para cada um de seus carros esportivos apenas para estar preparado para sai
— E qual estilo vai escolher? Coworking é um pouco exagerado, já que teremos a biblioteca. — Rebecca divagou um pouco e Arthur a encarou. — Não me diga que é uma cafeteria instagramável? — Céus! Nunca! — Arthur arregalou os olhos e colocou o cinto no banco de trás. — São realmente bonitas, mas eles prezam pela beleza, e não pelo sabor, nunca permitiria isso. — Uma cafeteria rústica, não é? — Edward perguntou ligando o carro. — Como adivinhou? — Arthur encarou o irmão pelo pequeno espelho do carro e Edward riu. — Não pude nem fazer um suspense. — Eu era criança, mas lembro que você fazia parte dos escoteiros do bairro e sempre estava animado para acampar. — Edward disse sem tirar a atenção da estrada. — Eu imaginei que gostaria de fazer algo nesse nível. — Acertou. — Arthur disse rindo. — Mas não faço ideia de como começar. — O seu balcão precisa ser moderno, não adianta tentar fazer um café a moda antiga, não dará certo. — Rebecca olhou para trás e riu. — Precisamos de máquinas