— Tire o Arthur do país. — Edward entrou na sala agitado pegando sua mãe desprevenida. — Tire o Arthur do país até setembro. Você tem três meses para fazer isso, convença ele a sair do país! IMEDIATAMENTE! — Como? Por que eu deveria fazer isso? — Elizabeth deixou a revista de lado e devolveu a xícara para a mesa de centro da sala antes de se levantar para se aproximar do filho. — Você parece angustiado, o que aconteceu? — Victoria Stewart aconteceu. — Disse irritado, vendo sua mãe arregalar os olhos levemente sua raiva só aumentou. — Victoria está pensando em voltar para Dallas em setembro para a nomeação da nova embaixadora. — Elizabeth pigarreou e desviou o olhar tentando disfarçar. — Mãe, você sabe muito bem o que essa mulher fez para o Arthur, você ainda quer nomeá-la embaixadora da Vintage Cosmetics, você tem noção disso? — Você não está se preocupando demais? — Elizabeth voltou a se sentar e pegar seu chá. — Victoria é uma das modelos mais famosas do mundo, não seria estranho
— Gostaria de comer algo? — Rebecca perguntou assim que entraram na grande casa, ela ainda o seguia enquanto ele evitava ao máximo olhar em seus olhos. — Posso me trocar rapidinho e preparar algo para você caso ainda não tenha comido. — Huh..., sim, por favor, mas não algo muito pesado, sinto meu estômago estranho. — Comentou enquanto massageava a barriga por cima da camisa social. — O que está sentindo? — Rebecca colocou sua bolsa e seu casaco em cima do sofá e se aproximou do chefe. Levantou uma das mãos e encostou na testa do mais novo que estava levemente corado. Seus olhos ainda estavam levemente avermelhados devido ao choro recente, o coração da loira acelerou pela proximidade e o rosto começou a esquentar. — Como se fosse uma queimação, às vezes sinto isso, mas raramente. Não é algo que eu deva me preocupar seriamente. — Franziu o cenho observando atentamente o que a secretária estava fazendo. — Você está um pouco quente, talvez seja febre. — Se afastou pegando as coisas n
— Clifford, na minha sala, agora. — Edward passou pela mesa da mais velha sem a olhar diretamente, indo em direção a sua sala de forma apressada. Rebecca se levantou não entendendo o porquê do chefe estar tão sério, mas o seguiu em silêncio, e ao entrarem na sala ele fez um gesto para que ela fechasse a porta e se sentasse a sua frente. A pasta em sua mão por um momento a fez estremecer, afinal, não era muito difícil descobrir que ela era mãe. Arregalou os olhos por um momento e prendeu a respiração, e se ele a tivesse seguido na noite anterior? Mas isso não explicaria o abraço e nem aquela aproximação na cozinha, o beijo, ele provavelmente teria surtado no exato momento em que a viu chegar. — Você está escondendo algo, não está? — Rebecca empalideceu diante da frase direta do chefe e perdeu a voz. — Eu... — Não sabia o que dizer, sentia que seria demitida na próxima frase dita pelo chefe, sentia seu corpo tremer e o desespero tomou conta, mas manteve-se em silêncio não sabendo o
Como tinha sido previsto, não tardou muito para a senhora GreenWood entrar em contato com Clifford. Um mês havia se passado e nada de tão sério e estranho havia acontecido, as expectativas da mulher estavam altas para essa nova secretária. Rebecca estava nervosa, não por estar perdendo dinheiro ou por ter que enfrentar a mulher em si, mas sim por medo do que isso poderia resultar mais futuramente no relacionamento de mãe e filho dos GreenWood. Um suspiro saiu de seus lábios enquanto estava distraída, o alarme no celular a despertou do seu devaneio e então ela se levantou, pegou a bolsa e o casaco e caminhou até a sala do chefe para avisar que iria se encontrar com a mãe dele. — Certo. — Edward juntou as mãos e apoiou a cabeça nelas e então encarou a loira. — Por favor, não deixe que minha mãe lhe insulte, conheço a figura... Tenho medo que ela xingue até sua quarta geração. — Deu um leve riso se levantando e caminhando até a mesma. — Qualquer coisa, peça para que ela venha diretamen
Rebecca estava sentada na mesa do café tomando seu chá-preto enquanto olhava para as pessoas que passavam pelo lugar de forma distraída. Mal percebeu quando uma mão se aproximou e tocou seu braço a tirando de seus pensamentos. – Huh? – Olhou para o lado vendo o homem de olhos cinzas segurando um café gelado. – O moço gentil. – Posso fazer companhia? – Arthur sorriu gentilmente recebendo apenas um aceno, estranhou um pouco o silêncio da loira. – Aconteceu algo com seu filho? Parece distraída. – Não, graças a Deus ele está bem. – Sorriu levemente colocando a mão sobre a bochecha e só então o GreenWood mais velho viu a vermelhidão. – Está tudo bem? Sua bochecha... – Esticou o braço, mas Rebecca segurou sua mão e a afastou suspirando. – Uma alergia, acho que a maquiagem que usei me deu reação. – Disse por fim, então mudou a expressão facial para algo mais leve e gentil tentando fazer com que o homem à sua frente esquecesse aquilo, mas Arthur percebeu um leve arranhão, era quase um co
Edward estava em seu quarto lendo alguns relatórios enquanto Rebecca preparava a janta. O caçula dos GreenWood se sentia estranho pelo silêncio da mais velha, sabia que algo não tinha dado certo no almoço, mas Rebecca não falaria de jeito nenhum e ele sabia daquilo, também não a forçaria a dizer nada. Além disso, ela mal estava olhando em seus olhos, sentia medo que sua mãe tivesse a assustado tanto, a ameaçado ao ponto dela talvez ter aceitado o contrato, ou até mesmo estar pensando em renunciar ao cargo Edward recebeu uma ligação do motorista de sua mãe e franziu o cenho achando aquilo fora do comum, mas levantou-se e foi para a varanda do seu quarto atender. – Rogers, aconteceu alguma coisa? – Edward disse assim que atendeu. – Arthur está bem? – Boa noite, Senhor GreenWood. – Rogers o cumprimentou e deu um suspiro. – Eu sei que não deveria me meter nos assuntos da sua família, mas achei muito errado o que aconteceu hoje no restaurante no horário do almoço, então achei melhor con
Edward observava cada movimento de Rebecca enquanto a mesma parecia distraída em meio a pensamentos nas últimas três semanas. A expressão dela variava entre cansaço e irritação. O cenho franzido deixava claro o seu estado de humor. Desde toda a situação com a Senhora GreenWood eles tinham se aproximado mais, mas Rebecca sempre o afastava e o tratava de forma diferente quando alguém passava por perto. Sabia que a mesma só estava sendo cautelosa para que nenhum rumor fosse desnecessariamente criado e chegasse aos ouvidos da mãe do mesmo, mas ainda se sentia incomodado com aquelas mudanças repentinas de atitudes. Edward levantou e saiu da sua sala indo em direção a assistente e pegou os documentos de sua mão, a deixando confusa e séria pela atitude. Sabia que a mesma não estava se alimentando direito e estava se afundando em trabalho nas últimas semanas, apesar de estar tudo bem, ainda se negava a aceitar ela se cansando daquela maneira. — Vá almoçar, seu rosto irá criar rugas mais ce
— Becca. — Edward disse com a voz baixa quando viu a secretária saindo da sua sala. — Precisamos conversar. Rebecca franziu o cenho, mas não negou, afinal precisavam impor alguns limites e também conversar sobre o evento da empresa da senhora GreenWood, era mais fácil fingir que nada de estranho estava acontecendo e encarar essas coisas de forma adulta. Então apenas o seguiu para dentro e se sentou no sofá do escritório esperando sobre a conversa. — Por favor, Edward, não me chame de Becca na empresa, esse lugar tem olhos e ouvidos em todos os lugares. — Suspirou pesadamente juntando as mãos. — Você ouviu os boatos que estão rolando, sei que na Phoenix não tem nenhuma regra onde diga que funcionários não podem se relacionar, mas eu sou uma funcionária qualquer, não você. — Olhou o mais novo que formava um biquinho nos lábios como uma criança sendo repreendida. — Não faça esse biquinho Edward, você não é uma criança, deixe de teimosia, não é porque somos amigos e você é chefe da empre