— Não podemos sair assim. — Disse Rebecca com a voz falha. — Pare de ser teimosa, amor. — Edward suspirou cansado. — Pega seus documentos, vou avisar o pessoal lá fora. — Edward encarou a mesma e quando ela pensou em retrucar, o mesmo fez uma careta. — Nosso filho e a sua saúde em primeiro lugar. Vou pedir para Arthur cuidar de Tom e tirar a doida da Elizabeth daqui. Edward saiu do quarto irritado com sua mãe, estava pronto para xingá-la quando Tom correu até ele preocupado. — Papai, a mamãe está bem? — Tom estava com os olhos marejados de preocupação, aquilo fez a irritação de Edward diminuir, ele não queria assustar o pequeno. — Papai?! — Elizabeth repetiu a palavra com desdem e nojo carregados em sua voz e expressão. — Aquela desgraçada tem um filho? — Caminhou até Edward apontando o dedo para Tom, que ficou assustado. — Ela tem um filho e você o aceitou?! Eu não te criei assim! — JÁ CHEGA ELIZABETH! — Edward gritou assustando a mãe e a todos naquela casa. — Tom é meu filho,
A casa de Edward e Rebecca estava cheia de expectativa naquela ensolarada tarde de primavera. O casal aguardava ansiosamente o chá revelação que haviam planejado com tanto carinho, um momento que compartilhariam com familiares e amigos mais próximos. Edward estava diante de um espelho, ajustando a camisa de botões de linho azul-clara que realçava seus olhos. Seu olhar refletia a ansiedade que sentia, misturada com uma pitada de excitação. Ele imaginava como seria ser pai de uma menina, embora também tivesse uma queda por ter outro filho com quem pudesse compartilhar as atividades de pai e filho. Rebecca, por outro lado, circulava pela casa com seu vestido longo e fluído cor-de-rosa, destacando sua figura grávida. Seus cabelos dourados caíam em ondas suaves, realçando sua beleza natural. Ela estava radiante, com um sorriso que iluminava o ambiente. Sua barriga, com seis meses de gestação, era uma demonstração visível do milagre da vida que crescia dentro dela. — Você acha que vai ser
Dois meses haviam se passado desde o alegre chá de bebê, e agora, Rebecca estava no seu oitavo mês de gravidez. Sua barriga estava visivelmente maior, e o peso já começava a deixá-la cansada, os pés inchados e a sensibilidade maior, coisa que deixava Edward ainda mais apaixonado. O tempo voou desde que Edward a pediu em casamento, e agora, o dia do casamento havia chegado. O casal estava animado e ansioso para começar a próxima fase de suas vidas juntos. A manhã do casamento começou com um céu claro e um sol radiante. Rebecca acordou com um sorriso, sentindo o bebê chutar em sua barriga. Ela acariciou sua barriga carinhosamente e pensou no que o futuro reservava para eles. Estava feliz por estar em um relacionamento amoroso, e por mais que eles tivesse há um pouco mais de um ano juntos, tudo o que tinham construído até aquele momento não chegavam aos pés do que Rebecca teve em seu antigo relacionamento. Enquanto Rebecca se preparava para o grande dia, Edward estava ocupado ajustando
— O que acha de passarmos o natal com a família naquela sua casa de campo? — Rebecca perguntou se sentando na cama com certa dificuldade devido à barriga e as dores nas costas e nos pés. — Claro! Até lá nossa pequena Sophie terá nascido. — Edward disse com um sorriso encantador enquanto se ajoelhava em frente a sua esposa com delicadeza para ajudá-la a tirar os sapatos de salto baixo. — Seu pé está inchado, amor. — Edward suspirou olhando Rebecca. — Eu disse para você não usar salto, se não iria se esforçar demais. — Está tudo bem, amor. — Rebecca deu uma leve risada. — O importante é que nosso casamento foi maravilhoso e deu tudo certo. — Mesma assim. — Edward bufou se levantando. — Vou esquentar uma água e chamar Tom para me ajudar a fazer massagem em seus pés. E nem pense em negar! — Tudo bem, tudo bem. — Rebecca balançou a cabeça e respirou fundo enquanto encarava a barriga e Edward saia do quarto indo em direção ao quarto de Tom. — Seu papai é um homem muito mandão e coruja, p
Rebecca ficaria pouco tempo no hospital por ser um parto normal e hoje seria o dia de finalmente sair, mas durante todos aqueles dias lá, Edward foi ainda mais atencioso do que o normal dele. Ele a ajudou a tomar banho, se vestir, qualquer esforço ele que fazia para não cansá-la, ajudava a ninar a bebê e a permitia dormir e descansar o quanto fosse necessário. A loira se sentiu extremamente aliviada por aquilo, em sua primeira gravidez, James a deixou sozinha e ela teve que se virar sozinha, e apesar de ter conseguido lidar sozinha, tinha ficado cansada e se sentia constantemente uma péssima mãe para Tom. — Será que Tom sentirá ciúmes? — Rebecca perguntou enquanto alimentava Sophie. — Sinto medo dele não se sentir amado, ou sentir que estamos dando atenção apenas para Sophie, eu e ele sempre fomos muito apegados, não poder dar colo para ele por estar amamentando a bebê, talvez o deixe triste. — Amor, o Tom entende isso. E você não deixará de amá-lo. — Edward se sentou na poltrona ao
Passou-se um tempo desde o nascimento de Sophie, e a vida dos quatro estava mais doce do que nunca. Era um Natal especial, e eles decidiram passá-lo na casa de campo de Edward, longe da agitação da cidade, longe dos fogos de artifício. A atmosfera calma e tranquila da zona rural era o cenário perfeito para umas festas de fim de ano memoráveis. — Tom, não fique jogando até tarde, daqui a pouco terá a ceia e poderemos abrir os presente. — Rebecca se aproximou do filho e acariciou os seus cabelos. — Mamãe, a Sophie também ganhará presente? — Tom desviou o olhar da TV e olhou a mãe com curiosidade. — Ainda não, príncipe. — Rebecca disse com calma enquanto sorria para o filho. — Sophie ainda é pequena, ela não pode brincar com brinquedos. Mas quando ela tiver idade o suficiente, você pode dividir os seus com ela, e até mesmo escolher brinquedos só para ela. — Eu vou comprar um monte de ursinhos para ela! — Tom disse animado e então voltou a atenção para o videogame. — Mamãe, posso jogar
O gosto da bile subiu a minha garganta antes mesmo de eu poder ter uma reação. Eu acho que conforme você começa a "amadurecer", você percebe que a vida não é um conto de fadas, muito menos uma tarefa fácil de se lidar. Na verdade, a vida é extremamente sacana com você em mais da metade do tempo, o que nos resta é saber como lidar com isso. Mas a quem eu quero enganar? A vida era extremamente injusta comigo e eu não sabia lidar com nada do que estava acontecendo. Mas suspirar e desistir não estava sendo uma opção para mim nos últimos anos. Acho que desde a morte dos meus pais não tinha um certo alívio na vida sem ser o meu filho. Eu, Rebecca Clifford, graduada em arquitetura, além de uma quase graduação em design gráfico, confesso que seguir carreira é uma das inúmeras coisas mais desafiadoras do mundo, ainda mais ao ter um filho e um estrume como marido. Comecei a faculdade de arquitetura por conta da minha mãe, uma arquiteta renomada em sua área. Quando eu era mais nova, a via faz
— Becca... Podemos... conversar? — James caminhou lentamente até mim e se abaixou um pouco para tentar me levantar. Apenas afastei suas mãos de mim e respirei fundo, me levantando sozinha e tentando me recompor, repensei sobre tudo o que já tinha lidado em toda minha vida, e aquilo era o de longe o mais asqueroso. — Há quanto tempo? — Apenas me olhou confuso enquanto eu cruzava os braços e o encarava. Eu sentia que minha cabeça iria explodir a qualquer momento. — ANDA JAMES, RESPONDE! Há quanto tempo você está me traindo? — Ela me seduziu. Becca acredita em mim, você precisa acreditar em mim! Nós estamos juntos há doze anos... — Novamente tentou se aproximar, mas apenas me afastei sentindo asco de seus toques. — Um ano, mas foram poucas vezes. Não vamos esquecer esses doze anos juntos! Os dez anos de casamento, nosso filho. Becca... — Pare de me chamar de Becca! — Disse frustrada enquanto gesticulava desesperadamente. — Um ano. — Ri comigo mesma pensando em quanto era aquilo. — Ela